Salman Khan esbarrou em uma ideia que pode fazer a diferença na educação de nossos jovens. Invertendo a tradição Khan espera trazer a tarefa...
Salman Khan esbarrou em uma ideia que pode fazer a diferença na educação de nossos jovens. Invertendo a tradição Khan espera trazer a tarefa de casa para sala de aula e levar a aula para casa.
A Khan Academy começou como uma brincadeira entre primos e transformou-se em uma organização séria com 100 a 200 mil vídeos vistos por dia em seu site.
(Risos)
(Aplausos)
SK: Agora nós temos cerca de 2.200 vídeos cobrindo tudo desde aritmética básica até chegar em cálculo vetorial e algumas das coisas que vocês viram aqui. Nós temos um milhão de estudantes por mês usando o site, assistindo a cerca de 100 a 200 mil vídeos por dia. Mas o que nós vamos conversar sobre isso é como vamos chegar ao próximo nível. Mas antes que eu faça isso, eu quero falar um pouco sobre como eu comecei realmente. E alguns de vocês devem saber, há cinco anos atrás eu era um analista de um fundo de investimento. E eu estava em Boston, e estava tutorando meus primos em Nova Orleans, remotamente. E comecei a colocar os primeiros vídeos no YouTube apenas como uma coisa legal de ter, apenas como um suplemento para meus primos – algo que podia dar a eles um lembrete. E assim que coloquei os vídeos no YouTube, algo interessante aconteceu – na verdade um monte de coisas interessantes aconteceram. A primeira foi o retorno dos meus primos. Eles me disseram que eles me preferiam no YouTube do que em pessoa.
(Risos)
E depois que você supera o lado ruim disso, havia algo realmente muito profundo ali. Eles disseram que eles preferiam a versão automática do seu primo a seu primo. No começo, é muito contra intuitivo, mas quando você pensa sobre isso no ponto de vista deles, isso faz muito sentido. Você tem essa situação onde agora eles podem pausar e repetir seu primo, sem sentir que estão me fazendo perder tempo. Se eles tivessem de revisar algo que eles deviam ter aprendido duas semanas atrás, ou talvez dois anos atrás, eles não precisam ficar envergonhados e perguntar ao seu primo. Eles podem apenas ver os vídeos. Se se entediarem eles podem ir para adiante. Eles podem assistir no seu próprio horário, no seu próprio ritmo. E provavelmente o aspecto menos apreciado disso é a noção de que a primeira vez, a primeiríssima vez que você tenta fazer seu cérebro entender um novo conceito, a última coisa de que você precisa é outro ser humano perguntando: "Você entendeu isso?" E isso é o que estava acontecendo com a interação com meus primos antes. E agora eles podem fazer isso apenas na intimidade de seu próprio quarto.
(Risos)
E vamos pausar aqui. Essa pessoa fez uma derivada e então ela sorriu. E depois em resposta ao mesmo comentário – isso está na discussão. Você pode ir aos vídeos no YouTube e ver esses comentários – alguém escreveu: "Mesma coisa aqui, na verdade eu fiquei de bom humor o dia inteiro. Desde que me lembro de ver todas essas matrizes na escola, e aqui estou tipo: 'Eu sei kung fu'."
(Risos)
E recebemos bastante retorno ao longo dessas linhas. Isso estava claramente ajudando as pessoas. Mas depois, enquanto a audiência continuava crescendo e crescendo, eu comecei a receber cartas de pessoas, e começou a ficar claro que isso era mais do que uma coisa legal de ter. Esse é apenas um trecho de uma dessas cartas. "Meu filho de 12 anos tem autismo e teve uma péssima experiência com matemática. Nós tentamos de tudo, vimos de tudo, compramos de tudo. Nós esbarramos no seu vídeo sobre decimais e ele entendeu. Depois fomos para as temidas frações. De novo, ele entendeu. Nós não podíamos acreditar. Ele está tão entusiasmado. E como vocês podem imaginar, lá estava eu, analista de um fundo de investimento, Era muito estranho para mim fazer algo com valor social.
(Risos)
(Aplausos)
Mas eu estava entusiasmado, então continuei. E depois comecei a me dar conta de algumas outras coisas. De que isso não só ajudava meus primos agora, ou essas pessoas que estavam enviando cartas, mas que esse conteúdo nunca vai envelhecer, que isso podia ajudar seus filhos ou seus netos. Se Isaac Newton tivesse feito vídeos no YouTube sobre cálculo, eu não precisaria ter feito.
