Estudante do quinto período do curso de Educação Física esfaqueia seu professor e a educação no peito e foge de moto. O caso é bem simples: ...
Estudante do quinto período do curso de Educação Física esfaqueia seu professor e a educação no peito e foge de moto.
O caso é bem simples: professor de Educação Física, Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39, foi morto a facadas, no início da noite de terça-feira, dia 7, por um de seus alunos, no interior do campus do Instituto Metodista Izabela Hendrix localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte(MG).
Acredita-se que o motivo do crime seja a insatisfação do aluno com as notas recebidas de Castro. Ainda de acordo com as testemunhas, o suspeito teria fugido em uma moto após o crime, deixando a faca caída próxima à vítima. O principal suspeito é Hamilton Loyola Caires, 23, e seu irmão já disse à polícia que o rapaz é usuário de drogas.
Macabra coincidência: o pai do professor também foi morto a facadas no início desse ano. Será que o agressor sabia desse detalhe?
Quando é que seremos uma Coreia do Sul em termos educacionais? Quando os professores tiverem condições mínimas de trabalho, aí será o começo da caminhada rumo ao desenvolvimento.
Já ouvi que lá na Coreia austral as avós do alunos costumam ficar na janela da sala de aula enquanto os alunos estão tendo as lições, evitando que os seus netos conversem, se dispersem etc.
Nos EUA, em algumas faculdades que vemos nos filmes, os professores dão aula com quadros duplos deslizantes e nem tiram dúvidas. Os monitores é que se encarregam dessas tarefas. Já tive monitoria que funcionava após as aulas, mas nada que se compare ao modelo americano.
A instituição diz que é um caso isolado e que mantém câmeras e seguranças por todo o campus. Bem, isso é bom por um lado, e um sinal de que alguma coisa anda muito errada no ambiente acadêmico.
Temos que ter professores bem preparados, motivados, e que sejam líderes, tanto em conhecimento quanto por saber lidar com a multidão de aprendizes que passam pelas suas salas de aula.
O estudante ter a certeza de que o seu mestre sabe o que diz e que julga com impessoalidade pode realmente ajudar a minimizar os conflitos em classe, e diminuir a possibilidade de descompensados no meio da turma surtarem, pois a pressão é grande por diplomas no mercado e para o aluno é seu futuro profissional que está em jogo.
Antigamente, a maioria da população não almejava e talvez nem precisasse ingressar na faculdade. Assim, só aqueles mais preparados para o curso universitário e mais vocacionados entravam para a academia.
Então, um viciado em drogas violento como parece ser o perfil do principal suspeito, Hamilton, nem cogitasse ir para faculdade. Todavia, não é isso que ocorre. Já vi o relato de uma colega docente que foi ameaçada por um "bombadinho" quando ela se dirigia ao carro dentro do campus da instituição onde trabalhava em Brasília.
É cada vez mais comum alunos processando a instituição por que o professor o "constrangeu" ao pegá-lo "colando", ou chamar a atenção do discente por estar conversando ou impedindo a aula de alguma forma. Muitos querem tratar o professor como seu empregado, e essa briga confusa pelo poder está muito mal resolvida. A academia não pode tratar o aluno como cliente pois o aluno não pode e não sabe realmente "como" ele deve ser ensinado.
Esse mesmo professor acaba jogando a toalha, afinal está lá para dar aulas e não para arriscar a vida ou virar um perito criminal que tem que provar que uma mãe de família estava fraudando uma avaliação com papeizinhos ou meios digitais enfiados sabe-se lá onde.
Qual é a vingança dos docentes? Quando alguém leva um filho a um hospital e uma dessas enfermeiras "bem" formadas enfiam vaselina no lugar do soro no sangue do paciente, com consequências fatais, aí as autoridades, os conselhos, a mídia, a polícia vão tratar o sintoma. E por um breve instante lembram do sistema educacional do país.
Vão dizer que os cursos não estão formando bons profissionais, que os alunos estão saindo mal preparados e que são ensinados por professores mal preparados. O que é tudo verdade.
Sabe quando eu tive uma reciclagem paga pela minha instituição? Adivinhou. Nunca. E até uma licença "não remunerada" de três anos para que os professores pudessem cursar uma pós-graduação, a título de reciclagem, foi retirada do acordo coletivo de trabalho aqui em Brasília.
Bem, não sei dizer se o professor Kássio era mal preparado. Mas com certeza a família dele, hoje, preferiria que ele tivesse seguido outra carreira. Uma carreira menos arriscada. Quanto ao Hamilton, se ficar preso, vai se formar na universidade do crime. Com seus antecedentes será diplomado com louvor.
O caso é bem simples: professor de Educação Física, Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39, foi morto a facadas, no início da noite de terça-feira, dia 7, por um de seus alunos, no interior do campus do Instituto Metodista Izabela Hendrix localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte(MG).
Acredita-se que o motivo do crime seja a insatisfação do aluno com as notas recebidas de Castro. Ainda de acordo com as testemunhas, o suspeito teria fugido em uma moto após o crime, deixando a faca caída próxima à vítima. O principal suspeito é Hamilton Loyola Caires, 23, e seu irmão já disse à polícia que o rapaz é usuário de drogas.
Macabra coincidência: o pai do professor também foi morto a facadas no início desse ano. Será que o agressor sabia desse detalhe?
