Esse talentoso grupo de atores de teatro faz comédia com tudo. Mas é a irreverência e o politicamente incorreto que toma conta do espetáculo...
Esse talentoso grupo de atores de teatro faz comédia com tudo. Mas é a irreverência e o politicamente incorreto que toma conta do espetáculo.
Estivemos no último dia 10, em São Paulo, assistindo a uma apresentação da trupe no Teatro Raul Cortez, onde os atores curtem com a plateia, xingam pra baralho, seduzem o público (literalmente), destratam uns aos outros todas as quintas. Lembram um pouco o estilo Pânico na TV, para o bem e para o mal.
O grupo não tem papas na língua ao fazer humor com a onda do politicamente correto, colocando um negro para criticar a idéia de chamarem os negros de afro-descendentes. Aí eles começam a se atacarem verbalmente achincalhando uns aos outros com piadas depreciativas sobre negros e feios. O que chega às raias do grotesco (lembra do Pânico na TV?)
Não teve como não me lembrar da Grace do Terça Insana quando dizia que eles (da Terça) não precisam humilhar ninguém para fazer um humor inteligente. Nada me tira da cabeça que ela se referia ao espetáculo dos Deznecessários.
Isso não significa que eles não fazem um humor inteligente e criativo. Longe disso.
É muito interessante a dublagem feita sobre um trecho de um dos filmes da série Guerra nas Estrelas e é ímpar o monólogo de Miá Mello.
Falando da Miá, ela está impagável no papel de uma, vamos assim dizer, defensora da liberação do uso de drogas ilícitas que parece já sofrer com os malefícios da canabis. E lembra, em meio ao seu depoimento meio delirante que ela não está sozinha nessa defesa. Tem o presidente anterior, o THC(sic), que também defende sua descriminalização.
Coincidentemente a Veja publicou nesse final de semana entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (sob o título FHC e o THC, THC seria a sigla da substância psicoativa da maconha, tetrahidrocanabinol) em que ele explica sua posição sobre o tema e sua participação em um filme sobre o assunto. Na entrevista ele observa que tenta não politizar a questão. É realmente uma tarefa espinhosa, quem sabe não seria melhor convocar a Mia para tentar explanar o tema?
Outra integrante da turma, Maíra Charken, dá um show de sedução com sua voz ora melodiosa, ora estridente, com suas paródias cômicas, e sua dança sensual.
Rodrigo Capella é certamente o que apresenta melhor forma física no grupo, Eduardo Sterblitch não se apresentou nesse dia, mas o Repórter Polvilho do Pânico na TV não é páreo para o vigor de Rodrigo. Tem boa presença no palco mas suas entradas em cena quase acrobáticas é que são marcantes.
Os Deznecessários, sob a direção de Paulinho Serra, exibem uma nova geração de talentosos humoristas que já mostraram a que vieram e é altamente recomendável para quem já está acostumado com o estilo irreverente. Se esse é o seu caso então é até desnecessário dizer: vá ao teatro.
Estivemos no último dia 10, em São Paulo, assistindo a uma apresentação da trupe no Teatro Raul Cortez, onde os atores curtem com a plateia, xingam pra baralho, seduzem o público (literalmente), destratam uns aos outros todas as quintas. Lembram um pouco o estilo Pânico na TV, para o bem e para o mal.
O grupo não tem papas na língua ao fazer humor com a onda do politicamente correto, colocando um negro para criticar a idéia de chamarem os negros de afro-descendentes. Aí eles começam a se atacarem verbalmente achincalhando uns aos outros com piadas depreciativas sobre negros e feios. O que chega às raias do grotesco (lembra do Pânico na TV?)
Não teve como não me lembrar da Grace do Terça Insana quando dizia que eles (da Terça) não precisam humilhar ninguém para fazer um humor inteligente. Nada me tira da cabeça que ela se referia ao espetáculo dos Deznecessários.
Isso não significa que eles não fazem um humor inteligente e criativo. Longe disso.
É muito interessante a dublagem feita sobre um trecho de um dos filmes da série Guerra nas Estrelas e é ímpar o monólogo de Miá Mello.
Falando da Miá, ela está impagável no papel de uma, vamos assim dizer, defensora da liberação do uso de drogas ilícitas que parece já sofrer com os malefícios da canabis. E lembra, em meio ao seu depoimento meio delirante que ela não está sozinha nessa defesa. Tem o presidente anterior, o THC(sic), que também defende sua descriminalização.
Coincidentemente a Veja publicou nesse final de semana entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (sob o título FHC e o THC, THC seria a sigla da substância psicoativa da maconha, tetrahidrocanabinol) em que ele explica sua posição sobre o tema e sua participação em um filme sobre o assunto. Na entrevista ele observa que tenta não politizar a questão. É realmente uma tarefa espinhosa, quem sabe não seria melhor convocar a Mia para tentar explanar o tema?
Outra integrante da turma, Maíra Charken, dá um show de sedução com sua voz ora melodiosa, ora estridente, com suas paródias cômicas, e sua dança sensual.
Rodrigo Capella é certamente o que apresenta melhor forma física no grupo, Eduardo Sterblitch não se apresentou nesse dia, mas o Repórter Polvilho do Pânico na TV não é páreo para o vigor de Rodrigo. Tem boa presença no palco mas suas entradas em cena quase acrobáticas é que são marcantes.
Os Deznecessários, sob a direção de Paulinho Serra, exibem uma nova geração de talentosos humoristas que já mostraram a que vieram e é altamente recomendável para quem já está acostumado com o estilo irreverente. Se esse é o seu caso então é até desnecessário dizer: vá ao teatro.
Oi!
ResponderExcluirDez (necessários) ao seu post. Se puder dou nota Mil (nada a ver com grana, né?! - hehe).
Excelente! Claro, direto, bem escrito e envolvente.
ABÇão
MarGGa
Muito obrigado. Fico feliz que tenha apreciado. Abraços.
ResponderExcluirnice
ResponderExcluir