Em uma surpreendente abordagem, nova mão robótica não possui dedos simplificando o seu projeto.
Em uma surpreendente abordagem, nova mão robótica não possui dedos simplificando o seu projeto.
A indústria de autômatos sempre se procurou formas de imitar a mão humana para criar robôs que possam pegar objetos leves e delicados, como um ovo, até ferramentas pesadas de forma a permitir que fosse realizadas operações com esses objetos.
Talvez essa dificuldade em imitar com perfeição nossas mão é o que tem salvo milhares de empregos no mundo todo (ainda não criaram o operário perfeito que é aquele que não vota, não reclama do salário, não se sindicaliza, não pega atestado, não chega atrasado e ainda compra toda a produção do patrão no final do mês).
Todavia pesquisadores da Universidade de Chicago resolveram sair da caixa e pensar diferente (ainda que não conste que eles usaram um Mac para isso).
Criaram uma bola flexível e encheram-na com pó de café. Essa bola se molda a uma grande variedade de objetos ao tocá-los e quando o braço do robô suga o ar em seu interior ela consegue reter os objetos.
Tão simples e prático (e barato) que não é difícil prever seu uso em vários dispositivos robóticos e até mesmo em próteses de baixo custo.
Ainda no campo da robótica cientistas da Univesidade de Tufts, Massachusetts, EUA, estão desenvolvendo um robô capaz de movimentos rápidos imitando a forma como uma lagarta se locomove.
Com seu corpo recoberto com borracha de silicone, seria possível um mix de movimentos lentos para adentrar em lugares de difícil acesso (como tubos, por exemplo) e movimentos mais ágeis para locomoção (ou para assustar algum agressor como um cachorro curioso. Que é o que a lagarta original faz com seus movimentos que parecem um ataque convulsivo).
Geralmente ou o robô é lento e preciso ou é ágil e sem muita precisão nos movimentos.
Mas já que o assunto é robótica não podemos deixa de parabenizar os brasileiros que ganharam 11 medalhas no RoboGames 2011. Assim, com essa geração de pesquisadores espera-se que no campo da robótica não fiquemos só exportando café.
Brasil-zil-zil. Ou seria melhor Brazil-pew-pew?
A equipe brazuca Riobotz mandou muito bem. Todavia quando eu fui pesquisar os vídeos do campeonato para ilustrar o post me deparei com um mini-barraco que ocorreu durante a competição.
Robô de múltiplas pernas é controlado remotamente do Japão enquanto se prepara para duelo
Na descrição do vídeo, cujo título poderia ser traduzido como "Brasil parte para o ataque", o usuário Tempusmaster diz que:
Discriminação? Preconceito? Falta de preparo psicológico de nossos "atletas"? De qualquer forma a gente já sabe o que os gringos esperam dos latinos e qualquer deslize apenas reforça a tese de sermos mais movidos pela emoção do que pela razão.
É importante não perder a linha
Com a proximidade de uma série de eventos esportivos de peso sediados por aqui (Copa e Olimpíada) nós teremos a oportunidade de verificarmos isso em uma escala monumental.
Porque precisamos do vidro blindado
E não vai ser só a Globo que vai dar sua versão dos fatos. Mas o mundo inteiro estará de olho em nós, incluindo a blogosfera (ou seja, nunca antes na história desse país ficaremos tão expostos). Quem se envergonha dos pitos que a FIFA fica nos passando a respeito dos atraso nas obras (lembrando até que caso não dê certo, a Copa vai para o plano B, Inglaterra) como estádios e aeroportos. Ainda não viu nada.
Fica o registro, apesar de nosso ótimo desempenho. Os vídeos da competição desse canal só falam de EUA e Japão. Do "Brazil" só tem o registro do "barraco" hi-tech.
Falando da parte boa, a equipe brasileira realmente deu um show ao se tornar a equipe de robótica com mais medalhas no mundo.
Os brasileiros da PUC-Rio conquistaram dez medalhas na RoboGames 2011, o maior evento mundial de robótica, realizado de 14 a 17 de abril, em San Mateo, Califórnia, EUA. Este número representa o recorde mundial de medalhas conquistadas por uma mesma equipe. No total, foram duas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze, em diversas categorias de combate, combate autônomo e sumô autônomo.
