Yahoo, Microsoft e provavelmente a Amazon se unem contra o Google para deter sua biblioteca virtual. Contudo, a Biblioteca Nacional de Franç...
Yahoo, Microsoft e provavelmente a Amazon se unem contra o Google para deter sua biblioteca virtual. Contudo, a Biblioteca Nacional de França (BNF) poderá aliar-se ao Google para fazer a digitalização das suas obras. Isso depois de ter recusado unir-se ao gigante americano em 2005, marcando uma virada na política defendida pela instituição francesa.
O acordo, firmado em 2008 entre o Google e editoras e autores, que pode transformar o Google na principal fonte online para muitos trabalhos literários, criando a maior biblioteca virtual do mundo.
Curiosamente, o acordo assinado foi para encerrar dois processos contra o Google por desrespeito aos direitos autorais, abertos após a empresa ter escaneado livros sem autorização.
O Google concordou em pagar US$ 125 milhões (R$ 230 milhões, aproximadamente) para a criação do Registro de Direitos de Livros, no qual autores e editores poderiam registrar trabalhos online e receber remuneração. Autores e editores receberiam 70% pela venda destes livros e o Google embolsaria os outros 30%.
Além disso, o Google também ficaria com o direito de digitalizar trabalhos cujos donos dos direitos autorais sejam desconhecidos. Estima-se que os trabalhos nessa categoria compreendam até 70% dos livros publicados após 1923.
Descontentes, as três gigantes do setor de tecnologia devem se unir à coalizão Open Book Alliance, liderada pela organização sem fins lucrativos Internet Archive. Essa organização tem se colocado publicamente contra o acordo e já digitalizou mais de 1,5 milhão de livros, tornando todos disponíveis gratuitamente.
Indo na direção contrária, um acordo de digitalização do acervo está sendo costurado com a BNF sem maiores problemas. De acordo com o diretor geral adjunto da BNF, Denis Bruckmann, em uma entrevista concedida ao diário econômico "La Tribune" as negociações com o Google poderão ser feitas nos próximos meses.
A mudança de estratégia se deve a fatores econômicos. A BNF pretende diminuir os custo de digitalização de todo seu patrimônio e o Google arcará com parte do ônus com sua participação.
Biblioteca Nacional da França. Em Paris. O Google sairá do corner?
O Google já assinou acordos com cerca de trinta bibliotecas internacionais.
Enquanto isso, do outro lado do front, a Internet Archive denuncia as intenções do Google ao digitalizar livros.
Em outubro, um juiz de Nova York vai analisar se aprova ou não a abertura de uma ação coletiva contra o acordo. O prazo para os comentários a respeito deste acordo serem registrados na Justiça americana se esgota no dia 4 de setembro.
A medida que o prazo se aproxima do fim o número de grupos e organizações que são contra o acordo aumenta. Agora a Open Book Alliance contam com a adesão da Microsoft e Yahoo. A Amazon até o momento não fez comentários, uma vez que a aliança ainda não foi formalmente lançada. Mas com o envolvimento desses influentes players da indústria o debate ganha repercusão mundial.
O próprio governo americano está investigando em paralelo o impacto do acordo no mercado. Ironicamente, depois de se defender de vários processos e acusações de práticas predatórias e anticoncorrenciais, agora é a Microsoft que reclama de monopólio. Mas, além do temor do monopólio, o acordo do Google com os editores e autores também levanta a questão da privacidade.
Grupos como a Fundação Electronic Frontier e a organização americana de defesa dos direitos do consumidor Consumer Watchdog, entre outros, enviaram uma carta ao Google solicitando da empresa garantias aos americanos que "vai manter a segurança e liberdade que frequentadores de biblioteca tem há tempos: para ler e aprender sobre qualquer coisa (...) sem se preocupar se há alguém observando ou se seus passos poderão ser seguidos".
É. Só que desde os atentados de 11 de setembro de 2001 que os americanos estão com cada vez menos liberdade e privacidade. Acredito que se você pegar um livro com um título tipo "Pilotagem de aviões para quem não quer pousar" ou "Coisas interessantes para se fazer com fertilizantes além de adubar" em uma biblioteca pública. Pode olhar para trás que haverá agentes da NSA na sua cola e grampos no seu telefone. Se você for estrangeiro então. Prepare-se para uma deportação sem justificativa.
O Google se defende e afirma que o acordo traz muitos benefícios aos autores e vai disponibilizar milhões de livros não impressos na internet e em bibliotecas.
O acordo do Google Books está injetando mais competição no espaço dos livros digitais, então é compreensível que nossos competidores lutem para evitar mais competição.
Google Inc. Em um declaração formal
A empresa se defende dizendo que o acordo traz muitos benefícios aos autores e vai disponibilizar milhões de livros não impressos na internet e em bibliotecas.
Bem, precaução e caldo de galinha... :-P
Fonte:
Yahoo e Microsoft se unem contra biblioteca virtual do Google - Estadão
Biblioteca Nacional de França poderá fazer acordo com Google - Última Hora
O acordo, firmado em 2008 entre o Google e editoras e autores, que pode transformar o Google na principal fonte online para muitos trabalhos literários, criando a maior biblioteca virtual do mundo.
