Em uma arena formada pelos jornalistas André Guilherme Vieira (Valor), Eliane Cantanhêde (Estadão), Flávio Freire (O Globo), Natuza Nery (Fo...
Em uma arena formada pelos jornalistas André Guilherme Vieira (Valor), Eliane Cantanhêde (Estadão), Flávio Freire (O Globo), Natuza Nery (Folha) e Vera Magalhães (VEJA), o ex-líder do governo no Senado reafirma que Lula e Dilma seriam os mandantes na tentativa de obstrução da Lava Jato e comenta sobre Petrobrás e Furnas.
O senador cassado (sem partido-MS) é engenheiro por formação esteve ligado à Petrobrás e ao setor energético desde o governo Itamar Franco, passando pelos governos FHC e Lula. Até assumir a liderança do governo no Senado em meio ao turbilhão de crises combinadas que se tornou essa tempestade perfeita brasileira.
A sua prisão, motivada por uma gravação onde tentava obstruir a justiça oferecendo dinheiro e um plano de fuga a uma dos principais delatores do esquema de propinas da Petrobrás, é o perigeu de sua vida pública e privada, como pode ser atestado pela carta de uma de suas filhas, publicada no jornal Estadão (ao falar da carta, a voz de Delcídio parecia embargar).
Veja alguns dos principais pontos da entrevista
Logo na abertura, o parlamentar responde o porquê de não ter recusado a ordem dada, segundo ele, por Lula e Dilma, de obstruir a justiça e interferir na operação Lava-jato e de outros casos.[00:03:02 ##Film##]
Depois, foi perguntado se ele acreditava que o presidente Michel Temer tem envolvimento em esquema de corrupção. [00:06:07 ##Film##]
Vera Magalhães (Veja), perguntou se o delator Nestor Cerveró teria sido indicado por Delcídio e se ele também havia se beneficiado do Petrolão.[00:08:43 ##Film##]
Natuza Nery descoloriu o quadro que o senador pintava de que não participou do Petrolão, apenas obstruíra a justiça, ao dizer que, segundo as investigações, sua participação não teria sido assim tão "melíflua". [00:14:46 ##Film##] Além de perguntar se ele tinha contas no exterior.
Delcídio relata ainda que corrupção na Petrobrás sempre existiu [00:18:00 ##Film##], mas se tornou sistêmica após o início do governo Lula. Com o aparelhamento partidário da empresa não se mantendo apenas no nível de diretoria, mas chegando até os níveis de gerência operacional.
Esse ponto é importante para os opositores do governo Dilma, já que denúncias de corrupção na estatal, como a notória acusação do jornalista Paulo Francis, sempre houveram. E como antes, as autoridades sempre se negavam a investigar adequadamente e sempre diziam "nada saber". Portanto, é relevante politicamente marcar que a roubalheira atual pelos partidos da base do governo nos últimos 13 anos (pelos partidos PT, PMDB, PP e bancadas) cresceu e se estruturou de modo muito mais estruturado. Como Delcídio participou dos últimos governo, pode contar como tudo evoluiu nas últimas décadas, se quiser.
Delcídio também fez uma avaliação sobre o futuro do ex-presidente Lula, de Dilma, do PT e do presidente interino Michel Temer [00:14:05 ##Film##]. Segundo ele, Lula sairá muito "desgastado de tudo isso" e que uma candidatura competitiva em 2018 "será muito difícil".
Não foi uma entrevista irrelevante, mas mostrou uma fala cuidadosa e com jeito de quem sabe muito mais do que falou.
Fonte: Acontece - TV Cultura
[Visto no Brasil Acadêmico]
O senador cassado (sem partido-MS) é engenheiro por formação esteve ligado à Petrobrás e ao setor energético desde o governo Itamar Franco, passando pelos governos FHC e Lula. Até assumir a liderança do governo no Senado em meio ao turbilhão de crises combinadas que se tornou essa tempestade perfeita brasileira.
