Com seus 300 milhões de fumantes e um terço do consumo do tabaco mundial, a China agora deu mais um duro golpe na indústria do cigarro. ...
Com seus 300 milhões de fumantes e um terço do consumo do tabaco mundial, a China agora deu mais um duro golpe na indústria do cigarro.
O endurecimento na legislação que proíbe o fumo nos lugares públicos de Pequim entrou em vigor nesta segunda-feira como mais um passo para acabar com os cigarros no país. No entanto, as medidas antitabaco chinesas são tradicionalmente pouco respeitadas.
O tabaco também fica proibido em certos espaços ao ar livre, como os estabelecimentos escolares, esportivos ou os hospitais. A publicidade das grandes marcas estará proibida no exterior.
A nova lei na capital chinesa, onde as pessoas fumam nos elevadores e nos táxis, é inspirada nas medidas antitabaco dos países desenvolvidos.
As autoridades querem recuperar um atraso que situa a China, o maior produtor e consumidor de tabaco do mundo, em linha com a luta mundial contra o cigarro.
Mais de um terço dos cigarros fabricados no mundo são fumados na China, onde o produto continua sendo muito barato. O país conta com mais de 300 milhões de fumantes e um em cada dois chineses é dependente do cigarro.
A empresa estatal China Nacional Tobacco Corporation (CENT) é, de longe, a líder mundial, com uma produção três vezes maior que a da Philip Morris, sua principal rival.
Um hospital infantil que a AFP visitou nesta segunda-feira, onde muitas pessoas fumavam no pátio e inclusive no interior, demonstra o grande desafio enfrentado pelo governo.
As medidas legais tem sido cada vez mais restritivas, em 2003, a China firmou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde. Mas o país foi amplamente criticado pelos esforços insuficientes para cumprir o compromisso de reduzir o uso de tabaco.
Em 2011, sob pressão da OMS, a China adotou uma lei que proibia fumar em espaços públicos como: hotéis, restaurantes, cinemas e termais de transporte. Mas não houve nenhuma campanha de sensibilização e o texto foi pouco aplicado.
Em 2013, uma circular interna decidiu proibir que membros do governo fumassem em locais públicos, informou a agência oficial de notícias Xinhua. A medida era uma tentativa das autoridades darem exemplo para a população.
Em 2014, um mês após a proibição dos funcionários públicos de fumarem em locais públicos em áreas públicas, incluindo escolas, hospitais, locais de esportes e instalações de transporte público. Uma lei proibia o fumo em escolas, mas permitia criar algumas áreas abertas para os fumantes nas instituições de ensino superior.
A nova campanha é mais uma nos esforços do governo chinês para lutar contra a grande poluição atmosférica em Pequim.
As autoridades colocaram placas de "proibido fumar" no Ninho do Pássaro, o emblemático estádio olímpico de Pequim, e também criaram uma campanha com muitos cartazes no metrô da capital.
Serão necessárias semanas antes de poder avaliar a aplicação real da nova norma. Milhares de agentes estão sendo formados para fazer as medidas serem respeitadas.
"Esperamos alguns problemas", admite Bernhard Schwartlaender, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China.
As discotecas, onde o tabagismo é comum, figuram na liderança dos locais que podem se opor à norma, segundo os especialistas.
"O essencial será a atitude dos donos" destes lugares, destaca Zhang Jiangshu, presidente da associação de luta antitabaco de Pequim, citado no jornal China Daily.
A experiência na capital chinesa será determinante para uma possível extensão da lei em nível nacional.
Mas a experiência de medidas similares que posteriormente não foram respeitadas provocam cautela e um certo ceticismo.
Segundo os especialistas, o monopólio estatal da indústria de tabaco, que fornece mais de um décimo das receitas fiscais nacionais, significa um obstáculo às medidas antitabaco.