(Risos)
Supondo que ele fosse bom. Nós não sabemos.
(Risos)
A outra coisa que aconteceu – e mesmo nesse ponto, eu disse: "Ok, talvez seja um bom suplemento. É bom para estudantes motivados. É bom talvez para quem estuda em casa." Mas eu não achava que seria algo que penetraria de alguma forma na sala de aula. Mas então comecei a receber cartas de professores. E os professores escreviam dizendo: "Nós usamos seus vídeos para mudar a aula. Você deu as explicações, agora o que a gente faz..." E isso pode acontecer em qualquer sala de aula nos Estados Unidos amanhã:
(Risos)
Eu quero pausar aqui por um segundo, por causa de duas coisas interessantes. A primeira, quando professores fazem isso, há o benefício óbvio – o benefício de que agora seus alunos podem curtir os vídeos da maneira como meus primos curtiram. Eles podem pausar, repetir no seu próprio ritmo, no seu próprio ritmo. Mas a coisa mais interessante é – e isso é a coisa contra intuitiva quando se fala sobre tecnologia em sala de aula – ao remover a palestra de tamanho padrão para toda classe e deixar os alunos terem sua matéria auto ritmada em casa, e depois quando você vai à sala de aula, deixando-os fazer a lição, com o professor rondando, fazendo com que os colegas realmente interajam entre si, esses professores usaram a tecnologia para humanizar a sala de aula. Eles tomaram uma experiência fundamentalmente desumanizante – 30 garotos com seus dedos nos lábios, proibidos de interagir entre si. Um professor, não importa o quanto seja bom, precisa dar essas palestras tamanho padrão para 30 alunos – rostos inexpressivos, quase antagonísticos – e agora é uma experiência humana. Agora eles estão realmente interagindo entre si. Então uma vez com a Khan Academy – eu saí do meu emprego. e nos tornamos uma organização de verdade – somos uma organização sem fins lucrativos – a questão é: como trazemos isso para o próximo nível? Como trazemos o que os professores estão fazendo para sua conclusão natural? E isso é o que estou mostrando aqui, esses são exercícios reais que comecei a escrever para meus primos. Os que eu comecei eram muito mais primitivos. Isso é uma versão mais competente disso. Mas o paradigma aqui é, nós vamos gerar tantas questões for necessárias até que você entenda o conceito, até você dar 10 respostas certas seguidas. E os vídeos da Khan Academy estão aí. Você tem dicas, os passos para aquele problema, se você não sabe como fazer isso. Mas o paradigma aqui, parece como uma coisa bem simples: 10 exercícios bem feitos seguidos, você segue em frente. Mas é fundamentalmente diferente do que está acontecendo nas salas de aula agora.
A Khan Academy começou como uma brincadeira entre primos e transformou-se em uma organização séria com 100 a 200 mil vídeos vistos por dia em seu site.
Eu acho que você teve um vislumbre do futuro da educação. Bill GatesA ferramenta ChartBeat dá uma ideia do sucesso do site monitorando seu uso em tempo real.
Quero criar um modelo de escola online autônoma em que o aluno possa entrar sabendo apenas como usar o mouse e mais nada, e ir aos poucos se instruindo, galgando patamares, avaliando a si mesmo e crescendo em qualquer matéria de estudos. Salman KhanFinanciado por doações, no início a Google injetou 2 milhões de dólares para depois aparecerem as doações da Gates Foundation.
