A ciência adverte: Cuidado quando passar por um portal. Lembranças suas podem desaparecer como em um passe de mágica.
A ciência adverte: Cuidado quando passar por um portal. Lembranças suas podem desaparecer como em um passe de mágica.
E não estou falando de um portal dimensional como aqueles dos desenhos animados ou filmes de ficção científica. Apenas um batente que separe dois cômodos pode fazer você ter incômodos lapsos de memória.
Cuidado! Para seu cérebro um batente não é apenas um batente. Eles são maus.
É provável que você já tenha passado por isso. Chegar em uma sala e bater aquela dúvida momentânea: O que eu vim fazer aqui mesmo? A intensidade varia de pessoa para pessoa e depende da circunstância mas experiências recentes revelam que a culpa pode ser da porta que você atravessar para chegar no local.
De acordo com os resultados de três diferentes testes conduzidos pelo psicólogo Gabriel Radvansky, passar por portas causa lapsos na memória. Segundo essa pesquisa, publicado na Journal of Experimental Psychology, a explicação é que elas funcionam como um limite, uma delimitação de um evento na mente que separa episódios e os arquiva de forma separada.
Assim, lembrar de algo que foi pensado ou feito em outro quarto seria portanto mais difícil, porque ao passar pelo batente, o cérebro entenderia que aquele dado pode ser compartimentado.
Para chegar a essa conclusão foram realizados três experimentos no qual voluntários deveriam realizar tarefas atravessando ou não o espaço da porta.
Ambiente virtual
No primeiro, 55 pessoas usaram um ambiente virtual para selecionar um objeto de uma mesa e o trocar por outro, em uma segunda mesa. A mesma tarefa foi realizada em um mesmo cômodo ou trocando de cômodo, e a distância percorrida nos dois casos era a mesma.
Mundo real
O segundo experimento, bastante similar, foi realizado no mundo real com 60 pessoas. Elas esconderam um objeto dentro de uma caixa e tinham que leva-lo a uma mesa, no mesmo cômodo ou em outro local. Nos dois primeiros testes, os resultados indicaram uma queda na memória quando os voluntários cruzaram os batentes.
De volta ao início
O último teste pedia também que 48 voluntários guardassem um objeto na caixa, mas eles deveriam atravessar vários batentes, passando por vários cômodos, até retornarem ao quarto inicial. O objetivo era avaliar se a memória melhorava quando as pessoas voltavam ao local em que haviam tomado uma decisão. O resultado foi negativo – o que, segundo o pesquisador, sugere que o ato de passar por um batente de porta serve como forma da mente arquivar uma informação.
Fonte:
Walking through doorways causes forgetting: Further explorations - The Quarterly Journal of Experimental Psychology
Passar pela porta nos faz esquecer, diz estudo - Info
Forget Why You Walked in a Room? Doorways to Blame, Study Finds - Life´s Little Mysteries
[Via BBA]
E não estou falando de um portal dimensional como aqueles dos desenhos animados ou filmes de ficção científica. Apenas um batente que separe dois cômodos pode fazer você ter incômodos lapsos de memória.
É provável que você já tenha passado por isso. Chegar em uma sala e bater aquela dúvida momentânea: O que eu vim fazer aqui mesmo? A intensidade varia de pessoa para pessoa e depende da circunstância mas experiências recentes revelam que a culpa pode ser da porta que você atravessar para chegar no local.
De acordo com os resultados de três diferentes testes conduzidos pelo psicólogo Gabriel Radvansky, passar por portas causa lapsos na memória. Segundo essa pesquisa, publicado na Journal of Experimental Psychology, a explicação é que elas funcionam como um limite, uma delimitação de um evento na mente que separa episódios e os arquiva de forma separada.
Entrar ou sair por uma porta serve como um "evento-limite" na mente, que separa os episódios de atividade e arquiva-os. Recordar a decisão ou atividade que foi feita em uma sala diferente é difícil, porque ela foi compartimentada.
Gabriel Radvansky. Psicólogo da Universidade de Notre Dame
Assim, lembrar de algo que foi pensado ou feito em outro quarto seria portanto mais difícil, porque ao passar pelo batente, o cérebro entenderia que aquele dado pode ser compartimentado.
Para chegar a essa conclusão foram realizados três experimentos no qual voluntários deveriam realizar tarefas atravessando ou não o espaço da porta.
Ambiente virtual
No primeiro, 55 pessoas usaram um ambiente virtual para selecionar um objeto de uma mesa e o trocar por outro, em uma segunda mesa. A mesma tarefa foi realizada em um mesmo cômodo ou trocando de cômodo, e a distância percorrida nos dois casos era a mesma.
Mundo real
O segundo experimento, bastante similar, foi realizado no mundo real com 60 pessoas. Elas esconderam um objeto dentro de uma caixa e tinham que leva-lo a uma mesa, no mesmo cômodo ou em outro local. Nos dois primeiros testes, os resultados indicaram uma queda na memória quando os voluntários cruzaram os batentes.
De volta ao início
O último teste pedia também que 48 voluntários guardassem um objeto na caixa, mas eles deveriam atravessar vários batentes, passando por vários cômodos, até retornarem ao quarto inicial. O objetivo era avaliar se a memória melhorava quando as pessoas voltavam ao local em que haviam tomado uma decisão. O resultado foi negativo – o que, segundo o pesquisador, sugere que o ato de passar por um batente de porta serve como forma da mente arquivar uma informação.
Fonte:
Walking through doorways causes forgetting: Further explorations - The Quarterly Journal of Experimental Psychology
Passar pela porta nos faz esquecer, diz estudo - Info
Forget Why You Walked in a Room? Doorways to Blame, Study Finds - Life´s Little Mysteries
[Via BBA]
Isso é fantástico!!!
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