Método minimamente invasivo e reversível impede a absorção dos alimentos pelo duodeno e leva à perda de peso, promovendo o controle das taxa...
Método minimamente invasivo e reversível impede a absorção dos alimentos pelo duodeno e leva à perda de peso, promovendo o controle das taxas de glicose sanguínea.
O novo procedimento, denominado Endobarrier, é muito menos agressivo do que a cirurgia bariátrica, porém, igualmente capaz de promover resultados satisfatórios contra a obesidade e o diabetes.
O Endobarrier, que deverá estar disponível no Brasil no próximo semestre, se baseia em revestir com uma capa de teflon a parede interna da primeira porção do intestino delgado (duodeno). Veja o vídeo:
A membrana bloqueia a absorção de nutrientes nessa seção do tubo digestivo levando à perda de peso e ao controle do nível de açúcar (glicose) no sangue, e, por consequência, controlando o diabetes.
Com efeitos semelhantes aos da operação bariátrica do tipo bypass, a qual também bloqueia a absorção dos nutrientes pelo duodeno e também permite até mesmo reverter o quadro do diabetes, o Endobarrier tem a vantagem de ser reversível e pouco invasivo. O procedimento leva em torno de uma hora e o paciente vai para casa no mesmo dia. Tudo é feito por via endoscópica. Enquanto que a cirurgia bariátrica, mesmo executada por videolaparoscopia, envolve manobras muito mais complexas e maior tempo de internação e de recuperação.
A sua eficácia foi compravada através de estudos apresentados durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, realizado em Brasília.
Um dos resultados apresentados foi pesquisado no Hospital Oswaldo Cruz, São Paulo. Nele, 20 pacientes permaneceram um ano com o EndoBarrier. Todos eram diabéticos e tinham Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 35. Porém, mesmo estando com a doença fora de controle, eles não estavam aptos para a cirurgia bariátrica – a operação só pode ser feita por pacientes que possuam IMC acima de 40.
Um ano após o procedimento, 61,5% dos participantes apresentaram taxas de controle metabólico saudáveis: a hemoglobina glicada, sinalizador que mostra o nível de glicose dos últimos três meses, caiu para menos de 7%, a glicemia de jejum teve diminuição, em média, de 44,1 mg/dl, o colesterol ruim passou de 137,8 mg/dl para 112 mg/dl e a taxa de triglicérides de 226,1 mg/dl para 183,6 mg/dl.
Contudo o emagrecimento não foi o equivalente ao que poderia ser obtido com o bypass gástrico, porém a diminuição de peso era evidente: cerca de 8,4% de redução sobre o peso total. Taxas maiores de emagrecimento foram registradas em pacientes com IMC acima de 35 acompanhados por médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo. A média de redução de peso foi de 12,6%, além dos níveis de hemoglobina glicada para abaixo de 7% e melhoras significativas na taxa de triglicérides.
Mas o implante não é permanente. Ele permanece implantado em média por um ano. Se após esse período for necessário um reimplante, o paciente precisa fazer uma pausa de seis meses antes de colocá-lo novamente.
O registro do Endobarrier já está em processo de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Fonte:
IstoÉ Online. Um implante contra a obesidade e a diabetes. Disponível em <http://www.istoe.com.br/reportagens/327987_UM+IMPLANTE+CONTRA+A+OBESIDADE+E+A+DIABETES> Acesso em: 3/11/2013.
[Via BBA]
O novo procedimento, denominado Endobarrier, é muito menos agressivo do que a cirurgia bariátrica, porém, igualmente capaz de promover resultados satisfatórios contra a obesidade e o diabetes.
O Endobarrier, que deverá estar disponível no Brasil no próximo semestre, se baseia em revestir com uma capa de teflon a parede interna da primeira porção do intestino delgado (duodeno). Veja o vídeo:
A membrana bloqueia a absorção de nutrientes nessa seção do tubo digestivo levando à perda de peso e ao controle do nível de açúcar (glicose) no sangue, e, por consequência, controlando o diabetes.
Com efeitos semelhantes aos da operação bariátrica do tipo bypass, a qual também bloqueia a absorção dos nutrientes pelo duodeno e também permite até mesmo reverter o quadro do diabetes, o Endobarrier tem a vantagem de ser reversível e pouco invasivo. O procedimento leva em torno de uma hora e o paciente vai para casa no mesmo dia. Tudo é feito por via endoscópica. Enquanto que a cirurgia bariátrica, mesmo executada por videolaparoscopia, envolve manobras muito mais complexas e maior tempo de internação e de recuperação.
A sua eficácia foi compravada através de estudos apresentados durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, realizado em Brasília.
Um dos resultados apresentados foi pesquisado no Hospital Oswaldo Cruz, São Paulo. Nele, 20 pacientes permaneceram um ano com o EndoBarrier. Todos eram diabéticos e tinham Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 35. Porém, mesmo estando com a doença fora de controle, eles não estavam aptos para a cirurgia bariátrica – a operação só pode ser feita por pacientes que possuam IMC acima de 40.
Um ano após o procedimento, 61,5% dos participantes apresentaram taxas de controle metabólico saudáveis: a hemoglobina glicada, sinalizador que mostra o nível de glicose dos últimos três meses, caiu para menos de 7%, a glicemia de jejum teve diminuição, em média, de 44,1 mg/dl, o colesterol ruim passou de 137,8 mg/dl para 112 mg/dl e a taxa de triglicérides de 226,1 mg/dl para 183,6 mg/dl.
Contudo o emagrecimento não foi o equivalente ao que poderia ser obtido com o bypass gástrico, porém a diminuição de peso era evidente: cerca de 8,4% de redução sobre o peso total. Taxas maiores de emagrecimento foram registradas em pacientes com IMC acima de 35 acompanhados por médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo. A média de redução de peso foi de 12,6%, além dos níveis de hemoglobina glicada para abaixo de 7% e melhoras significativas na taxa de triglicérides.
O método é mais indicado para indivíduos com doenças associadas à obesidade, como hipertensão e diabetes, embora a perda de peso também seja verificada.
Manoel Galvão Neto. Endoscopista. Especialista em cirurgia digestiva e um dos que já realizaram o procedimento.
Mas o implante não é permanente. Ele permanece implantado em média por um ano. Se após esse período for necessário um reimplante, o paciente precisa fazer uma pausa de seis meses antes de colocá-lo novamente.
Essa é uma das vantagens e desvantagens do método. Quando o paciente o retira, a diabetes pode voltar, mas o implante pode mostrar se, naquele caso, houve boa resposta contra a doença e, portanto, se vale a pena tentar uma solução definitiva, que é a cirurgia bariátrica.
Ricardo Cohen. Cirurgião. Coordenador dos estudos realizados no Hospital Oswaldo Cruz.
O registro do Endobarrier já está em processo de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Fonte:
IstoÉ Online. Um implante contra a obesidade e a diabetes. Disponível em <http://www.istoe.com.br/reportagens/327987_UM+IMPLANTE+CONTRA+A+OBESIDADE+E+A+DIABETES> Acesso em: 3/11/2013.
[Via BBA]
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