Qual é a forma garantida de diminuir a sua conta de luz? Acredite se quiser: ficar sabendo quanto o seu vizinho paga. Alex Laskey mostra com...
Qual é a forma garantida de diminuir a sua conta de luz? Acredite se quiser: ficar sabendo quanto o seu vizinho paga. Alex Laskey mostra como uma peculiaridade do comportamento humano pode fazer de nós melhores usuários de energia, mais sábios, e com contas de luz mais baixas que o comprovem.
Quantos de vocês viram os seus e-mails hoje? Vamos, levantem as mãos. Quantos estão vendo agora mesmo?
(Risos)
E as finanças? Alguém verificou isso hoje? Cartão de crédito, conta de investimento? E durante essa semana?
E o uso de energia na sua casa? Alguém viu isso hoje? Nessa semana? Semana passada? Há alguns geeks de energia dispersos aqui. É bom ver vocês. Mas essa é uma sala cheia de pessoas entusiasmadas com o futuro desse planeta. Nem mesmo nós estamos prestando atenção no uso de energia que causa a mudança climática. A mulher que está na foto comigo é Harriet. Conhecemos ela nas nossas primeiras férias em família. A Harriet presta atenção ao seu uso de energia e decididamente ela não é uma geek de energia. Essa é a história de como Harriet passou a prestar atenção.
Isso é carvão, a fonte de energia mais comum no planeta. Há energia suficiente nesse carvão para essa lâmpada por mais de um ano. Infelizmente, entre aqui e aqui, a maior parte dessa energia se perde em coisas como vazamentos de transmissão e calor. Apenas 10% da energia resulta em luz. Esse carvão vai durar um pouco mais de um mês. Se você quiser essa lâmpada acesa por um ano você precisa desta quantidade de carvão. A notícia ruim é que, para cada unidade de energia que usamos, desperdiçamos outras nove. Isso significa uma boa notícia: para cada unidade de energia que economizamos, economizamos também outras nove. A questão é: como fazer as pessoas nesta sala e ao redor do mundo prestarem atenção na energia que estamos usando, e passarem a desperdiçar menos?
A resposta vem de um experimentode ciência comportamental que foi feito em um verão quente, há 10 anos, a 150 km daqui, em San Marcos, Califórnia. Universitários colocaramrecados nas portas da vizinhança pedindo que as pessoasdesligassem o ar condicionado e ligassem os ventiladores. Um quarto das casas recebeu uma mensagem que dizia: "Você sabia que pode economizarUS$ 54 por mês esse verão? Desligue o ar condicionado, ligue o ventilador." Outro grupo recebeu uma mensagem ambiental. Um terceiro grupo recebeu uma mensagem sobre ser um bom cidadão e prevenir apagões. A maioria achou que a mensagemsobre economizar dinheiro funcionaria melhor. Na verdade, nenhuma dessas mensagens funcionaram. Não tiveram nenhum impacto no consumo de energia. Foi como se os alunos não tivessem feito nada.
Mas havia uma quarta mensagem, que dizia simplesmente: "Quando entrevistados, 77% dos seus vizinhos disseram que desligam o ar condicionadoe ligam o ventilador. Por favor junte-se a eles. Desligue o ar condicionado e ligue o ventilador." Adivinhem só - eles fizeram isso. As pessoas que receberam essa mensagem diminuíram substancialmente seu consumo de energia simplesmente ao sabero que os vizinhos estavam fazendo.
O que isso nos mostra? Se uma coisa é inconveniente, mesmo se acreditarmos nela, nem a persuasão moral, nem incentivos financeirosfuncionam muito bem. Mas a pressão social é poderosa. Aproveitada corretamente,ela pode ser uma força poderosa para o bem. De fato, já é assim.