A ideia de Sal Khan é genial. Ele quebra o conhecimento matemático em pequenas lições em vídeo com no máximo 12 minutos. Bill GatesPessoalmente experimentei a interface de exercícios da Khan Academy e, como especialista em EaD, fiquei bem impressionado com um quadro disponível para o aluno rascunhar (scratch pad) quando estiver resolvendo os problemas. É bem simples e funcional. Permite rabiscar com o mouse, digitar textos e é bem simples apagar e desfazer alguma ação. Isso pode até mesmo ser ecológico já que poderia economizar papel. Seria ainda melhor se o aluno estiver usando um tablet (agora sim, vi um bom uso que justificaria adquirir esse acessório). Além disso, é muito simples para os tutores criarem uma classe virtual (basta os alunos adicionarem um usuário como tutor). O problema é que o projeto atendem bem quem fala inglês (já há vídeos em espanhol). A expansão para outras línguas é questão de tempo (e de aporte de recursos). Mas já estão reunindo voluntários que queiram traduzir os vídeos. Para se logar basta ter uma conta no Google ou no site de relacionamento FaceBook. Conheça a história dessa iniciativa e veja porque ela tem tudo para transformar positivamente a educação: A Khan Academy é mais conhecida por sua coleção de vídeos, então antes que eu vá mais adiante, deixem-me mostrar uma parte de uma edição. (Vídeo) Salman Khan: Então a hipotenusa vai ser cinco. Os fósseis de animais são encontrados apenas nessa área da América do Sul – uma bonita faixa aqui – e nessa parte da África. Nós podemos integrar sobre a superfície, e a notação geralmente é um sigma maiúsculo. Assembléia Nacional: Eles criaram o Comitê de Segurança Pública, que soa com um comitê bem simpático. Percebam, isso é um aldeído, e isso é um álcool. Começa a diferenciar-se em células efetoras e de memória. Uma galáxia. Ei, lá está outra galáxia. E veja, mais uma galáxia. E em dólares, é seus 30 milhões, mais os 20 milhões de dólares que vieram do fabricante americano. Se isso não deixar você de boca aberta, então você não tem emoção.
(Risos)
(Aplausos)
SK: Agora nós temos cerca de 2.200 vídeos cobrindo tudo desde aritmética básica até chegar em cálculo vetorial e algumas das coisas que vocês viram aqui. Nós temos um milhão de estudantes por mês usando o site, assistindo a cerca de 100 a 200 mil vídeos por dia. Mas o que nós vamos conversar sobre isso é como vamos chegar ao próximo nível. Mas antes que eu faça isso, eu quero falar um pouco sobre como eu comecei realmente. E alguns de vocês devem saber, há cinco anos atrás eu era um analista de um fundo de investimento. E eu estava em Boston, e estava tutorando meus primos em Nova Orleans, remotamente. E comecei a colocar os primeiros vídeos no YouTube apenas como uma coisa legal de ter, apenas como um suplemento para meus primos – algo que podia dar a eles um lembrete. E assim que coloquei os vídeos no YouTube, algo interessante aconteceu – na verdade um monte de coisas interessantes aconteceram. A primeira foi o retorno dos meus primos. Eles me disseram que eles me preferiam no YouTube do que em pessoa.
(Risos)
E depois que você supera o lado ruim disso, havia algo realmente muito profundo ali. Eles disseram que eles preferiam a versão automática do seu primo a seu primo. No começo, é muito contra intuitivo, mas quando você pensa sobre isso no ponto de vista deles, isso faz muito sentido. Você tem essa situação onde agora eles podem pausar e repetir seu primo, sem sentir que estão me fazendo perder tempo. Se eles tivessem de revisar algo que eles deviam ter aprendido duas semanas atrás, ou talvez dois anos atrás, eles não precisam ficar envergonhados e perguntar ao seu primo. Eles podem apenas ver os vídeos. Se se entediarem eles podem ir para adiante. Eles podem assistir no seu próprio horário, no seu próprio ritmo. E provavelmente o aspecto menos apreciado disso é a noção de que a primeira vez, a primeiríssima vez que você tenta fazer seu cérebro entender um novo conceito, a última coisa de que você precisa é outro ser humano perguntando: "Você entendeu isso?" E isso é o que estava acontecendo com a interação com meus primos antes. E agora eles podem fazer isso apenas na intimidade de seu próprio quarto.
Se Isaac Newton tivesse feito vídeos no YouTube sobre cálculo, eu não precisaria ter feito.A outra coisa que aconteceu foi – eu coloquei no YouTube – eu não vi razão para fazer isso particular, então eu deixei outras pessoas assistirem. E então as pessoas começaram a esbarrar nisso. E eu comecei a receber alguns comentários e algumas mensagens de todos os tipos de retorno de pessoas aleatórias de todo o mundo. E esses eram apenas alguns. Isso é na verdade de um dos vídeos de cálculo originais. E alguém escreveu no YouTube – era um comentário no YouTube: "Primeira vez que sorri fazendo uma derivada."
(Risos)
E vamos pausar aqui. Essa pessoa fez uma derivada e então ela sorriu. E depois em resposta ao mesmo comentário – isso está na discussão. Você pode ir aos vídeos no YouTube e ver esses comentários – alguém escreveu: "Mesma coisa aqui, na verdade eu fiquei de bom humor o dia inteiro. Desde que me lembro de ver todas essas matrizes na escola, e aqui estou tipo: 'Eu sei kung fu'."
