Recebi de um colega que esteve nos EUA o Kinect. Um acessório para ser ligado no console de videogame XBox 360 que consegue que o jogador j...
Recebi de um colega que esteve nos EUA o Kinect. Um acessório para ser ligado no console de videogame XBox 360 que consegue que o jogador jogue sem nenhum tipo de controle nas mãos.
Tenho que dizer que a Microsoft conseguiu um trunfo ao mostrar ao mundo o resultado de seus esforços em pesquisa da interface homem-máquina como algo tão amigável quanto um controle de videogame.
Com o potencial de ser referência ao criar um novo tipo de interface para meios digitais, o Kinect pode se tornar o que o Wiimote foi em seu lançamento: Um divisor de águas.
Em um primeiro momento fiquei tenso, coloquei aquela barrinha cheia de olhos sobre a mesa e tentei conectar seu plugue na entrada frontal do XBox 360 e... nada.
Tentei a outra entrada frontal, liguei e desliguei o console para ver se ele era reconhecido e essa hora me fez lembrar que se tratava de um produto da MS. :-D
Até que resolvi conectá-lo atrás (onde havia uma indicação laranja, da mesma cor do plugue) e funcionou (ele acendeu um olho vermelho, lembrando o Hall 9000).
Teve uma rápida passada por ajuste na captação do microfone, onde o XBox pediu para colocar o volume da TV na altura que eu fosse usar os jogos, além de pedir silêncio educadamente para que medisse o ruído de fundo (bem na hora que o vizinho usava uma furadeira, mas não parece ter afetado os ajustes).
Dance Central da Harmonix: Fim dos tapetes de Danceokê?
Depois jogou uns padrões sonoros nas caixas (onde se nota que ele está preparado para 5.1 canais de som) além de uma exibição de uma imagem mostrando que ele reconheceu minha cabeça e minhas mãos. Tudo certo.
Uma questão que quase todo novato no Kinect vai enfrentar (e deve ser considerada antes de adquirí-lo) é o espaço onde as pessoas vão utilizá-lo.
Aqui em casa a sala é estreita e comprida (sendo que a TV fica de fronte ao sofá na parte estreita) o que até quebrou um galho em se tratando de Wii (e para jogos usando a câmera do PS3), mas para o kinect a adaptação foi mais radical. Antes de pensar em trocar de apartamento (brincadeirinha) lancei mão de um projetor usado em minhas aulas para jogar as imagens do XBox na parede da frente da sala, instalei o Kinect sobre a mesa e pude experimentar toda a magia da interface Minority Report-like da novidade.
Com uma pequena ajuda de uma auxiliar (minha esposa) e mais uma parafusadeira conseguimos em pouco tempo desacoplar o sofá e, arrastando-o, arrumar lugar para jogos com duas pessoas (o que é, no mínimo, romântico. Já que estamos falando de saltos e movimentos corporais nada sedentários).
E pagar muito mico é a tônica do Kinect, mais ainda do que foi com o Wii. E o Kinect sabe disso. A começar do Kinect Adventures, o jogo que veio acompanhanhando o periférico, insiste em tirar fotos suas nos momentos mais constrangedores, só para exibir no final com legendas do tipo: "Matando barata" ou "Formiga nas calças".
KinectMicão: Ainda querem que compartilhemos isso.
A distância mínima exigida no jogo é entre 1,8 m e 3 m. Mas não pense que se vcê tiver 1,8 m de espaço será suficiente. O Kinect possui um câmera que é na verdade um sensor de profundidade, permitindo que o jogador realize movimentos para frente e para trás.
Por falar na captura da imagem, ele reconheceu muito bem apesar da pouca luminosidade (o que foi ajustado para não interferir com as imagens projetadas). Lembre-se de que eu não estava usando uma TV.
O reconhecimento de voz também foi uma grata surpresa, já que não foi necessário nenhuma configuração especial para minha voz. Falando no imperativo "Xbox" (essa é a senha para indicar que você vai dar uma ordem) ele sabia que era com ele.
Mas quando eu arrisquei um "Play Kinect Adventures" ele se fez de desentendido. Aí eu lembrei do ex-presidente Bush e do John Wayne e fiz meu sotaque texano com o máximo de entonação nas primeiras sílabas e ele atendeu prontamente (riso geral).
São poucos os comandos de voz realmente úteis. Contudo é algo que ainda deve ser melhor resolvido (especialmente se pretendem que abandonemos o controle tradicional).
