Uma cidade planejada para ser sustentável e gerar milhões em riqueza. Além de fornecer moradia, emprego e educação para milhões de pessoas. ...
Uma cidade planejada para ser sustentável e gerar milhões em riqueza. Além de fornecer moradia, emprego e educação para milhões de pessoas. Por que não aqui?
Iskandar é a versão persa para o nome Alexandre, após Alexandre, o Grande. É também o nome da mais nova metrópole sustentável da Ásia. Uma cidade pensada para 3 milhões de habitantes que será conhecida como "Iskandar Malásia".
Iskandar é uma zona de desenvolvimento econômico que cobre 221.634 hectares (2.217 km2) na parte mais ao sul de Johor, Malásia, e recebeu essa denominação em homenagem ao falecido sultão de Johor, Almarhum Sulton Iskandar. A região, que inclui a cidade de Johor Bahru, abrange uma área que é quase três vezes o tamanho de Singapura e o dobro de Hong Kong.
Sendo considerada uma "metrópole inteligente", Iskandar contém cinco zonas de desenvolvimento que incluem uma visão de uma cidade que incorpora as iniciativas mais recentes em tecnologias “verdes” e sustentáveis em seus prédios e áreas abertas, incluindo fontes renováveis de energia. Além disso, sua concepção é calcada na integração social de seus habitantes. A expectativa do governo é que, até 2025, cerca de 3 milhões de pessoas passem a viver na região.
Iniciado em 2006, esse projeto tomou por base dados coletados pelas Nações Unidas que projetam que, até 2050, a população do planeta deve chegar a 9 bilhões de pessoas. Sendo que mais de 6 bilhões delas estarão vivendo em ambientes urbanos.
Esse aumento exigirá a construção de uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada semana até 2050, segundo cálculos dos especialistas.
Some-se a isso o negativo impacto ambiental causado por esse inchaço urbano - mais de 70% das emissões de CO2 hoje estão relacionadas com as necessidades das cidades - entenderemos o porque especialistas internacionais afirmam que Iskandar, e projetos do gênero, são referências para o desenvolvimento urbano, em especial, para os países emergentes, cujas populações crescem em taxas mais elevadas.
Iskandar já se mostrou um poderoso ímã para o investimento privado, incluindo enormes estúdios da Pinewood Films, o primeiro parque temático Legoland da Ásia (aberto em 2012), e campi remotos de diversas universidades ocidentais, incluindo Universidade Newcastle do Reino Unido, Universidade de Southampton e Marlborough College, todas localizadas na "edu-city" de 140 hectares.
É de se imaginar como seria se uma Brasília fosse construída hoje. E se ao invés de ser planejada para ser uma cidade administrativa, fosse planejada para ser um pólo de atração turística e de desenvolvimento econômico. Quanto custaria?
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos, 38% dos quais vindos de fontes estrangeiras. Isso é menos do que custará a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Segundo o consultor do Senado Alexandre Guimarães, em um levantamento feito pela Consultoria Legislativa do Senado Federal em 2011, que ancorou seus cálculos em estudos feitos por institutos econômicos internacionais, as copas do mundo de Japão e Coreia (2002), Alemanha (2006) e África do Sul (2010) consumiram, juntas, US$ 30 bilhões (US$ 16 bilhões, US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, respectivamente), enquanto todas as Copas da história juntas teriam consumido US$ 75 bilhões. No Brasil, afirma Guimarães, os gastos até então, segundo as autoridades de governo e empreiteiras envolvidas nas obras já somavam US$ 40 bilhões.
Essa pode ser considerada uma previsão conservadora, baseada no que se espera consumir de recursos em obras que, em muitos casos, ainda nem começaram. Projetos desse tipo costumam ser concluídos com gastos finais muito superiores aos previstos no início da empreitada. Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro de 2007, por exemplo, o custo final foi dez vezes superior ao calculado no início das obras.
O então ministro dos Esportes, Orlando Silva, rebateu na época: "Este valor de US$ 40 bilhões é cabalístico, não há nenhum dado público que fale nessa quantia", afirmou. Além disso, para Silva, os investimentos em aeroportos e portos, bem como outros em infraestrutura, não deveriam ser contabilizados na conta da Copa:
Mas a diferença é que, em vez de consumo de recursos públicos e a construção de estádios inviáveis, a cidade de Iskandar deverá ter um PIB de US$ 93,3 bilhões em 2025, um aumento de 465% em relação a 2005, antes do início do projeto - um PIB per capita de US$ 31.100 dólares.
Além da "metrópole inteligente" de Iskandar, a Malásia está criando "aldeias inteligentes" e "eco-cidades", constituídas de casas a preços acessíveis, instalações educacionais, de formação e de lazer de alta tecnologia e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado, proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores das pequenas cidades.
Bem, pelo menos o Governador do Distrito Federal não pode alegar que não sabia disso. Já que em julho de 2012 ele esteve visitando Iskandar e conhecendo todo o projeto desenvolvimentista.
Fonte: Inovação Tecnológica, Esportes UOL, Blog do Mark Mobius, Agência Brasília
[Via BBA]
Iskandar é a versão persa para o nome Alexandre, após Alexandre, o Grande. É também o nome da mais nova metrópole sustentável da Ásia. Uma cidade pensada para 3 milhões de habitantes que será conhecida como "Iskandar Malásia".
