O que me lembra o DOS? Não. Não é o ataque Deny Of Service. DOS para mim é Disk Operation System. Um sistema operacional. Lembra um tempo qu...
O que me lembra o DOS? Não. Não é o ataque Deny Of Service. DOS para mim é Disk Operation System. Um sistema operacional. Lembra um tempo que Microsoft tinha uma marca ligada a modernidade e inovação como a Apple e o Google hoje.
Não. Não vou contar a história do DOS. Quando Bill gates comprou um sistema operacional, o melhorou e conseguiu que a IBM instalasse em cada PC que ela fabricasse (nascendo aí um dos homens mais ricos e influentes do mundo, durante longos anos).
Prefiro falar das recordações dos anos iniciais das minhas descobertas da computação pessoal. Me lembro do limite dos 640 KB de memória (a IBM achava que dez bancos de 64KB eram mais do que suficientes para um computador pessoal). Lembro ainda do C: que habitava o prompt de comando (herança de uma época que os PCs nem possuíam disco rígido, sendo mais comum os drives de disquete A: e B:).
WordStar: Houve um tempo que as pessoas que trabalhavam com ele se referia ao computador como um todo como processador de textos (e não só ao software). Detalhe da "régua" formada por pontos de exclamação representando as tabulações.
De como era "gostoso" programar em Clipper com um editor de textos SideKick a uma tecla de distância. Pois o DOS não era multi-tarefa. Portanto, para editar o código de um programa você precisava realmente "sair" dele e chamar um editor de texto. Para depois compilar e depois rodá-lo novamente. O SideKick cumpria essa tarefa de ficar disponível na memória mesmo enquanto outro programa rodava. Isso não faz o menor sentido para quem usa um sistema operacional moderno.
Me recordo quando deixei de tirar um "dez" em um curso do SENAC em Anápolis por não me lembrar que o comando Attrib, ao contrário de quase todos os comando do DOS, possuía os parâmetros antes do nome do arquivo (hoje você clica com o botão direito e vai em propriedades do arquivo e clica nos atributos).
E o 4-DOS? Um DOS turbinado que, entre outras coisas, permitia colorir o prompt. O máximo em termos de customização.
Lembro do quanto achávamos o Windows 3.1 lento e sem utilidade quando surgiu. Exceto pelo Write e pelo Word, que permitia ver como a fonte ficaria no texto antes de imprimí-lo. Eu me recordo que o editor de texto sensação do ambiente DOS era o WordStar. Para colocar o número da página no rodapé tínhamos que usar o comando .op em algum lugar do texto.
E para saber como ía ficar impresso precisávamos executar um demorado "preview" que alternava do modo texto para o modo gráfico. E isso só veio com a versão 5 do programa. Um luxo só.
Kit Multimídia com CD agregados. O sonho de todo geek em 1993.
Havia um incremento que você podia incluir no seu micro que chamava kit multimídia. E era composto de drive de CD, caixas de som e placa de som.
Assim você podia acessar o que o computador podia trazer de melhor do mundo do conhecimento. Uma enciclopédia. Com esse CD você podia executar vídeos famosos, como o discurso em inglês do John Kennedy ou de Martin Luther King. Ou ainda acompanhar a dança das abelhas indicando para a colmeia onde encontrar flores cheias de néctar.
Onde o DOS entrava nisso? Era nos arquivos Autoexec.bat e Config.sys que você colocava variáveis de sistema indicando em que IRQ e DMA sua placa de som deveria estar para que a sua cópia (pirata) de Prince of Persia ou Wolfstein 3D, ou ainda seu atlas (PC Globe) pudesse dar um gritinho sintetizado ou tocar o hino de um país distante. Como era bom jogar Doom sem o mouse. Com ambas as mãos deslizando nas teclas como um pianista enquanto foguetes viajavam entre monstros que até brigavam entre si (ou no caso dos jogos multiplayer, gritar CUIDADO com certa ironia, após lançar um míssel, apenas para avisar o adversário que ele já estava morto).