(Risos)
E recebemos bastante retorno ao longo dessas linhas. Isso estava claramente ajudando as pessoas. Mas depois, enquanto a audiência continuava crescendo e crescendo, eu comecei a receber cartas de pessoas, e começou a ficar claro que isso era mais do que uma coisa legal de ter. Esse é apenas um trecho de uma dessas cartas. "Meu filho de 12 anos tem autismo e teve uma péssima experiência com matemática. Nós tentamos de tudo, vimos de tudo, compramos de tudo. Nós esbarramos no seu vídeo sobre decimais e ele entendeu. Depois fomos para as temidas frações. De novo, ele entendeu. Nós não podíamos acreditar. Ele está tão entusiasmado. E como vocês podem imaginar, lá estava eu, analista de um fundo de investimento, Era muito estranho para mim fazer algo com valor social.
(Risos)
(Aplausos)
Mas eu estava entusiasmado, então continuei. E depois comecei a me dar conta de algumas outras coisas. De que isso não só ajudava meus primos agora, ou essas pessoas que estavam enviando cartas, mas que esse conteúdo nunca vai envelhecer, que isso podia ajudar seus filhos ou seus netos. Se Isaac Newton tivesse feito vídeos no YouTube sobre cálculo, eu não precisaria ter feito.
(Risos)
Supondo que ele fosse bom. Nós não sabemos.
(Risos)
A outra coisa que aconteceu – e mesmo nesse ponto, eu disse: "Ok, talvez seja um bom suplemento. É bom para estudantes motivados. É bom talvez para quem estuda em casa." Mas eu não achava que seria algo que penetraria de alguma forma na sala de aula. Mas então comecei a receber cartas de professores. E os professores escreviam dizendo: "Nós usamos seus vídeos para mudar a aula. Você deu as explicações, agora o que a gente faz..." E isso pode acontecer em qualquer sala de aula nos Estados Unidos amanhã:
... o que eu faço é passar os vídeos das aulas como lição de casa. e o que costumava ser lição de casa, agora os alunos estão fazendo na sala de aula.E eu quero pausar aqui para...
(Risos)
Eu quero pausar aqui por um segundo, por causa de duas coisas interessantes. A primeira, quando professores fazem isso, há o benefício óbvio – o benefício de que agora seus alunos podem curtir os vídeos da maneira como meus primos curtiram. Eles podem pausar, repetir no seu próprio ritmo, no seu próprio ritmo. Mas a coisa mais interessante é – e isso é a coisa contra intuitiva quando se fala sobre tecnologia em sala de aula – ao remover a palestra de tamanho padrão para toda classe e deixar os alunos terem sua matéria auto ritmada em casa, e depois quando você vai à sala de aula, deixando-os fazer a lição, com o professor rondando, fazendo com que os colegas realmente interajam entre si, esses professores usaram a tecnologia para humanizar a sala de aula. Eles tomaram uma experiência fundamentalmente desumanizante – 30 garotos com seus dedos nos lábios, proibidos de interagir entre si. Um professor, não importa o quanto seja bom, precisa dar essas palestras tamanho padrão para 30 alunos – rostos inexpressivos, quase antagonísticos – e agora é uma experiência humana. Agora eles estão realmente interagindo entre si. Então uma vez com a Khan Academy – eu saí do meu emprego. e nos tornamos uma organização de verdade – somos uma organização sem fins lucrativos – a questão é: como trazemos isso para o próximo nível? Como trazemos o que os professores estão fazendo para sua conclusão natural? E isso é o que estou mostrando aqui, esses são exercícios reais que comecei a escrever para meus primos. Os que eu comecei eram muito mais primitivos. Isso é uma versão mais competente disso. Mas o paradigma aqui é, nós vamos gerar tantas questões for necessárias até que você entenda o conceito, até você dar 10 respostas certas seguidas. E os vídeos da Khan Academy estão aí. Você tem dicas, os passos para aquele problema, se você não sabe como fazer isso. Mas o paradigma aqui, parece como uma coisa bem simples: 10 exercícios bem feitos seguidos, você segue em frente. Mas é fundamentalmente diferente do que está acontecendo nas salas de aula agora.
