A turma do CQC continua mandando bem no teatro, e com Felipe Andreoli não é exceção. Agora, em um stand-up que ele faz questão de dizer que ...
A turma do CQC continua mandando bem no teatro, e com Felipe Andreoli não é exceção. Agora, em um stand-up que ele faz questão de dizer que não é um stand-up. Que história é essa?
Felipe Andreoli deve ser o cara mais confundido com o Marco Luque por ter o cabelo crespo e ser associado ao CQC. Mas, seus estilos são bem diferentes. O estilo de Felipe Andreoli é mais cult e mais sensível. Um jeito de Don Juan, falando ao coração, com jeito carente de filho de pais separados e aproveitando bem a sua superexposição. Além de ter herdado a verve de jornalista de seu pai (Luiz Andreoli, jornalista esportivo).
Quem viu Danilo Gentili, Marco Luque, Rafinha Bastos, Oscar Filho, Grace Gianoukas e tantos outros em pé no palco contando anedotas e fazendo rir o tempo todo, vai estranhar o ritmo do show de Andreoli. Afinal, Felipe foi aproveitado pela produção do CQC, devido a sua facilidade com idiomas, principalmente para fazer reportagens internacionais e com isso ele teve oportunidade de cobrir eventos como as Olimpíadas da China e, mais recentemente a escolha da sede das Olimpíadas de 2016 e da Oktoberfest em Munique.
Nessa última, Felipe se mostrou um conquistador de louras bêbadas, o que não foi esquecido durante seu show. A ponto de ter que pedir para a plateia fazer silêncio quando mostrou um slide sobre a festa de outubro alemã, tamanho foram os comentários maliciosos sobre sua performance amorosa por lá (na reportagem, exibida no programa CQC da Band, chegou a aparecer Felipe beijando uma nativa à francesa - o beijo - e em seguida beijando a amiga que a estava acompanhando enquanto a primeira, enciumada, protestava: - Esse beijo (o segundo) foi sem amor... :-D).
Essas suas características casaram bem com a oportunidade de se tornar um jornalista-humorista. Porém, assim como o Marco Luque é excepcional nos palcos, com sua boa forma, expressão corporal, carisma, etc. Sua performance como repórter e jornalista já ficaria abaixo da média dos seus colegas do CQC. Nesse ponto não dá para confudir Felipe Andreoli com Marco Luque. Ele parece se encontrar no outro extremo. É muito mais um jornalista criativo do que um humorista.
O próprio Felipe disse no show que o espetáculo não era um stand-up pois, segundo ele, stand-up significa em pé e deveria haver risos a cada 15 segundos.
Mas o público não parecia ouvir pois havia gente que queria rir a cada 15 segundos sem haver motivo aparente. Ele chegou a comentar: "eu disse o Guga foi campeão e o outro ali (na plateia) já riu." No espetáculo, Felipe Andreoli usou muito comentar slides projetados, quase didático, não fosse uma certa impaciência com a ignorância do público. O que beirava a arrogância, que no caso de Felipe não chega a ser ruim, já que ele parece firmar uma imagem de sex symbol do humorismo-verdade. Um espécie de Zé Mayer da comédia jovem platino-brasileira.
E é bastante interessante alguns causos sobre detalhes das viagens, da produção, dos bastidores. Não é necessariamente engraçado o tempo todo, apesar de ser bastante informativo (talvez a produção devesse retirar o termo stand-up do cartaz promocional para evitar ações judiciais. Especialmente em Brasília.)
Afinal, o termo stand-up é só um "plus", uma jogada de marketing. Um estrangeirismo que poderia ser trocado por "monólogo de humor". É. Pensando bem "stand-up" fica bem melhor. Até porque Felipe dialoga muito com o público. E essa interação toda não poderia ser tecnicamente chamada de "monólogo".
Quem está acostumado com o stand-up "clássico" pode estranhar um pouco, como foi com um espetáculo anterior em que Felipe se apresentou com seu pai. Não pude assistir, mas ouvi de pessoas que viram comentários, certamente maldosos, que diziam que o pai do Felipe estava lá só para "viajar pelo Brasil".
Creio que a idéia era outra, algo mais intimista, mais família. Exemplificado na forma como Andreoli descreveu seu padrasto no site:
Felipe aparenta ser sensível, gostar de observar esses momentos e compartilhar escrevendo em seu blog (homem público, vida pública). Mas a turma de Brasília está muito acostumada com as trupes de humor que tem nos Melhores do Mundo um padrão local de comparação.