Anteontem pude ajudar uma colega que estava escrevendo o nome de cada arquivo (algumas dezenas) em um papel. Quando eu mostrei que através do prompt de comandos do Windows (a última encarnação do DOS), executando o comando dir>lista.txt ela teria todos os nomes dos arquivos no arquivo de texto lista.txt, ela realmente gostou da "mágica".
Spoiler do Prince of Persia
Isso é algo que qualquer usuário de Linux ainda continua fazendo hoje dia enquanto configura seu equipamento. A coisa evoluiu, mas a velha tela de texto ainda tem seu lugar. Na mente dos geeks modernos mais avançados, letrinhas verdes descendo na tela ainda se materializam como damas de vermelho.
Ok! A sessão nostalgia acabou. Mas uma coisa era melhor do que hoje em dia (ainda que isso deve mudar a qualquer momento). Desligar o micro e o sistema operacional era uma só ação. E era instantânea. Não tente isso em seu sistema operacional gráfico sob pena de ter quer instalar tudo do "zero" (nem arranque seu plugue USB da entrada sem desligar com segurança. Isso é uma roleta russa). No DOS era rápido como terminar esse post. Tchau! Desligo. >CLICK<
Se você quiser saber mais sobre a história do DOS (e sua importância) recomendo o filme Piratas da Informática (Pirates of Silycon Valley).
[Via BBA]
Não. Não vou contar a história do DOS. Quando Bill gates comprou um sistema operacional, o melhorou e conseguiu que a IBM instalasse em cada PC que ela fabricasse (nascendo aí um dos homens mais ricos e influentes do mundo, durante longos anos).
Prefiro falar das recordações dos anos iniciais das minhas descobertas da computação pessoal. Me lembro do limite dos 640 KB de memória (a IBM achava que dez bancos de 64KB eram mais do que suficientes para um computador pessoal). Lembro ainda do C: que habitava o prompt de comando (herança de uma época que os PCs nem possuíam disco rígido, sendo mais comum os drives de disquete A: e B:).
De como era "gostoso" programar em Clipper com um editor de textos SideKick a uma tecla de distância. Pois o DOS não era multi-tarefa. Portanto, para editar o código de um programa você precisava realmente "sair" dele e chamar um editor de texto. Para depois compilar e depois rodá-lo novamente. O SideKick cumpria essa tarefa de ficar disponível na memória mesmo enquanto outro programa rodava. Isso não faz o menor sentido para quem usa um sistema operacional moderno.
Me recordo quando deixei de tirar um "dez" em um curso do SENAC em Anápolis por não me lembrar que o comando Attrib, ao contrário de quase todos os comando do DOS, possuía os parâmetros antes do nome do arquivo (hoje você clica com o botão direito e vai em propriedades do arquivo e clica nos atributos).
E o 4-DOS? Um DOS turbinado que, entre outras coisas, permitia colorir o prompt. O máximo em termos de customização.
Lembro do quanto achávamos o Windows 3.1 lento e sem utilidade quando surgiu. Exceto pelo Write e pelo Word, que permitia ver como a fonte ficaria no texto antes de imprimí-lo. Eu me recordo que o editor de texto sensação do ambiente DOS era o WordStar. Para colocar o número da página no rodapé tínhamos que usar o comando .op em algum lugar do texto.
E para saber como ía ficar impresso precisávamos executar um demorado "preview" que alternava do modo texto para o modo gráfico. E isso só veio com a versão 5 do programa. Um luxo só.
Havia um incremento que você podia incluir no seu micro que chamava kit multimídia. E era composto de drive de CD, caixas de som e placa de som.
Assim você podia acessar o que o computador podia trazer de melhor do mundo do conhecimento. Uma enciclopédia. Com esse CD você podia executar vídeos famosos, como o discurso em inglês do John Kennedy ou de Martin Luther King. Ou ainda acompanhar a dança das abelhas indicando para a colmeia onde encontrar flores cheias de néctar.