Você está tendo problemas com curvas à esquerda. Você não pode parar. Você é um ciclista 80%.Numa sala de aula tradicional, você tem duas lições de casa, lição de casa, palestra, lição de casa, palestra, e depois você tem um exame pontual. E naquele exame, quer você obtenha 70%, 80%, 90%, ou 95%, a classe segue para o próximo tópico. E mesmo aquele aluno com 95%, o que era aquele 5% que não sabia? Talvez ele não soubesse o que acontece quando você eleva algo à potência zero. E depois você vai agregar isso no próximo conceito. Isso é análogo a imaginar aprender a andar de bicicleta, e talvez eu dê a vocês uma palestra adiantada, e dê uma bicicleta por duas semanas. E então eu volto depois de duas semanas, e digo: "Bem, vamos ver. Você está tendo problemas com curvas à esquerda. Você não pode parar. Você é um ciclista 80%." Então eu coloco um grande C na sua testa e digo: "Este é um uniciclista." Mas por mais ridículo que isso soe, isso é exatamente o que está acontecendo em nossas salas de aula agora. E a ideia é que mais para frente bons alunos começam a errar álgebra de repente e começam a errar cálculo de repente, apesar de ser espertos, apesar de ter bons professores. E isso frequentemente porque eles têm esses buracos de queijo suíço que continuaram a construir sobre sua fundação. Então nosso modelo é aprender matemática da maneira que você aprende qualquer coisa, como você aprenderia a andar de bicicleta. Fique na bicicleta. Caia da bicicleta. Faça isso o quanto for necessário até você ter domínio. No modelo tradicional, ele penalizaria você por experimentar e falhar, mas ele não espera domínio. Nós encorajamos você a experimentar. Nós o encorajamos a falhar. Mas nós esperamos domínio. Isso é apenas mais um dos módulos. Isso é trigonometria. Isso é aumentar e refletir funções. E todos eles combinam juntos. Nós temos cerca de 90 desses agora. E você pode ir ao site agora. É tudo de graça. Não tento vender nada. Mas a ideia geral é que todos eles combinam nesse mapa do conhecimento. A ponta do topo aqui, é literalmente a soma de um algarismo. É como 1 mais um é igual a 2. E o paradigma é, uma vez que você tem nota 10 nisso, ele continua a levá-lo adiante para módulos mais e mais avançados. Então se você continuar no mapa do conhecimento, você vai chegar em aritmética mais avançada. Mais para frente, você começa a entrar em pré-álgebra e álgebra inicial. Mais para frente, você começa a entrar em álgebra um, álgebra dois, um pouco de pré cálculo. E a ideia é, a partir disso nós podemos ensinar tudo – bem, tudo que pode ser ensinado nesse tipo de estrutura. Então você pode imaginar – e isso é no que estamos trabalhando – é a partir do mapa do conhecimento que você tem lógica, tem programação de computador, você tem gramática, genética, tudo baseado nesse princípio, se você sabe isso e aquilo, agora você está pronto para esse próximo conceito. Agora isso pode funcionar bem para um aprendiz individual, e eu encorajo, por um lado, a vocês fazerem isso com seus filhos, mas também encorajo todo mundo na platéia a experimentar por si mesmo. Isso vai mudar o que acontece na sala de jantar.
Nós encorajamos você a experimentar. Nós o encorajamos a falhar. Mas nós esperamos domínio.Mas o que nós queremos fazer é usar a conclusão natural da inversão da sala de aula que aqueles professores me falaram. E isso que estou mostrando a vocês, isso são dados reais de um piloto no distrito de Los Altos, onde eles pegaram duas classes de quinta série e duas de sétima série e engoliram completamente seu velho currículo de matemática. Essas crianças não estão usando livros-texto, elas não estão tendo palestras de tamanho padrão. Elas estão fazendo a Khan Academy, elas estão usando aquele programa, para quase metade das aulas de matemática. E quero deixar claro, não vemos isso como a educação completa de matemática. O que isso faz é – e isso é o que acontece em Los Altos – é aumentar o tempo livre. Isso é o básico, assegurando que você saiba como lidar com um sistema de equações, e isso aumenta o tempo livre para simulações, para os jogos, para a mecânica, para a construção de robôs, para estimar o quanto é alta aquela colina baseado na sua sombra.
