Grupo de hackers promete o fim do Facebook para o dia 5 de novembro.
Grupo de hackers promete o fim do Facebook para o dia 5 de novembro.
Os membros do grupo hacker, denominados Anonymous, conhecidos por ataques politicamente motivados, agora alvejam a rede social Facebook, que eles dizem ser o gigante do mau uso de informação pessoal.
“O meio de comunicação tão amado por todos vocês será destruído”, disse o orador do grupo em um vídeo da plataforma YouTube, que foi publicado dia 16 de julho, mas começou a circular amplamente esta semana.
Usando um modulador de voz para disfarçar seu tom, o orador (ou oradora), que afirma representar o grupo Anonymous, convida os espectadores a juntar-se à causa e matar o Facebook pelo bem da própria privacidade.
“Tudo o que você faz no Facebook, permanece no Facebook, independentemente de suas configurações de privacidade”, diz o orador. “Mesmo se você excluir sua conta, todas as suas informações podem ser recuperadas a qualquer momento”.
O vídeo também faz a alegação não comprovada de que o Facebook vende informações dos usuários para agências do governo e empresas de segurança para que eles possam espionar pessoas.
Um porta-voz do Facebook não quis comentar sobre o suposto complô. Mas o site tem dito repetidamente que não vende e não compartilha informações dos usuários com quaisquer terceiros que o usuário não tenha aprovado.
“Nós não compartilhamos suas informações pessoais com pessoas ou serviços que você não queira. Nós não damos aos anunciantes acesso a suas informações pessoais. Nunca vendemos e não vamos vender nenhum dos seus dados a ninguém”, disse o criador e diretor do Facebook, Mark Zuckerberg.
A data anunciada para a “operação” que “matará” o Facebook é 5 de novembro, Dia de Guy Fawkes.
Guy Fawkes foi um soldado inglês católico que teve participação na fracassada “Conspiração da Pólvora”, na qual se pretendia assassinar o rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão em 1605.
O plano consistia em estocar no andar debaixo da Câmara dos Lordes, o parlamento inglês, 36 barris de pólvora e explodí-los em uma sessão que o Rei e sua família estivesse presente. A operação falhou pois os conspiradores perceberam que vários católicos morreriam e resolveram alertar alguns deles para que se mantivessem distantes do parlamento.
O plano vazou e acabou chegando no ouvido do rei. Uma busca foi feita, a conspiração foi desarmada e Fawkes foi executado na forca por traição e tentativa de assassinato.
Hoje, no dia de Guy Fawkes ou "Noite das Fogueiras", bonecos representando o conspirador especialista em explosivos são queimados e "torturados" em alguns países do Reino Unido (como ocorre na Malhação de Judas, no Sábado de Aleluia) e seu significado político está cada vez menos significante (talvez seja inversamente proporcional ao apoio que a monarquia possui).
Uma busca na Wikipedia revela algumas influências que Fawkes exerce na cultura atual:
No entanto, ficou evidente que nem todos que fazem parte do Anonymous querem atacar o Facebook. “Para sua informação: a Operação Facebook está sendo organizada por alguns Anons [abreviação do nome do grupo], isto não significa necessariamente que todos os Anonymous concordam com ela”, dizia uma mensagem no Twitter, na terça de manhã, postada pelo @GroupAnon.
Por sua natureza, o Anonymous é vagamente organizado, sem estrutura de liderança clara. Além disso, permanece uma questão em aberto se o grupo pode ou não reunir ajuda suficiente para derrubar, ou mesmo deixar lento, um site que possui 750 milhões de usuários e recebe dezenas de milhões de todos os dias.
Em dezembro, o grupo tentou e não conseguiu derrubar outro gigante da web: o site da Amazon. A revendedora online é conhecida por ter grandes quantidades de espaço nos seus servidores – assim como o Facebook.
Nos últimos anos, o Anonymous tomou crédito por interromper uma série de sites de destaque, incluindo PayPal, Master Card e Visa.
Recentemente, o grupo reivindicou o crédito por hackear o site do Ministério da Defesa sírio, substituindo o seu conteúdo com uma mensagem antigovernamental e a logotipo do grupo. A Síria fez manchetes mundiais quando manifestantes exigiram reformas, inclusive verdadeiras eleições democráticas e um fim ao regime do presidente Bashar al-Assad.
