Após 7 anos no cargo, a mais longa permanência, o Presidente da Petrobras fala no Roda Viva sobre sua gestão à frente da empresa, as perspec...
Após 7 anos no cargo, a mais longa permanência, o Presidente da Petrobras fala no Roda Viva sobre sua gestão à frente da empresa, as perspectivas com o pré-sal e a possível futura carreira política.
Durante a entrevista, que foi ao ar no dia 06/02/2012, José Sérgio Gabrielli de Azevedo falou, entre outros assuntos, sobre sua saída da Petrobras ainda neste mês; sua gestão à frente da empresa, desde 2005; as perspectivas do pré-sal; e se irá assumir algum cargo no Governo.
Parte 1
Apresentado por Mario Sergio Conti, e um time de entrevistadores formado por Cida Damasco (editora executiva do jornal O Estado de S. Paulo), Claudio Weber Abramo (diretor executivo da Transparência Brasil), Claudia Schüffner (repórter de Petróleo, Gás e Energia da sucursal do Rio de Janeiro do jornal Valor Econômico), Consuelo Dieguez (repórter da revista Piauí) e Axel Grael (engenheiro florestal e ambientalista). O programa também teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Dizendo ter saído da empresa para uma secretaria do Governo da Bahia como fazendo parte de um plano político (e não confirmando ter chorado em uma reunião com a presidente Dilma), Gabrielli ainda revelou não ter que quarentena por não haver essa previsão (nem legal, nem por parte da Petrobras).
Explicou a política de preço da empresa e as vantagens de manter o preço inalterado por algum tempo (para permitir, por exemplo, planejamento de longo prazo).
Mario Sergio Conti: O senhor nega que existem diretores indicados por partidos?
Sérgio Gabrielli: Não, não nego que existam. Mas não é esse o problema. Mas eles tem a obrigação de seguir os procedimentos. Existe disciplina na Petrobras.
Mario Sergio Conti: Eu sei disso. Mas por que precisa de ser um cara do PTB e não o melhor técnico.
Sérgio Gabrielli: Nós estamos em uma democracia. Em uma democracia em que os partidos são legítimos. Em que os partidos representam os interesses do povo brasileiro. Ou vocês querem negar os direitos dos partidos.
Mario Sergio Conti: Mas em uma empresa?
Parte 2
Sérgio Gabrielli:(...)O que aconteceu nos últimos 4 anos? Houve redução no consumo de petróleo? Não. Houve um aumento. O petróleo saiu de 83 milhões de barris/dia para 87/88 milhões de barris/dia. Por quê? A Europa diminui o consumo de petróleo? Diminuiu. Os EUA diminuiu o consumo de petróleo per capita? Diminuiu. O Japão diminuiu o consumo de petróleo per capita? Diminuiu. Mas a Índia, a China, o Brasil, os países da América do Sul, os países da África aumentaram. Objetivamente o que está acontecendo é um deslocamento do consumo de petróleo dos países centrais para os países emergentes.
[Perguntado se inclusão social combinava com energia limpa.]
Parte 3
Parte 4
Se você tem uma área exploratória nova, essa mesma sonda, que é usada para desenvolver a produção e para crescer a produção, ela também é usada para encontrar petróleo e para delimitar novas descobertas que vão ter efeito lá adiante.
A Petrobras faz uma propaganda institucional dela. Ela faz propaganda de produtos também: Ela faz propaganda do Lubrax, faz propaganda de produtos. Mas ela tem forte investimento em comunicação institucional. Que é parte da cidadania corporativa. Isso não é só da Petrobras. Nós investimos ao todo menos de 1,5% do faturamento que é um padrão internacional.
Durante a entrevista, que foi ao ar no dia 06/02/2012, José Sérgio Gabrielli de Azevedo falou, entre outros assuntos, sobre sua saída da Petrobras ainda neste mês; sua gestão à frente da empresa, desde 2005; as perspectivas do pré-sal; e se irá assumir algum cargo no Governo.
Parte 1
Apresentado por Mario Sergio Conti, e um time de entrevistadores formado por Cida Damasco (editora executiva do jornal O Estado de S. Paulo), Claudio Weber Abramo (diretor executivo da Transparência Brasil), Claudia Schüffner (repórter de Petróleo, Gás e Energia da sucursal do Rio de Janeiro do jornal Valor Econômico), Consuelo Dieguez (repórter da revista Piauí) e Axel Grael (engenheiro florestal e ambientalista). O programa também teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Dizendo ter saído da empresa para uma secretaria do Governo da Bahia como fazendo parte de um plano político (e não confirmando ter chorado em uma reunião com a presidente Dilma), Gabrielli ainda revelou não ter que quarentena por não haver essa previsão (nem legal, nem por parte da Petrobras).
Explicou a política de preço da empresa e as vantagens de manter o preço inalterado por algum tempo (para permitir, por exemplo, planejamento de longo prazo).
Mario Sergio Conti: O senhor nega que existem diretores indicados por partidos?
Sérgio Gabrielli: Não, não nego que existam. Mas não é esse o problema. Mas eles tem a obrigação de seguir os procedimentos. Existe disciplina na Petrobras.
Mario Sergio Conti: Eu sei disso. Mas por que precisa de ser um cara do PTB e não o melhor técnico.
Sérgio Gabrielli: Nós estamos em uma democracia. Em uma democracia em que os partidos são legítimos. Em que os partidos representam os interesses do povo brasileiro. Ou vocês querem negar os direitos dos partidos.
Mario Sergio Conti: Mas em uma empresa?
Objetivamente, nós somos uma das empresas mais transparentes das empresas de petróleo do mundo.