"Cada fileira é um aluno. Cada coluna é um desses conceitos." |
Então o paradigma é o professor entra todo dia, cada garoto trabalha no seu próprio ritmo – e isso é um painel vivo do distrito escolar de Los Altos – e eles olham para esse painel. Cada fileira é um aluno. Cada coluna é um desses conceitos. Verde significa que o aluno já é proficiente. Azul quer dizer que ele está trabalhando nisso – não precisa se preocupar. Vermelho quer dizer que está travado. E o que o professor faz é literalmente dizer: "Deixe-me intervir nos garotos vermelhos." Ou ainda melhor: "Deixe-me pegar um dos garotos verdes que já é proficiente nesse conceito para ser a primeira linha de ataque e realmente tutorar seu colega." (Aplausos) Agora eu venho de uma realidade muito focada em dados, então não queremos nem mesmo que o professor intervenha e faça perguntas constrangendoras ao aluno: "Oh, o que você não entendeu?" ou "O que você entendeu?" e todo o resto. Nosso paradigma é armar os professores com a maior quantidade de dados possível – dados que, em quase qualquer outro campo, são esperados, se você trabalha com finanças ou propaganda ou fabricação. E assim o professores podem realmente diagnosticar o que está errado com os alunos de maneira que podem fazer suas interações mais produtivas possível.
Agora os professores sabem exatamente o que os alunos têm feito, quanto tempo eles gastam todo dia, a quais vídeos assistiram, quando pausaram os vídeos, o que fez que parassem de ver, quais exercícios estavam fazendo, no que eles estavam se focando? O círculo externo mostra em quais exercícios estavam se focando. O círculo interno mostra em quais vídeos estavam se focando. E os dados se tornam bem finos de forma que pode-se ver o problema exato que o aluno faz certo ou errado. Vermelho é errado, azul é certo. A questão à esquerda é a primeira que o aluno tentou. Ele assistiu ao vídeo até aqui. E então você pode ver, eventualmente, eles puderam acertar 10 perguntas seguidas. É quase como se você pudesse vê-los aprender esses 10 problemas. Eles também se tornam mais rápidos. A altura é quanto tempo eles levaram.
Então quando fala-se em aprendizagem auto-ritmada, isso faz sentido para todo mundo – na chamada aprendizagem diferenciada – mas é meio maluco quando você vê isso na sala de aula. Porque toda vez que fizemos isso, em cada sala de aula que fizemos, repetidas vezes, depois de cinco dias nisso, há um grupo de garotos que está adiantado e há outro grupo de garotos um pouco atrás. E num modelo tradicional, se você fizesse uma avaliação pontual, diria: "Esses são garotos inteligentes, aqueles são garotos lerdos. Talvez eles devessem ser acompanhados de forma diferente. Talvez devêssemos coloca-los em salas diferentes." Mas quando você deixa cada aluno trabalhar em seu próprio ritmo – e vemos isso repetidas vezes – você vê alunos que tomam um tempo extra em um conceito ou outro, mas uma vez que adquirem esse conceito, eles apenas vão adiante. E assim os mesmos garotos que você pensava que eram lerdos semanas atrás, agora você pensa que são inteligentes. E vemos isso repetidas vezes. E isso faz você se perguntar quantos estereótipos que talvez vários de nós recebemos eram apenas devido a uma coincidência de tempo.
Agora por mais valioso que algo assim seja num distrito como Los Altos, nosso objetivo é usar a tecnologia para humanizar, não apenas em Los Altos, mas em escala global, o que está acontecendo na educação. E realmente, isso meio que traz um ponto interessante. Muito do esforço em humanizar a sala de aula é focada na relação aluno-professor. Em nosso pensamento, a métrica relevante é a relação aluno-tempo-valioso- com-o-professor. Num modelo tradicional, a maior parte do tempo do professor é gasto dando matérias e avaliando e assim por diante. Talvez cinco por cento de seu tempo seja sentar com os alunos e realmente trabalhar com eles. Agora 100% do tempo é. Então de novo, usando tecnologia, não apenas invertendo a sala de aula, você humaniza a sala de aula, eu diria, por um fator de cinco ou dez.
