O primeiro, e por enquanto o único, astronauta brasileiro falou na Nasa sobre sua trajetória de vida e porque teve que aprender russo em ape...
O primeiro, e por enquanto o único, astronauta brasileiro falou na Nasa sobre sua trajetória de vida e porque teve que aprender russo em apenas três meses.
Blogueiro quando tira férias carrega pedra, ou pelo menos toca em rocha lunar. Em um evento realizado pela Nasa no Kennedy Space Center (KSC), Flórida, denominado Lunching with na Astronaut, o viajante do espaço da vez foi o brazuca Marcos Pontes e nós estivemos lá para conferir.
Foi interessante saber que, fora o próprio palestrante e sua assistente, provavelmente éramos os únicos brasileiros por lá. Uma vez que Marcos perguntou logo de início se alguém falava português e somente nó do BBA nos manifestamos.
Em nossa mesa havia um australiano, um canadense, um casal do Oregon e uma senhora californiana. Nenhum deles sabia que o palestrante era brasileiro.
Embora houvesse essa diversidade de turistas no evento, a maioria da plateia era de crianças estudantes uniformizadas. Havia, no mínimo três grupos uniformizados com cores diferentes, o que fazia supor que se originavam de diferentes escolas.
O cardápio em si não era nada excepcional, com exceção do peixe que estava uma delícia (e que não estava no menu originalmente). Outra coisa que me chamou a atenção é que a Pepsi nos pareceu bem mais saborosa do que a oferecida no Brasil. Uma boa variedade de tortas e cookies finalizou bem aquela comunhão entre os povos.
Nosso herói nacional, com sua simpatia e simplicidade costumeira (parecendo até que isso fazia parte do edital para ir para o espaço), começou sua fala mostrando a grande dificuldade que se impõe para um brasileiro ser selecionado e tomar parte desse programa espacial: seus sonhos desde pequeno em Bauru, São Paulo, a máxima de sua mãe, Zuleika Pontes, que dizia que ele poderia ser qualquer coisa se acreditasse e estudasse para realizar seus objetivos, seu ingresso no ITA, sua experiência como tenente coronel aviador, seu mestrado em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, em Monterrey, Califórnia. Enfim, era uma palestra motivacional e sua mensagem era dirigida especialmente para a nova geração.
A Nasa certamente não estava muito satisfeita com a participação brasileira na construção da Estação Espacial Internacional (ISS), principalmente devido aos atrasos e por não honrarmos nossos compromissos com o projeto da ISS.
Isso deve ter trazido muito constrangimento para Pontes durante seus oito anos de treinamento. Afinal, mesmo debaixo de muitas críticas, ele deve ter se sentido como uma espécie de símbolo nacional vivo. Um ídolo da ciência e tecnologia cuja missão poderia alavancar uma condição mais favorável para futuros pesquisadores e astronautas nacionais. Afinal a autoestima nacional andava meio em baixa e a propaganda oficial tentava passar a mensagem de que ser brasileiro é nunca desistir. Porém, quase nunca identificamos o Brasil com ciência pura e tecnologia de ponta. Pontes deveria ser uma das pontes que levaria gerações vindouras a trazer uma nação ao século XXI de fato.
Mas paradigmas são difíceis de serem quebrados. Pontes deve ter sofrido horrores com a bagunça de nossa política aeroespacial e esgotado seu estoque de desculpas pelos atrasos e descumprimentos da agenda firmada pelo país e que ameaçava atrasar o cronograma da ISS como um todo. Para além disso, o acidente que vitimou toda a tripulação do ônibus espacial Columbia acabou por interromper os voos da Nasa até a ISS, e o Brasil teve que recorrer aos russos para que pudéssemos finalmente ter um brasileiro orbitando a Terra. Assim a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) firmaram um acordo para a realização da primeira missão espacial tripulada brasileira, batizada de "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont.
Tudo resolvido? Bem, se você considera ter que aprender russo em apenas três meses uma tarefa tranquila...E mais, apesar daquela história dos americanos desenvolverem uma caneta espacial (verdade, eu comprei uma) e os russos usarem lápis ser só parcialmente real, pelos vídeos apresentados parece mesmo que o programa espacial russo tem cheiro lo-tec de anos 60.
Mas na época não havia opção, no mesmo voo com Marcos Pontes viajaram mais um cosmonauta russo e um norte-americano. E é claro, todos tiveram que se submeter aos rigores do treinamento russo. Mesmo se já estivessem preparados para voar em um ônibus espacial.
