Um dos mais terríveis golpes que um profissional da comunicação pode levar: uma bela arranhada na imagem. Foi o que aconteceu com o âncora d...
Um dos mais terríveis golpes que um profissional da comunicação pode levar: uma bela arranhada na imagem. Foi o que aconteceu com o âncora da Rede Bandeirantes, o jornalista Boris Casoy.
Com o bordão "isso é uma vergonha" disparado contra todas as canalhices noticiadas por ele, foi que Boris construíu toda a sua carreira de apresentador de telejornal.
Por isso, devido a um vazamento do áudio que não deveria ter ocorrido, ao ouvirmos seu comentário sobre uma aparição de garis veiculada na programação de fim de ano da Rede Bandeirantes fica a certeza de que se fosse ele dando a notícia, provavelmente o bordão seria usado contra ele mesmo.
Mas justiça seja feita a ele. Ele não desmereceu as pessoas ou demonstrou ódio pelos garis, como se divulga por aí. O Sr. Casoy achou engraçado que alguém que na sua visão estava na pior condição de trabalho possível (recolhendo o lixo urbano) ainda transmitisse votos de felicitações, ainda mais na TV onde a imagem é tudo.
Ele vai sofrer toda sorte de reprovações e achincalhamento que um senhor na idade dele deveria ser poupado. Afinal, ele pode ter se distraído justamente devido a idade avançada (quando a atenção pode ficar mais comprometida, apesar dos anos de experiência nas costas).
O apresentador Otávio Mesquita resolveu expressar sua opinião sobre Boris através do Twitter.
Com muito políticos metendo a mão no nosso erário e a população cansada de assistir a impotência das instituições que deveriam coibir esse tipo de assalto (e aí se inclui a própria imprensa) não vou participar desse possível linchamento moral que o velho Casoy venha sofrer (eu nem mesmo estou aqui para falar bem. É bem provável que o Boris reprovasse minha linha de raciocínio e a considerasse "uma vergonha") mas acho isso uma bobagem que deverá sim, ofender os garis, e não é nada que, como uma brincadeira ainda que maldosa, eu já não tenha ouvido em ambientes privados, mas que não reflete exatamente, ou necessariamente, o pensamento do sujeito.
Apenas são palavras vãs que quando proferidas na TV, YouTube, Twitter, Blogosfera, ganham proporções gigantescas e causam máculas que nenhum alvejante pode apagar da biografia do indivíduo. Ainda mais nesses tempos de "Lula, Filho do Brasil" e "Dois Filhos de Francisco".
Não vai ser nem a primeira nem a última vez que veremos profissionais da comunicação deixando escapar confidencias que dizem muito sobre aquilo que a pessoa é na intimidade, no trato com os colegas, ou na forma de se conduzir.
Ninguém que assistiu esquece do caso do ex-ministro Rubens Ricupero dizendo que o governo não tinha escrúpulos (em plena campanha para eleger FHC) em entrevista ao jornalista Carlos Monforte da Rede Globo. O vídeo não deveria ter ido a público, mas foi captado por quem assistia a TV através de antenas parabólicas.
Ou a desconsertante opinião que Galvão Bueno nutre pelos comentários de Pelé, em discussão com a produção. Que também vazou para o YouTube e ficará eternizado na Web enquanto houver essa relativa liberdade de expressão.
Assim, não vou deixar de ter o mesmo respeito que tinha pelo apresentador da Band.
Provavelmente o @Marcelotas iria colocar o vídeo no Top Five e passar um pito de leve no Boris. Mas, por sorte, como o CQC está de férias, já evitaram mais esse constrangimento.
Com o bordão "isso é uma vergonha" disparado contra todas as canalhices noticiadas por ele, foi que Boris construíu toda a sua carreira de apresentador de telejornal.
Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados. Errei mesmo. Falei uma bobagem, falei uma frase infeliz. E vou pedir desculpas.
Boris Casoy
Por isso, devido a um vazamento do áudio que não deveria ter ocorrido, ao ouvirmos seu comentário sobre uma aparição de garis veiculada na programação de fim de ano da Rede Bandeirantes fica a certeza de que se fosse ele dando a notícia, provavelmente o bordão seria usado contra ele mesmo.
Mas justiça seja feita a ele. Ele não desmereceu as pessoas ou demonstrou ódio pelos garis, como se divulga por aí. O Sr. Casoy achou engraçado que alguém que na sua visão estava na pior condição de trabalho possível (recolhendo o lixo urbano) ainda transmitisse votos de felicitações, ainda mais na TV onde a imagem é tudo.
Ele vai sofrer toda sorte de reprovações e achincalhamento que um senhor na idade dele deveria ser poupado. Afinal, ele pode ter se distraído justamente devido a idade avançada (quando a atenção pode ficar mais comprometida, apesar dos anos de experiência nas costas).
O apresentador Otávio Mesquita resolveu expressar sua opinião sobre Boris através do Twitter.
Dizem que não me envolvi sobre o caso Boris! Não é verdade. Achei péssimo, fiquei decepcionado sim, como amigo e telespectador. E tem mais: vou reprisar a matéria que fiz com os garis. Farei uma homenagem a estes trabalhadores que merecem nosso respeito! O que ele disse não reflete a opinião da Band, com certeza!
Otávio Mesquita
Com muito políticos metendo a mão no nosso erário e a população cansada de assistir a impotência das instituições que deveriam coibir esse tipo de assalto (e aí se inclui a própria imprensa) não vou participar desse possível linchamento moral que o velho Casoy venha sofrer (eu nem mesmo estou aqui para falar bem. É bem provável que o Boris reprovasse minha linha de raciocínio e a considerasse "uma vergonha") mas acho isso uma bobagem que deverá sim, ofender os garis, e não é nada que, como uma brincadeira ainda que maldosa, eu já não tenha ouvido em ambientes privados, mas que não reflete exatamente, ou necessariamente, o pensamento do sujeito.
Apenas são palavras vãs que quando proferidas na TV, YouTube, Twitter, Blogosfera, ganham proporções gigantescas e causam máculas que nenhum alvejante pode apagar da biografia do indivíduo. Ainda mais nesses tempos de "Lula, Filho do Brasil" e "Dois Filhos de Francisco".
Não vai ser nem a primeira nem a última vez que veremos profissionais da comunicação deixando escapar confidencias que dizem muito sobre aquilo que a pessoa é na intimidade, no trato com os colegas, ou na forma de se conduzir.
Ninguém que assistiu esquece do caso do ex-ministro Rubens Ricupero dizendo que o governo não tinha escrúpulos (em plena campanha para eleger FHC) em entrevista ao jornalista Carlos Monforte da Rede Globo. O vídeo não deveria ter ido a público, mas foi captado por quem assistia a TV através de antenas parabólicas.
No fundo é isso mesmo. Eu não tenho escrúpulos, eu acho que é isso mesmo. O que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde.
Rubens Ricupero. Ex-Ministro da Fazenda
Ou a desconsertante opinião que Galvão Bueno nutre pelos comentários de Pelé, em discussão com a produção. Que também vazou para o YouTube e ficará eternizado na Web enquanto houver essa relativa liberdade de expressão.
Assim, não vou deixar de ter o mesmo respeito que tinha pelo apresentador da Band.
Provavelmente o @Marcelotas iria colocar o vídeo no Top Five e passar um pito de leve no Boris. Mas, por sorte, como o CQC está de férias, já evitaram mais esse constrangimento.
Comentários