Seria esse particular meio de transporte a solução para o transporte urbano? O histórico carro do Kaiser Guilherme II Wuppertal é o c...
Seria esse particular meio de transporte a solução para o transporte urbano?
Wuppertal é o centro econômico, educacional, industrial, cultural e a maior cidade da região de Bergisches Land. Essa "grande cidade no campo" é uma cidade independente (kreisfreie Stadt) localizada na região da Renânia do Norte-Vestfália. Situada às margens do rio Wupper, ao sul da Região do Ruhr e a oeste de Düsseldorf.
A elefante Tuffi caiu do monotrilho em 1950. E sobreviveu por mais 39 anos
Mas é também mundialmente conhecida como a cidade do monotrilho, o que se tornou até o slogan oficial da cidade.
Apesar disso, faz relativamente pouco tempo que Wuppertal existe no mapa. A junção das grandes cidades de Elberfeld e Barmen, além das cidadezinhas de Ronsdorf, Cronenberg e Vohwinkel em 1929, foram refundadas com o nome de Barmen-Elberfeld. Em 1930, depois de um plebiscito, a cidade recebeu o nome atual de Wuppertal, denominação que define exatamente o que ela é: a cidade está localizada no vale (em alemão, "Tal") do rio Wupper.
Pois nessa cidade consciente de sua história e cultura foi construído o trem monotrilho suspenso Wuppertaler Schwebebahn em 1900, ainda durante o reinado de Guilherme II, o último Kaiser da Alemanha. Ou seja, não tem nada de novo. Mas durante todo esse tempo esteve operando e angariando cada vez mais a confiança de seus usuários.
E não são poucos os que usufruem da sensação de deslizar a 8 metros de altura por sobre as ruas, ou mesmo sentir a vertigem de estar a 12 metros levitando sobre as águas do rio Wupper enquanto viaja em seu percurso de 13,3 km de extensão passando por 20 estações em pouco mais de meia hora. O Schwebebahn transporta 25 milhões de passageiros por ano, tendo transportado cerca de 2 bilhões desde a sua abertura.
Durante todo esse tempo foram poucos os acidentes, o único com vítima fatal ocorreu em 1999, após funcionários da manutenção esquecerem uma peça de metal no trilho causando o descarrilhamento e morte de 5 passageiros e 49 feridos (que despencaram de 10 metros de altura no rio). Em 1950, uma bebê-elefante, usado para promover um circo, foi empurrado do vagão após começar a se debater, contudo sobreviveu após cair no rio. Depois do incidente, e de ficar famoso em toda a Alemanha, o animal recebeu o nome de Tuffi (mergulho, em italiano).
Mas seria essa a solução para o trânsito? Bem, hoje em dia certamente tentaríamos um meio que não balançasse tanto, como podemos ver no vídeo, ou que fosse mais silencioso. E os monotrilhos suspensos da atualidade parece que tendem a ser mais aerodinâmicos e repousarem sobre os trilhos (quem sabe levitando sobre supercondutores?), o que acaba possuindo um caráter menos bucólico, porém que transmite uma maior sensação de segurança, o que sempre traz maior conforto aos passageiros.
Também parece que a solução para o transporte público passará pelo uso de camadas tridimensionais (sejam subterrâneas ou aéreas). E trilhos elevados passando sobre rios soa como um conceito que deveria ser tentado. Ainda que haja o risco de degradar a paisagem urbana. Todavia, ainda que não tenha consultado nenhum engenheiro, sua implementação parece mais em conta do que a de um metrô, e parece responder melhor à questão da última milha.
O monotrilho é até mais espalhafatoso do que os metrôs, o que poderia conquistar apoio político mais facilmente. Todavia, temos muitos outros modos de transporte coletivo com seus prós e contras. Como os ônibus tipo BRT (Bus Rapid Transit) e os trens do tipo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que deverão ser implementados para a Copa de 2014 e para a Olimpíada do Rio em 2016 (o próprio monotrilho deveria ser implementado em São Paulo, conforme anunciado em 2009, caso a Abertura da Copa de 2014 fosse no Estádio do Morumbi. Com a mudança para o Itaquerão o projeto poderá ser BEM postergado).
O único monotrilho que o Brasil possui é o de Poços de Caldas, de propriedade particular e desativado. O monotrilho está desativado desde 2000 e uma parte da via foi destruída em 2003.
Em 2009, a prefeitura de Nova Friburgo fez um estudo que concluiu que o sistema de trens suspenso de Wuppertal seria inviável por lá. Além de ser muito caro, levaria apenas 180 passageiros por viagem. Ainda por cima, as peças só são fabricadas em Wuppertal, o que tornaria a manutenção e o financiamento particularmente difícil.
Espera-se que vá haver muito dinheiro mal gasto em locomoção urbana nos próximo anos. Mas pelo menos teremos como verificar um monte de soluções para melhorar o exercício do direito de ir e vir em nossas cidades. Será que daqui a 100 anos estaremos celebrando o VLT na W3 em Brasília (por enquanto, parado por irregularidades nas obras) como lembramos hoje do monotrilho de Wuppertal? Só o tempo dirá. Mas certamente temos alguns palpites, né?
