Julgue você mesmo que não conhece esse episódio que liga o jornalismo aos esquemas de corrupção da petrolífera.
Julgue você mesmo que não conhece esse episódio que liga o jornalismo aos esquemas de corrupção da petrolífera.
Qual é a diferença entre o episódio anterior e o atual? Primeiro, foi que não se produziu provas. Não houve inquérito pelas instituições responsáveis e competentes (ou se houve, ficou tudo abafado).
Não houve Polícia Federal investigando, Ministério Público atuando, conseguindo delação. O que houve foi uma perseguição sobre quem ousou denunciar que, como está bem claro nesse post, não foi esquecida. E o desenrolar dos fatos históricos vÊm fazer justiça ao Paulo Francis.
Talvez por não estarem aparelhados. Talvez por não haver interesse político, (e por isso também, não estivessem aparelhados). Essa história ainda deve ser contada com mais profundidade. E hoje, os que se dizem indignados com a corrupção nas estatais, possam ser devidamente responsabilizados.
Outra assimetria é a magnitude. Mas também deve ser descontado que a empresa cresceu exponencialmente em produção e em investimentos. Assim, o interesses de fornecedores e empreiteiras sobre sua receita foi potencializado, o que alimentou e sofisticou os novos esquemas que, com toda certeza, devem estar presentes em todas as estatais. Bastando apenas que os órgãos de investigação tenham reais condições e vontade política de irem atrás.
Ou fazemos as tais reformas que mais necessitamos (especialmente a reforma política e uma revolução educacional ampla e irrestrita) ou o mau exemplo vai se tornar onipresente e aí sim teremos a própria democracia em risco.
A própria imprensa vai perdendo sua credibilidade e vendo minada sua capacidade de influenciar a opinião pública quando faz um enorme farol em mensalões e petrolões (sem se aprofundar nas raízes dos problemas nacionais, com flagrante parcialidade), enquanto é econômica ao anunciar os sucessos do governo (especialmente no campo social) e finge ignorância quando os escândalos permeiam seus protegidos.
Como o caso do Tremsalão e o Swiss Leaks, só para citar exemplos recentes de escândalos de repercussão internacional tratados com uma certa leniência da mídia nacional.
Não foi só uma única relação de causa e efeito. Francis poderia resistir mais com menos idade e uísque. Mas aí não seria Francis. Às vezes, a truculência do estado de direito civil lembra muito o de uma ditadura militar. Mas nesse caso, sem dúvidas, a história tem feito justiça a Francis.
Enquanto não enfrentarmos os problemas nacionais com patriotismo e estadismo em suas raízes vamos ficar sempre criando condições para ditadores e populistas tomarem o poder e continuarmos a ser uma potência só em potencial.
A seguir, um condensado do culto e politicamente incorreto fantasma do Metropolitan Museum, Paulo Francis, e seus momentos de verborrágico mau humor matinal jornalístico no Manhattan Connection.
E seus maiores "erros"...
[Visto no Brasil Acadêmico]
Qual é a diferença entre o episódio anterior e o atual? Primeiro, foi que não se produziu provas. Não houve inquérito pelas instituições responsáveis e competentes (ou se houve, ficou tudo abafado).
Não houve Polícia Federal investigando, Ministério Público atuando, conseguindo delação. O que houve foi uma perseguição sobre quem ousou denunciar que, como está bem claro nesse post, não foi esquecida. E o desenrolar dos fatos históricos vÊm fazer justiça ao Paulo Francis.
Talvez por não estarem aparelhados. Talvez por não haver interesse político, (e por isso também, não estivessem aparelhados). Essa história ainda deve ser contada com mais profundidade. E hoje, os que se dizem indignados com a corrupção nas estatais, possam ser devidamente responsabilizados.
Outra assimetria é a magnitude. Mas também deve ser descontado que a empresa cresceu exponencialmente em produção e em investimentos. Assim, o interesses de fornecedores e empreiteiras sobre sua receita foi potencializado, o que alimentou e sofisticou os novos esquemas que, com toda certeza, devem estar presentes em todas as estatais. Bastando apenas que os órgãos de investigação tenham reais condições e vontade política de irem atrás.
Ou fazemos as tais reformas que mais necessitamos (especialmente a reforma política e uma revolução educacional ampla e irrestrita) ou o mau exemplo vai se tornar onipresente e aí sim teremos a própria democracia em risco.
O presidente não sabia de nada. Não parece familiar?
A própria imprensa vai perdendo sua credibilidade e vendo minada sua capacidade de influenciar a opinião pública quando faz um enorme farol em mensalões e petrolões (sem se aprofundar nas raízes dos problemas nacionais, com flagrante parcialidade), enquanto é econômica ao anunciar os sucessos do governo (especialmente no campo social) e finge ignorância quando os escândalos permeiam seus protegidos.
Como o caso do Tremsalão e o Swiss Leaks, só para citar exemplos recentes de escândalos de repercussão internacional tratados com uma certa leniência da mídia nacional.
Em termos de valores financeiros, o Brasil é o nono do ranking feito pelo ICIJ (International Consortium of Invesgative Journalism), responsável pelo vazamento das informações.
A instituição enviou listas de correntistas de diversos países a jornalistas do mundo inteiro, que tomaram a decisão de divulgar ou não os nomes e valores. No Brasil, optou-se por encaminhar a lista às autoridades. Além do jornalista que recebeu o documento inicial, outro membro brasileiro do ICIJ requisitou acesso à lista, mas o pedido foi negado. O valor total de dinheiro relacionado ao Brasil que circulou no período deflagrado foi de quase US$ 7 bilhões. Um único brasileiro chegou a ter US$ 302 milhões na conta.
RFI (Radio France Internationale)
Não foi só uma única relação de causa e efeito. Francis poderia resistir mais com menos idade e uísque. Mas aí não seria Francis. Às vezes, a truculência do estado de direito civil lembra muito o de uma ditadura militar. Mas nesse caso, sem dúvidas, a história tem feito justiça a Francis.
Enquanto não enfrentarmos os problemas nacionais com patriotismo e estadismo em suas raízes vamos ficar sempre criando condições para ditadores e populistas tomarem o poder e continuarmos a ser uma potência só em potencial.
A seguir, um condensado do culto e politicamente incorreto fantasma do Metropolitan Museum, Paulo Francis, e seus momentos de verborrágico mau humor matinal jornalístico no Manhattan Connection.
E seus maiores "erros"...
[Visto no Brasil Acadêmico]
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