O Dunga precisa de um plano B. E o Deus do Futebol, através de seu emissário divino Dorival Júnior, entregou de bandeja para o ex-capitão um...
O Dunga precisa de um plano B. E o Deus do Futebol, através de seu emissário divino Dorival Júnior, entregou de bandeja para o ex-capitão uma opção que ninguém desprezaria.
As voltas que o mundo dá: elástico, chapéu e por fim, geladeira.
Todos sabem que o Dunga quer um time mais pegador do que brilhante. Mas o que talvez Dunga não esteja percebendo é que ele pode ter o melhor dos dois mundos sem renunciar totamente de suas convicções.
Levar o Ronaldinho Gaúcho não é uma opção livre de riscos. Ronaldinho, o Gaúcho, se mostrou muito mais sensível às adaptações e às cobranças na seleção do que era esperado.
Apesar dos bons serviços prestados ficou a impressão de que o jogador símbolo da ideologia do "joga bonito" não se dá bem com a amarelinha (ou não quis, achando que a pressão popular por sua volta ao selecionado poderia atropelar a desconfiança da comissão técnica). O próprio Messi, tido como o maior jogador da atualidade, é um exemplo de jogador que não consegue repetir a performance do clube na seleção de seu país.
Pois Dunga jamais perdoará as humilhações no Grenal (é só maldade) e vai com uma seleção mais "alemã" para a África do Sul. Confiando a criatividade das jogadas a Kaká, às estripulias de Robinho e ao oportunismo de Luís Fabiano.
Talvez o jogador mais inconfiável da temporada seja o Adriano. A impressão de que é capaz de chutar o balde a qualquer momento em uma crise depressiva, a proximidade com a favela, o ambiente que lhe faz bem, e o envolvimento obscuro com suspeitos amigos ligados ao tráfico e à orgias, além dos recentes resultados dentro dos gramados nada abonadores (com direito à perda de penalty em jogo decisivo) poderia colocar em cheque sua convocação.
Pois aí que surge no horizonte um time vibrante com jogadas de futsal e um futebol inteligente. Combinação de técnica com aplicação tática de ousadia ofensiva. Um elenco que o próprio Santos sonhava que ressurgisse desde o indefectível (bem, eles também levavam muitos gols, mas ganhavam) Santos de Pelé.
Dizem que cada peça do elenco não seria tão bem aproveitada em nenhum time como foi no Santos F. C. Mas a combinação mágica de talento e estratégia fez com que tivéssemos um time que pode ser campeão mesmo jogando para frente (jogando bonito e com alegria) e fazendo muitos gols.
A mágica seleção de telê em 1982: a camisa rasgada de Zico foi puxada dentro da área em um penalty não marcado no jogo que eliminou o Brasil da Copa.
Liderados por Neymar, Robinho e Paulo Henrique Lima (o Ganso) o time é daqueles que enchem os olhos de quem gosta de futebol. Pois é quase um suicídio técnico, hoje em dia, você montar um time que ataque e jogue com arte. Uma vez que o futebol-arte fora sepultado em 1982 e parece só existir nos delírios publicitários de marcas de produtos esportivos como a Nike.
Sim, você pode ver jogadas fenomenais individuais como as de Leonel Messi, Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Porém são brilhos pontuais. Mas no caso do Santos é admirável ver todo o time jogar, mostrando que há sim a marca do técnico por trás daquele sucesso que os mais romântico tomam por "natural".
E mesmo quando saem as estrelas Neymar e Robinho (como na semi-final do Paulistão no segundo jogo contra o São Paulo), entra o Madson e fazendo um drible de corpo para cima do combalido zagueiro ainda acha um Ganso inspirado para humilhar e liquidar o time da capital com um retumbante 3 X 0 (quem vai querer ver um Flamengo, perdendo penalty, e Botafogo nestas condições?)
Estão aí as opções, tire o Cléberson, ou o Júlio Batista (gosto dele mas as opções táticas são melhores), o Ramires ou sei lá qual outro "marcador" para ter alguém de criação (que também saiba fazer gols).
O mais importante, e fundamental no momento, é que eles já estão entrosados, aquele tipo de conjunto que já adivinha aonde está e para onde vai o companheiro sem precisar olhar para dar o passe. Nem precisarão de muito treino para se reconhecerem em gramados africanos.
Imagine um jogo com 2 X 0 para França e com Kaká machucado ou em um dia de pouca inspiração (o Dunga já passou por isso). Você tendo no banco os dois craques da Vila mais o Robinho em campo. Só isso infernizaria qualquer esquema que a outra seleção pudesse ter bolado, com a possibilidade de encher a defesa de cartões amarelos e aliviar a nossa própria defesa (quem é o louco de partir para cima de um time com o ataque do Santos no momento que está hoje e ainda com o Kaká de "lambuja"?)
Além disso, as equipes terão muito receio do que espera por eles no banco, além dos próprios titulares em campo. Nada como uma sombra de qualidade para deixar os jogadores escalados mais ligados. Temendo um "aquecimento" desses garotos e uma oportunidade, o que é tudo o que eles precisam para virem babando para cima das defesas adversárias.