Houve muita confusão. Ele mesmo anunciou logo no início que o show era exatamente igual a uma apresentação que ele já havia feito anteriormente, e quem não sabia podia passar na bilheteria... "Não, se f..., não tem como receber o dinheiro de volta não." Brincou. Mas teve gente que não gostou do mal-entendido (o que provavelente foi culpa dos promotores do espetáculo). Como pode ser lido em protestos no Orkut.
Ainda por cima, o show interage muito com o público, e se este já se sente meio enganado... a colaboração certamente despenca. Houve até um torcedor do Fluminense (time alvo de muitas piadas no momento) que foi escolhido para vir ao palco e na hora de cumprimentar o humorista da noite, simulou besliscar o peito de Andreoli gritando "peitinho!" no melhor (melhor?) estilo tosco do Pânico na TV.
Ele se saiu bem da situação fingindo pedir reforços: "segurança, pode levar esse aqui. Mas batendo ok?"
No frigir dos ovos e no beliscar das tetas valeu como diversão. Vale a pena ir ver o Felipe quando tiver oportunidade. Espero que as observações feitas sirvam para verificar eventuais pontos de melhoria para a produção do show pois o garoto é realmente um talento nacional. Mas teatro é assim mesmo, muitas surpresas e uma interação com o artista sem paralelo com as outras mídias. Eu mesmo disse ao jornalista-comediante que faria um post positivo e agora não sei se está tão positivo assim. Mas se não gostou se f... (felicite). E você que me lê vá... ao teatro. É muito bom.
Felipe Andreoli deve ser o cara mais confundido com o Marco Luque por ter o cabelo crespo e ser associado ao CQC. Mas, seus estilos são bem diferentes. O estilo de Felipe Andreoli é mais cult e mais sensível. Um jeito de Don Juan, falando ao coração, com jeito carente de filho de pais separados e aproveitando bem a sua superexposição. Além de ter herdado a verve de jornalista de seu pai (Luiz Andreoli, jornalista esportivo).
Quem viu Danilo Gentili, Marco Luque, Rafinha Bastos, Oscar Filho, Grace Gianoukas e tantos outros em pé no palco contando anedotas e fazendo rir o tempo todo, vai estranhar o ritmo do show de Andreoli. Afinal, Felipe foi aproveitado pela produção do CQC, devido a sua facilidade com idiomas, principalmente para fazer reportagens internacionais e com isso ele teve oportunidade de cobrir eventos como as Olimpíadas da China e, mais recentemente a escolha da sede das Olimpíadas de 2016 e da Oktoberfest em Munique.
Nessa última, Felipe se mostrou um conquistador de louras bêbadas, o que não foi esquecido durante seu show. A ponto de ter que pedir para a plateia fazer silêncio quando mostrou um slide sobre a festa de outubro alemã, tamanho foram os comentários maliciosos sobre sua performance amorosa por lá (na reportagem, exibida no programa CQC da Band, chegou a aparecer Felipe beijando uma nativa à francesa - o beijo - e em seguida beijando a amiga que a estava acompanhando enquanto a primeira, enciumada, protestava: - Esse beijo (o segundo) foi sem amor... :-D).
Essas suas características casaram bem com a oportunidade de se tornar um jornalista-humorista. Porém, assim como o Marco Luque é excepcional nos palcos, com sua boa forma, expressão corporal, carisma, etc. Sua performance como repórter e jornalista já ficaria abaixo da média dos seus colegas do CQC. Nesse ponto não dá para confudir Felipe Andreoli com Marco Luque. Ele parece se encontrar no outro extremo. É muito mais um jornalista criativo do que um humorista.
O próprio Felipe disse no show que o espetáculo não era um stand-up pois, segundo ele, stand-up significa em pé e deveria haver risos a cada 15 segundos.
Mas o público não parecia ouvir pois havia gente que queria rir a cada 15 segundos sem haver motivo aparente. Ele chegou a comentar: "eu disse o Guga foi campeão e o outro ali (na plateia) já riu." No espetáculo, Felipe Andreoli usou muito comentar slides projetados, quase didático, não fosse uma certa impaciência com a ignorância do público. O que beirava a arrogância, que no caso de Felipe não chega a ser ruim, já que ele parece firmar uma imagem de sex symbol do humorismo-verdade. Um espécie de Zé Mayer da comédia jovem platino-brasileira.