Inspirado por essa descoberta, meu amigo Dan Yates e eu abrimos uma empresa chamada Opower. Desenvolvemos softwares e fizemos parcerias com concessionárias que queriam ajudar seus clientes a economizar energia. Entregamos relatórios personalizados de energia doméstica que mostravam às pessoas o seu consumo comparado ao dos vizinho sem casas de tamanho similar. Assim como na situação dos recados nas portas, as pessoas se comparam com os vizinhos. Fazemos recomendações direcionadas para ajudá-las a economizar. Começamos com papel, fizemos um aplicativo, fomos à web, e temos um termostato controlável. Nos últimos 5 anos estivemos conduzindo o maior experimento de ciência comportamental no mundo.
E está funcionando. Proprietários e locatários economizaram mais de 250 milhões de dólares nas contas de energia, e estamos só começando. Só nesse ano, em parceriacom mais de 80 concessionárias em 6 países, vamos economizar mais 2 terawatts-hora de energia.
Os geeks de energia sabem o que é isso. Para o resto de nós, 2 terawatts-hora é energia mais do que suficiente para todas as casas em St. Luois e Salt Lake City juntas por mais de um ano. 2 terawatts-hora é aproximadamente metade do que a indústria solar dos EUA produziu ano passado. 2 terawatts-hora em termos de carvão: seria preciso queimar 34 desses carrinhos de mão por minuto sem parar, todos os dias, um ano inteiro, para ter 2 terawatts-hora de energia. E não estamos queimando nada. Estamos apenas motivando as pessoas a mudar o comportamento.
Mas somos apenas uma empresa, e isso é só uma gota de água no oceano. 20% da energia nas casas é desperdiçada, o que não significa que as pessoas têm lâmpadas ineficientes. Podem ter. Mas me refiro a que deixamosluzes acesas em cômodos vazios, e o ar condicionado ligadoquando ninguém está em casa. São US$ 40 bilhões desperdiçados por ano em energia que não contribui para nosso bem-estar, mas contribui para a mudança climática. São 40 bilhões, com B, só nos EUA todos os anos. Isso é metade do nosso uso de carvão.
Felizmente, alguns dos melhorescientistas de materiais do mundo estão tentando substituir carvão com recursos sustentáveis como estes. Isso é fantástico e essencial. Mas o recurso mais negligenciado que pode levar a um futuro de energia sustentável não está nesse slide. Está nessa sala. São vocês e sou eu. Podemos direcionar esse recurso sem precisar da ciência dos materiais, aplicando apenas a ciência comportamental. Podemos fazer isso hoje, sabemos que funciona, e isso vai economizar dinheiro de imediato.
Estamos esperando o quê? Na maior parte dos lugares, a regulação de energia não mudou muito desde Thomas Edison. As concessionárias ainda são recompensadasquando os consumidores desperdiçam energia. Elas devem ser recompensadaspor ajudar os consumidores a economizar.
Mas essa história vai alémdo uso doméstico de energia. Dêem uma olhada no Prius. Ele é eficiente não só porque a Toyotainvestiu em ciência dos materiais, mas também porque investiram em ciência comportamental. O painel do carro que mostra em tempo real aos motoristas quanta energia estão economizando faz com que os antigos demônios da velocidade dirijam mais como avós cuidadosas.
O que nos leva de volta a Harriet. Conhecemos ela nas nossas primeiras férias em família. Ela veio conhecer minha filhinha e ela adorou saber que o nome da minha filha também é Harriet. Ela me perguntou com que eu trabalhava, e eu disse que trabalhava com concessionárias para ajudar as pessoas a economizar energia. Foi aí que os olhos dela brilharam.
Ela olhou para mim e disse: "Você é exatamente a pessoa com quem preciso falar. Há duas semanas meu marido e eurecebemos uma carta pelo correio da nossa fornecedora. Dizia que estamos usandoduas vezes mais energia que os vizinhos." (Risos) "Nas 2 últimas semanas só conseguimos pensar, falar, e até discutir sobre o que deveríamos fazer para economizar. Fizemos tudo o que a carta dizia, mas eu sei que deve ter mais coisas. Agora estou aqui com um verdadeiro especialista. Diga. O que devo fazer para economizar energia?"