Uma das maiores diferenças dos programas dos dois países era que, ao contrário do ônibus espacial que pousava em uma pista na Flórida, da cápsula russa era mais difícil prever o local da aterrissagem. De modo que os astronautas/cosmonautas precisavam de aprender técnicas de sobrevivência estilo Bear Grylls. Isso significa ter que aprender tiro para se defender de predadores e resistir ao frio da neve e ao calor do deserto.
Antes mesmo que alguém ousasse fazer a pergunta que não quer calar, o astronauta verde-amarelo já se adiantou e exibiu um filme mostrando como é burocrática a ida ao banheiro no espaço. O constrangedor Treinamento de Posicionamento. Onde até uma câmera é usada para que o astronauta acerte o alvo com precisão e segurança.
Nele um voluntário mostra como tiras de velcro devem ser atadas a fim de prender firmemente os pés do astronauta em pedais enquanto as mãos seguram em corrimões de forma a manter a trivial posição de sentado. Assim, uma poderosa sucção pode agir garantindo que nenhum detrito orgânico saia flutuando.
Esquecendo a curiosidade escatológica, há um sentido ambiental maior, que deveria ser debatido em sala de aula, embutido no fato dos ocupantes da estação orbital beberem a água da urina reciclada.
Prosseguindo a apresentação, o primeiro lusófono da ISS exibiu outro vídeo, que ele mesmo classificou como sendo raro, mostrando a reentrada na atmosfera da cápsula que o abrigava.
No filme três bolas de fogo se desintegravam de forma semelhante à vista nas imagens do acidente do ônibus espacial Columbia, com a diferença que a proteção térmica da cápsula onde se encontrava Marcos Pontes funcionou perfeitamente.
Ao final do encontro tivemos uma rápida sessão de perguntas onde, principalmente as crianças, perguntaram coisas como se Pontes já havia visitado outros planetas e como ele se sentia no espaço.
No site oficial do astronauta Marcos Pontes, que prefere ser chamado de professor, ele fala sobre sua visão de como deveria ser a educação nacional, com um currículo unificado em todo Brasil para que, por exemplo, um estudante do Acre possa fazer vestibular na Unicamp tendo a certeza de que sua nota está relacionada ao desempenho de um estudante de São Paulo com a mesma nota.
Pontes hoje não está mais ligado às Forças Armadas, devido à sua intensa agenda civil entre palestras e compromissos oficiais, e é Professor Convidado do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP). Realmente foi um bom negócio almoçar com um astronauta e ganhar um banquete cultural com um docente desse gabarito de brinde.
Saiba mais sobre o Brasil na ISS.
[Via BBA]
Blogueiro quando tira férias carrega pedra, ou pelo menos toca em rocha lunar. Em um evento realizado pela Nasa no Kennedy Space Center (KSC), Flórida, denominado Lunching with na Astronaut, o viajante do espaço da vez foi o brazuca Marcos Pontes e nós estivemos lá para conferir.
Foi interessante saber que, fora o próprio palestrante e sua assistente, provavelmente éramos os únicos brasileiros por lá. Uma vez que Marcos perguntou logo de início se alguém falava português e somente nó do BBA nos manifestamos.
Em nossa mesa havia um australiano, um canadense, um casal do Oregon e uma senhora californiana. Nenhum deles sabia que o palestrante era brasileiro.
Embora houvesse essa diversidade de turistas no evento, a maioria da plateia era de crianças estudantes uniformizadas. Havia, no mínimo três grupos uniformizados com cores diferentes, o que fazia supor que se originavam de diferentes escolas.
O cardápio em si não era nada excepcional, com exceção do peixe que estava uma delícia (e que não estava no menu originalmente). Outra coisa que me chamou a atenção é que a Pepsi nos pareceu bem mais saborosa do que a oferecida no Brasil. Uma boa variedade de tortas e cookies finalizou bem aquela comunhão entre os povos.
Nosso herói nacional, com sua simpatia e simplicidade costumeira (parecendo até que isso fazia parte do edital para ir para o espaço), começou sua fala mostrando a grande dificuldade que se impõe para um brasileiro ser selecionado e tomar parte desse programa espacial: seus sonhos desde pequeno em Bauru, São Paulo, a máxima de sua mãe, Zuleika Pontes, que dizia que ele poderia ser qualquer coisa se acreditasse e estudasse para realizar seus objetivos, seu ingresso no ITA, sua experiência como tenente coronel aviador, seu mestrado em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, em Monterrey, Califórnia. Enfim, era uma palestra motivacional e sua mensagem era dirigida especialmente para a nova geração.
A Nasa certamente não estava muito satisfeita com a participação brasileira na construção da Estação Espacial Internacional (ISS), principalmente devido aos atrasos e por não honrarmos nossos compromissos com o projeto da ISS.