Iskandar é uma zona de desenvolvimento econômico que cobre 221.634 hectares (2.217 km2) na parte mais ao sul de Johor, Malásia, e recebeu essa denominação em homenagem ao falecido sultão de Johor, Almarhum Sulton Iskandar. A região, que inclui a cidade de Johor Bahru, abrange uma área que é quase três vezes o tamanho de Singapura e o dobro de Hong Kong.
Sendo considerada uma "metrópole inteligente", Iskandar contém cinco zonas de desenvolvimento que incluem uma visão de uma cidade que incorpora as iniciativas mais recentes em tecnologias “verdes” e sustentáveis em seus prédios e áreas abertas, incluindo fontes renováveis de energia. Além disso, sua concepção é calcada na integração social de seus habitantes. A expectativa do governo é que, até 2025, cerca de 3 milhões de pessoas passem a viver na região.
Iniciado em 2006, esse projeto tomou por base dados coletados pelas Nações Unidas que projetam que, até 2050, a população do planeta deve chegar a 9 bilhões de pessoas. Sendo que mais de 6 bilhões delas estarão vivendo em ambientes urbanos.
Esse aumento exigirá a construção de uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada semana até 2050, segundo cálculos dos especialistas.
Some-se a isso o negativo impacto ambiental causado por esse inchaço urbano - mais de 70% das emissões de CO2 hoje estão relacionadas com as necessidades das cidades - entenderemos o porque especialistas internacionais afirmam que Iskandar, e projetos do gênero, são referências para o desenvolvimento urbano, em especial, para os países emergentes, cujas populações crescem em taxas mais elevadas.
Iskandar já se mostrou um poderoso ímã para o investimento privado, incluindo enormes estúdios da Pinewood Films, o primeiro parque temático Legoland da Ásia (aberto em 2012), e campi remotos de diversas universidades ocidentais, incluindo Universidade Newcastle do Reino Unido, Universidade de Southampton e Marlborough College, todas localizadas na "edu-city" de 140 hectares.
É de se imaginar como seria se uma Brasília fosse construída hoje. E se ao invés de ser planejada para ser uma cidade administrativa, fosse planejada para ser um pólo de atração turística e de desenvolvimento econômico. Quanto custaria?
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos, 38% dos quais vindos de fontes estrangeiras. Isso é menos do que custará a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Segundo o consultor do Senado Alexandre Guimarães, em um levantamento feito pela Consultoria Legislativa do Senado Federal em 2011, que ancorou seus cálculos em estudos feitos por institutos econômicos internacionais, as copas do mundo de Japão e Coreia (2002), Alemanha (2006) e África do Sul (2010) consumiram, juntas, US$ 30 bilhões (US$ 16 bilhões, US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, respectivamente), enquanto todas as Copas da história juntas teriam consumido US$ 75 bilhões. No Brasil, afirma Guimarães, os gastos até então, segundo as autoridades de governo e empreiteiras envolvidas nas obras já somavam US$ 40 bilhões.
O problema é que o governo brasileiro resolveu reorganizar o país todo às custas da Copa. Nossa malha aeroviária e de aeroportos carece de reformas e ampliações há anos. Agora, porém, tudo será feito às pressas e com prazo definido para estar pronto, o que naturalmente vai encarecer todas as obras.
Alexandre Guimarães. Consultor
Essa pode ser considerada uma previsão conservadora, baseada no que se espera consumir de recursos em obras que, em muitos casos, ainda nem começaram. Projetos desse tipo costumam ser concluídos com gastos finais muito superiores aos previstos no início da empreitada. Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro de 2007, por exemplo, o custo final foi dez vezes superior ao calculado no início das obras.
O então ministro dos Esportes, Orlando Silva, rebateu na época: "Este valor de US$ 40 bilhões é cabalístico, não há nenhum dado público que fale nessa quantia", afirmou. Além disso, para Silva, os investimentos em aeroportos e portos, bem como outros em infraestrutura, não deveriam ser contabilizados na conta da Copa:
A Copa do Mundo é um catalisador que antecipa investimentos que já teriam de acontecer. Quando a Copa passar, esses investimentos ficam. Portanto, é injusto que entre na conta da Copa.
Mas a diferença é que, em vez de consumo de recursos públicos e a construção de estádios inviáveis, a cidade de Iskandar deverá ter um PIB de US$ 93,3 bilhões em 2025, um aumento de 465% em relação a 2005, antes do início do projeto - um PIB per capita de US$ 31.100 dólares.
Além da "metrópole inteligente" de Iskandar, a Malásia está criando "aldeias inteligentes" e "eco-cidades", constituídas de casas a preços acessíveis, instalações educacionais, de formação e de lazer de alta tecnologia e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado, proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores das pequenas cidades.
Bem, pelo menos o Governador do Distrito Federal não pode alegar que não sabia disso. Já que em julho de 2012 ele esteve visitando Iskandar e conhecendo todo o projeto desenvolvimentista.
Fonte: Inovação Tecnológica, Esportes UOL, Blog do Mark Mobius, Agência Brasília
[Via BBA]
Enquanto isso, não resolvemos nem o problema dos portos.
ResponderExcluirMeu pergunta é... Será que o povo tão critico com o Brasil, aceitaria ganhar o salário miserável dos trabalhadores asiáticos, será que a industria brasileira tem a mesma competitividade da ásia, será que o povo aceitaria viver no mesmo regime... A China só é bom para executivos, a Malásia exatamento o mesmo, não tem sindicato, FGTS, Vale transporte, nem porra nenhuma...
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