Há muitos especialistasque podem ajudar a responder essa pergunta. Meu objetivo é garantir que todos estejamos perguntando.
Obrigado.
(Aplausos)
[Via BBA]
Quantos de vocês viram os seus e-mails hoje? Vamos, levantem as mãos. Quantos estão vendo agora mesmo?
(Risos)
E as finanças? Alguém verificou isso hoje? Cartão de crédito, conta de investimento? E durante essa semana?
E o uso de energia na sua casa? Alguém viu isso hoje? Nessa semana? Semana passada? Há alguns geeks de energia dispersos aqui. É bom ver vocês. Mas essa é uma sala cheia de pessoas entusiasmadas com o futuro desse planeta. Nem mesmo nós estamos prestando atenção no uso de energia que causa a mudança climática. A mulher que está na foto comigo é Harriet. Conhecemos ela nas nossas primeiras férias em família. A Harriet presta atenção ao seu uso de energia e decididamente ela não é uma geek de energia. Essa é a história de como Harriet passou a prestar atenção.
Isso é carvão, a fonte de energia mais comum no planeta. Há energia suficiente nesse carvão para essa lâmpada por mais de um ano. Infelizmente, entre aqui e aqui, a maior parte dessa energia se perde em coisas como vazamentos de transmissão e calor. Apenas 10% da energia resulta em luz. Esse carvão vai durar um pouco mais de um mês. Se você quiser essa lâmpada acesa por um ano você precisa desta quantidade de carvão. A notícia ruim é que, para cada unidade de energia que usamos, desperdiçamos outras nove. Isso significa uma boa notícia: para cada unidade de energia que economizamos, economizamos também outras nove. A questão é: como fazer as pessoas nesta sala e ao redor do mundo prestarem atenção na energia que estamos usando, e passarem a desperdiçar menos?
A resposta vem de um experimentode ciência comportamental que foi feito em um verão quente, há 10 anos, a 150 km daqui, em San Marcos, Califórnia. Universitários colocaramrecados nas portas da vizinhança pedindo que as pessoasdesligassem o ar condicionado e ligassem os ventiladores. Um quarto das casas recebeu uma mensagem que dizia: "Você sabia que pode economizarUS$ 54 por mês esse verão? Desligue o ar condicionado, ligue o ventilador." Outro grupo recebeu uma mensagem ambiental. Um terceiro grupo recebeu uma mensagem sobre ser um bom cidadão e prevenir apagões. A maioria achou que a mensagemsobre economizar dinheiro funcionaria melhor. Na verdade, nenhuma dessas mensagens funcionaram. Não tiveram nenhum impacto no consumo de energia. Foi como se os alunos não tivessem feito nada.
Mas havia uma quarta mensagem, que dizia simplesmente: "Quando entrevistados, 77% dos seus vizinhos disseram que desligam o ar condicionadoe ligam o ventilador. Por favor junte-se a eles. Desligue o ar condicionado e ligue o ventilador." Adivinhem só - eles fizeram isso. As pessoas que receberam essa mensagem diminuíram substancialmente seu consumo de energia simplesmente ao sabero que os vizinhos estavam fazendo.
O que isso nos mostra? Se uma coisa é inconveniente, mesmo se acreditarmos nela, nem a persuasão moral, nem incentivos financeirosfuncionam muito bem. Mas a pressão social é poderosa. Aproveitada corretamente,ela pode ser uma força poderosa para o bem. De fato, já é assim.
Inspirado por essa descoberta, meu amigo Dan Yates e eu abrimos uma empresa chamada Opower. Desenvolvemos softwares e fizemos parcerias com concessionárias que queriam ajudar seus clientes a economizar energia. Entregamos relatórios personalizados de energia doméstica que mostravam às pessoas o seu consumo comparado ao dos vizinho sem casas de tamanho similar. Assim como na situação dos recados nas portas, as pessoas se comparam com os vizinhos. Fazemos recomendações direcionadas para ajudá-las a economizar. Começamos com papel, fizemos um aplicativo, fomos à web, e temos um termostato controlável. Nos últimos 5 anos estivemos conduzindo o maior experimento de ciência comportamental no mundo.