Isso deve ter trazido muito constrangimento para Pontes durante seus oito anos de treinamento. Afinal, mesmo debaixo de muitas críticas, ele deve ter se sentido como uma espécie de símbolo nacional vivo. Um ídolo da ciência e tecnologia cuja missão poderia alavancar uma condição mais favorável para futuros pesquisadores e astronautas nacionais. Afinal a autoestima nacional andava meio em baixa e a propaganda oficial tentava passar a mensagem de que ser brasileiro é nunca desistir. Porém, quase nunca identificamos o Brasil com ciência pura e tecnologia de ponta. Pontes deveria ser uma das pontes que levaria gerações vindouras a trazer uma nação ao século XXI de fato.
Mas paradigmas são difíceis de serem quebrados. Pontes deve ter sofrido horrores com a bagunça de nossa política aeroespacial e esgotado seu estoque de desculpas pelos atrasos e descumprimentos da agenda firmada pelo país e que ameaçava atrasar o cronograma da ISS como um todo. Para além disso, o acidente que vitimou toda a tripulação do ônibus espacial Columbia acabou por interromper os voos da Nasa até a ISS, e o Brasil teve que recorrer aos russos para que pudéssemos finalmente ter um brasileiro orbitando a Terra. Assim a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) firmaram um acordo para a realização da primeira missão espacial tripulada brasileira, batizada de "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont.
Tudo resolvido? Bem, se você considera ter que aprender russo em apenas três meses uma tarefa tranquila...E mais, apesar daquela história dos americanos desenvolverem uma caneta espacial (verdade, eu comprei uma) e os russos usarem lápis ser só parcialmente real, pelos vídeos apresentados parece mesmo que o programa espacial russo tem cheiro lo-tec de anos 60.
Mas na época não havia opção, no mesmo voo com Marcos Pontes viajaram mais um cosmonauta russo e um norte-americano. E é claro, todos tiveram que se submeter aos rigores do treinamento russo. Mesmo se já estivessem preparados para voar em um ônibus espacial.
Uma das maiores diferenças dos programas dos dois países era que, ao contrário do ônibus espacial que pousava em uma pista na Flórida, da cápsula russa era mais difícil prever o local da aterrissagem. De modo que os astronautas/cosmonautas precisavam de aprender técnicas de sobrevivência estilo Bear Grylls. Isso significa ter que aprender tiro para se defender de predadores e resistir ao frio da neve e ao calor do deserto.
Antes mesmo que alguém ousasse fazer a pergunta que não quer calar, o astronauta verde-amarelo já se adiantou e exibiu um filme mostrando como é burocrática a ida ao banheiro no espaço. O constrangedor Treinamento de Posicionamento. Onde até uma câmera é usada para que o astronauta acerte o alvo com precisão e segurança.
Nele um voluntário mostra como tiras de velcro devem ser atadas a fim de prender firmemente os pés do astronauta em pedais enquanto as mãos seguram em corrimões de forma a manter a trivial posição de sentado. Assim, uma poderosa sucção pode agir garantindo que nenhum detrito orgânico saia flutuando.
Esquecendo a curiosidade escatológica, há um sentido ambiental maior, que deveria ser debatido em sala de aula, embutido no fato dos ocupantes da estação orbital beberem a água da urina reciclada.
Prosseguindo a apresentação, o primeiro lusófono da ISS exibiu outro vídeo, que ele mesmo classificou como sendo raro, mostrando a reentrada na atmosfera da cápsula que o abrigava.
No filme três bolas de fogo se desintegravam de forma semelhante à vista nas imagens do acidente do ônibus espacial Columbia, com a diferença que a proteção térmica da cápsula onde se encontrava Marcos Pontes funcionou perfeitamente.
Ao final do encontro tivemos uma rápida sessão de perguntas onde, principalmente as crianças, perguntaram coisas como se Pontes já havia visitado outros planetas e como ele se sentia no espaço.
No site oficial do astronauta Marcos Pontes, que prefere ser chamado de professor, ele fala sobre sua visão de como deveria ser a educação nacional, com um currículo unificado em todo Brasil para que, por exemplo, um estudante do Acre possa fazer vestibular na Unicamp tendo a certeza de que sua nota está relacionada ao desempenho de um estudante de São Paulo com a mesma nota.
O Astronauta Marcos Pontes considera a Educação como a atividade mais importante em qualquer país que busca desenvolvimento.
Portanto, como figura de influência pública, ele constantemente ressalta que a profissão de Professor é a profissão mais importante de qualquer nação séria. Sem professores não pode existir nenhuma outra atividade de forma eficiente para o país! A função de professor traz o futuro da sociedade na palma da mão. Esse é o poder dessa profissão!
