Realmente esta entrevista me fez rir. Afirmando logo no começo da entrevista ao Roda Viva da TV Cultura que considera seu governo fascista, ...
Realmente esta entrevista me fez rir. Afirmando logo no começo da entrevista ao Roda Viva da TV Cultura que considera seu governo fascista, Patch Adams, o campeão da humanização da medicina, mostra ser contra tudo-isso-que-está-aí. E exibe bom humor quando dele se espera insensibilidade científica. E mau humor quando se espera dele amabilidade.
Pode ser que quando você pensa em um médico-palhaço faça uma correlação com um deputado-palhaço que temos no Brasil. Alguém que possa ser um símbolo, mas que de fato, não pode ser levado muito a sério.
Pois você vai se surpreender com o conteúdo dessa entrevista veiculada em 2007 e que vai melhorando a medida que vai transcorrendo.
Foram convidados médicos e jornalista para conhecer o pensamento do Dr. Adams e ele parece ter conseguido ganhar a simpatia de uma plateia que normalmente não gosta de quem joga para a plateia.
Para se ter uma ideia ele afirmou nessa entrevista em um programa televisivo:
E ainda desceu a lenha no filme que retratou a sua vida com olhos hollywoodianos:
Acho que o Obama, com sua reforma da saúde, também deve gostar desse cara. Mas o que me fez rir mesmo foi quando Patch Adams disse:
Desconsertando o apresentador que achava certamente que seduzira o entrevistado com esses estereótipos baratos de quem faz caridade.
Talvez Sr. Adams estava com azia. Talvez ele aprendera bem a ser arrogante como os médicos que praticam a medicina que ele combate (ele diz que no hospital dele os médicos ganham tanto quanto o cara da limpeza, isso o torna um comunista?).
Mas o fato é que a produção deu sorte desse programa não ter sido ao vivo e ter que encarar algumas participações incômodas de telespectadores que concordassem com Patch.
Trecho do filme Patch Adams - O Amor É Contagioso, com Robin Willians
Mas Patch se apresenta como um Hobin Wood que nega simpatia a quem não é gentil com com seu semelhante para dar aos enfermos, em especial às crianças. Mas vai mais além. Não quer que seus seguidores sejam palhaços que põem a roupa cênica e vai direto para a pediatria oncológica. Ele acha que o momento de ser simpático e amistoso deve incluir os corredores com todos seus atendentes. E para reforçar essa ideia é que ele foi vestido de palhaço para a entrevista.
Ele não parece nenhum Gandhi. Mas pergunta a todos:
Afinal, parece hipocrisia se quando questiona as plateias de suas palestras, que passaram a ser mais valorizadas após o filme, se existe algo mais importante que o amor, e ninguém levanta a mão, como pode não haver uma estratégia para a coisa mais importante do mundo?
E tem algumas sugestões que agradariam bastante à presidenta Dilma:
E no país mais beligerante do mundo tem uma visão muito própria sobre a guerra:
A alavanca e o ponto de apoio está para Arquimedes assim como a TV está para Dr. Adams no objetivo de mover o mundo. Para ele manter e melhorar seu sistema de humanização da medicina é necessário apenas isso.
E é taxativo com a alienação americana:
Defende que paremos de destruir a Amazônia mas não coloca só o dedo na ferida dos outros. Ao ser perguntado do motivo de não querer ser apresentado como um médico americano ele não se esquivou:
Não parece mais adequado para ser um deputado-palhaço que vai fazer a diferença? O problema não é ser um palhaço. O problema é ser preparado e ter bom coração. Senão, pior que está ficará.
[Via BBA]
Pode ser que quando você pensa em um médico-palhaço faça uma correlação com um deputado-palhaço que temos no Brasil. Alguém que possa ser um símbolo, mas que de fato, não pode ser levado muito a sério.
Pois você vai se surpreender com o conteúdo dessa entrevista veiculada em 2007 e que vai melhorando a medida que vai transcorrendo.
Foram convidados médicos e jornalista para conhecer o pensamento do Dr. Adams e ele parece ter conseguido ganhar a simpatia de uma plateia que normalmente não gosta de quem joga para a plateia.
Para se ter uma ideia ele afirmou nessa entrevista em um programa televisivo:
Precisamos deter um sistema que, pela TV, estimula a concentração de dinheiro nas mãos de muito poucos.
E ainda desceu a lenha no filme que retratou a sua vida com olhos hollywoodianos:
[Hollywood] Ignoraram o fato que falo de um país que se recusa a cuidar de 50 milhões de pessoas porque são pobres. Ignoraram o fato de que eu luto por medicina gratuita.
Acho que o Obama, com sua reforma da saúde, também deve gostar desse cara. Mas o que me fez rir mesmo foi quando Patch Adams disse:
Também, se me permitirem, posso corrigir algumas coisas que foram ditas? Eu nunca concordei que rir é o melhor remédio. Eu nunca disse isso. A amizade é claramente o melhor remédio.
