O estrondo foi registrado pela rede de sensores que monitora testes nucleares na atmosfera.
O estrondo foi registrado pela rede de sensores que monitora testes nucleares na atmosfera.
O surpreendente ataque do meteoro foi registrado por várias câmeras assustando milhares de pessoas. Mas a onda de choque que seguiu a explosão quebrou vidraças e deixou cerca de mil feridos.
A revista Scientific American entrevistou Margaret Campbell-Brown , professora do Meteor Physics Group da University of Western Ontario.
Segundo Campbell-Brown, há uma rede global de sensores de infrasons cuja finalidade é detectar explosões nucleares na atmosfera. É parte do Comprehensive [Nuclear] Test Ban Treaty (CTBT - Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares). Duas das estações mais próximas dessa rede, ambas na Rússia, detectaram esse evento de enormes proporções.
Matéria da TV russa mostra cratera no gelo de um dos pedaços do meteoro.
Ainda segundo a professora, a partir disso desses dados, sabemos que a energia da explosão foi equivalente a cerca de 300 mil toneladas de TNT [para efeito de comparação, a potência da bomba de Hiroshima não passava de 22 mil toneladas de TNT]. Em suma, foi uma explosão muito, muito poderosa. A maior explosão de um meteoro que vimos na atmosfera desde o impacto de Tunguska de 1908.
Sabe-se que o meteoro durou cerca de 30 segundos. Ele adentrou a atmosfera em um ângulo muito raso, o que permitiu que o fenômeno durasse tanto tempo. O objeto estava se movendo a cerca de 18 quilômetros por segundo, que é de cerca de 65.000 quilômetros por hora (para se ter ideia, a velocidade da bala de um revólver calibre 38 é de 1300 km/h), uma típica velocidade asteroidal.
A partir da energia do impacto, nós pensamos que era de cerca de 15 metros de tamanho, de modo que seria o maior objeto atingir a Terra desde o impacto Tunguska, tanto quanto sabemos, não registramos um objeto maior que o . Ele tinha uma massa de, provavelmente, cerca de 7.000 toneladas, por isso era um objeto muito grande.
O fato de ter explodido na atmosfera implica que provavelmente era um asteróide de pedra, talvez um tipo chondritic, por exemplo, e não de ferro, porque as coisas de ferro são mais fortes e tendem a chegar no chão, onde liberam sua energia.
Nesse caso, a maior parte da energia foi provavelmente liberada a cerca de 15 a 20 km de altitude. A bola de fogo pode ter chegado a cerca de 50 quilômetros.
De acordo com Rui Agostinho, do Observatório Astronômico de Lisboa, a explosão que se ouve claramente em diversos vídeos corresponde à passagem do meteoro pela barreira do som, e não ao intenso clarão que se vê nas imagens. Um meteoro, explica o investigador, entra na atmosfera a uma velocidade hipersônica – muito acima da velocidade do som – e vai travando até chegar ao limite da velocidade do som (340 m/s [aprox 1.200 km/h]).
Nessa faixa de tamanho (15 metros) é um evento que ocorre estatisticamente a cada 50 anos. Porém, o último registrado ocorreu a mais de 100 anos. Quando você considerar todas as áreas da Terra que são desabitadas, como os oceanos, as calotas de gelo, os desertos e assim por diante, é muito surpreendente tenha acontecido em uma área tão povoada. Foi bastante azar.
Descoberta de asteroides desde 1980 até 2012 (em branco: o momento da descoberta. Em amarelo os que passam pelo sistema solar interior, de Mercúrio até Marte. E em vermelho os que cruzam a órbita da Terra eventualmente.[Meio Bit]
Cientistas russos citados pela rádio Komkersant FM consideraram que a queda do meteorito nos Urais não está ligada ao meteorito que passou hoje próximo da Terra (o asteroide 2012 DA14, uma rocha espacial com cerca de 50 metros de diâmetro, que passou a apenas 22 mil quilômetros da superfície da Terra. A menor distância já registrada para uma rocha desse porte), mas não excluem a ocorrência de chuvas de meteoritos em outras regiões da Rússia.
Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro russo encarregado do setor militar-industrial, defendeu a necessidade de criação de um sistema de defesa contra “objetos extraterrestres” pelos maiores países do mundo. “Hoje, nem a Rússia, nem os Estados Unidos tem possibilidade de abater meteoritos”, sublinhou Rogozin.
A Academia Russa de Ciências estimou que a rocha pesava cerca de 10 toneladas. Fontes da agência de notícias Russian TV afirmam que o governo russo teria interceptado a rocha, que se desintegrou e caiu em três cidades, mas nada foi confirmado oficialmente até o momento.