E por mais que isso seja valioso em Los Altos, imagine o que isso representa ao aprendiz adulto que está envergonhado em voltar e estudar o que eles deviam ter tido antes, antes de voltar para a universidade. Imagine o que isso representa para um garoto de rua em Calcutá que precisa ajudar sua família durante o dia, e essa é a razão pela qual ele ou ela não pode ir à escola. Agora eles podem gastar duas horas por dia e se recuperar, ou se atualizar e não ficar envergonhado sobre o que eles sabem ou não. Agora imaginem o que acontece – nós falamos sobre colegas ensinando uns aos outros dentro da sala de aula. Mas isso é tudo um sistema. Não há razão para que não possa haver esse tutoramento colega-colega além dessa sala de aula específica. Imagine o que acontece se o aluno de Calcutá de repente pode tutorar seu filho, ou seu filho pode tutorar esse garoto em Calcutá? E penso que isso que vocês verão surgir é a noção de uma sala de aula global. E isso é essencialmente o que estamos tentando construir. Obrigado. (Aplausos) Bill Gates: Eu vi algumas coisas que vocês fazem no sistema que tem a ver com motivação e retorno – pontos de energia, medalhas de mérito. Me diga o que vocês pensam disso?
SK: Sim. Nós temos uma equipe incrível trabalhando nisso. E eu preciso deixar claro, não é mais apenas eu. Eu ainda faço todos os vídeos, mas nós temos uma equipe de estrelas fazendo o programa. Sim, nós colocamos um bocado de mecânica de jogos lá onde você ganha essas medalhas, nós vamos começar a ter tabelas de classificação, por área, e você ganha pontos. É bem interessante na verdade. Só ao mencionar as medalhas ou quantos pontos você ganha por fazer algo, nós observamos numa base ampla do sistema , cerca de dezenas de milhares de alunos de 5ª e 6ª séries indo em uma direção ou outra, dependendo em qual medalha você oferece.
(Risos)
BG: E a colaboração que você faz com Los Altos, como isso aconteceu?
SK: Los Altos, foi meio maluco. Mais uma vez, eu não esperava que isso fosse usado em salas de aula. Alguém da área de educação veio e disse: "O que você faria se tivesse carta branca em uma sala de aula?" E eu respondi: "Bem, eu deixaria cada aluno trabalhar no seu ritmo em algo como isso e ofereceríamos um painel." E eles disseram: "Isso é meio radical. Precisamos pensar sobre isso." E eu e o resto da equipe ficamos tipo: "Eles nunca vão querer fazer isso." Mas no dia seguinte eles perguntaram: "Você pode começar em duas semanas?"
(Risos)
BG: Então matemática da quinta série é que está ocorrendo agora?
SK: São duas classes de 5ª série e duas classes de 7ª série. E eles estão fazendo isso no nível do distrito. Acho que eles estão animados porque agora podem acompanhar esses garotos. Não é uma coisa só-dentro-da-escola. Até mesmo, no Natal, vimos alguns dos garotos fazendo isso. E nós podemos acompanhar tudo. Então eles podem acompanha-los enquanto vão por todo o distrito. Durante as férias de verão, quando passam de um professor para outro, você tem essa continuidade de dados que mesmo no nível distrital eles podem ver.
BG: Então algumas dessas visualizações que vimos eram para o professor ir e acompanhar o que estava acontecendo com essas crianças. Você tem um retorno dessas visualizações do professor para ver o que eles acham que significam?
SK: Sim. A maioria delas foram sugeridas pelos professores. Nós fizemos algumas para os estudantes para que pudessem ver seus dados, mas temos uma supervisão de desenho detalhada com os próprios professores. E eles dizem literalmente: "Ei, isso é bonito, mas..." Como aquele gráfico de foco, muitos professores disseram: "Eu tenho a impressão que muitas crianças estão pulando e não se focando num tópico." Então fizemos esse diagrama de foco. Isso é tudo guiado por professores. Isso foi bem maluco.
BG: Isso está pronto para o público em geral? Você não acha que muitas classes no próximo ano deviam tentar isso?
SK: Sim, está pronto. Nós já temos um milhão de pessoas no site, então nós podemos aguentar mais alguns.
(Risos)
Não, não há razão para isso não poder acontecer em todas as classes dos Estados Unidos amanhã.
BG: E a visão do tutoramento. A ideia que há, se estou confuso sobre um tópico, de algum jeito na interface do usuário eu vou encontrar pessoas que se voluntariam, talvez ver sua reputação, e eu posso agendar e me conectar com essas pessoas?
SK: Absolutamente. E isso é algo que recomendo para todo mundo na audiência a fazer. Esses painéis que os professores têm, você pode acessar agora mesmo e pode essencialmente se tornar um técnico para seus filhos, seus sobrinhos ou primos, ou talvez algumas crianças do Clube "Boys and Girls". E sim, você pode começar a se tornar um mentor, um tutor, realmente imediatamente. Mas sim, isso está tudo lá.
