Os cientistas descobriram por que alguns atletas dominam as pistas de corrida e outros, as raias da piscina. Segundo um estudo publicado est...
Os cientistas descobriram por que alguns atletas dominam as pistas de corrida e outros, as raias da piscina. Segundo um estudo publicado esta semana, a culpa é do umbigo.
O que importa não é se o atleta tem a cicatriz de nascença para dentro ou para fora, mas sua posição em relação ao restante do corpo, afirma o estudo publicado no periódico International Journal of Design and Nature and Ecodynamics.
O umbigo é o centro de gravidade do corpo, e tomando-se dois corredores ou nadadores da mesma altura, um negro e outro branco, "o que importa não é a altura total, mas a posição do umbigo, ou do centro de gravidade”, declarou Andre Bejan, professor da Universidade de Duke e principal autor do estudo, à AFP.
"Na arquitetura do corpo humano dos corredores originários da África Ocidental, o centro de gravidade é significativamente mais alto do que o dos corredores de origem europeia, o que lhes confere uma vantagem nas pistas de corrida”, explicou o pesquisador.
“Os indivíduos de origem africana têm pernas mais compridas do que as dos atletas europeus, o que significa que seu umbigo fica três centímetros acima do dos brancos”, disse Bejan. Isso significa que os atletas negros possuem uma “altura oculta” maior do que dos brancos, conferindo-lhes uma vantagem significativa nas competições.
"A locomoção é basicamente um processo contínuo em que caímos para a frente, e a massa que cai de uma altitude maior, cai mais rápido”, explicou Bejan.
Já na piscina, os brancos levam vantagem porque têm troncos mais longos e o umbigo é mais baixo no esquema geral da arquitetura do corpo.
"Nadar é a arte de surfar a onda criada pelo nadador”, filosofa Bejan.
"O nadador que produzir a maior onda é o mais rápido, e um tronco mais longo gera ondas maiores. O tronco dos europeus é 3% mais longo que o dos africanos, o que lhes confere uma velocidade 1,5% maior na piscina”, afirmou.
O tronco dos asiáticos tem o mesmo comprimento do dos europeus, e portanto, este grupo étnico têm o mesmo potencial para quebrar recordes na piscina. No entanto, eles costumam perder para os brancos porque estes são mais altos, explicou Bejan.
Muitos cientistas evitaram realizar estudos para verificar por que os negros são melhores corredores e os brancos, melhores nadadores, devido ao que o estudo chama de “ângulo racial óbvio”.
Contudo, Bejan afirmou que o estudo, do qual também participaram Edward Jones, professor da Universidade de Howard em Washington, e o pesquisador Jordan Charles, concentrou-se nas origens geográficas dos atletas e na biologia, não na raça, o que os autores denominam um "construto social".
Bejan é branco, originário da Romênia, e Jones é um negro da Carolina do Sul.
Eles mapearam e analisaram recordes quebrados ao longo de quase 100 anos por mulheres e homens nas corridas de curta distância e nos torneios de natação de 100 metros, estilo livre.
Fonte: Discovery Notícias
[Via BBA]
O que importa não é se o atleta tem a cicatriz de nascença para dentro ou para fora, mas sua posição em relação ao restante do corpo, afirma o estudo publicado no periódico International Journal of Design and Nature and Ecodynamics.
O umbigo é o centro de gravidade do corpo, e tomando-se dois corredores ou nadadores da mesma altura, um negro e outro branco, "o que importa não é a altura total, mas a posição do umbigo, ou do centro de gravidade”, declarou Andre Bejan, professor da Universidade de Duke e principal autor do estudo, à AFP.
"Na arquitetura do corpo humano dos corredores originários da África Ocidental, o centro de gravidade é significativamente mais alto do que o dos corredores de origem europeia, o que lhes confere uma vantagem nas pistas de corrida”, explicou o pesquisador.
“Os indivíduos de origem africana têm pernas mais compridas do que as dos atletas europeus, o que significa que seu umbigo fica três centímetros acima do dos brancos”, disse Bejan. Isso significa que os atletas negros possuem uma “altura oculta” maior do que dos brancos, conferindo-lhes uma vantagem significativa nas competições.
"A locomoção é basicamente um processo contínuo em que caímos para a frente, e a massa que cai de uma altitude maior, cai mais rápido”, explicou Bejan.
Já na piscina, os brancos levam vantagem porque têm troncos mais longos e o umbigo é mais baixo no esquema geral da arquitetura do corpo.
"Nadar é a arte de surfar a onda criada pelo nadador”, filosofa Bejan.
"O nadador que produzir a maior onda é o mais rápido, e um tronco mais longo gera ondas maiores. O tronco dos europeus é 3% mais longo que o dos africanos, o que lhes confere uma velocidade 1,5% maior na piscina”, afirmou.
O tronco dos asiáticos tem o mesmo comprimento do dos europeus, e portanto, este grupo étnico têm o mesmo potencial para quebrar recordes na piscina. No entanto, eles costumam perder para os brancos porque estes são mais altos, explicou Bejan.
Muitos cientistas evitaram realizar estudos para verificar por que os negros são melhores corredores e os brancos, melhores nadadores, devido ao que o estudo chama de “ângulo racial óbvio”.
Contudo, Bejan afirmou que o estudo, do qual também participaram Edward Jones, professor da Universidade de Howard em Washington, e o pesquisador Jordan Charles, concentrou-se nas origens geográficas dos atletas e na biologia, não na raça, o que os autores denominam um "construto social".
Bejan é branco, originário da Romênia, e Jones é um negro da Carolina do Sul.
Eles mapearam e analisaram recordes quebrados ao longo de quase 100 anos por mulheres e homens nas corridas de curta distância e nos torneios de natação de 100 metros, estilo livre.
Fonte: Discovery Notícias
[Via BBA]
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