A ideia repressora mostra que nem sempre o governo representa de fato o pensamento de um povo.
A ideia repressora mostra que nem sempre o governo representa de fato o pensamento de um povo.
É claro que desde os movimentos contrários ao governo na última eleição para a reeleição de presidente geraria alguma reação.
E ela veio na forma de um retrocesso histórico baseado no total monitoramento dos sites e blogs da internet naquele país.
Não é difícil concluir que eles também estão certamente apavorados com as ondas de protestos e revoluções da chamada "Primavera Árabe" que também teve a comunicação pela internet como uma das armas de mobilização das massas.
A onda de protestos começou com uma revolta na Tunísia no início do ano, que derrubou o presidente no poder havia 23 anos, Zine El Abidin Ben Ali, e depois o presidente egípcio, Hosni Mubarak. Mas em outros países do norte da África e do Oriente Médio, como Iêmen, Líbia ou Síria, as revoltas continuam sem conseguir derrubar seus líderes.
Também na Espanha a internet tem se mostrado particularmente útil nos protestos contra o crescente desemprego e o arrocho econômico imposto por lá.
No Brasil, que no momento vive um período de queda de desemprego e recuperação do poder de compra, a ideia de controlar a internet com a identificação obrigatória do usuário em qualquer transação tipo: enviar um e-mail, falar em blogs, baixar arquivos, tem a assinatura do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que se vier a passar algum dia poderá inviabilizar movimentos como o Justiça Míope (o qual o Blog Brasil Acadêmico dá o seu apoio), que articula a greve no MPU e que o faz através de blog, twitter, e-mail, celulares, walk-talkies etc.
Vários movimentos populares pelo país afora se valem da extrema flexibilidade, agilidade e, sobretudo, liberdade de ideias e expressão que ocorre, de fato, no mundo virtual. Assim ocorreu com a lei da Ficha Limpa, que apesar do apoio popular maciço foi barrada por alegações técnicas no STF (ou pelo menos, postergada).
Esperamos que a Justiça no Brasil acolha as tais ideias ocidentais que o Irã combate e não deixe a cidadania descompassada mais uma vez da sede de poder e controle das autoridades. Essa greve na Procuradoria-geral da República (instância máxima do Ministério Publico Federal) vai ser um duro teste para mostrar até onde vai a defesa dos direitos humanos, da constituição, da liberdade de expressão, etc, por parte da instituição, mas espera-se as lições do episódio sejam internalizadas institucionalmente. Por que de episódios onde a Justiça decepciona a vontade popular já estamos fartos.
Fontes:
Exame.com
The Wall Street Journal Online
newser.com
[Via BBA]
É claro que desde os movimentos contrários ao governo na última eleição para a reeleição de presidente geraria alguma reação.
E ela veio na forma de um retrocesso histórico baseado no total monitoramento dos sites e blogs da internet naquele país.
Visando limitar a ciber-infiltração de ideias ocidentais, o chefe de Telecomunicações do Irã afirmou que, dentro de dois anos, todos os iranianos serão forçados a usar uma internet completamente interna. Cerca de 60% dos domicílios do país e as empresas podem já estar usando muito antes desse prazo. O Irã acredita que essa atitude ajudará a defender os valores morais islâmicos.
Trecho da reportagem no newser.com
Não é difícil concluir que eles também estão certamente apavorados com as ondas de protestos e revoluções da chamada "Primavera Árabe" que também teve a comunicação pela internet como uma das armas de mobilização das massas.
A onda de protestos começou com uma revolta na Tunísia no início do ano, que derrubou o presidente no poder havia 23 anos, Zine El Abidin Ben Ali, e depois o presidente egípcio, Hosni Mubarak. Mas em outros países do norte da África e do Oriente Médio, como Iêmen, Líbia ou Síria, as revoltas continuam sem conseguir derrubar seus líderes.
As forças de repressão lançaram um sério contra-ataque. Na Líbia, o regime do coronel Muamar Kadafi utilizou sistematicamente a internet e meios sociais muito sofisticados para reprimir a população.
Salil Shetty. Secretário-geral da Anistia Internacional
Também na Espanha a internet tem se mostrado particularmente útil nos protestos contra o crescente desemprego e o arrocho econômico imposto por lá.
No Brasil, que no momento vive um período de queda de desemprego e recuperação do poder de compra, a ideia de controlar a internet com a identificação obrigatória do usuário em qualquer transação tipo: enviar um e-mail, falar em blogs, baixar arquivos, tem a assinatura do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que se vier a passar algum dia poderá inviabilizar movimentos como o Justiça Míope (o qual o Blog Brasil Acadêmico dá o seu apoio), que articula a greve no MPU e que o faz através de blog, twitter, e-mail, celulares, walk-talkies etc.
Vários movimentos populares pelo país afora se valem da extrema flexibilidade, agilidade e, sobretudo, liberdade de ideias e expressão que ocorre, de fato, no mundo virtual. Assim ocorreu com a lei da Ficha Limpa, que apesar do apoio popular maciço foi barrada por alegações técnicas no STF (ou pelo menos, postergada).
Esperamos que a Justiça no Brasil acolha as tais ideias ocidentais que o Irã combate e não deixe a cidadania descompassada mais uma vez da sede de poder e controle das autoridades. Essa greve na Procuradoria-geral da República (instância máxima do Ministério Publico Federal) vai ser um duro teste para mostrar até onde vai a defesa dos direitos humanos, da constituição, da liberdade de expressão, etc, por parte da instituição, mas espera-se as lições do episódio sejam internalizadas institucionalmente. Por que de episódios onde a Justiça decepciona a vontade popular já estamos fartos.
Fontes:
Exame.com
The Wall Street Journal Online
newser.com
[Via BBA]
Este é o sonho de qualquer regime autoritário: calar a oposição e a livre manifestação de seu próprio povo. Espero que esse tipo de lei não seja vigorado, até porque, será difícil colocá-lo em prática. A web é incontrolável. Abraços.
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