BG: Bem, isso é incrível. Eu acho que você teve um vislumbre do futuro da educação. Obrigado.
SK: Obrigado.
Fonte: TEDTalks Khan Academy aponta para o futuro da educação online - O Globo [Via BBA]
SK: Sim. Nós temos uma equipe incrível trabalhando nisso. E eu preciso deixar claro, não é mais apenas eu. Eu ainda faço todos os vídeos, mas nós temos uma equipe de estrelas fazendo o programa. Sim, nós colocamos um bocado de mecânica de jogos lá onde você ganha essas medalhas, nós vamos começar a ter tabelas de classificação, por área, e você ganha pontos. É bem interessante na verdade. Só ao mencionar as medalhas ou quantos pontos você ganha por fazer algo, nós observamos numa base ampla do sistema , cerca de dezenas de milhares de alunos de 5ª e 6ª séries indo em uma direção ou outra, dependendo em qual medalha você oferece.
(Risos)
BG: E a colaboração que você faz com Los Altos, como isso aconteceu?
SK: Los Altos, foi meio maluco. Mais uma vez, eu não esperava que isso fosse usado em salas de aula. Alguém da área de educação veio e disse: "O que você faria se tivesse carta branca em uma sala de aula?" E eu respondi: "Bem, eu deixaria cada aluno trabalhar no seu ritmo em algo como isso e ofereceríamos um painel." E eles disseram: "Isso é meio radical. Precisamos pensar sobre isso." E eu e o resto da equipe ficamos tipo: "Eles nunca vão querer fazer isso." Mas no dia seguinte eles perguntaram: "Você pode começar em duas semanas?"
(Risos)
BG: Então matemática da quinta série é que está ocorrendo agora?
SK: São duas classes de 5ª série e duas classes de 7ª série. E eles estão fazendo isso no nível do distrito. Acho que eles estão animados porque agora podem acompanhar esses garotos. Não é uma coisa só-dentro-da-escola. Até mesmo, no Natal, vimos alguns dos garotos fazendo isso. E nós podemos acompanhar tudo. Então eles podem acompanha-los enquanto vão por todo o distrito. Durante as férias de verão, quando passam de um professor para outro, você tem essa continuidade de dados que mesmo no nível distrital eles podem ver.
BG: Então algumas dessas visualizações que vimos eram para o professor ir e acompanhar o que estava acontecendo com essas crianças. Você tem um retorno dessas visualizações do professor para ver o que eles acham que significam?
SK: Sim. A maioria delas foram sugeridas pelos professores. Nós fizemos algumas para os estudantes para que pudessem ver seus dados, mas temos uma supervisão de desenho detalhada com os próprios professores. E eles dizem literalmente: "Ei, isso é bonito, mas..." Como aquele gráfico de foco, muitos professores disseram: "Eu tenho a impressão que muitas crianças estão pulando e não se focando num tópico." Então fizemos esse diagrama de foco. Isso é tudo guiado por professores. Isso foi bem maluco.
BG: Isso está pronto para o público em geral? Você não acha que muitas classes no próximo ano deviam tentar isso?
SK: Sim, está pronto. Nós já temos um milhão de pessoas no site, então nós podemos aguentar mais alguns.
(Risos)
Não, não há razão para isso não poder acontecer em todas as classes dos Estados Unidos amanhã.
BG: E a visão do tutoramento. A ideia que há, se estou confuso sobre um tópico, de algum jeito na interface do usuário eu vou encontrar pessoas que se voluntariam, talvez ver sua reputação, e eu posso agendar e me conectar com essas pessoas?
SK: Absolutamente. E isso é algo que recomendo para todo mundo na audiência a fazer. Esses painéis que os professores têm, você pode acessar agora mesmo e pode essencialmente se tornar um técnico para seus filhos, seus sobrinhos ou primos, ou talvez algumas crianças do Clube "Boys and Girls". E sim, você pode começar a se tornar um mentor, um tutor, realmente imediatamente. Mas sim, isso está tudo lá.
BG: Bem, isso é incrível. Eu acho que você teve um vislumbre do futuro da educação. Obrigado.
SK: Obrigado.
Fonte: TEDTalks Khan Academy aponta para o futuro da educação online - O Globo [Via BBA]