O brasileiro Miguel Nicolelis afirma que o projeto deve entrar na fase de testes com humanos no mês que vem, em discurso em que o neurocient...
O brasileiro Miguel Nicolelis afirma que o projeto deve entrar na fase de testes com humanos no mês que vem, em discurso em que o neurocientista foi às lagrimas.
A revelação foi feita por Nicolelis durante palestra na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a agência pública brasileira que financia o projeto, chamado Andar de Novo e orçado em R$ 33 milhões.
Nicolelis explica as tempestade neurais e o Walk Again Project: "Tudo que nós fazemos vem de atividades elétricas das células cerebrais. E o conjunto da maneira que a gente pode olhar isso, com a tecnologia disponível hoje, é uma tempestade." Há cerca de 25 anos, os estudos do neurocientista buscam decodificar estes sinais elétricos para, assim, retransmitir as mensagens para artefatos mecânicos, virtuais ou computacionais.[EBC]
O projeto do grupo de cientistas comandado por ele pretende fazer um paraplégico dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, usando um esqueleto biônico controlado pelo pensamento.
Nicolelis, que está à frente do IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal) e é professor da Universidade Duke (EUA), diz que até o momento, já houve uma simulação com macacos usando um protótipo.
Os voluntários humanos serão selecionados pela AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), em São Paulo, segundo Neiva Paraschiva, diretora-executiva da associação que gerencia o IINN. Ela afirmou também que os primeiros testes "não serão invasivos", ou seja, não haverá a conexão de eletrodos ao cérebro do paciente para que eles possam emitir os comandos que controlarão o exoesqueleto. O equipamento deve incluir ainda um revestimento que dará um feedback tátil ao cérebro do usuário, permitindo que ele "sinta" o chão onde pisa.
Segundo a AACD, serão selecionados para o teste dez pacientes com lesão medular incompleta, isto é, ainda com algum grau de movimento.
João Octaviano Machado Neto, superintendente-geral da instituição, diz que a aprovação do estudo pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) deve sair ainda neste mês.
A parceria da AACD com os cientistas, financiada pela Finep, ampliará o laboratório da entidade, criando "o mais avançado laboratório de reabilitação neurorrobótica do planeta", de acordo com Nicolelis.
Ainda segundo ele, o primeiro simulador de locomoção completo do mundo será testado na AACD "nas próximas semanas".
Nicolelis foi às lágrimas ao citar a meta de demonstrar o projeto na abertura da Copa:
Momento em que Nicolelis chora. Volte ao início do vídeo para ver a palestra toda.
Para Machado Neto, da AACD, o prazo curto, de um ano, até a abertura da Copa não é um problema. "É um desafio, mas os desafios produzem grandes resultados."
Ainda que o exoesqueleto não seja uma solução para todos os paraplégicos, diz ele, é uma vertente importante de pesquisa. "Temos toda sorte de paciente, o importante é melhorar a qualidade de vida deles."
Fonte: EBC, Folha, Finep
[Via BBA]
A revelação foi feita por Nicolelis durante palestra na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a agência pública brasileira que financia o projeto, chamado Andar de Novo e orçado em R$ 33 milhões.
O projeto do grupo de cientistas comandado por ele pretende fazer um paraplégico dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, usando um esqueleto biônico controlado pelo pensamento.
As primeiras simulações do exoesqueleto já foram feitas e, para minha satisfação, ele funciona como planejado.
Miguel Nicolelis
Nicolelis, que está à frente do IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal) e é professor da Universidade Duke (EUA), diz que até o momento, já houve uma simulação com macacos usando um protótipo.
Conseguimos realizar padrões de marcha usando simuladores e, daqui a alguns meses, a gente espera que esse macaco ande com o exoesqueleto tanto lá na Duke quanto no nosso laboratório aqui em Natal.
Os voluntários humanos serão selecionados pela AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), em São Paulo, segundo Neiva Paraschiva, diretora-executiva da associação que gerencia o IINN. Ela afirmou também que os primeiros testes "não serão invasivos", ou seja, não haverá a conexão de eletrodos ao cérebro do paciente para que eles possam emitir os comandos que controlarão o exoesqueleto. O equipamento deve incluir ainda um revestimento que dará um feedback tátil ao cérebro do usuário, permitindo que ele "sinta" o chão onde pisa.
Segundo a AACD, serão selecionados para o teste dez pacientes com lesão medular incompleta, isto é, ainda com algum grau de movimento.
João Octaviano Machado Neto, superintendente-geral da instituição, diz que a aprovação do estudo pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) deve sair ainda neste mês.
A parceria da AACD com os cientistas, financiada pela Finep, ampliará o laboratório da entidade, criando "o mais avançado laboratório de reabilitação neurorrobótica do planeta", de acordo com Nicolelis.
Ainda segundo ele, o primeiro simulador de locomoção completo do mundo será testado na AACD "nas próximas semanas".
O paciente vai olhar para um avatar de si mesmo andando e vai treinar o cérebro, usando a informação visual, para gerar os sinais que precisamos pegar para controlar o exoesqueleto no futuro.
Nicolelis foi às lágrimas ao citar a meta de demonstrar o projeto na abertura da Copa:
Se tudo der certo, na cerimônia de abertura, um brasileiro ou uma brasileira, jovem adulto, de até 1,70 m de altura, e até 70 kg de peso, vai levantar de uma cadeira de rodas, realizar 25 passos da linha lateral até o centro do gramado e abrir a Copa do Mundo com um chute da ciência brasileira para toda a humanidade.
Para Machado Neto, da AACD, o prazo curto, de um ano, até a abertura da Copa não é um problema. "É um desafio, mas os desafios produzem grandes resultados."
Ainda que o exoesqueleto não seja uma solução para todos os paraplégicos, diz ele, é uma vertente importante de pesquisa. "Temos toda sorte de paciente, o importante é melhorar a qualidade de vida deles."
Fonte: EBC, Folha, Finep
[Via BBA]
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