Veja como será a viagem e a missão do jipe robô Mars Curiosity, que deve chegar daqui a 8 meses e meio em Marte. Conheça os detalhes do pous...
Veja como será a viagem e a missão do jipe robô Mars Curiosity, que deve chegar daqui a 8 meses e meio em Marte. Conheça os detalhes do pouso inédito.
Esqueça os airbags saltitantes que fazia os robôs das missões passadas rolarem como dados pela superfície do planeta vermelho.
Agora, a tecnologia usada nessa missão é algo digna da imagem que a civilização terráquea gostaria de passar para um eventual E.T. marciano.
Retrofoguetes e um rapel que tem tudo para embaraçar promete depositar o Mars Curiosity com toda delicadeza no solo de Marte, como uma missão de 2,5 bilhões de dólares merece.
O explorador Curiosity da Nasa -- o maior e mais sofisticado veículo robótico já construído -- decolou neste sábado, a bordo do foguete Altas V, em uma missão de busca por sinais de vida no planeta vermelho.
A sonda deverá viajar 200 milhões de km durante oito meses e meio. A previsão é que o Curiosity aterrisse em solo marciano em agosto de 2012. Com seus 900 kg e carregado com 80 kg de instrumentos e sensores, o veículo é considerado pesado demais para pousar com um paraquedas, especialmente na rarefeita atmosfera do planeta. Assim a Nasa optou por usar uma técnica inédita para aterrissar o robô até o solo.
Representação artística comparando o tamanho da Curiosity (esq.) com a Spirit (dir.)
Primeiro, a nave acionará um sistema de propulsores para reduzir a velocidade da descida. Em seguida, o robô se desprenderá da estrutura na qual viaja por meio de um cabo que funcionará como um guindaste, colocando o veículo suavemente na superfície.
Se tudo der certo, e talvez a complexidade do procedimento seja o Calcanhar de Aquiles do projeto, o Curiosity pousará no pé de uma grande montanha que fica dentro da cratera Gale, com 154 km de diâmetro e 5 km de profundidade, situada no sul de Marte.
Escolhida por ter um leque fluvial formado provavelmente por sedimentos arrastados por água no passado, especialistas creem que as camadas da base da montanha contêm argila e sulfato, ambos materiais formados com água.
Durante a primeira parte da missão, com duração de cerca de um ano marciano, o equivalente a 687 dias terrestres, os pesquisadores irão utilizar as ferramentas do robô para estudar se a região já teve condições ambientais favoráveis a manutenção da vida microbiana.
Diferente das missões anteriores ao planeta vermelho, que se concentraram na busca por sinais de fluxos de água (passados e recentes), o Curiosity irá procurar por compostos de carbono, os quais são chamados de moléculas orgânicas.
Toda a vida na Terra é baseada em compostos de carbono, que se apresentam através dos seres vivos e mortos e na forma inorgânica presente nos minerais e rochas.
Como a maior parte da superfície do planeta perdura hoje tal como sempre foi, os cientistas serão capazes de saber a partir da análise do solo e das rochas da região se já houve, nos últimos 3,6 bilhões de anos, um ambiente propício ao desenvolvimento de vida.
Para revelar isso, o Curiosity abrigará o laboratório móvel mais complexo enviado até hoje ao planeta. Equipado com mais de dez instrumentos científicos, o veículo irá perfurar o solo para buscar compostos orgânicos e medir o nível de radiação solar e cósmica.
Mesmo que Marte acabe se revelando vazio e inanimado, o robô ainda poderá explorar o ambiente singular e hostil do planeta. A Nasa adicionou seis rodas ao explorador robótico e uma fonte de energia nuclear para que ele possa se locomover por grandes distância durante a missão.
Uma das ideias é aproveitar o relevo variado do terreno para fazer o Curiosity chegar até o cume da montanha localizada perto do local de aterrissagem do robô.
No entanto, a tentativa de transformar o robô no primeiro alpinista interplanetário será efetuada somente no futuro, depois que a primeira parte da missão for concluída.
O Curiosity é uma das missões espaciais mais ousadas já realizadas. Segundo a agência espacial norte-americana , a expectativa de encontrar algum indício de atividade biológica em Marte nunca foi tão grande e promissora.