Ainda bem que tudo isso está acontecendo esse ano. Se fosse no ano passado a certeza do fim do mundo faria estragos gigantescos. E ainda tem o intenso cometa ISON, previsto ainda para esse ano. Imagine se fosse em 2012...
Fonte: Scientific American, Público
[Via BBA]
O surpreendente ataque do meteoro foi registrado por várias câmeras assustando milhares de pessoas. Mas a onda de choque que seguiu a explosão quebrou vidraças e deixou cerca de mil feridos.
A revista Scientific American entrevistou Margaret Campbell-Brown , professora do Meteor Physics Group da University of Western Ontario.
Segundo Campbell-Brown, há uma rede global de sensores de infrasons cuja finalidade é detectar explosões nucleares na atmosfera. É parte do Comprehensive [Nuclear] Test Ban Treaty (CTBT - Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares). Duas das estações mais próximas dessa rede, ambas na Rússia, detectaram esse evento de enormes proporções.
Ainda segundo a professora, a partir disso desses dados, sabemos que a energia da explosão foi equivalente a cerca de 300 mil toneladas de TNT [para efeito de comparação, a potência da bomba de Hiroshima não passava de 22 mil toneladas de TNT]. Em suma, foi uma explosão muito, muito poderosa. A maior explosão de um meteoro que vimos na atmosfera desde o impacto de Tunguska de 1908.
Sabe-se que o meteoro durou cerca de 30 segundos. Ele adentrou a atmosfera em um ângulo muito raso, o que permitiu que o fenômeno durasse tanto tempo. O objeto estava se movendo a cerca de 18 quilômetros por segundo, que é de cerca de 65.000 quilômetros por hora (para se ter ideia, a velocidade da bala de um revólver calibre 38 é de 1300 km/h), uma típica velocidade asteroidal.
A partir da energia do impacto, nós pensamos que era de cerca de 15 metros de tamanho, de modo que seria o maior objeto atingir a Terra desde o impacto Tunguska, tanto quanto sabemos, não registramos um objeto maior que o . Ele tinha uma massa de, provavelmente, cerca de 7.000 toneladas, por isso era um objeto muito grande.
A zona mais afetada fica perto da cidade de Cheliabinsk. O estado de emergência foi declarado em três distritos da região - Krasnoarmeisky, Korkinsky e Uvelsky. Fonte do Ministério do Interior russo diz haver estragos materiais em seis cidades. A agência RIA Novosti diz que foram atingidas três regiões da Rússia e do vizinho Cazaquistão [Público]. |
Fábrica destruída. |
De acordo com Rui Agostinho, do Observatório Astronômico de Lisboa, a explosão que se ouve claramente em diversos vídeos corresponde à passagem do meteoro pela barreira do som, e não ao intenso clarão que se vê nas imagens. Um meteoro, explica o investigador, entra na atmosfera a uma velocidade hipersônica – muito acima da velocidade do som – e vai travando até chegar ao limite da velocidade do som (340 m/s [aprox 1.200 km/h]).
Neste momento, ocorre uma explosão sônica. É o contrário dos aviões.
Nessa faixa de tamanho (15 metros) é um evento que ocorre estatisticamente a cada 50 anos. Porém, o último registrado ocorreu a mais de 100 anos. Quando você considerar todas as áreas da Terra que são desabitadas, como os oceanos, as calotas de gelo, os desertos e assim por diante, é muito surpreendente tenha acontecido em uma área tão povoada. Foi bastante azar.
Cientistas russos citados pela rádio Komkersant FM consideraram que a queda do meteorito nos Urais não está ligada ao meteorito que passou hoje próximo da Terra (o asteroide 2012 DA14, uma rocha espacial com cerca de 50 metros de diâmetro, que passou a apenas 22 mil quilômetros da superfície da Terra. A menor distância já registrada para uma rocha desse porte), mas não excluem a ocorrência de chuvas de meteoritos em outras regiões da Rússia.
Janelas quebradas pela onda de choque. |
A Academia Russa de Ciências estimou que a rocha pesava cerca de 10 toneladas. Fontes da agência de notícias Russian TV afirmam que o governo russo teria interceptado a rocha, que se desintegrou e caiu em três cidades, mas nada foi confirmado oficialmente até o momento.
Ainda bem que tudo isso está acontecendo esse ano. Se fosse no ano passado a certeza do fim do mundo faria estragos gigantescos. E ainda tem o intenso cometa ISON, previsto ainda para esse ano. Imagine se fosse em 2012...
Fonte: Scientific American, Público
[Via BBA]
Acho que nem com as mil vítimas do baque aprenderemos que somos vulneráveis e não tão poderosos como supomos!
ResponderExcluirÉ fabuloso. Muita sorte termos tantas imagens para também podermos ver e rever o fenômeno.
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