Quando é que seremos uma Coreia do Sul em termos educacionais? Quando os professores tiverem condições mínimas de trabalho, aí será o começo da caminhada rumo ao desenvolvimento.
É um pedaço de mim que está saindo. Não sei como vou sobreviver sem meu filho, quero justiça.
Maria dos Anjos. Mãe do professor Kássio
Já ouvi que lá na Coreia austral as avós do alunos costumam ficar na janela da sala de aula enquanto os alunos estão tendo as lições, evitando que os seus netos conversem, se dispersem etc.
Nos EUA, em algumas faculdades que vemos nos filmes, os professores dão aula com quadros duplos deslizantes e nem tiram dúvidas. Os monitores é que se encarregam dessas tarefas. Já tive monitoria que funcionava após as aulas, mas nada que se compare ao modelo americano.
A instituição diz que é um caso isolado e que mantém câmeras e seguranças por todo o campus. Bem, isso é bom por um lado, e um sinal de que alguma coisa anda muito errada no ambiente acadêmico.
Temos que ter professores bem preparados, motivados, e que sejam líderes, tanto em conhecimento quanto por saber lidar com a multidão de aprendizes que passam pelas suas salas de aula.
O estudante ter a certeza de que o seu mestre sabe o que diz e que julga com impessoalidade pode realmente ajudar a minimizar os conflitos em classe, e diminuir a possibilidade de descompensados no meio da turma surtarem, pois a pressão é grande por diplomas no mercado e para o aluno é seu futuro profissional que está em jogo.
Antigamente, a maioria da população não almejava e talvez nem precisasse ingressar na faculdade. Assim, só aqueles mais preparados para o curso universitário e mais vocacionados entravam para a academia.
Então, um viciado em drogas violento como parece ser o perfil do principal suspeito, Hamilton, nem cogitasse ir para faculdade. Todavia, não é isso que ocorre. Já vi o relato de uma colega docente que foi ameaçada por um "bombadinho" quando ela se dirigia ao carro dentro do campus da instituição onde trabalhava em Brasília.
É cada vez mais comum alunos processando a instituição por que o professor o "constrangeu" ao pegá-lo "colando", ou chamar a atenção do discente por estar conversando ou impedindo a aula de alguma forma. Muitos querem tratar o professor como seu empregado, e essa briga confusa pelo poder está muito mal resolvida. A academia não pode tratar o aluno como cliente pois o aluno não pode e não sabe realmente "como" ele deve ser ensinado.
Esse mesmo professor acaba jogando a toalha, afinal está lá para dar aulas e não para arriscar a vida ou virar um perito criminal que tem que provar que uma mãe de família estava fraudando uma avaliação com papeizinhos ou meios digitais enfiados sabe-se lá onde.
O Instituto Metodista Izabela Hendrix lamenta a tragédia ocorrida nesta terça-feira (dia 7) no seu campus Praça da Liberdade, que resultou na morte do professor Kassio Vinicius Castro Gomes. Estamos certos de que esse foi um episódio isolado, sendo uma instituição confessional e centenária, onde o ambiente sempre foi marcado pela harmonia, a paz e a fraternidade. Por uma questão de filosofia educacional, a instituição mantém livre o acesso aos espaços universitários. Conta com uma equipe com 52 vigilantes e 53 câmeras de circuito interno de TV, com vistas a oferecer segurança aos seus alunos, professores e demais funcionários. A instituição se mobilizou imediatamente, inclusive com sua Pastoral Universitária, para apoiar família, amigos e a comunidade acadêmica. Informa também que está colaborando com as autoridades policiais nas investigações sobre o ocorrido. Neste momento, o Instituto Metodista Izabela Hendrix solidariza-se com a família, sentindo-se também enlutado pela perda de um de seus valiosos professores
Qual é a vingança dos docentes? Quando alguém leva um filho a um hospital e uma dessas enfermeiras "bem" formadas enfiam vaselina no lugar do soro no sangue do paciente, com consequências fatais, aí as autoridades, os conselhos, a mídia, a polícia vão tratar o sintoma. E por um breve instante lembram do sistema educacional do país.
Vão dizer que os cursos não estão formando bons profissionais, que os alunos estão saindo mal preparados e que são ensinados por professores mal preparados. O que é tudo verdade.
Sabe quando eu tive uma reciclagem paga pela minha instituição? Adivinhou. Nunca. E até uma licença "não remunerada" de três anos para que os professores pudessem cursar uma pós-graduação, a título de reciclagem, foi retirada do acordo coletivo de trabalho aqui em Brasília.
Bem, não sei dizer se o professor Kássio era mal preparado. Mas com certeza a família dele, hoje, preferiria que ele tivesse seguido outra carreira. Uma carreira menos arriscada. Quanto ao Hamilton, se ficar preso, vai se formar na universidade do crime. Com seus antecedentes será diplomado com louvor.
Muito triste esta situação, o sistema todo caminha para um buraco sem fundo. E é exatamente o que os nossos governantes esperam: o controle das massas, cada vez menos críticas, para conseguir re-eleição. E não digo isso isoladamente do atual governo, sou totalmente apolítico. Mas este é um processo longo e que vem acontecendo há tempos.
ResponderExcluirPelo que se percebe, até o diálogo, a argumentação dos professores e alunos está entrando em extinção: agora o aluno já chega com a arma e mata o professor, não dando espaço nem a uma explicação.
Professor está virando profissão perigosa. O que é lamentável.