Cientistas usam levitação da indústria espacial para produção e análise de medicamentos.
Cientistas usam levitação da indústria espacial para produção e análise de medicamentos.
Pesquisadores estão usando levitação com ondas sonoras para manter líquidos suspensos no ar. A técnica permite analisá-los e fazê-los reagir de um modo bem mais eficaz.
Outra forma de conseguir levitação, através do magnetismo, já é bem conhecida e usada em áreas como da fusão nuclear e a criação de órgãos artificiais.
Dr. Chris Benmore e sua equipe, do Argonne National Laboratory, EUA, está fazendo sua própria versão de levitação usando ondas sonoras.
E para sorte de Benmore ele nem mesmo precisou inventar um levitador acústico: a NASA já havia feito o trabalho, visando simular a microgravidade.
O sistema de levitação usa dois pequenos alto-falantes, um em cima e outro embaixo, para gerar ondas sonoras de frequência acima da faixa audível (cerca de 22 khz).
Quando ambos são alinhados com precisão, as ondas emitidas por eles se interferem mutuamente, e um fenômeno conhecido como onda estacionária surge entre eles.
Ao longo dessa onda, em pontos conhecidos como nós, cessa qualquer transferência energética.
Como a pressão acústica das ondas é suficiente para anular a força da gravidade, objetos leves o suficiente permanecem em suspensão se postos nos nós precisamente.
Tal fenômeno é chamado de "amorfização" do líquido, pois líquidos assumem o formato dos recipientes onde se encontram. E sem haver recipiente, não há forma.
A amorfização serviria para otimizar reações químicas. Explicando: A estrutura molecular dos fármacos são categorizadas como: Amorfa ou cristalina.
A medicação amorfa, em regra, é melhor absorvida pelo organismo do que aquela que assume a forma cristalina. Isso porque são mais solúveis e possuem maior biodisponibilidade. Isto é, conseguem o mesmo efeito com uma menor dosagem. O faz com que os efeitos colaterais sejam reduzidos.
Todavia, como logo que uma solução toca algo, como a parede de um tubo de ensaio, por exemplo, ela normalmente se solidifica em sua forma cristalina, isso faz com que a grande maioria dos medicamentos comercializados estejam na forma cristalina. Uma vez que é bastante difícil produzir drogas em sua forma amorfa.
Mas com a levitação de líquidos, a reação entre as substâncias envolvidas pode ser realizada sem contato com recipientes. O que abre novas possibilidades de fabricação de drogas amorfas.
Ainda que, no momento, a levitação acústica esteja permitindo a manipulação de quantidades muito pequenas de cada droga, a técnica já se mostrou promissora como ferramenta analítica, permitindo verificar as condições nas quais se formam as melhores drogas amorfas.
Assim, embora os cientistas tenha usado a levitação sonora para analisar pouco mais de 20 medicamentos, os resultados foram animadores o bastante para que eles quisessem obter a patente da técnica.
Fonte: ANL (em inglês), Inovação Tecnológica
[Via BBA]
Pesquisadores estão usando levitação com ondas sonoras para manter líquidos suspensos no ar. A técnica permite analisá-los e fazê-los reagir de um modo bem mais eficaz.
Outra forma de conseguir levitação, através do magnetismo, já é bem conhecida e usada em áreas como da fusão nuclear e a criação de órgãos artificiais.
Dr. Chris Benmore e sua equipe, do Argonne National Laboratory, EUA, está fazendo sua própria versão de levitação usando ondas sonoras.
E para sorte de Benmore ele nem mesmo precisou inventar um levitador acústico: a NASA já havia feito o trabalho, visando simular a microgravidade.
O sistema de levitação usa dois pequenos alto-falantes, um em cima e outro embaixo, para gerar ondas sonoras de frequência acima da faixa audível (cerca de 22 khz).
Quando ambos são alinhados com precisão, as ondas emitidas por eles se interferem mutuamente, e um fenômeno conhecido como onda estacionária surge entre eles.
Ao longo dessa onda, em pontos conhecidos como nós, cessa qualquer transferência energética.
Como a pressão acústica das ondas é suficiente para anular a força da gravidade, objetos leves o suficiente permanecem em suspensão se postos nos nós precisamente.
Tal fenômeno é chamado de "amorfização" do líquido, pois líquidos assumem o formato dos recipientes onde se encontram. E sem haver recipiente, não há forma.
A amorfização serviria para otimizar reações químicas. Explicando: A estrutura molecular dos fármacos são categorizadas como: Amorfa ou cristalina.
Um dos maiores desafios quando se trata de desenvolvimento de drogas é reduzir a quantidade de droga necessária para atingir o benefício terapêutico, seja o que for.
Dr. Chris Benmore
A medicação amorfa, em regra, é melhor absorvida pelo organismo do que aquela que assume a forma cristalina. Isso porque são mais solúveis e possuem maior biodisponibilidade. Isto é, conseguem o mesmo efeito com uma menor dosagem. O faz com que os efeitos colaterais sejam reduzidos.
Todavia, como logo que uma solução toca algo, como a parede de um tubo de ensaio, por exemplo, ela normalmente se solidifica em sua forma cristalina, isso faz com que a grande maioria dos medicamentos comercializados estejam na forma cristalina. Uma vez que é bastante difícil produzir drogas em sua forma amorfa.
Mas com a levitação de líquidos, a reação entre as substâncias envolvidas pode ser realizada sem contato com recipientes. O que abre novas possibilidades de fabricação de drogas amorfas.
Ainda que, no momento, a levitação acústica esteja permitindo a manipulação de quantidades muito pequenas de cada droga, a técnica já se mostrou promissora como ferramenta analítica, permitindo verificar as condições nas quais se formam as melhores drogas amorfas.
Assim, embora os cientistas tenha usado a levitação sonora para analisar pouco mais de 20 medicamentos, os resultados foram animadores o bastante para que eles quisessem obter a patente da técnica.
Fonte: ANL (em inglês), Inovação Tecnológica
[Via BBA]
Achei tudo isso muito interessante.
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