Isso é que é plano B, hein Dunga? afinal, seleção também é momentum. Caso contrário, é melhor trazer o caneco desse jeito mesmo. Senão, é a gente que vai pagar o pato.
Em tempo: Ganso, Neymar e Robinho visitaram lar espírita para apagar a má impressão. Abençoados sejam.
Todos sabem que o Dunga quer um time mais pegador do que brilhante. Mas o que talvez Dunga não esteja percebendo é que ele pode ter o melhor dos dois mundos sem renunciar totamente de suas convicções.
Levar o Ronaldinho Gaúcho não é uma opção livre de riscos. Ronaldinho, o Gaúcho, se mostrou muito mais sensível às adaptações e às cobranças na seleção do que era esperado.
Apesar dos bons serviços prestados ficou a impressão de que o jogador símbolo da ideologia do "joga bonito" não se dá bem com a amarelinha (ou não quis, achando que a pressão popular por sua volta ao selecionado poderia atropelar a desconfiança da comissão técnica). O próprio Messi, tido como o maior jogador da atualidade, é um exemplo de jogador que não consegue repetir a performance do clube na seleção de seu país.
Pois Dunga jamais perdoará as humilhações no Grenal (é só maldade) e vai com uma seleção mais "alemã" para a África do Sul. Confiando a criatividade das jogadas a Kaká, às estripulias de Robinho e ao oportunismo de Luís Fabiano.
Talvez o jogador mais inconfiável da temporada seja o Adriano. A impressão de que é capaz de chutar o balde a qualquer momento em uma crise depressiva, a proximidade com a favela, o ambiente que lhe faz bem, e o envolvimento obscuro com suspeitos amigos ligados ao tráfico e à orgias, além dos recentes resultados dentro dos gramados nada abonadores (com direito à perda de penalty em jogo decisivo) poderia colocar em cheque sua convocação.
Pois aí que surge no horizonte um time vibrante com jogadas de futsal e um futebol inteligente. Combinação de técnica com aplicação tática de ousadia ofensiva. Um elenco que o próprio Santos sonhava que ressurgisse desde o indefectível (bem, eles também levavam muitos gols, mas ganhavam) Santos de Pelé.
Dizem que cada peça do elenco não seria tão bem aproveitada em nenhum time como foi no Santos F. C. Mas a combinação mágica de talento e estratégia fez com que tivéssemos um time que pode ser campeão mesmo jogando para frente (jogando bonito e com alegria) e fazendo muitos gols.
Liderados por Neymar, Robinho e Paulo Henrique Lima (o Ganso) o time é daqueles que enchem os olhos de quem gosta de futebol. Pois é quase um suicídio técnico, hoje em dia, você montar um time que ataque e jogue com arte. Uma vez que o futebol-arte fora sepultado em 1982 e parece só existir nos delírios publicitários de marcas de produtos esportivos como a Nike.
Sim, você pode ver jogadas fenomenais individuais como as de Leonel Messi, Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Porém são brilhos pontuais. Mas no caso do Santos é admirável ver todo o time jogar, mostrando que há sim a marca do técnico por trás daquele sucesso que os mais romântico tomam por "natural".
E mesmo quando saem as estrelas Neymar e Robinho (como na semi-final do Paulistão no segundo jogo contra o São Paulo), entra o Madson e fazendo um drible de corpo para cima do combalido zagueiro ainda acha um Ganso inspirado para humilhar e liquidar o time da capital com um retumbante 3 X 0 (quem vai querer ver um Flamengo, perdendo penalty, e Botafogo nestas condições?)
Estão aí as opções, tire o Cléberson, ou o Júlio Batista (gosto dele mas as opções táticas são melhores), o Ramires ou sei lá qual outro "marcador" para ter alguém de criação (que também saiba fazer gols).
O mais importante, e fundamental no momento, é que eles já estão entrosados, aquele tipo de conjunto que já adivinha aonde está e para onde vai o companheiro sem precisar olhar para dar o passe. Nem precisarão de muito treino para se reconhecerem em gramados africanos.
Imagine um jogo com 2 X 0 para França e com Kaká machucado ou em um dia de pouca inspiração (o Dunga já passou por isso). Você tendo no banco os dois craques da Vila mais o Robinho em campo. Só isso infernizaria qualquer esquema que a outra seleção pudesse ter bolado, com a possibilidade de encher a defesa de cartões amarelos e aliviar a nossa própria defesa (quem é o louco de partir para cima de um time com o ataque do Santos no momento que está hoje e ainda com o Kaká de "lambuja"?)
Além disso, as equipes terão muito receio do que espera por eles no banco, além dos próprios titulares em campo. Nada como uma sombra de qualidade para deixar os jogadores escalados mais ligados. Temendo um "aquecimento" desses garotos e uma oportunidade, o que é tudo o que eles precisam para virem babando para cima das defesas adversárias.
Se não levar tem que ser preso.
Éder. Jogador da seleção de 1982
Isso é que é plano B, hein Dunga? afinal, seleção também é momentum. Caso contrário, é melhor trazer o caneco desse jeito mesmo. Senão, é a gente que vai pagar o pato.
Em tempo: Ganso, Neymar e Robinho visitaram lar espírita para apagar a má impressão. Abençoados sejam.
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