Para Marcos Pontes, esse assunto é tão importante que, embora seus feitos como Primeiro Astronauta Brasileiro sejam parte da história do País, ele prefere ser chamado de Professor Marcos Pontes do que Astronauta Marcos Pontes.
No ensino superior, Marcos Pontes defende a importância da participação do setor privado na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e produtos gerados e/ou aperfeiçoados por centros de pesquisas compartilhados e em parceria com universidades.
No ensino básico (infantil, fundamental e médio), Marcos Pontes defende a educação homogênea e em tempo integral.
Por Educação Homogênea entende-se que o mesmo currículo seria aplicado a todos os alunos, em todas as escolas, em todos os estados do Brasil. (...) Para tanto, é necessário um trabalho constante na capacitação dos professores a nível nacional, além do cuidado na padronização da infraestrutura, dos materiais escolares, das condições de trabalho e dos serviços oferecidos em todas as escolas.
Por Educação em Tempo Integral entende-se que os alunos, de todas as séries, do infantil, fundamental e ensino médio teriam atividades na escola nos dois períodos (manhã e tarde). Com isso eles teriam não só as aulas do currículo básico, mas também atividades complementares focadas no seu desenvolvimento pessoal (intrapessoal e interpessoal) e profissional.
(...)Nossas crianças não podem colocar todas as suas esperanças na ínfima probabilidade de se tornarem jogadores ou artistas ricos e famosos. Eles precisam ver e acreditar que, através do estudo, dedicação, esforço e trabalho, é possível PARA QUALQUER UM, mesmo oriundo das regiões e classes mais pobres (como foi o caso do nosso Astronauta), tornar-se um cidadão produtivo e uma pessoa de sucesso pessoal e profissional.
Bons professores e exemplos de vida equilibrada com sucesso criados pela Educação, pela Ciência e Tecnologia são essenciais nesse trabalho.
Trecho retirado do site oficial de Marcos Pontes
Pontes hoje não está mais ligado às Forças Armadas, devido à sua intensa agenda civil entre palestras e compromissos oficiais, e é Professor Convidado do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP). Realmente foi um bom negócio almoçar com um astronauta e ganhar um banquete cultural com um docente desse gabarito de brinde.
Saiba mais sobre o Brasil na ISS.
[Via BBA]
Um dos melhores posts já publicados no blog.
ResponderExcluirPercebe-se as influências de novos ares e de ares renovados pelo descanso e pela descontração.
Conforme Sócrates, ter perguntas é mais importante que ter respostas.
Quando as perguntas são brilhantes, o entrevistador é arguto e perspicaz e as tem dentro de si; o entrevistado é de altíssimo nível e sente-se confortável e até entusiasmado por encontrar um conterrâneo de tanta qualidade, em tão propício ambiente; a conjunção dessa coincidência de fatores propicia textos como esse.
Acho que as páginas amarelas da veja não conseguiram um abordagem tão feliz.
Very good. Now and ever.
Este Marcos Pontes é Amoral...
ResponderExcluirUma das poucas crianças que falou que queria ser astronauta quando crescesse... E conseguiu.
ResponderExcluirPelo Brasil e seu povo ele não moveu uma palha... porém, para os gringos, lavou banheiro, varreu o chão, engraxou coturnos e muitas coisas mais que ele não fez e nem pensaria em fazer aqui e pelo Brasil... para mim ele não tem relevância alguma... é simplesmente um filhinho de papai que pôde ter a sorte de estudar em escolas particulares e papai lhe ajudar a entrar como oficial nas forças armadas, pisa em todos aqui no Brasil, vai para os Estados Unidos e é pisado e tenta se passar por um vencedor... a trajetória dele é mais fácil que mastigar geléia...
ResponderExcluirEu estive na palestra e posso dizer que o que ele mais fez lá foi elevar o nome do Brasil da melhor maneira. Contando uma história de superação e já cansei de vê-lo em shoppings e em entrevistas levando essa mensagem de otimismo. É claro que ele é como o tenista Guga. Uma estrela solitária sem uma política nacional séria que impulsione a área que atua. Mas isso não é culpa dele. E a opinião do Juliano, que eu respeito mas discordo, mostra muito mais a tendência brasileira de tratar mal ídolos, heróis nacionais e celebridades que obtêm mais reconhecimento no exterior do que em sua própria casa. Sua ida ao espaço foi quase simbólica. Mas um país também precisa dessas referências. Para obter espaço político e midiático para a causa científica e da pesquisa.
ResponderExcluirNem astronauta ele é. É cosmonauta.
ResponderExcluirUm pilantra traidor da pátria, isso sim.
Como tudo no Brasil, ele levou a esculhambação ao espaço.
Enquanto os russos faziam seu trabalho, sempre sérios, o palhaço só ficava rindo, rindo...