Os jogos são realmente divertidos, e ainda melhores se puderem ser jogados de dois. Mas é bom saber que esses primeiro jogos esperam que você salte. Seja para acelerar uma queda ou para fazer alcançar mais pontos. Então, esqueça o chinelinho e o joguinho relaxante. É para colocar seu melhor tênis com amortecimento e prestar atenção se há alguma viga ou lustre no teto que possam causar acidentes.
É certo que o kinect vai causar mais hematomas do que o Wii. Mas pelo menos ninguém vai jogar nenhum controle na sua TV de LCD, Plasma ou LED.
Acidente com o Kinect: Se o Serra tivesse levado uma dessa eu ficava com dó.
Um problema com o tempo de resposta também é bem perceptível. Mas o Sr. Delay é até modesto, e não chega a atrapalhar a diversão. Mas você vai ter que antecipar um bocado os movimentos para jogar bem. Fica a dica.
Em resumo, se você levar as características descritas acima em consideração, pode se preparar para uma experiência inusitada e compensatória. Especialmente se você já tiver um XBox (o console fica em torno de R$ 1 mil, na versão de entrada, e o preço do periférico, no Brasil, deve ficar em R$ 600,00).
A estreia no Brasil está marcada para hoje, e o grande lançamento desse fim de ano já vendeu mais de um milhão de unidades (e a Microsoft espera 5 milhões ainda este ano).
Os títulos não devem chegar por menos de R$ 150,00. Mas os primeiros não devem vir dublados em português (embora tenham legendas), sendo que a maioria tem forte apelo infantil.
O Kinect usa a projeção de "luz estruturada" como forma de mapear o ambiente 3D de uma sala. Funciona assim: imagine que um projetor jogue uma grade de pontos sobre um objeto. Se o objeto se aproxima os pontos ficam menores e se ele se afasta os pontos vão parecer maiores. Com esses dados sendo captados digitalmente é possível processá-los e localizar os objetos no espaço.
O Kinect faz isso com um projetor de luz infravermelha o que tem duas vantagens, você não vê a tal grade em você e a imagem é melhor detectada pelo sensor CMOS do aparelho mesmo em ambientes não tão bem iluminados.
Olho que tudo vê: o padrão invisível a olho nu emitido pelo projetor infravermelho do kinect (aqui colorido digitalmente de vermelho)
Além do tamanho dos pontos as distorções nas linhas (pontos alinhados) também permitem que o software do Kinect processe essas informações para obter um mapa de profundidade da sala. Dessa forma, ele consegue destacar o jogador dos outros elementos do "cenário" e identificar até 48 pontos do corpo de cada jogador criando uma espécie de esqueleto virtual capturando, inclusive, expressões faciais (o que é feito com o auxílio de outro sensor que a MS chama de Câmera RGB, por detectar as cores vermelho, verde e azul).
Esse método é uma adaptação específica para a Microsoft de uma tecnologia de uma empresa israelense denominada PrimeShape.
A tecnologia é tão impressionante que já tem gente com medo do que essa Big Brother vai fazer sabendo tanto sobre nossa sala de estar. Se a MS vai vender essas informações para que empresas possam fazer publicidade de seus produtos baseado no tipo de TV, na idade e no gênero dos usuário, na hora que está jogando etc.
Já a MS esteva mesmo preocupada é com a liberação de "drivers abertos" desenvolvidos por hackers para que se possa usar o Kinect no PC, Mac etc. Chegou a ameaçar processar quem ousasse desenvolver esse tipo de software, mas como deve ter percebido que não iria angariar nada além de antipatia dos usuários do Kinect, em seu momento de glória, recuou.
Então é isso, espero ter ajudado a satisfazer a curiosidade de muitos sobre esse nova interface que ainda vai dar muito o que falar.
Atualização:
E qual é o melhor? O Move do PS3 ou o Kinect do XBox 360? Eu não posso dizer com certeza. Mas o cara aí do vídeo (que joga com os dois ao mesmo tempo) talvez tenha a resposta:
Fontes:
Revolucionário é pouco para o Kinect da Microsoft
Does Kinect hate your small apartment?
Um cientista explica o Microsoft kinect - Parte II
Tenho que dizer que a Microsoft conseguiu um trunfo ao mostrar ao mundo o resultado de seus esforços em pesquisa da interface homem-máquina como algo tão amigável quanto um controle de videogame.
