A musicografia permite que esses músicos muito especiais toquem instrumentos dignos de quem possui o sentido da audição mais sensível. ...
A musicografia permite que esses músicos muito especiais toquem instrumentos dignos de quem possui o sentido da audição mais sensível.
Deficientes visuais tem uma série de dificuldades quando se trata do acesso à aprendizagem musical. Um dos problemas enfrentados passa por não terem partituras codificadas em Braille (ou braile). Uma conjunto de símbolos em alto-relevo que se aproveita da capacidade humana de distinguir pontos com a ponta do dedo.
A musicografia é uma solução de leitura e escrita de partituras baseadas em Braille onde os deficientes visuais tem a possibilidade de não apenas interpretar os símbolos usados na música. Mas também de compor suas próprias partituras.
Um importante feito na evolução da musicografia foi sua padronização internacional. O que possibilita ao músico deficiente visual obter partituras do mundo inteiro.
A padronização teve sua estrutura estabelecida em Colônia, Alemanha, no ano de 1888. E sua base se mantém até hoje. Porém, só recentemente, em 2004, uma tradução oficial tenha sido feita para o português pelo MEC, feita a partir da versão em espanhol, a qual foi autorizada pela ONCE (Organização Nacional dos Cegos), sediada na Espanha, que mantém parceria com a Comissão Brasileira do braille.
Embora o Braille possua letras e números em sua concepção original, a musicografia não se baseia nas cifras tradicionais. Ou seja, o C não corresponde ao Dó, O D ao Ré etc. O que eu sempre achei estranho. Na musicografia, a nota Dó corresponde ao D, o Ré ao E, e assim por diante.
Gostaria de entender porque que não se coloca o Dó como A, o Ré como B etc. Não é muito mais intuitivo? Assim como, na informática, poderia ser colocada a letra A com o código ASCII 1, o B com o 2 etc.
Enfim, deixa para lá, acho que o espírito do Chacrinha deve baixar nessas comissões para confundir tudo. :-P
Em 2009 foi lançado o software Musibraile. O Musibraille é o primeiro software em português capaz de transcrever partituras musicais para o braille.
A professora Dolores Tomé criou o Musibraille com os professores Antônio Borges e Moacyr de Paula Rodrigues Moreno, do Núcleo de Comunicação Eletrônica (NCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) como uma saída para levar o ensino de música para os cegos, pois os softwares similares feitos no exterior eram sofisticados e/ou caros demais para a realidade nacional. O programa, que demorou nove anos para ficar pronto, teve custo total de R$ 20 mil.
Para usá-lo é preciso apenas digitar a partitura e, com apenas um toque, o aplicativo traduzirá o conteúdo para a linguagem especial.
O software é totalmente gratuito e possui o programa-fonte incluído no pacote. Assim, outros programadores poderão expandí-lo e melhorá-lo (desde que mantenham o produto livre e gratuito).
Fontes:
Musibraile
Musicografia Braile - Wikipedia
Braile - Wikipedia
Novo Manual Internacional de Musicografia Braille. Secretária de Educação Especial (MEC). 2004. Versão PDF. Disponível em 16/09/2010 em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/musicabraile.pdf
Projeto Delius - Mídia social para compartilhamento de partituras em Braille.
Musicografia.com - Acervo digital de partituras em Braile
Deficientes visuais tem uma série de dificuldades quando se trata do acesso à aprendizagem musical. Um dos problemas enfrentados passa por não terem partituras codificadas em Braille (ou braile). Uma conjunto de símbolos em alto-relevo que se aproveita da capacidade humana de distinguir pontos com a ponta do dedo.
A musicografia é uma solução de leitura e escrita de partituras baseadas em Braille onde os deficientes visuais tem a possibilidade de não apenas interpretar os símbolos usados na música. Mas também de compor suas próprias partituras.
Um importante feito na evolução da musicografia foi sua padronização internacional. O que possibilita ao músico deficiente visual obter partituras do mundo inteiro.