Em jul/2008 nós estamos com o preço do petróleo, por 10 minutos evidentemente, em US$ 147 o barril. De jul/2008 a dez/2008 o preço do petróleo cai de 147 para 33. (...) O que que acontece em finais de 2008? A crise financeira se aprofunda no mundo. O que que acontece com a Petrobras em jan/2009? (...) Nós anunciamos um aumento para US$ 176 bi.(...) Portanto foi um choque no mercado internacional que a Petrobras na crise, contra a crise, anuncia um aumento de investimento. E eu dizia na época: o mundo vai continuar a andar de carro, o mundo vai continuar usando aquecimento,(...) Portanto petróleo é necessário. Então, portanto, nós precisamos investir.
Uma semana depois da Alemanha não conseguir captar dinheiro, a Petrobras lançou títulos em euros equivalentes a US$ 3,5 bi. Captou tranquilamente, sem problema.
Parte 2
Qualquer empresa de petróleo do mundo tem influência política. O petróleo é, por excelência, geopolítica.
Olhando os próximos 25 anos o mundo vai continuar tendo como principal fonte energética o petróleo, o carvão e o gás natural. Isso vai ser 2/3 como fonte primária de energia.
Se você somar hoje no mundo, toda energia eólica gerada, toda energia solar gerada, toda a energia geotermal gerada, toda a energia das ondas gerada. Todas essas quatro fontes de energia primária, juntas, elas representam 0,9% da matriz energética mundial. Se elas crescerem, nos próximos 25 anos, 10 vezes mais que todas as outras, elas chegam a 10%.
Sérgio Gabrielli:(...)O que aconteceu nos últimos 4 anos? Houve redução no consumo de petróleo? Não. Houve um aumento. O petróleo saiu de 83 milhões de barris/dia para 87/88 milhões de barris/dia. Por quê? A Europa diminui o consumo de petróleo? Diminuiu. Os EUA diminuiu o consumo de petróleo per capita? Diminuiu. O Japão diminuiu o consumo de petróleo per capita? Diminuiu. Mas a Índia, a China, o Brasil, os países da América do Sul, os países da África aumentaram. Objetivamente o que está acontecendo é um deslocamento do consumo de petróleo dos países centrais para os países emergentes.
A distribuição de renda e a inclusão social é extremamente intensiva em petróleo.
A energia elétrica vai vir de fonte carvão. Não vai ser nem da fonte petróleo.
[Perguntado se inclusão social combinava com energia limpa.]
Nesse momento a energia limpa é muito cara para a inclusão social. O país que quer incluir socialmente vai viabilizar energia barata.
Eu acredito que o mundo não vai encontrar alternativa energética mais eficiente do que os hidrocarbonetos existentes. Porém, ele vai ser muito mais eficiente no uso desses hidrocarbonetos. Vou dar um exemplo: se nós tivéssemos pneus calibrados, todo tempo, isso poderia reduzir em até 10% o consumo de gasolina.
Parte 3
Tudo que existe no mundo moderno, ou tem petróleo ou foi transportado por petróleo.
Se você somar o petróleo convencional com o petróleo não-convencional, a areia betuminosa do Canadá, os petróleos extra-pesados da Venezuela e os petróleos do ártico, se você somar tudo isso, você vai ter petróleo para 350 anos de consumo. Então não vai acabar petróleo fisicamente. Não vai acabar.
O mundo tende a plastificar mais. O mundo tende a transformar ou deixar de usar metal para usar derivados do petróleo.
Hoje a Petrobras tem 46 sistemas de produção no mar. (...) Somando as três que seguem a Petrobras, as três juntas tem 42, a Petrobras tem 46.
Parte 4
Se você tem uma área exploratória nova, essa mesma sonda, que é usada para desenvolver a produção e para crescer a produção, ela também é usada para encontrar petróleo e para delimitar novas descobertas que vão ter efeito lá adiante.
Você leva aí 4, 5 anos entre a descoberta do petróleo e o primeiro óleo do petróleo.Sobre a publicidade:
A Petrobras faz uma propaganda institucional dela. Ela faz propaganda de produtos também: Ela faz propaganda do Lubrax, faz propaganda de produtos. Mas ela tem forte investimento em comunicação institucional. Que é parte da cidadania corporativa. Isso não é só da Petrobras. Nós investimos ao todo menos de 1,5% do faturamento que é um padrão internacional.
Não é por concorrência comercial que se faz propaganda institucional. É por reputação.[Via BBA]
Assisti na cultura mesmo, roda viva é um dos poucos programas que valem a pena.
ResponderExcluirGrande exemplo da competencia brasileira, em termos tecnologicos.
Faltou a parte que ele afirma ser do PT desde sua fundação, e sempre dava respostas evasivas. A parada do comercial salvou muito.
Pq ninguem perguntou como e pq os combustiveis são tão caros? Se somos autosuficientes e ainda exportamos (não só derivados, eu sei)
BEM PESSOAL, É SIMPLES: A BR É A EMPRESA MAIS RICA DO BRASIL, É ISSO MESMO, A MAIS RICA. SE QUIZER ELA PODE VENDER O LITRO DE GASOLINA A R$.1,15 QUE AINDA SERIA A MAIS RICA. AGORA PERGUNTE AO GOVERNO O PORQUE QUE O VALOR ESTÁ EM R$.2.75? ELE NÃO IRÁ FALAR MAS A RESPOSTA É: O BRASIL EXPORTA NOSSO PETROLEO PARA OUTROS PAISES A MÉDIA R$ O,68 O LITRO. ACREDITE SE QUIZER
ResponderExcluirNão acredito em nenhum Anônimo além de mim mesmo.
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