Delcídio do Amaral Gomez, como engenheiro-chefe, participou na década de 1980 da construção e montagem da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Onze anos depois, comandou a Eletrosul. Em 1995, atuou como ministro de Minas e Energia no final do governo de Itamar Franco. Elegeu-se senador pelo PT em 2002. Ganhou projeção nacional ao presidir a CPI dos Correios, que apurou o Mensalão em 2005. Por indicação da presidente Dilma Rousseff, foi líder do governo no Senado e no Congresso Nacional, em 2015. Na última terça-feira (10/5), Delcídio teve o mandato cassado pelo plenário do Senado, por quebra de decoro parlamentar.
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A sua prisão, motivada por uma gravação onde tentava obstruir a justiça oferecendo dinheiro e um plano de fuga a uma dos principais delatores do esquema de propinas da Petrobrás, é o perigeu de sua vida pública e privada, como pode ser atestado pela carta de uma de suas filhas, publicada no jornal Estadão (ao falar da carta, a voz de Delcídio parecia embargar).
Na semana em que ele foi preso, meu celular se tornou um inferno. Recebia mensagens de homens que eu nunca vi na vida. As mensagens eram as piores possíveis. Fui chamada de puta, de safada, de cachorra, de patricinha, de filha da puta e fui até convidada a dormir em motel (por vários homens). Tinha homem dizendo que eu merecia tomar uma surra no meio da rua. Sim, um HOMEM desejando a agressão física de uma MULHER. (Trecho da carta de Maria Eduarda Amaral, estudante de Jornalismo, 21, é filha de Delcídio Amaral)
Veja alguns dos principais pontos da entrevista
Logo na abertura, o parlamentar responde o porquê de não ter recusado a ordem dada, segundo ele, por Lula e Dilma, de obstruir a justiça e interferir na operação Lava-jato e de outros casos.[00:03:02 ##Film##]
Depois, foi perguntado se ele acreditava que o presidente Michel Temer tem envolvimento em esquema de corrupção. [00:06:07 ##Film##]
Vera Magalhães (Veja), perguntou se o delator Nestor Cerveró teria sido indicado por Delcídio e se ele também havia se beneficiado do Petrolão.[00:08:43 ##Film##]
Natuza Nery descoloriu o quadro que o senador pintava de que não participou do Petrolão, apenas obstruíra a justiça, ao dizer que, segundo as investigações, sua participação não teria sido assim tão "melíflua". [00:14:46 ##Film##] Além de perguntar se ele tinha contas no exterior.
Delcídio relata ainda que corrupção na Petrobrás sempre existiu [00:18:00 ##Film##], mas se tornou sistêmica após o início do governo Lula. Com o aparelhamento partidário da empresa não se mantendo apenas no nível de diretoria, mas chegando até os níveis de gerência operacional.
Esse ponto é importante para os opositores do governo Dilma, já que denúncias de corrupção na estatal, como a notória acusação do jornalista Paulo Francis, sempre houveram. E como antes, as autoridades sempre se negavam a investigar adequadamente e sempre diziam "nada saber". Portanto, é relevante politicamente marcar que a roubalheira atual pelos partidos da base do governo nos últimos 13 anos (pelos partidos PT, PMDB, PP e bancadas) cresceu e se estruturou de modo muito mais estruturado. Como Delcídio participou dos últimos governo, pode contar como tudo evoluiu nas últimas décadas, se quiser.
Delcídio também fez uma avaliação sobre o futuro do ex-presidente Lula, de Dilma, do PT e do presidente interino Michel Temer [00:14:05 ##Film##]. Segundo ele, Lula sairá muito "desgastado de tudo isso" e que uma candidatura competitiva em 2018 "será muito difícil".
Não foi uma entrevista irrelevante, mas mostrou uma fala cuidadosa e com jeito de quem sabe muito mais do que falou.
Fonte: Acontece - TV Cultura
[Visto no Brasil Acadêmico]
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