E está funcionando. Proprietários e locatários economizaram mais de 250 milhões de dólares nas contas de energia, e estamos só começando. Só nesse ano, em parceriacom mais de 80 concessionárias em 6 países, vamos economizar mais 2 terawatts-hora de energia.
Os geeks de energia sabem o que é isso. Para o resto de nós, 2 terawatts-hora é energia mais do que suficiente para todas as casas em St. Luois e Salt Lake City juntas por mais de um ano. 2 terawatts-hora é aproximadamente metade do que a indústria solar dos EUA produziu ano passado. 2 terawatts-hora em termos de carvão: seria preciso queimar 34 desses carrinhos de mão por minuto sem parar, todos os dias, um ano inteiro, para ter 2 terawatts-hora de energia. E não estamos queimando nada. Estamos apenas motivando as pessoas a mudar o comportamento.
Mas somos apenas uma empresa, e isso é só uma gota de água no oceano. 20% da energia nas casas é desperdiçada, o que não significa que as pessoas têm lâmpadas ineficientes. Podem ter. Mas me refiro a que deixamosluzes acesas em cômodos vazios, e o ar condicionado ligadoquando ninguém está em casa. São US$ 40 bilhões desperdiçados por ano em energia que não contribui para nosso bem-estar, mas contribui para a mudança climática. São 40 bilhões, com B, só nos EUA todos os anos. Isso é metade do nosso uso de carvão.
Felizmente, alguns dos melhorescientistas de materiais do mundo estão tentando substituir carvão com recursos sustentáveis como estes. Isso é fantástico e essencial. Mas o recurso mais negligenciado que pode levar a um futuro de energia sustentável não está nesse slide. Está nessa sala. São vocês e sou eu. Podemos direcionar esse recurso sem precisar da ciência dos materiais, aplicando apenas a ciência comportamental. Podemos fazer isso hoje, sabemos que funciona, e isso vai economizar dinheiro de imediato.
Estamos esperando o quê? Na maior parte dos lugares, a regulação de energia não mudou muito desde Thomas Edison. As concessionárias ainda são recompensadasquando os consumidores desperdiçam energia. Elas devem ser recompensadaspor ajudar os consumidores a economizar.
Mas essa história vai alémdo uso doméstico de energia. Dêem uma olhada no Prius. Ele é eficiente não só porque a Toyotainvestiu em ciência dos materiais, mas também porque investiram em ciência comportamental. O painel do carro que mostra em tempo real aos motoristas quanta energia estão economizando faz com que os antigos demônios da velocidade dirijam mais como avós cuidadosas.
O que nos leva de volta a Harriet. Conhecemos ela nas nossas primeiras férias em família. Ela veio conhecer minha filhinha e ela adorou saber que o nome da minha filha também é Harriet. Ela me perguntou com que eu trabalhava, e eu disse que trabalhava com concessionárias para ajudar as pessoas a economizar energia. Foi aí que os olhos dela brilharam.
Ela olhou para mim e disse: "Você é exatamente a pessoa com quem preciso falar. Há duas semanas meu marido e eurecebemos uma carta pelo correio da nossa fornecedora. Dizia que estamos usandoduas vezes mais energia que os vizinhos." (Risos) "Nas 2 últimas semanas só conseguimos pensar, falar, e até discutir sobre o que deveríamos fazer para economizar. Fizemos tudo o que a carta dizia, mas eu sei que deve ter mais coisas. Agora estou aqui com um verdadeiro especialista. Diga. O que devo fazer para economizar energia?"
Há muitos especialistasque podem ajudar a responder essa pergunta. Meu objetivo é garantir que todos estejamos perguntando.
Obrigado.
(Aplausos)
[Via BBA]
Comentários