Com o potencial de ser referência ao criar um novo tipo de interface para meios digitais, o Kinect pode se tornar o que o Wiimote foi em seu lançamento: Um divisor de águas.
Em um primeiro momento fiquei tenso, coloquei aquela barrinha cheia de olhos sobre a mesa e tentei conectar seu plugue na entrada frontal do XBox 360 e... nada.
Tentei a outra entrada frontal, liguei e desliguei o console para ver se ele era reconhecido e essa hora me fez lembrar que se tratava de um produto da MS. :-D
Até que resolvi conectá-lo atrás (onde havia uma indicação laranja, da mesma cor do plugue) e funcionou (ele acendeu um olho vermelho, lembrando o Hall 9000).
Teve uma rápida passada por ajuste na captação do microfone, onde o XBox pediu para colocar o volume da TV na altura que eu fosse usar os jogos, além de pedir silêncio educadamente para que medisse o ruído de fundo (bem na hora que o vizinho usava uma furadeira, mas não parece ter afetado os ajustes).
Depois jogou uns padrões sonoros nas caixas (onde se nota que ele está preparado para 5.1 canais de som) além de uma exibição de uma imagem mostrando que ele reconheceu minha cabeça e minhas mãos. Tudo certo.
Uma questão que quase todo novato no Kinect vai enfrentar (e deve ser considerada antes de adquirí-lo) é o espaço onde as pessoas vão utilizá-lo.
Aqui em casa a sala é estreita e comprida (sendo que a TV fica de fronte ao sofá na parte estreita) o que até quebrou um galho em se tratando de Wii (e para jogos usando a câmera do PS3), mas para o kinect a adaptação foi mais radical. Antes de pensar em trocar de apartamento (brincadeirinha) lancei mão de um projetor usado em minhas aulas para jogar as imagens do XBox na parede da frente da sala, instalei o Kinect sobre a mesa e pude experimentar toda a magia da interface Minority Report-like da novidade.
Com uma pequena ajuda de uma auxiliar (minha esposa) e mais uma parafusadeira conseguimos em pouco tempo desacoplar o sofá e, arrastando-o, arrumar lugar para jogos com duas pessoas (o que é, no mínimo, romântico. Já que estamos falando de saltos e movimentos corporais nada sedentários).
E pagar muito mico é a tônica do Kinect, mais ainda do que foi com o Wii. E o Kinect sabe disso. A começar do Kinect Adventures, o jogo que veio acompanhanhando o periférico, insiste em tirar fotos suas nos momentos mais constrangedores, só para exibir no final com legendas do tipo: "Matando barata" ou "Formiga nas calças".
A distância mínima exigida no jogo é entre 1,8 m e 3 m. Mas não pense que se vcê tiver 1,8 m de espaço será suficiente. O Kinect possui um câmera que é na verdade um sensor de profundidade, permitindo que o jogador realize movimentos para frente e para trás.
Por falar na captura da imagem, ele reconheceu muito bem apesar da pouca luminosidade (o que foi ajustado para não interferir com as imagens projetadas). Lembre-se de que eu não estava usando uma TV.
O reconhecimento de voz também foi uma grata surpresa, já que não foi necessário nenhuma configuração especial para minha voz. Falando no imperativo "Xbox" (essa é a senha para indicar que você vai dar uma ordem) ele sabia que era com ele.
Mas quando eu arrisquei um "Play Kinect Adventures" ele se fez de desentendido. Aí eu lembrei do ex-presidente Bush e do John Wayne e fiz meu sotaque texano com o máximo de entonação nas primeiras sílabas e ele atendeu prontamente (riso geral).
São poucos os comandos de voz realmente úteis. Contudo é algo que ainda deve ser melhor resolvido (especialmente se pretendem que abandonemos o controle tradicional).
Os jogos são realmente divertidos, e ainda melhores se puderem ser jogados de dois. Mas é bom saber que esses primeiro jogos esperam que você salte. Seja para acelerar uma queda ou para fazer alcançar mais pontos. Então, esqueça o chinelinho e o joguinho relaxante. É para colocar seu melhor tênis com amortecimento e prestar atenção se há alguma viga ou lustre no teto que possam causar acidentes.
É certo que o kinect vai causar mais hematomas do que o Wii. Mas pelo menos ninguém vai jogar nenhum controle na sua TV de LCD, Plasma ou LED.