Onde o DOS entrava nisso? Era nos arquivos Autoexec.bat e Config.sys que você colocava variáveis de sistema indicando em que IRQ e DMA sua placa de som deveria estar para que a sua cópia (pirata) de Prince of Persia ou Wolfstein 3D, ou ainda seu atlas (PC Globe) pudesse dar um gritinho sintetizado ou tocar o hino de um país distante. Como era bom jogar Doom sem o mouse. Com ambas as mãos deslizando nas teclas como um pianista enquanto foguetes viajavam entre monstros que até brigavam entre si (ou no caso dos jogos multiplayer, gritar CUIDADO com certa ironia, após lançar um míssel, apenas para avisar o adversário que ele já estava morto).
Anteontem pude ajudar uma colega que estava escrevendo o nome de cada arquivo (algumas dezenas) em um papel. Quando eu mostrei que através do prompt de comandos do Windows (a última encarnação do DOS), executando o comando dir>lista.txt ela teria todos os nomes dos arquivos no arquivo de texto lista.txt, ela realmente gostou da "mágica".
Isso é algo que qualquer usuário de Linux ainda continua fazendo hoje dia enquanto configura seu equipamento. A coisa evoluiu, mas a velha tela de texto ainda tem seu lugar. Na mente dos geeks modernos mais avançados, letrinhas verdes descendo na tela ainda se materializam como damas de vermelho.
Ok! A sessão nostalgia acabou. Mas uma coisa era melhor do que hoje em dia (ainda que isso deve mudar a qualquer momento). Desligar o micro e o sistema operacional era uma só ação. E era instantânea. Não tente isso em seu sistema operacional gráfico sob pena de ter quer instalar tudo do "zero" (nem arranque seu plugue USB da entrada sem desligar com segurança. Isso é uma roleta russa). No DOS era rápido como terminar esse post. Tchau! Desligo. >CLICK<
Se você quiser saber mais sobre a história do DOS (e sua importância) recomendo o filme Piratas da Informática (Pirates of Silycon Valley).
[Via BBA]
Você se esqueceu apenas de um clássico que encontrávamos no DOS...eram o programa PARK que deveria ser digitado antes de desligar o computador para recolher as cabeças do "Winchester"....e era gráfico...uma maravilha escular aquele barulhinho, TIU, TIU, TIU.....
ResponderExcluir@Shabaxxx. Pelamordedeus. Me sinto um idoso ao falar disso. Realmente, era muito legal esse programinha. Só para as nova gerações entenderem o que estamos falando: Realmente poderíamos desligar o computador sem ter que desligar logicamente (se você estivesse no DOS, se você estivesse executando um programa que usasse banco de dados, como os compilados com Clipper, por exemplo, os índices se corromperiam com certeza. Mas nada que não fosse facilmente reparado.), porém havia um problema em potencial: a cabeça de leitura e gravação do seu disco (inapropriadamente chamado de "Winchester") ficava onde ela estivesse, isto é, poderia estar no meio do disco.
ResponderExcluirSe alguém esbarrasse na mesa ou no gabinete a cabeça flutuante poderia bater na superfície magnética do disco e danificá-la. Para prevenir era uma boa prática você usar um programinha para levar a cabeça para o início do disco, uma área segura para ela ficar "estacionada" antes de desligar o micro. Era muito rápido, mas para agregar algum valor o desenvolvedor desse utilitário criou uma animação da cabeça se dirigindo ao início e com um sonzinho de 3 tiros de LASER ele mostrava que poderíamos desligar o micro com segurança. Bem lembrado, Shabaxxx.
Cara só um adendo ai, o DOS não foi comprado pelo Bill Gates, a IBM passou o projeto para ele fazer e quando ele percebeu a dimensão que aquilo ia virar, se aproprio da ideia de forma indevida, e tem mais a versão que a IBM, o PC-DOS, lançou tinha uma trava que era muito difícil ou quase impossível de quebrar, o tio Bill já prevendo o que deveria fazer somente colocou na última trilha, não acessível normalmente, do disquete uma chave, e tinha um programa feito em Assembler ou melhor dizendo em linguagem de baixo nível que acessava esta trilha e assim conseguia duplicar os disquetes, e assim a Microsoft auxiliou na pirataria e na divulgação do seu produto e assim toda vez que um PC era vendido vinha com a versão MS-DOS. PS.: Piratas do Silício e um grande filme, mas não mostra isso, claro que por questão óbvias.
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