Escola de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, testa sistema que "entrega" se estudante "matou aula" ou se chegou bem...
Escola de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, testa sistema que "entrega" se estudante "matou aula" ou se chegou bem à escola.
Com a tecnologia de Rádio-Frequência de identificação (RFID), já usada em Vitória da Conquista, na Bahia, os chips serão identificados por sensores instalados na entrada das escolas. Imediatamente, o sistema da escola e os celulares cadastrados pelos pais ou responsáveis pelos estudantes receberão uma mensagem, comunicando a entrada e a saída do aluno da instituição.
A diretora do Centro de Ensino Médio 414, em Samambaia, Distrito Federal, Remísia Tavares, conta que a ideia de testar a tecnologia se deu por causa do alto índice de evasão de alunos no meio das aulas.
Então, ela resolveu entrar em contato com a empresa do chip usado na Bahia após ver uma reportagem sobre a implantação do sistema por lá.
Há uma semana, o chip começou a ser testado (e por muitos, destestado) por 42 alunos do 1º ano. A turma do 1º B é monitorada pelo sistema de controle eletrônico de frequência que avisa professores, direção e pais sobre atrasos e tentativas dos alunos gazetearem.
Segundo reportagem da Rádio CBN, o chip é implantado embaixo do logotipo da escola, na camiseta do uniforme, que pode ser lavado normalmente. Além disso, mesmo que um aluno empreste o uniforme para outro colega, os professores dizem que fazem uma contagem para conferir se o que o sistema informa está de acordo com a quantidade de estudantes, de fato, presentes na sala. A própria direção conseguiria detectar que determinados alunos sempre entram juntos e saem juntos da escola, o que levantaria a suspeita de tentativa fraude.
Com apenas uma semana de testes, a diretora relata não ser possível, por enquanto, saber se o uso da tecnologia deu resultado. Além do fator novidade, cinco uniformes com chip acabaram dando defeito.
A supervisora pedagógica da escola Leila Souza ressalta que a medida deve ajudar a desafogar as linhas telefônicas da escola:
Pertencente à “turma do fundão”, Rafael Aguiar, do 1º B, diz ser contra o uso do sistema na escola:
Ele foi um dos cinco alunos que tiveram problemas com o sistema. Com um sorriso no rosto e o chip na mão, ele explica:
Não é um amor? Já os representantes da turma cobaia, Jéferson Alves e Bárbara Coelho (
um ótimo sobrenome para cobaia), são indiferentes em relação ao uso da tecnologia.
Bárbara diz, que pela questão da segurança, o chip pode ser bom:
E para os demais alunos? De maneira geral o sistema tem sido visto como “desnecessário”.
Já outra aluna do 3º ano, que não se identificou, diz que “não está se sentindo confortável com o sistema”.
Para Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, o embate de opiniões entre professores e alunos é considerado normal:
Quézia chama atenção para o fato de que há uma tendência de uso de tecnologia para o ensino.
E o governo do DF? O que acha disso tudo? A Secretaria de Educação do Distrito Federal ainda não se posicionou a respeito do uso do sistema. Por meio de nota, o órgão afirma que:
A secretaria ainda acrescenta afirmando que se os resultados do sistema da CEM 414 forem positivos, há possibilidade de o sistema ser implementado em todas as escolas do DF.
Para a escola, será possível avaliar os resultados após o fim do ano letivo. Uma vez que até lá o chip será testado gratuitamente. Se optarem por adotar em definitivo a tecnologia, os custos serão de R$ 16 mensais por aluno. O que acarretaria um gasto de cerca 28.800 reais mensais, pois o CEM 414 conta com, aproximadamente, 1.800 estudantes.
Fonte: UOL, Rádio CBN
[Via BBA]
Com a tecnologia de Rádio-Frequência de identificação (RFID), já usada em Vitória da Conquista, na Bahia, os chips serão identificados por sensores instalados na entrada das escolas. Imediatamente, o sistema da escola e os celulares cadastrados pelos pais ou responsáveis pelos estudantes receberão uma mensagem, comunicando a entrada e a saída do aluno da instituição.
A diretora do Centro de Ensino Médio 414, em Samambaia, Distrito Federal, Remísia Tavares, conta que a ideia de testar a tecnologia se deu por causa do alto índice de evasão de alunos no meio das aulas.
Acontece de uma aula começar com 40 alunos e no final da tarde, a sala estar com 15, 20. Tentamos outras formas de controle das faltas, mas não deu certo.
Não se trata apenas de controle. Ao receber as mensagens por SMS, os pais vão estar mais participativos. E mais tranquilos.
Então, ela resolveu entrar em contato com a empresa do chip usado na Bahia após ver uma reportagem sobre a implantação do sistema por lá.
