O Google fez um ótimo trabalho disponibilizando banco de dados públicos de várias fontes em uma interface rica e fácil de operar.
O Google fez um ótimo trabalho disponibilizando banco de dados públicos de várias fontes em uma interface rica e fácil de operar.
O mundo está com excesso de dados? O jeito é facilitar o acesso e colocar de uma forma que possamos interpretá-los de uma maneira que faça sentido e seja amigável.
Nesse sentido, o Google Public Data Explorer mostra como isso pode ser feito juntado dados de dezenas de fontes públicas e adequando a sua apresentação a uma forma gráfica que facilita sobremaneira o estudo, comparação, compartilhamento e a exploração dos dados.
A aplicação permite manipular até quatro dimensões de informação simultaneamente
Além disso, você poderá ver uma animação da evolução histórica dos números apresentados, ano a ano, em vários formatos.
Por exemplo, vamos comparar o Brasil com o resto do mundo quanto ao percentual da população que usa a Internet.
Mudando para o gráfico de barras, comparamos o Brasil com cada país individualmente no ano de 2009 (último dado disponível).
Aqui já é possível clicar no botão "play" localizado abaixo do gráfico e assistir à evolução do acesso a internet no Brasil ano após ano. Não podemos dizer que é ruim dado que nosso país não possui uma população pequena.
Alterando-se as cores fica mais fácil perceber como foi o arranjo de cada país nesse quesito. Dessa maneira, configurando o gráfico para que os países possuam "cores exclusivas" não precisamos atribuar uma cor a cada barra e rapidamente podemos perceber como os outros se posicionaram.
As cores podem ser usadas para mostrar outra dimensão de dados também. Por exemplo, podemos querer saber se o acesso a internet está intimamente ligado ao gasto energético de uma nação.
Escolhendo essa última característica na opção "cor" passamos a visualizar os dados como um "mapa de calor" (heatmap), onde as cores agora representam o consumo de eletricidade (kW/h) per capita.
Quando comparamos com o nível de emissão de CO2, podemos perceber que um maior acesso à internet não parece indicar uma sociedade mais verde (também, com tanto de carbono emitido pelo Google em cada busca realizada, não dá para esperar uma pegada de carbono pequena :P ).
É um arsenal de possibilidade para o ensino de geografia humana, geopolítica, estatística e até mesmo história.
Eu mesmo estou desenvolvendo uma teoria que exibe um cenário otimista (contrariando a expectativa de boa parte dos analistas) sobre o tamanho futuro da população do planeta. Com base nos dados do Banco Mundial podemos ver que (a partir dos anos 1980) os países que vão aumentando seu produto interno bruto tendem a diminuir o número de nascimentos por mulher.
Para visualizar melhor esses dados precisamos colocar o gráfico em uma escala logarítmica. Assim, os dados sobre o PIB que estão no eixo vertical serão exibido em intervalos dez vezes maior que o anterior (ao invés da escala linear). Reveja o mesmo conjunto de dados nessa nova escala e perceba o quanto é mais fácil verificar as cores.
Dessa forma poderíamos ter um cenário mais positivo acerca das reduções das taxas de natalidade de países populosos como a China e a Índia, que estão experimentando um aumento da riqueza nacional nas últimas décadas. Veja como riqueza e natalidade parecem estar inversamente relacionados. As cores quentes tendem a ficar na extremidade esquerda do gráfico. Mesmo a China, que nos anos 1980 já possuía um forte controle demográfico, reduziu bastante o índice (2,63 nascimento por mulher em 1980 para 1,77 em 2009). Será que com uma melhor distribuição da riqueza no mundo não teríamos uma população menor, a longo prazo? (E com melhor sustentabilidade ambiental?)
Além de possibilitar fazer comparações de todo tipo o Google Dados Públicos é totalmente interativo. Basta clicar em uma das barra que você achou interessante para que ela passe a mostrar o nome do país relacionado e os valores. O nome continuará aparecendo mesmo quando acionada a animação dos dados (no site de origem, e não nos gráficos incorporados). Ainda por cima, qualquer visualização de dados que você crie pode ser incorporada em um site (como os exemplos aqui mostrados) e serão atualizados automaticamente.
O resto deixo para você mesmo descobrir. O único senão é que a maior parte do site está em inglês, com poucos dados em português. Mas nossa sessão de dicionários está à sua disposição para tirar as dúvidas. Basta clicar em DIC no menu superior e usar os dicionários que estão na lateral da página, ou contar ainda com o eficiente Linguee. Agora é com você, boa mineração!