A padronização teve sua estrutura estabelecida em Colônia, Alemanha, no ano de 1888. E sua base se mantém até hoje. Porém, só recentemente, em 2004, uma tradução oficial tenha sido feita para o português pelo MEC, feita a partir da versão em espanhol, a qual foi autorizada pela ONCE (Organização Nacional dos Cegos), sediada na Espanha, que mantém parceria com a Comissão Brasileira do braille.
Embora o Braille possua letras e números em sua concepção original, a musicografia não se baseia nas cifras tradicionais. Ou seja, o C não corresponde ao Dó, O D ao Ré etc. O que eu sempre achei estranho. Na musicografia, a nota Dó corresponde ao D, o Ré ao E, e assim por diante.
Gostaria de entender porque que não se coloca o Dó como A, o Ré como B etc. Não é muito mais intuitivo? Assim como, na informática, poderia ser colocada a letra A com o código ASCII 1, o B com o 2 etc.
Enfim, deixa para lá, acho que o espírito do Chacrinha deve baixar nessas comissões para confundir tudo. :-P
Em 2009 foi lançado o software Musibraile. O Musibraille é o primeiro software em português capaz de transcrever partituras musicais para o braille.
A professora Dolores Tomé criou o Musibraille com os professores Antônio Borges e Moacyr de Paula Rodrigues Moreno, do Núcleo de Comunicação Eletrônica (NCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) como uma saída para levar o ensino de música para os cegos, pois os softwares similares feitos no exterior eram sofisticados e/ou caros demais para a realidade nacional. O programa, que demorou nove anos para ficar pronto, teve custo total de R$ 20 mil.
Para usá-lo é preciso apenas digitar a partitura e, com apenas um toque, o aplicativo traduzirá o conteúdo para a linguagem especial.
O software é totalmente gratuito e possui o programa-fonte incluído no pacote. Assim, outros programadores poderão expandí-lo e melhorá-lo (desde que mantenham o produto livre e gratuito).
Fontes:
Musibraile
Musicografia Braile - Wikipedia
Braile - Wikipedia
Novo Manual Internacional de Musicografia Braille. Secretária de Educação Especial (MEC). 2004. Versão PDF. Disponível em 16/09/2010 em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/musicabraile.pdf
Projeto Delius - Mídia social para compartilhamento de partituras em Braille.
Musicografia.com - Acervo digital de partituras em Braile
Excelente matéria!
ResponderExcluirSomos Agregador e Rede Social!
Divulgue o banner Link Esfera e continue enviando posts legais. Assim, logo iremos expor seu banner em nosso mural "Banners&Parcerias"
Abraços! ACESSE http://migre.me/1hPvF
Olá me chama Lisiane e sou casada com um deficiente visual, e nós estamos montando um projeto de inclusão do deficiente visual a o meio tradicionalista do nosso estado , somos gaúchos no aqui no Rio Grande do Sul a tradição é muito cultivada , e o nosso objetivo e a inclusão do deficiente visual a o meio tradicionalista através da dança , das lidas do campo , no contato com os animais, achamos que está na hora de todas as pessoas portadoras de algum tipo de limitação serem incluídas na sociedade. Somos prendas e Peões aqui no sul “ todos nós “
ResponderExcluirEnvio este e-mail para troca de experiências, contatos, espero sugestões, orientações, temos um sonho de uma sociedade inclusiva, só não sabemos bem os caminhos , montamos um Blog com informações interessantes sobres os costumes de nosso estado , se possível visitem , divulguem e opinem , passem adiante .
Obrigado !
Lisiane Silveira
lisi_silveira22@hotmail.com
http://dtgacergs.blogspot.com/( nosso Blog)
Estou retornando a dar aula de música para um deficiente visual, e acredito que a partir do momento que o deficiente visual tiver acesso a partituras e poder lê-las, ele terá mais autonomia para crescer pessoalmente e intelectualmente.
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