Fonte: Correio do Estado
[Via BBA]
Esqueça os airbags saltitantes que fazia os robôs das missões passadas rolarem como dados pela superfície do planeta vermelho.
Agora, a tecnologia usada nessa missão é algo digna da imagem que a civilização terráquea gostaria de passar para um eventual E.T. marciano.
Retrofoguetes e um rapel que tem tudo para embaraçar promete depositar o Mars Curiosity com toda delicadeza no solo de Marte, como uma missão de 2,5 bilhões de dólares merece.
O explorador Curiosity da Nasa -- o maior e mais sofisticado veículo robótico já construído -- decolou neste sábado, a bordo do foguete Altas V, em uma missão de busca por sinais de vida no planeta vermelho.
A sonda deverá viajar 200 milhões de km durante oito meses e meio. A previsão é que o Curiosity aterrisse em solo marciano em agosto de 2012. Com seus 900 kg e carregado com 80 kg de instrumentos e sensores, o veículo é considerado pesado demais para pousar com um paraquedas, especialmente na rarefeita atmosfera do planeta. Assim a Nasa optou por usar uma técnica inédita para aterrissar o robô até o solo.
Primeiro, a nave acionará um sistema de propulsores para reduzir a velocidade da descida. Em seguida, o robô se desprenderá da estrutura na qual viaja por meio de um cabo que funcionará como um guindaste, colocando o veículo suavemente na superfície.
Se tudo der certo, e talvez a complexidade do procedimento seja o Calcanhar de Aquiles do projeto, o Curiosity pousará no pé de uma grande montanha que fica dentro da cratera Gale, com 154 km de diâmetro e 5 km de profundidade, situada no sul de Marte.
Escolhida por ter um leque fluvial formado provavelmente por sedimentos arrastados por água no passado, especialistas creem que as camadas da base da montanha contêm argila e sulfato, ambos materiais formados com água.
Durante a primeira parte da missão, com duração de cerca de um ano marciano, o equivalente a 687 dias terrestres, os pesquisadores irão utilizar as ferramentas do robô para estudar se a região já teve condições ambientais favoráveis a manutenção da vida microbiana.
Diferente das missões anteriores ao planeta vermelho, que se concentraram na busca por sinais de fluxos de água (passados e recentes), o Curiosity irá procurar por compostos de carbono, os quais são chamados de moléculas orgânicas.
Toda a vida na Terra é baseada em compostos de carbono, que se apresentam através dos seres vivos e mortos e na forma inorgânica presente nos minerais e rochas.
Como a maior parte da superfície do planeta perdura hoje tal como sempre foi, os cientistas serão capazes de saber a partir da análise do solo e das rochas da região se já houve, nos últimos 3,6 bilhões de anos, um ambiente propício ao desenvolvimento de vida.
Para revelar isso, o Curiosity abrigará o laboratório móvel mais complexo enviado até hoje ao planeta. Equipado com mais de dez instrumentos científicos, o veículo irá perfurar o solo para buscar compostos orgânicos e medir o nível de radiação solar e cósmica.
Gale nós dá uma excelente oportunidade para analisar vários entornos potencialmente habitáveis e seu contexto para entender um longo registro da evolução adiantada do meio ambiente do planeta.
John Grotzinger. Cientista responsável pelo projeto do laboratório móvel do Curiosity
Mesmo que Marte acabe se revelando vazio e inanimado, o robô ainda poderá explorar o ambiente singular e hostil do planeta. A Nasa adicionou seis rodas ao explorador robótico e uma fonte de energia nuclear para que ele possa se locomover por grandes distância durante a missão.
Uma das ideias é aproveitar o relevo variado do terreno para fazer o Curiosity chegar até o cume da montanha localizada perto do local de aterrissagem do robô.
Achamos que se pegarmos a rota adequada, as encostas são suaves o suficiente para o Curiosity conseguir chegar até o topo.
John Grotzinger
No entanto, a tentativa de transformar o robô no primeiro alpinista interplanetário será efetuada somente no futuro, depois que a primeira parte da missão for concluída.
O Curiosity é uma das missões espaciais mais ousadas já realizadas. Segundo a agência espacial norte-americana , a expectativa de encontrar algum indício de atividade biológica em Marte nunca foi tão grande e promissora.
Fonte: Correio do Estado
[Via BBA]
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