Acesse:
Google Public Data Explorer
[Via BBA]
O mundo está com excesso de dados? O jeito é facilitar o acesso e colocar de uma forma que possamos interpretá-los de uma maneira que faça sentido e seja amigável.
Nesse sentido, o Google Public Data Explorer mostra como isso pode ser feito juntado dados de dezenas de fontes públicas e adequando a sua apresentação a uma forma gráfica que facilita sobremaneira o estudo, comparação, compartilhamento e a exploração dos dados.
Além disso, você poderá ver uma animação da evolução histórica dos números apresentados, ano a ano, em vários formatos.
Por exemplo, vamos comparar o Brasil com o resto do mundo quanto ao percentual da população que usa a Internet.
Mudando para o gráfico de barras, comparamos o Brasil com cada país individualmente no ano de 2009 (último dado disponível).
Aqui já é possível clicar no botão "play" localizado abaixo do gráfico e assistir à evolução do acesso a internet no Brasil ano após ano. Não podemos dizer que é ruim dado que nosso país não possui uma população pequena.
Alterando-se as cores fica mais fácil perceber como foi o arranjo de cada país nesse quesito. Dessa maneira, configurando o gráfico para que os países possuam "cores exclusivas" não precisamos atribuar uma cor a cada barra e rapidamente podemos perceber como os outros se posicionaram.
As cores podem ser usadas para mostrar outra dimensão de dados também. Por exemplo, podemos querer saber se o acesso a internet está intimamente ligado ao gasto energético de uma nação.
Escolhendo essa última característica na opção "cor" passamos a visualizar os dados como um "mapa de calor" (heatmap), onde as cores agora representam o consumo de eletricidade (kW/h) per capita.
Quando comparamos com o nível de emissão de CO2, podemos perceber que um maior acesso à internet não parece indicar uma sociedade mais verde (também, com tanto de carbono emitido pelo Google em cada busca realizada, não dá para esperar uma pegada de carbono pequena :P ).
É um arsenal de possibilidade para o ensino de geografia humana, geopolítica, estatística e até mesmo história.
Eu mesmo estou desenvolvendo uma teoria que exibe um cenário otimista (contrariando a expectativa de boa parte dos analistas) sobre o tamanho futuro da população do planeta. Com base nos dados do Banco Mundial podemos ver que (a partir dos anos 1980) os países que vão aumentando seu produto interno bruto tendem a diminuir o número de nascimentos por mulher.
Para visualizar melhor esses dados precisamos colocar o gráfico em uma escala logarítmica. Assim, os dados sobre o PIB que estão no eixo vertical serão exibido em intervalos dez vezes maior que o anterior (ao invés da escala linear). Reveja o mesmo conjunto de dados nessa nova escala e perceba o quanto é mais fácil verificar as cores.
Dessa forma poderíamos ter um cenário mais positivo acerca das reduções das taxas de natalidade de países populosos como a China e a Índia, que estão experimentando um aumento da riqueza nacional nas últimas décadas. Veja como riqueza e natalidade parecem estar inversamente relacionados. As cores quentes tendem a ficar na extremidade esquerda do gráfico. Mesmo a China, que nos anos 1980 já possuía um forte controle demográfico, reduziu bastante o índice (2,63 nascimento por mulher em 1980 para 1,77 em 2009). Será que com uma melhor distribuição da riqueza no mundo não teríamos uma população menor, a longo prazo? (E com melhor sustentabilidade ambiental?)
Além de possibilitar fazer comparações de todo tipo o Google Dados Públicos é totalmente interativo. Basta clicar em uma das barra que você achou interessante para que ela passe a mostrar o nome do país relacionado e os valores. O nome continuará aparecendo mesmo quando acionada a animação dos dados (no site de origem, e não nos gráficos incorporados). Ainda por cima, qualquer visualização de dados que você crie pode ser incorporada em um site (como os exemplos aqui mostrados) e serão atualizados automaticamente.
O resto deixo para você mesmo descobrir. O único senão é que a maior parte do site está em inglês, com poucos dados em português. Mas nossa sessão de dicionários está à sua disposição para tirar as dúvidas. Basta clicar em DIC no menu superior e usar os dicionários que estão na lateral da página, ou contar ainda com o eficiente Linguee. Agora é com você, boa mineração!
Acesse:
Google Public Data Explorer
[Via BBA]
Muito útil de verdade. Estive verificando uns dados sobre atualidades e foi ótimo.
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