E é bastante interessante alguns causos sobre detalhes das viagens, da produção, dos bastidores. Não é necessariamente engraçado o tempo todo, apesar de ser bastante informativo (talvez a produção devesse retirar o termo stand-up do cartaz promocional para evitar ações judiciais. Especialmente em Brasília.)
Afinal, o termo stand-up é só um "plus", uma jogada de marketing. Um estrangeirismo que poderia ser trocado por "monólogo de humor". É. Pensando bem "stand-up" fica bem melhor. Até porque Felipe dialoga muito com o público. E essa interação toda não poderia ser tecnicamente chamada de "monólogo".
Quem está acostumado com o stand-up "clássico" pode estranhar um pouco, como foi com um espetáculo anterior em que Felipe se apresentou com seu pai. Não pude assistir, mas ouvi de pessoas que viram comentários, certamente maldosos, que diziam que o pai do Felipe estava lá só para "viajar pelo Brasil".
Creio que a idéia era outra, algo mais intimista, mais família. Exemplificado na forma como Andreoli descreveu seu padrasto no site:
Ontem também foi dia de muitas emoções. De segurar o choro e de chorar sozinho no escuro. Aniversario em família, minha tia e meu padrasto fazem juntos. Ao fim do almoço, a familia é grande, resolvi pagar uma parte da conta, como presente pra eles. Meu padrasto, um cara de quem eu gosto muito, demonstra pouquíssimo suas emoções. Nunca o vi alterar o tom de voz, xingar, brigar, nem chorar. Ontem, depois desse gesto, pra mim tão simples, vi os olhos deles cheios d'agua...até me assustei. Mas vê-lo visivelmente emocionado me tocou e quem teve que se segurar fui eu. Que bom que ele ficou feliz, minha familia ficou feliz. Pra mim não foi nada demais. Sempre que puder eu vou pagar a conta. Quando não der, alguém faz a minha. Tá tudo certo, tudo em família.
Retirado do blog de Felipe Andreoli (post Boys Don´t Cry de 21/09/2009)
Felipe aparenta ser sensível, gostar de observar esses momentos e compartilhar escrevendo em seu blog (homem público, vida pública). Mas a turma de Brasília está muito acostumada com as trupes de humor que tem nos Melhores do Mundo um padrão local de comparação.
Houve muita confusão. Ele mesmo anunciou logo no início que o show era exatamente igual a uma apresentação que ele já havia feito anteriormente, e quem não sabia podia passar na bilheteria... "Não, se f..., não tem como receber o dinheiro de volta não." Brincou. Mas teve gente que não gostou do mal-entendido (o que provavelente foi culpa dos promotores do espetáculo). Como pode ser lido em protestos no Orkut.
Pq vcs falaram que o show solo do Andreoli era diferente se foi indêntico ao outro? Gastei pra ver a mesma coisa??? =/ mto vacilo, vcs cansaram de falar que seria outro show, diferente.
Cy. Protestando no orkut na comunidade 1º FEST RISO Brasília
Ainda por cima, o show interage muito com o público, e se este já se sente meio enganado... a colaboração certamente despenca. Houve até um torcedor do Fluminense (time alvo de muitas piadas no momento) que foi escolhido para vir ao palco e na hora de cumprimentar o humorista da noite, simulou besliscar o peito de Andreoli gritando "peitinho!" no melhor (melhor?) estilo tosco do Pânico na TV.
Ele se saiu bem da situação fingindo pedir reforços: "segurança, pode levar esse aqui. Mas batendo ok?"
No frigir dos ovos e no beliscar das tetas valeu como diversão. Vale a pena ir ver o Felipe quando tiver oportunidade. Espero que as observações feitas sirvam para verificar eventuais pontos de melhoria para a produção do show pois o garoto é realmente um talento nacional. Mas teatro é assim mesmo, muitas surpresas e uma interação com o artista sem paralelo com as outras mídias. Eu mesmo disse ao jornalista-comediante que faria um post positivo e agora não sei se está tão positivo assim. Mas se não gostou se f... (felicite). E você que me lê vá... ao teatro. É muito bom.
Gostei do show, mas que ele é melhor como repórter, é.
ResponderExcluirMas vale a pena assistir.
O Andreoli é demais, é o melhor repórter do CQC. Abraços.
ResponderExcluirÉ um palhaço......kkkkkkkkkkk...mas é o melhor de todos ali.
ResponderExcluirNoticias com mto humor,inteligencia e irreverência ... o programa e as reportagens são ótimos , adooooooooooooooooooooorooo .
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