Fonte: Wikipedia, German National Tourist Board
[Via BBA]
O histórico carro do Kaiser Guilherme II |
Mas é também mundialmente conhecida como a cidade do monotrilho, o que se tornou até o slogan oficial da cidade.
Apesar disso, faz relativamente pouco tempo que Wuppertal existe no mapa. A junção das grandes cidades de Elberfeld e Barmen, além das cidadezinhas de Ronsdorf, Cronenberg e Vohwinkel em 1929, foram refundadas com o nome de Barmen-Elberfeld. Em 1930, depois de um plebiscito, a cidade recebeu o nome atual de Wuppertal, denominação que define exatamente o que ela é: a cidade está localizada no vale (em alemão, "Tal") do rio Wupper.
Pois nessa cidade consciente de sua história e cultura foi construído o trem monotrilho suspenso Wuppertaler Schwebebahn em 1900, ainda durante o reinado de Guilherme II, o último Kaiser da Alemanha. Ou seja, não tem nada de novo. Mas durante todo esse tempo esteve operando e angariando cada vez mais a confiança de seus usuários.
Wuppertal: terra de Friedrich Engels e do nosso Hans Donner |
Durante todo esse tempo foram poucos os acidentes, o único com vítima fatal ocorreu em 1999, após funcionários da manutenção esquecerem uma peça de metal no trilho causando o descarrilhamento e morte de 5 passageiros e 49 feridos (que despencaram de 10 metros de altura no rio). Em 1950, uma bebê-elefante, usado para promover um circo, foi empurrado do vagão após começar a se debater, contudo sobreviveu após cair no rio. Depois do incidente, e de ficar famoso em toda a Alemanha, o animal recebeu o nome de Tuffi (mergulho, em italiano).
Acidente em 1999: 5 mortos e 49 feridos |
Mas seria essa a solução para o trânsito? Bem, hoje em dia certamente tentaríamos um meio que não balançasse tanto, como podemos ver no vídeo, ou que fosse mais silencioso. E os monotrilhos suspensos da atualidade parece que tendem a ser mais aerodinâmicos e repousarem sobre os trilhos (quem sabe levitando sobre supercondutores?), o que acaba possuindo um caráter menos bucólico, porém que transmite uma maior sensação de segurança, o que sempre traz maior conforto aos passageiros.
Também parece que a solução para o transporte público passará pelo uso de camadas tridimensionais (sejam subterrâneas ou aéreas). E trilhos elevados passando sobre rios soa como um conceito que deveria ser tentado. Ainda que haja o risco de degradar a paisagem urbana. Todavia, ainda que não tenha consultado nenhum engenheiro, sua implementação parece mais em conta do que a de um metrô, e parece responder melhor à questão da última milha.
O monotrilho é até mais espalhafatoso do que os metrôs, o que poderia conquistar apoio político mais facilmente. Todavia, temos muitos outros modos de transporte coletivo com seus prós e contras. Como os ônibus tipo BRT (Bus Rapid Transit) e os trens do tipo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que deverão ser implementados para a Copa de 2014 e para a Olimpíada do Rio em 2016 (o próprio monotrilho deveria ser implementado em São Paulo, conforme anunciado em 2009, caso a Abertura da Copa de 2014 fosse no Estádio do Morumbi. Com a mudança para o Itaquerão o projeto poderá ser BEM postergado).
Monotrilho de Poços de Caldas - MG |
O único monotrilho que o Brasil possui é o de Poços de Caldas, de propriedade particular e desativado. O monotrilho está desativado desde 2000 e uma parte da via foi destruída em 2003.
Em 2009, a prefeitura de Nova Friburgo fez um estudo que concluiu que o sistema de trens suspenso de Wuppertal seria inviável por lá. Além de ser muito caro, levaria apenas 180 passageiros por viagem. Ainda por cima, as peças só são fabricadas em Wuppertal, o que tornaria a manutenção e o financiamento particularmente difícil.
Espera-se que vá haver muito dinheiro mal gasto em locomoção urbana nos próximo anos. Mas pelo menos teremos como verificar um monte de soluções para melhorar o exercício do direito de ir e vir em nossas cidades. Será que daqui a 100 anos estaremos celebrando o VLT na W3 em Brasília (por enquanto, parado por irregularidades nas obras) como lembramos hoje do monotrilho de Wuppertal? Só o tempo dirá. Mas certamente temos alguns palpites, né?
Fonte: Wikipedia, German National Tourist Board
[Via BBA]
sou de poços de Caldas, o monotrilho aqui nunca funcionou plenamente, sua instalação causou extremo impacto visual e agora que está abandonado virou um problema, sem contar que mesmo funcionando sua extenção seria curta tendo mais função turistica do que transporte de massa, acho que ainda não temos infraestrutura adquada para esse tipo de transporte, um sistema de onibus bem estruturado resolve melhor o problema e de forma mais barata.
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