Fonte: Embaixada da China, Estado de Minas
[Visto no Brasil Acadêmico]
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O endurecimento na legislação que proíbe o fumo nos lugares públicos de Pequim entrou em vigor nesta segunda-feira como mais um passo para acabar com os cigarros no país. No entanto, as medidas antitabaco chinesas são tradicionalmente pouco respeitadas.
O tabaco também fica proibido em certos espaços ao ar livre, como os estabelecimentos escolares, esportivos ou os hospitais. A publicidade das grandes marcas estará proibida no exterior.
A nova lei na capital chinesa, onde as pessoas fumam nos elevadores e nos táxis, é inspirada nas medidas antitabaco dos países desenvolvidos.
De acordo com a nova lei, locais que recebem público, como lojas ou restaurantes, que não respeitarem a proibição poderão ser multados em 10.000 iuanes (1.500 euros) e os fumantes pegos em flagrante com 200 iuanes (30 euros).
As autoridades querem recuperar um atraso que situa a China, o maior produtor e consumidor de tabaco do mundo, em linha com a luta mundial contra o cigarro.
Mais de um terço dos cigarros fabricados no mundo são fumados na China, onde o produto continua sendo muito barato. O país conta com mais de 300 milhões de fumantes e um em cada dois chineses é dependente do cigarro.
O tabagismo provoca uma morte a cada 30 segundos.
A empresa estatal China Nacional Tobacco Corporation (CENT) é, de longe, a líder mundial, com uma produção três vezes maior que a da Philip Morris, sua principal rival.
Um hospital infantil que a AFP visitou nesta segunda-feira, onde muitas pessoas fumavam no pátio e inclusive no interior, demonstra o grande desafio enfrentado pelo governo.
As medidas legais tem sido cada vez mais restritivas, em 2003, a China firmou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde. Mas o país foi amplamente criticado pelos esforços insuficientes para cumprir o compromisso de reduzir o uso de tabaco.
Em 2011, sob pressão da OMS, a China adotou uma lei que proibia fumar em espaços públicos como: hotéis, restaurantes, cinemas e termais de transporte. Mas não houve nenhuma campanha de sensibilização e o texto foi pouco aplicado.
Em 2013, uma circular interna decidiu proibir que membros do governo fumassem em locais públicos, informou a agência oficial de notícias Xinhua. A medida era uma tentativa das autoridades darem exemplo para a população.
Em 2014, um mês após a proibição dos funcionários públicos de fumarem em locais públicos em áreas públicas, incluindo escolas, hospitais, locais de esportes e instalações de transporte público. Uma lei proibia o fumo em escolas, mas permitia criar algumas áreas abertas para os fumantes nas instituições de ensino superior.
A nova campanha é mais uma nos esforços do governo chinês para lutar contra a grande poluição atmosférica em Pequim.
As autoridades colocaram placas de "proibido fumar" no Ninho do Pássaro, o emblemático estádio olímpico de Pequim, e também criaram uma campanha com muitos cartazes no metrô da capital.
Serão necessárias semanas antes de poder avaliar a aplicação real da nova norma. Milhares de agentes estão sendo formados para fazer as medidas serem respeitadas.
Em Pequim é melhor fumar, porque ao menos você pode respirar através de um filtro.
Popular piada chinesa
"Esperamos alguns problemas", admite Bernhard Schwartlaender, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China.
As discotecas, onde o tabagismo é comum, figuram na liderança dos locais que podem se opor à norma, segundo os especialistas.
"O essencial será a atitude dos donos" destes lugares, destaca Zhang Jiangshu, presidente da associação de luta antitabaco de Pequim, citado no jornal China Daily.
A experiência na capital chinesa será determinante para uma possível extensão da lei em nível nacional.
Mas a experiência de medidas similares que posteriormente não foram respeitadas provocam cautela e um certo ceticismo.
Segundo os especialistas, o monopólio estatal da indústria de tabaco, que fornece mais de um décimo das receitas fiscais nacionais, significa um obstáculo às medidas antitabaco.
Fonte: Embaixada da China, Estado de Minas
[Visto no Brasil Acadêmico]
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