Pica, mói, despedaça, quebra, corta, tritura, serra e queima. É uma arena brutal.
O robô Touro Feather é o mais novo bicampeão mundial da RoboGames 2011 na categoria combate de 13,6kg, saindo invicto em todas as lutas que disputou. Outro campeão, igualmente invicto na competição, foi o Mini Touro Autônomo de 1,3kg que, como o próprio nome diz, lutou por sua conta e risco, já que os modelos das categorias autônomas são dotados de inteligência computacional para localizar o adversário e tomarem sozinhos decisões sobre qual estratégia seguir, sem nenhum auxílio humano.
As medalhas de prata ficaram para quatro robôs: Maloney (combate 54kg), Mini Touro (combate rádio-controlado 1,3kg), Pé de Boi Autônomo (sumô autônomo 3kg) e Boi da Cara Preta (sumô rádio-controlado 3kg). As de bronze foram para Touro (combate 54kg), Touro Light (combate 27kg), Pocket (combate 150 gramas) e Pé de Boi (sumô rádio-controlado 3kg).
Maloney X The Mortician
Apesar de não ter ganho medalhas, o robô mais elogiado do evento foi Touro Maximus (combate 100kg), que ficou em quinto lugar, apontado por reportagens em TVs norte-americanas como o favorito na categoria peso-pesado.
Grant Imahara esteve por lá distribuindo autógrafos
Ele será uma das atrações principais de um programa especial do Discovery Science, apresentado por Grant Imahara (Mythbusters), que irá ao ar no Memorial Day nos EUA.
Atualização 03/05/2011:
Em entrevista exclusiva para o Blog Brasil Acadêmico o coordenador da RioBotz fala sobre o RoboGames e dá sua versão para os fatos da edição de 2011.
Video: Caterpillar-Inspired Soft Robot Flips Out to Move At Breakneck Speeds - popSci
Sem os dedos - IstoÉ
Equipe RioBotz do CTC/PUC-Rio ganha 10 medalhas na RoboGames 2011 - CTC PUC-Rio
[Via BBA]
A indústria de autômatos sempre se procurou formas de imitar a mão humana para criar robôs que possam pegar objetos leves e delicados, como um ovo, até ferramentas pesadas de forma a permitir que fosse realizadas operações com esses objetos.
Talvez essa dificuldade em imitar com perfeição nossas mão é o que tem salvo milhares de empregos no mundo todo (ainda não criaram o operário perfeito que é aquele que não vota, não reclama do salário, não se sindicaliza, não pega atestado, não chega atrasado e ainda compra toda a produção do patrão no final do mês).
Todavia pesquisadores da Universidade de Chicago resolveram sair da caixa e pensar diferente (ainda que não conste que eles usaram um Mac para isso).
Criaram uma bola flexível e encheram-na com pó de café. Essa bola se molda a uma grande variedade de objetos ao tocá-los e quando o braço do robô suga o ar em seu interior ela consegue reter os objetos.
Tão simples e prático (e barato) que não é difícil prever seu uso em vários dispositivos robóticos e até mesmo em próteses de baixo custo.
Ainda no campo da robótica cientistas da Univesidade de Tufts, Massachusetts, EUA, estão desenvolvendo um robô capaz de movimentos rápidos imitando a forma como uma lagarta se locomove.
Com seu corpo recoberto com borracha de silicone, seria possível um mix de movimentos lentos para adentrar em lugares de difícil acesso (como tubos, por exemplo) e movimentos mais ágeis para locomoção (ou para assustar algum agressor como um cachorro curioso. Que é o que a lagarta original faz com seus movimentos que parecem um ataque convulsivo).
Geralmente ou o robô é lento e preciso ou é ágil e sem muita precisão nos movimentos.
RoboGames 2011
Mas já que o assunto é robótica não podemos deixa de parabenizar os brasileiros que ganharam 11 medalhas no RoboGames 2011. Assim, com essa geração de pesquisadores espera-se que no campo da robótica não fiquemos só exportando café.
A equipe brazuca Riobotz mandou muito bem. Todavia quando eu fui pesquisar os vídeos do campeonato para ilustrar o post me deparei com um mini-barraco que ocorreu durante a competição.
