O embaixador e ex-ministro da Fazenda (1994) Rubens Ricupero foi o entrevistado do Roda Viva onde opinou sobre as perspectivas para a nova p...
O embaixador e ex-ministro da Fazenda (1994) Rubens Ricupero foi o entrevistado do Roda Viva onde opinou sobre as perspectivas para a nova política externa brasileira no governo interino de Michel Temer, além de traçar um panorama das relações diplomáticas e comerciais com outros países.
Rubens Ricupero, diplomata e jurista, foi Ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal (1993 – 1994) e, em seguida, Ministro da Fazenda (1994) durante o período de implantação do Plano Real, sucedendo FHC. Nesse período, foi flagrado em conversa informal com o jornalista Carlos Monforte, da Rede Globo, quando se preparava para uma entrevista. O teor da conversa, captada por telespectadores que possuíam antena parabólica, por isso chamado de "Escândalo da Parabólica", acabou por levar à sua saída da pasta. Veja uma análise, em vídeo, aqui.
Também foi Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), durante os mandatos de 1995 a 1999 e de 1999 a 2004, e Subsecretário Geral da ONU no mesmo período.
Sobre as diferenças (que ele afirma serem maiores que as semelhanças) entre governo Temer e Itamar. [00:02:43 ##film##]
Ele acredita que o ex-presidente Itamar Franco é subestimado até hoje, uma vez que, apesar de ter apenas dois anos e meio de mandato, ele teria encaminhado duas questões importantes, deixada pelos militares: A dívida externa e a hiperinflação. Além de não ter feito uma grande coligação no Congresso e ter feito o sucessor. [00:06:20 ##film##]
Daí o perigo de dizer que você precisa ficar muito tempo no poder para consolidar as coisas. O que não é verdade.[00:07:19 ##film##]
Sobre a política externa, [00:07:46 ##film##] não acredita ter sido um erro tentar assumir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU. Poderia até ter sido uma precipitação criar tantas embaixadas devido ao alto custo. Mas que na época se pensava que havia dinheiro para tanto.
Para Ricupero, as instituições públicas são muito ineficientes. A Justiça como um todo é muito morosa, com exceção do juiz Moro e dos procuradores da Lava-Jato.
Ele lembra que nosso sistema cresce como um câncer. Começou com 5, 6 partidos, hoje são 35 e há 125 em vias de formação na Justiça Eleitoral.
Os entrevistadores que participaram da bancada foram Mariana Queiroz Barboza, repórter de internacional da revista Isto É; Lourival Sant’anna, jornalista; Marcelo Cabral, editor da revista Época Negócios; Christian Lohbauer, cientista político do Gacint, o Grupo de Análise da conjuntura internacional da USP (Universidade de São Paulo); e Alvaro Gribel, repórter de economia do jornal O Globo.
Fonte: Roda Viva, YouTube
[Visto no Brasil Acadêmico]
Rubens Ricupero, diplomata e jurista, foi Ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal (1993 – 1994) e, em seguida, Ministro da Fazenda (1994) durante o período de implantação do Plano Real, sucedendo FHC. Nesse período, foi flagrado em conversa informal com o jornalista Carlos Monforte, da Rede Globo, quando se preparava para uma entrevista. O teor da conversa, captada por telespectadores que possuíam antena parabólica, por isso chamado de "Escândalo da Parabólica", acabou por levar à sua saída da pasta. Veja uma análise, em vídeo, aqui.
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No fundo é isso mesmo. Eu não tenho escrúpulos, eu acho que é isso mesmo, o que é bom a gente fatura; o que é ruim esconde. [00:07:42 ##film##]
Também foi Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), durante os mandatos de 1995 a 1999 e de 1999 a 2004, e Subsecretário Geral da ONU no mesmo período.
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Sobre as diferenças (que ele afirma serem maiores que as semelhanças) entre governo Temer e Itamar. [00:02:43 ##film##]
O Itamar praticamente não teve grande oposição. O que havia era um certo ceticismo.
Eu sempre costumo dizer que o êxito do Itamar depende muito do fato de que ele tinha poucas ideias. Mas essas ideais eram fortes.
Ele acredita que o ex-presidente Itamar Franco é subestimado até hoje, uma vez que, apesar de ter apenas dois anos e meio de mandato, ele teria encaminhado duas questões importantes, deixada pelos militares: A dívida externa e a hiperinflação. Além de não ter feito uma grande coligação no Congresso e ter feito o sucessor. [00:06:20 ##film##]
Daí o perigo de dizer que você precisa ficar muito tempo no poder para consolidar as coisas. O que não é verdade.[00:07:19 ##film##]
Sobre a política externa, [00:07:46 ##film##] não acredita ter sido um erro tentar assumir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU. Poderia até ter sido uma precipitação criar tantas embaixadas devido ao alto custo. Mas que na época se pensava que havia dinheiro para tanto.
Para Ricupero, as instituições públicas são muito ineficientes. A Justiça como um todo é muito morosa, com exceção do juiz Moro e dos procuradores da Lava-Jato.
O sistema político da constituição de 1988, que começa com a retirada do militares do poder, está chegando ao seu final. Eu acho que esse sistema não vai sobreviver a essa crise.
Ele lembra que nosso sistema cresce como um câncer. Começou com 5, 6 partidos, hoje são 35 e há 125 em vias de formação na Justiça Eleitoral.
Os entrevistadores que participaram da bancada foram Mariana Queiroz Barboza, repórter de internacional da revista Isto É; Lourival Sant’anna, jornalista; Marcelo Cabral, editor da revista Época Negócios; Christian Lohbauer, cientista político do Gacint, o Grupo de Análise da conjuntura internacional da USP (Universidade de São Paulo); e Alvaro Gribel, repórter de economia do jornal O Globo.
Fonte: Roda Viva, YouTube
[Visto no Brasil Acadêmico]
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