Há uma semana, o chip começou a ser testado (e por muitos, destestado) por 42 alunos do 1º ano. A turma do 1º B é monitorada pelo sistema de controle eletrônico de frequência que avisa professores, direção e pais sobre atrasos e tentativas dos alunos gazetearem.
Exemplo de SMS enviado pelo sistema. |
Segundo reportagem da Rádio CBN, o chip é implantado embaixo do logotipo da escola, na camiseta do uniforme, que pode ser lavado normalmente. Além disso, mesmo que um aluno empreste o uniforme para outro colega, os professores dizem que fazem uma contagem para conferir se o que o sistema informa está de acordo com a quantidade de estudantes, de fato, presentes na sala. A própria direção conseguiria detectar que determinados alunos sempre entram juntos e saem juntos da escola, o que levantaria a suspeita de tentativa fraude.
Com apenas uma semana de testes, a diretora relata não ser possível, por enquanto, saber se o uso da tecnologia deu resultado. Além do fator novidade, cinco uniformes com chip acabaram dando defeito.
A supervisora pedagógica da escola Leila Souza ressalta que a medida deve ajudar a desafogar as linhas telefônicas da escola:
Há muito pais que ligam para saber se os filhos chegaram à escola. Com o aviso automático, esse número de telefonemas diminuiria.
Another brick in the wall
Pertencente à “turma do fundão”, Rafael Aguiar, do 1º B, diz ser contra o uso do sistema na escola:
Tem coisas mais importantes para se preocupar aqui. A gente não tem quadra coberta e ficam falando de chip.
Ele foi um dos cinco alunos que tiveram problemas com o sistema. Com um sorriso no rosto e o chip na mão, ele explica:
Caiu da camiseta, né.
Não é um amor? Já os representantes da turma cobaia, Jéferson Alves e Bárbara Coelho (
Para mim não faz diferença mesmo. Só uma vez na vida não fiquei na aula.
Jéferson Alves
Bárbara diz, que pela questão da segurança, o chip pode ser bom:
Os pais vão saber que a gente chegou bem à escola. Apesar de que semana passada fui assaltada a caminho de casa e ter chip não faria diferença.
E para os demais alunos? De maneira geral o sistema tem sido visto como “desnecessário”.
Aqui não tem auditório, quadra de esportes e falta professor. Aí vai gastar dinheiro com chip.
Juan Cavalcanti. Aluno do 3º ano do CMC 114
Já outra aluna do 3º ano, que não se identificou, diz que “não está se sentindo confortável com o sistema”.
Para Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, o embate de opiniões entre professores e alunos é considerado normal:
Quando a tecnologia convém [para os adolescentes], serve. Mas quando é usada para controle, há protestos. Isso já aconteceu no caso das câmeras de segurança nas escolas.
Quézia chama atenção para o fato de que há uma tendência de uso de tecnologia para o ensino.
Não dá para ir contra a maré.
E o governo do DF? O que acha disso tudo? A Secretaria de Educação do Distrito Federal ainda não se posicionou a respeito do uso do sistema. Por meio de nota, o órgão afirma que:
Não foi avisado sobre os testes e que está estudando outros projetos similares.
A secretaria ainda acrescenta afirmando que se os resultados do sistema da CEM 414 forem positivos, há possibilidade de o sistema ser implementado em todas as escolas do DF.
Para a escola, será possível avaliar os resultados após o fim do ano letivo. Uma vez que até lá o chip será testado gratuitamente. Se optarem por adotar em definitivo a tecnologia, os custos serão de R$ 16 mensais por aluno. O que acarretaria um gasto de cerca 28.800 reais mensais, pois o CEM 414 conta com, aproximadamente, 1.800 estudantes.
Teríamos que ver se os custos seriam pagos pelos pais. É possível que façamos uma reunião no início do ano que vem para apresentar os resultados e debater.
Remísia Tavares
Fonte: UOL, Rádio CBN
[Via BBA]
Se fosse em São Paulo, o chip seria completamente desnecessário, pois com a aprovação automática, tanto faz se a criança vai ou não à escola, faz ou não a lição, se aprende ou não, pois já passou de série. Para o governo, bastando saber escrever o nome no futuro diploma já é mais que suficiente. Povo burro é mais fácil de ser dominado.
ResponderExcluirMas para os pais que querem se livrar dos filhos durante um período mas não querem eles correndo riscos por aí, faz toda a diferença.
ResponderExcluirDefinitivamente as escolas estão ultrapassando seus limites por conta disso acontece a evasão escolar . Acontece que se os pais podem pegar cerca de R$16,00 reais por aluno mensalemnte eles poderiam pegar essa mesma quantia em dinheiro e comprar um livro e estimular seus filhos a lerem a serem cidadões verdadeiramente informados. Se a preoculpação dos pais e com a segurança que contrate um segurança para ficar de olho em seu filho e não reclame se ele crescer e virar um adulto com a estima baixa e não tiver autonomia pra resolver os problemas da vida .
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