Na descrição do vídeo, cujo título poderia ser traduzido como "Brasil parte para o ataque", o usuário Tempusmaster diz que:
Os brasileiros levam muito a sério o esporte, mesmo que seja uma batalha de ComBots. E às vezes ficam tão excitados que exageram e passam dos limites. Durante uma das partidas de robôs no sábado estavam tão focados na competição que acabaram ignorando o árbitro da partida. Um grande erro...
Discriminação? Preconceito? Falta de preparo psicológico de nossos "atletas"? De qualquer forma a gente já sabe o que os gringos esperam dos latinos e qualquer deslize apenas reforça a tese de sermos mais movidos pela emoção do que pela razão.
Com a proximidade de uma série de eventos esportivos de peso sediados por aqui (Copa e Olimpíada) nós teremos a oportunidade de verificarmos isso em uma escala monumental.
E não vai ser só a Globo que vai dar sua versão dos fatos. Mas o mundo inteiro estará de olho em nós, incluindo a blogosfera (ou seja, nunca antes na história desse país ficaremos tão expostos). Quem se envergonha dos pitos que a FIFA fica nos passando a respeito dos atraso nas obras (lembrando até que caso não dê certo, a Copa vai para o plano B, Inglaterra) como estádios e aeroportos. Ainda não viu nada.
Fica o registro, apesar de nosso ótimo desempenho. Os vídeos da competição desse canal só falam de EUA e Japão. Do "Brazil" só tem o registro do "barraco" hi-tech.
Falando da parte boa, a equipe brasileira realmente deu um show ao se tornar a equipe de robótica com mais medalhas no mundo.
Chegar ao recorde de 10 medalhas por equipe, coincidindo até com o número de alunos que levamos, é uma grande vitória. Ela é fruto de muito esforço, trabalho, seriedade e dedicação dos participantes.
Marco Antonio Meggiolaro. Coordenador da RioBotz e professor do Departamento de Engenharia Mecânica da PUC-Rio
Os brasileiros da PUC-Rio conquistaram dez medalhas na RoboGames 2011, o maior evento mundial de robótica, realizado de 14 a 17 de abril, em San Mateo, Califórnia, EUA. Este número representa o recorde mundial de medalhas conquistadas por uma mesma equipe. No total, foram duas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze, em diversas categorias de combate, combate autônomo e sumô autônomo.
O robô Touro Feather é o mais novo bicampeão mundial da RoboGames 2011 na categoria combate de 13,6kg, saindo invicto em todas as lutas que disputou. Outro campeão, igualmente invicto na competição, foi o Mini Touro Autônomo de 1,3kg que, como o próprio nome diz, lutou por sua conta e risco, já que os modelos das categorias autônomas são dotados de inteligência computacional para localizar o adversário e tomarem sozinhos decisões sobre qual estratégia seguir, sem nenhum auxílio humano.
As medalhas de prata ficaram para quatro robôs: Maloney (combate 54kg), Mini Touro (combate rádio-controlado 1,3kg), Pé de Boi Autônomo (sumô autônomo 3kg) e Boi da Cara Preta (sumô rádio-controlado 3kg). As de bronze foram para Touro (combate 54kg), Touro Light (combate 27kg), Pocket (combate 150 gramas) e Pé de Boi (sumô rádio-controlado 3kg).
Apesar de não ter ganho medalhas, o robô mais elogiado do evento foi Touro Maximus (combate 100kg), que ficou em quinto lugar, apontado por reportagens em TVs norte-americanas como o favorito na categoria peso-pesado.
Ele será uma das atrações principais de um programa especial do Discovery Science, apresentado por Grant Imahara (Mythbusters), que irá ao ar no Memorial Day nos EUA.
Atualização 03/05/2011:
Em entrevista exclusiva para o Blog Brasil Acadêmico o coordenador da RioBotz fala sobre o RoboGames e dá sua versão para os fatos da edição de 2011.
Video: Caterpillar-Inspired Soft Robot Flips Out to Move At Breakneck Speeds - popSci
Sem os dedos - IstoÉ
Equipe RioBotz do CTC/PUC-Rio ganha 10 medalhas na RoboGames 2011 - CTC PUC-Rio
[Via BBA]
Muito massa!!!
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