Desconsertando o apresentador que achava certamente que seduzira o entrevistado com esses estereótipos baratos de quem faz caridade.
Talvez Sr. Adams estava com azia. Talvez ele aprendera bem a ser arrogante como os médicos que praticam a medicina que ele combate (ele diz que no hospital dele os médicos ganham tanto quanto o cara da limpeza, isso o torna um comunista?).
Mas o fato é que a produção deu sorte desse programa não ter sido ao vivo e ter que encarar algumas participações incômodas de telespectadores que concordassem com Patch.
Mas Patch se apresenta como um Hobin Wood que nega simpatia a quem não é gentil com com seu semelhante para dar aos enfermos, em especial às crianças. Mas vai mais além. Não quer que seus seguidores sejam palhaços que põem a roupa cênica e vai direto para a pediatria oncológica. Ele acha que o momento de ser simpático e amistoso deve incluir os corredores com todos seus atendentes. E para reforçar essa ideia é que ele foi vestido de palhaço para a entrevista.
Para mim estão desperdiçando todos os outros momentos lindos.
Ele não parece nenhum Gandhi. Mas pergunta a todos:
Qual é a sua estratégia para o amor?
Afinal, parece hipocrisia se quando questiona as plateias de suas palestras, que passaram a ser mais valorizadas após o filme, se existe algo mais importante que o amor, e ninguém levanta a mão, como pode não haver uma estratégia para a coisa mais importante do mundo?
E tem algumas sugestões que agradariam bastante à presidenta Dilma:
Algo simples seria entregar todos os cargos de poder às mulheres. Deixar tudo sob a responsabilidade das mulheres. Nos 2 mil orfanatos onde estive não havia sequer um homem trabalhando.
Só procuro ser como minha mãe. Minha mãe só amou. Nunca a vi fazer uma maldade, algo errado, uma crítica. Só a vi dando amor para mim e para o meu irmão.
Estamos loucos para ir a outro campo de refugiados. A nossa mãe nos fez homens que querem tirar férias em campos de refugiados.
E no país mais beligerante do mundo tem uma visão muito própria sobre a guerra:
Por que eu escolhi a rota política da medicina? Porque eu sou um pensador. Porque meu pai morreu na guerra quando eu tinha 16 anos. Tive que pensar na guerra não como uma coisa abstrata que se vê em um filme de guerra. Mas porque perdi meu pai na guerra.
A alavanca e o ponto de apoio está para Arquimedes assim como a TV está para Dr. Adams no objetivo de mover o mundo. Para ele manter e melhorar seu sistema de humanização da medicina é necessário apenas isso.
Antes da TV esportes eram só coisas que as pessoas desfrutavam. Agora gente do esporte é gente multimilionária. As pessoas nos EUA pegam o único dia livre, domingo, e em vez de bricarem com os filhos, de namorar com a esposa, bebem cerveja com os amigos para torcer por multimilionários que jogam bola.
E é taxativo com a alienação americana:
Em 365 dias por ano acho que 90% da população dos EUA nunca faz o que se chama de pensar. Em inglês, é preciso chamar de "pensamento crítico" porque nos distanciamos tanto do pensar que precisamos do apoio do termo "pensamento crítico". Quando o pensamento não é crítico?
Defende que paremos de destruir a Amazônia mas não coloca só o dedo na ferida dos outros. Ao ser perguntado do motivo de não querer ser apresentado como um médico americano ele não se esquivou:
Sim, eu tenho vergonha de ser americano. Somos um país terrorista. Todos sabemos que não existem mais países. É a globalização. Não existem países, é uma ilusão. As transnacionais são as donas do mundo.
Não parece mais adequado para ser um deputado-palhaço que vai fazer a diferença? O problema não é ser um palhaço. O problema é ser preparado e ter bom coração. Senão, pior que está ficará.
[Via BBA]
"Por que eu escolhi a rota política da medicina? Porque eu sou um pensador. Porque meu pai morreu na guerra quando eu tinha 16 anos. Tive que pensar na guerra não como uma coisa abstrata que se vê em um filme de guerra. Mas porque perdi meu pai na guerra."
ResponderExcluirÉ incrivel, é só quando a água começa a bater na bunda é que poucos começam a pensar por si próprios, Adams foi um deles, valeu Adams, vida longa a ti e a teus ideiais!
Parabéns pelo post.
Olá!
ResponderExcluirBem, tirando as questões políticas, pois essas envolvem também visões muito pessoais, acho que a Dr. Patch Adams é um exemplo de amor e solidariedade, principalmente com aqueles que, efetivamente, precisam de apoio e carinho.
Não sei até onde o filme mentiu, mas de qualquer forma, conseguiu passar uma imagem de irreverência e persistência nesse caminho tão bonito que ele seguiu e que serve de exemplo para muitos nesse mundo que não tem mais países...que é apenas globalizado!
Grande beijo e parabéns pela excelente matéria!
Jackie