Curiosamente, o acordo assinado foi para encerrar dois processos contra o Google por desrespeito aos direitos autorais, abertos após a empresa ter escaneado livros sem autorização.
O Google concordou em pagar US$ 125 milhões (R$ 230 milhões, aproximadamente) para a criação do Registro de Direitos de Livros, no qual autores e editores poderiam registrar trabalhos online e receber remuneração. Autores e editores receberiam 70% pela venda destes livros e o Google embolsaria os outros 30%.
Além disso, o Google também ficaria com o direito de digitalizar trabalhos cujos donos dos direitos autorais sejam desconhecidos. Estima-se que os trabalhos nessa categoria compreendam até 70% dos livros publicados após 1923.
Descontentes, as três gigantes do setor de tecnologia devem se unir à coalizão Open Book Alliance, liderada pela organização sem fins lucrativos Internet Archive. Essa organização tem se colocado publicamente contra o acordo e já digitalizou mais de 1,5 milhão de livros, tornando todos disponíveis gratuitamente.
Indo na direção contrária, um acordo de digitalização do acervo está sendo costurado com a BNF sem maiores problemas. De acordo com o diretor geral adjunto da BNF, Denis Bruckmann, em uma entrevista concedida ao diário econômico "La Tribune" as negociações com o Google poderão ser feitas nos próximos meses.
A mudança de estratégia se deve a fatores econômicos. A BNF pretende diminuir os custo de digitalização de todo seu patrimônio e o Google arcará com parte do ônus com sua participação.
Nós não vamos parar o nosso próprio programa de digitalização, mas se o Google nos permite ir mais longe e mais rapidamente, porque não?
Denis Bruckmann. Diretor geral adjunto e também diretor das coleções da BNF
O Google já assinou acordos com cerca de trinta bibliotecas internacionais.
Enquanto isso, do outro lado do front, a Internet Archive denuncia as intenções do Google ao digitalizar livros.
O Google está tentando monopolizar o sistema de bibliotecas. Se o acordo for fechado, eles realmente serão 'a' biblioteca e a única biblioteca.
Brewster Kahle. Fundador da Internet Archive
Em outubro, um juiz de Nova York vai analisar se aprova ou não a abertura de uma ação coletiva contra o acordo. O prazo para os comentários a respeito deste acordo serem registrados na Justiça americana se esgota no dia 4 de setembro.
A medida que o prazo se aproxima do fim o número de grupos e organizações que são contra o acordo aumenta. Agora a Open Book Alliance contam com a adesão da Microsoft e Yahoo. A Amazon até o momento não fez comentários, uma vez que a aliança ainda não foi formalmente lançada. Mas com o envolvimento desses influentes players da indústria o debate ganha repercusão mundial.
O próprio governo americano está investigando em paralelo o impacto do acordo no mercado. Ironicamente, depois de se defender de vários processos e acusações de práticas predatórias e anticoncorrenciais, agora é a Microsoft que reclama de monopólio. Mas, além do temor do monopólio, o acordo do Google com os editores e autores também levanta a questão da privacidade.
Grupos como a Fundação Electronic Frontier e a organização americana de defesa dos direitos do consumidor Consumer Watchdog, entre outros, enviaram uma carta ao Google solicitando da empresa garantias aos americanos que "vai manter a segurança e liberdade que frequentadores de biblioteca tem há tempos: para ler e aprender sobre qualquer coisa (...) sem se preocupar se há alguém observando ou se seus passos poderão ser seguidos".
É. Só que desde os atentados de 11 de setembro de 2001 que os americanos estão com cada vez menos liberdade e privacidade. Acredito que se você pegar um livro com um título tipo "Pilotagem de aviões para quem não quer pousar" ou "Coisas interessantes para se fazer com fertilizantes além de adubar" em uma biblioteca pública. Pode olhar para trás que haverá agentes da NSA na sua cola e grampos no seu telefone. Se você for estrangeiro então. Prepare-se para uma deportação sem justificativa.
O Google se defende e afirma que o acordo traz muitos benefícios aos autores e vai disponibilizar milhões de livros não impressos na internet e em bibliotecas.
O acordo do Google Books está injetando mais competição no espaço dos livros digitais, então é compreensível que nossos competidores lutem para evitar mais competição.
Google Inc. Em um declaração formal
A empresa se defende dizendo que o acordo traz muitos benefícios aos autores e vai disponibilizar milhões de livros não impressos na internet e em bibliotecas.
Bem, precaução e caldo de galinha... :-P
Fonte:
Yahoo e Microsoft se unem contra biblioteca virtual do Google - Estadão
Biblioteca Nacional de França poderá fazer acordo com Google - Última Hora
Se perguntarem aos usuários, adivinhe qual será a resposta... A Internet é cada vez mais o resumo do conhecimento humano, e se eu tiver a minha disposição o conhecimento que eu procurar, não tenho porque me opor.
ResponderExcluirCompreendo a questão dos direitos autorais, mas na Era Digital a reprodução de arquivos é inevitável.
Se perguntarem aos usuários, adivinhe qual será a resposta... A Internet é cada vez mais o resumo do conhecimento humano, e se eu tiver a minha disposição o conhecimento que eu procurar, não tenho porque me opor.
ResponderExcluirCompreendo a questão dos direitos autorais, mas na Era Digital a reprodução de arquivos é inevitável.