O fato é que a preocupação com privacidade digital e a ética só vem aumentando. Julian Assange, do site Wikileaks, já havia declarado:
E completa dizendo que "nas redes sociais temos a base de dados mais ampla sobre os cidadãos, suas relações, o nome de seus contatos, seus endereços, as mensagens que trocam com outras pessoas e isso tudo é alojado nos EUA, acessível aos seus serviços de inteligência."
Para ele, as empresas por trás desses serviços – como o Google e o Yahoo – criaram mecanismos para facilitar o acesso dos serviços de inteligência à esse tipo de informação. “Obter uma citação ou um requerimento judicial já não é um problema. Existe uma interface de conexão já em uso. Isso quer dizer que o Facebook está sendo gerido pelos serviços de inteligência americanos? Não, não é isso. Simplesmente a inteligência dos EUA tem a capacidade legal e política para pressioná-los. É caro manejar um a um cada um dos arquivos, por isso automatizaram o processo”.
E Assange vai além: quem usa as redes sociais com frequência e convida os amigos a participarem do Facebook está trabalhando de graça para as agências de inteligência dos EUA.
Ok! Seguindo essa lógica o Anonymous poderia se desculpar com Mark Zuckerberg dizendo apenas "foi mal, Zu. Nada pessoal, ainda podemos ser amigos?"
Fonte:
Hacker group vows to 'kill Facebook' - CNN
Wikipedia
“Facebook é máquina de espionagem” - Estadão
[Via BBA]
Os membros do grupo hacker, denominados Anonymous, conhecidos por ataques politicamente motivados, agora alvejam a rede social Facebook, que eles dizem ser o gigante do mau uso de informação pessoal.
“O meio de comunicação tão amado por todos vocês será destruído”, disse o orador do grupo em um vídeo da plataforma YouTube, que foi publicado dia 16 de julho, mas começou a circular amplamente esta semana.
Usando um modulador de voz para disfarçar seu tom, o orador (ou oradora), que afirma representar o grupo Anonymous, convida os espectadores a juntar-se à causa e matar o Facebook pelo bem da própria privacidade.
“Tudo o que você faz no Facebook, permanece no Facebook, independentemente de suas configurações de privacidade”, diz o orador. “Mesmo se você excluir sua conta, todas as suas informações podem ser recuperadas a qualquer momento”.
O vídeo também faz a alegação não comprovada de que o Facebook vende informações dos usuários para agências do governo e empresas de segurança para que eles possam espionar pessoas.
Um porta-voz do Facebook não quis comentar sobre o suposto complô. Mas o site tem dito repetidamente que não vende e não compartilha informações dos usuários com quaisquer terceiros que o usuário não tenha aprovado.
“Nós não compartilhamos suas informações pessoais com pessoas ou serviços que você não queira. Nós não damos aos anunciantes acesso a suas informações pessoais. Nunca vendemos e não vamos vender nenhum dos seus dados a ninguém”, disse o criador e diretor do Facebook, Mark Zuckerberg.
A data anunciada para a “operação” que “matará” o Facebook é 5 de novembro, Dia de Guy Fawkes.
Guy Fawkes foi um soldado inglês católico que teve participação na fracassada “Conspiração da Pólvora”, na qual se pretendia assassinar o rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão em 1605.
O plano consistia em estocar no andar debaixo da Câmara dos Lordes, o parlamento inglês, 36 barris de pólvora e explodí-los em uma sessão que o Rei e sua família estivesse presente. A operação falhou pois os conspiradores perceberam que vários católicos morreriam e resolveram alertar alguns deles para que se mantivessem distantes do parlamento.
O plano vazou e acabou chegando no ouvido do rei. Uma busca foi feita, a conspiração foi desarmada e Fawkes foi executado na forca por traição e tentativa de assassinato.
Hoje, no dia de Guy Fawkes ou "Noite das Fogueiras", bonecos representando o conspirador especialista em explosivos são queimados e "torturados" em alguns países do Reino Unido (como ocorre na Malhação de Judas, no Sábado de Aleluia) e seu significado político está cada vez menos significante (talvez seja inversamente proporcional ao apoio que a monarquia possui).