Um problema com o tempo de resposta também é bem perceptível. Mas o Sr. Delay é até modesto, e não chega a atrapalhar a diversão. Mas você vai ter que antecipar um bocado os movimentos para jogar bem. Fica a dica.
Em resumo, se você levar as características descritas acima em consideração, pode se preparar para uma experiência inusitada e compensatória. Especialmente se você já tiver um XBox (o console fica em torno de R$ 1 mil, na versão de entrada, e o preço do periférico, no Brasil, deve ficar em R$ 600,00).
A estreia no Brasil está marcada para hoje, e o grande lançamento desse fim de ano já vendeu mais de um milhão de unidades (e a Microsoft espera 5 milhões ainda este ano).
Os títulos não devem chegar por menos de R$ 150,00. Mas os primeiros não devem vir dublados em português (embora tenham legendas), sendo que a maioria tem forte apelo infantil.
As atualizações virão em breve. Bastará dar um update, sem precisar comprar nada. Ele passará a compreender outras línguas da noite para o dia.
Alex Kippman. O brasileiro que concebeu a ideia.
A tecnologia por trás do Kinect
O Kinect usa a projeção de "luz estruturada" como forma de mapear o ambiente 3D de uma sala. Funciona assim: imagine que um projetor jogue uma grade de pontos sobre um objeto. Se o objeto se aproxima os pontos ficam menores e se ele se afasta os pontos vão parecer maiores. Com esses dados sendo captados digitalmente é possível processá-los e localizar os objetos no espaço.
O Kinect faz isso com um projetor de luz infravermelha o que tem duas vantagens, você não vê a tal grade em você e a imagem é melhor detectada pelo sensor CMOS do aparelho mesmo em ambientes não tão bem iluminados.
Além do tamanho dos pontos as distorções nas linhas (pontos alinhados) também permitem que o software do Kinect processe essas informações para obter um mapa de profundidade da sala. Dessa forma, ele consegue destacar o jogador dos outros elementos do "cenário" e identificar até 48 pontos do corpo de cada jogador criando uma espécie de esqueleto virtual capturando, inclusive, expressões faciais (o que é feito com o auxílio de outro sensor que a MS chama de Câmera RGB, por detectar as cores vermelho, verde e azul).
Esse método é uma adaptação específica para a Microsoft de uma tecnologia de uma empresa israelense denominada PrimeShape.
A tecnologia é tão impressionante que já tem gente com medo do que essa Big Brother vai fazer sabendo tanto sobre nossa sala de estar. Se a MS vai vender essas informações para que empresas possam fazer publicidade de seus produtos baseado no tipo de TV, na idade e no gênero dos usuário, na hora que está jogando etc.
Já a MS esteva mesmo preocupada é com a liberação de "drivers abertos" desenvolvidos por hackers para que se possa usar o Kinect no PC, Mac etc. Chegou a ameaçar processar quem ousasse desenvolver esse tipo de software, mas como deve ter percebido que não iria angariar nada além de antipatia dos usuários do Kinect, em seu momento de glória, recuou.
Então é isso, espero ter ajudado a satisfazer a curiosidade de muitos sobre esse nova interface que ainda vai dar muito o que falar.
Atualização:
E qual é o melhor? O Move do PS3 ou o Kinect do XBox 360? Eu não posso dizer com certeza. Mas o cara aí do vídeo (que joga com os dois ao mesmo tempo) talvez tenha a resposta:
Fontes:
Revolucionário é pouco para o Kinect da Microsoft
Does Kinect hate your small apartment?
Um cientista explica o Microsoft kinect - Parte II
Olá War,
ResponderExcluirO meu nome é Margarida e sou a Responsável de Comunicação do projeto Paperblog.
Gostaria de perdir desculpa por deixar um comentário no blog, mas não encontrei outra forma de entrar em contacto. Venho convidá-lo para conhecer o projecto Paperblog: http://pt-br.paperblog.com/ cuja missão é valorizar e dar a conhecer o trabalho dos bloggers.
Gostariamos que o seu blog fizesse parte deste projecto, uma vez que os seus artigos são muito interessantes e, tenho a certeza, que agradariam aos nossos leitores.
Com os melhores cumprimentos,
Margarida
Responsável de Comunicação
margarida [at] paperblog.com
http://pt-br.paperblog.com/