Livro digital online e gratuito lançado pelo Google, agora em português, explica a internet e a tecnologia envolvida em linguagem clara e be...
Livro digital online e gratuito lançado pelo Google, agora em português, explica a internet e a tecnologia envolvida em linguagem clara e bem ilustrada, além de mostrar o que pode ser feito com o HTML5.
A obra foi lançada no final de 2010 em inglês sendo que agora a empresa lançou a versão internacional do livro traduzido para vários idiomas, incluindo o português.
O livro não é um e-book em PDF para ser baixado, ele foi concebido para ser visto no site onde você poderá passar as páginas com o mouse (ou com o dedo, nos tablets e outros dispositivos com tela sensível a toque) onde uma animação caprichada dará a nítida impressão que você está a folheá-lo.
Isso não é novidade, muitos softwares de leitura de e-book já traz o efeito incluindo os acervos digitais de muitas publicações nacionais, como vem fazendo a Editora Abril.
A novidade aqui é que a interface não foi feita em Flash, e sim em HTML5, a linguagem prevista para se tornar um padrão na web em 2014 mas que já é suportada pelos navegadores mais modernos (ou seja, o livro não funcionará em versões antigas de browsers).
O livro contém conceitos básicos e é bastante recomendado para o público leigo. Que poderá aprender muito sobre a internet (ainda que a use sem entender bem os seus conceitos) de uma forma bem agradável.
Mas os usuários avançados não foram esquecidos. O código-fonte do livro está disponível para quem quiser se aventurar e fazer o seu, desde que respeitado os direitos autorais inerentes a essa forma de copyleft.
A destinação que vejo mais adequada é como material de apoio para a sala de aula. Em uma época de muita controvérsia sobre o material didático distribuído nas escolas públicas, esse livro é bem caprichado e sem
erros de português para gente diferenciada. Além disso, ainda que ecologicamente questionável, o livro pode ser impresso. O que beneficia quem não gosta de ler livros em monitores (ou quer evitar que crianças forcem a vista, se o pessoal das TVs 3D estão temerosos é melhor se precaver) ou quiser fazer a leitura enquanto estiver na banheira (evitando assim ser eletrocutado).
Podemos especular ser esse um instrumento para o Google aumentar sua penetração e vender a sua visão do que é o certo, ou tendência, ou o que é a verdade absoluta. Por exemplo, quando ele explica o que são os plugins (algo quase inexistente no navegador Internet Explorer da Microsoft) ou a importância do 3D no navegador que pode ser implementado nos browser através do WebGL (tecnologia também não apoiada pela Microsoft).
Acredito que essas tecnologias são avanços importantes, porém, o grande número de usuários do IE evidencia que isso tudo é uma aposta, e não necessariamente o estado atual da Internet. Assim, com esses "esclarecimentos" o Google vende para os usuários leigos a sua versão dos fatos como uma profecia auto-realizável e cabe aos professores incluir o contraponto a fim de separar o conhecimento da ideologia (já que há no meio profissional a figura adequadamente conhecida como evangelizadores, ou seja, é um risco perguntar até mesmo para um especialista).
O que deveria ter sido feito? Talvez colocar uma notinha de rodapé, um link que indicasse que aquilo era uma opinião, embora houvesse outras inerpretações, quem são os grupos que apoiam tais opiniões e o contraditório. Isso sim seria informação qualificada.
No "item 17", no subtítulo, a famosa frase do explorador Henry Stanley ao encontrar, depois de muito procurar, o missionário David Livingstone na África e simplesmente diz "Dr. Livingstone, I presume" foi traduzida por "Dr. Ivo Pitanguy, eu suponho?" talvez por que poucos entenderiam a piada. Porém, não tiveram o mesmo cuidado ao usarem como exemplo a URL do Bank of America (talvez devessem traduzir para Banco do Brasil, não?)
Até entendo que em uma obra voltada para leigos é perdoável um excesso de simplificação em prol da clareza. But don´t be evil, Mountain View.
Fonte:
20 Lições que Aprendi Sobre Navegadores e Web
[Via BBA]
A obra foi lançada no final de 2010 em inglês sendo que agora a empresa lançou a versão internacional do livro traduzido para vários idiomas, incluindo o português.
O livro não é um e-book em PDF para ser baixado, ele foi concebido para ser visto no site onde você poderá passar as páginas com o mouse (ou com o dedo, nos tablets e outros dispositivos com tela sensível a toque) onde uma animação caprichada dará a nítida impressão que você está a folheá-lo.
Isso não é novidade, muitos softwares de leitura de e-book já traz o efeito incluindo os acervos digitais de muitas publicações nacionais, como vem fazendo a Editora Abril.
A novidade aqui é que a interface não foi feita em Flash, e sim em HTML5, a linguagem prevista para se tornar um padrão na web em 2014 mas que já é suportada pelos navegadores mais modernos (ou seja, o livro não funcionará em versões antigas de browsers).
O livro contém conceitos básicos e é bastante recomendado para o público leigo. Que poderá aprender muito sobre a internet (ainda que a use sem entender bem os seus conceitos) de uma forma bem agradável.
Mas os usuários avançados não foram esquecidos. O código-fonte do livro está disponível para quem quiser se aventurar e fazer o seu, desde que respeitado os direitos autorais inerentes a essa forma de copyleft.
A destinação que vejo mais adequada é como material de apoio para a sala de aula. Em uma época de muita controvérsia sobre o material didático distribuído nas escolas públicas, esse livro é bem caprichado e sem
erros de português para gente diferenciada. Além disso, ainda que ecologicamente questionável, o livro pode ser impresso. O que beneficia quem não gosta de ler livros em monitores (ou quer evitar que crianças forcem a vista, se o pessoal das TVs 3D estão temerosos é melhor se precaver) ou quiser fazer a leitura enquanto estiver na banheira (evitando assim ser eletrocutado).
Podemos especular ser esse um instrumento para o Google aumentar sua penetração e vender a sua visão do que é o certo, ou tendência, ou o que é a verdade absoluta. Por exemplo, quando ele explica o que são os plugins (algo quase inexistente no navegador Internet Explorer da Microsoft) ou a importância do 3D no navegador que pode ser implementado nos browser através do WebGL (tecnologia também não apoiada pela Microsoft).
Acredito que essas tecnologias são avanços importantes, porém, o grande número de usuários do IE evidencia que isso tudo é uma aposta, e não necessariamente o estado atual da Internet. Assim, com esses "esclarecimentos" o Google vende para os usuários leigos a sua versão dos fatos como uma profecia auto-realizável e cabe aos professores incluir o contraponto a fim de separar o conhecimento da ideologia (já que há no meio profissional a figura adequadamente conhecida como evangelizadores, ou seja, é um risco perguntar até mesmo para um especialista).
O que deveria ter sido feito? Talvez colocar uma notinha de rodapé, um link que indicasse que aquilo era uma opinião, embora houvesse outras inerpretações, quem são os grupos que apoiam tais opiniões e o contraditório. Isso sim seria informação qualificada.
Adaptação cuidadosa para o português |
Até entendo que em uma obra voltada para leigos é perdoável um excesso de simplificação em prol da clareza. But don´t be evil, Mountain View.
Fonte:
20 Lições que Aprendi Sobre Navegadores e Web
[Via BBA]
Gostei da ideia!
ResponderExcluirSou professora universitária e leciono XHTML e CSS.
Será muito bom, poder compartilhar esse material com meus alunos.
Valeu!!!!