Uma busca na Wikipedia revela algumas influências que Fawkes exerce na cultura atual:
A graphic novel V de Vingança, com roteiro de Alan Moore e arte de David Lloyd, possui fortes influências da "Conspiração da Pólvora". Um dos personagens que atende pelo codinome V acaba por concretizar os planos da conspiração explodindo o parlamento inglês num futuro dia 5 de Novembro. Este personagem esconde seu rosto atrás de uma máscara de Guy Fawkes usada na Noite das Fogueiras e o objetivo dele é iniciar um levante contra um regime fascista que se instalou na Inglaterra após uma guerra biológica.
Outra influência é encontrada na saga Harry Potter, em pelo menos dois de seus livros: em Harry Potter e a Pedra Filosofal, no primeiro capítulo, é expressamente citada, quando dois locutores de televisão, ao anunciarem uma chuva de estrelas observada anormalmente no céu, atribuem sua origem a uma provável comemoração antecipada da Noite das Fogueiras; e em Harry Potter e a Câmara Secreta, capitulo doze, uma fênix é chamada de Fawkes, tentando traçar um paralelo entre o mito da fênix e as fogueiras da Noite das Fogueiras.
No jogo de videogame Fallout 3, há um personagem que adotou o nome Fawkes. Quando questionado sobre o porque do nome, diz que era o nome de alguem "Que lutou e morreu pelo o que acreditava."
No entanto, ficou evidente que nem todos que fazem parte do Anonymous querem atacar o Facebook. “Para sua informação: a Operação Facebook está sendo organizada por alguns Anons [abreviação do nome do grupo], isto não significa necessariamente que todos os Anonymous concordam com ela”, dizia uma mensagem no Twitter, na terça de manhã, postada pelo @GroupAnon.
Por sua natureza, o Anonymous é vagamente organizado, sem estrutura de liderança clara. Além disso, permanece uma questão em aberto se o grupo pode ou não reunir ajuda suficiente para derrubar, ou mesmo deixar lento, um site que possui 750 milhões de usuários e recebe dezenas de milhões de todos os dias.
Em dezembro, o grupo tentou e não conseguiu derrubar outro gigante da web: o site da Amazon. A revendedora online é conhecida por ter grandes quantidades de espaço nos seus servidores – assim como o Facebook.
Nos últimos anos, o Anonymous tomou crédito por interromper uma série de sites de destaque, incluindo PayPal, Master Card e Visa.
Recentemente, o grupo reivindicou o crédito por hackear o site do Ministério da Defesa sírio, substituindo o seu conteúdo com uma mensagem antigovernamental e a logotipo do grupo. A Síria fez manchetes mundiais quando manifestantes exigiram reformas, inclusive verdadeiras eleições democráticas e um fim ao regime do presidente Bashar al-Assad.
O fato é que a preocupação com privacidade digital e a ética só vem aumentando. Julian Assange, do site Wikileaks, já havia declarado:
Facebook é a mais espantosa máquina de espionagem já inventada.
E completa dizendo que "nas redes sociais temos a base de dados mais ampla sobre os cidadãos, suas relações, o nome de seus contatos, seus endereços, as mensagens que trocam com outras pessoas e isso tudo é alojado nos EUA, acessível aos seus serviços de inteligência."
Para ele, as empresas por trás desses serviços – como o Google e o Yahoo – criaram mecanismos para facilitar o acesso dos serviços de inteligência à esse tipo de informação. “Obter uma citação ou um requerimento judicial já não é um problema. Existe uma interface de conexão já em uso. Isso quer dizer que o Facebook está sendo gerido pelos serviços de inteligência americanos? Não, não é isso. Simplesmente a inteligência dos EUA tem a capacidade legal e política para pressioná-los. É caro manejar um a um cada um dos arquivos, por isso automatizaram o processo”.
E Assange vai além: quem usa as redes sociais com frequência e convida os amigos a participarem do Facebook está trabalhando de graça para as agências de inteligência dos EUA.
Ok! Seguindo essa lógica o Anonymous poderia se desculpar com Mark Zuckerberg dizendo apenas "foi mal, Zu. Nada pessoal, ainda podemos ser amigos?"
Fonte:
Hacker group vows to 'kill Facebook' - CNN
Wikipedia
“Facebook é máquina de espionagem” - Estadão
[Via BBA]
Os caras não têm amigos e ninguém cutuca eles. Dá nisso.
ResponderExcluirEu gostaria que o Fb caisse, alem de divertido seria um alívio dormir sabendo que tanta informação crítica não está mais concentrada num só lugar. No que puder ajudar, tenho uns scripts...
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