Muro lembra segregação e discriminação. Lembra tempos de divisão ideológica. Muros como o que Israel ergueu na Faixa de Gaza para impedir qu...
Muro lembra segregação e discriminação. Lembra tempos de divisão ideológica. Muros como o que Israel ergueu na Faixa de Gaza para impedir que terroristas atacassem colonos que por sua vez invadiram território palestino... Enfim, é um símbolo de que a força tenta cercear a liberdade. Cessa com o direito de ir e vir e vice-versa. Podem ser muros tecnológicos como o The Great Firewall of China (Um trocadilho com The Great Wall of China, ou A Grande Muralha da China) onde procuram censurar para evitar rebeliões, com a desculpa de proteger. Mas talvez este muro seja mais consensual. Ou não?
Montagem justapondo o muro da Faixa de Gaza com as dunas do deserto Saara
O famoso muro de Berlim era um monumento que que indicava a vigência da Guerra Fria. Separava uma cidade, um povo, famílias e exibia uma enorme cicatriz causada pela Segunda Guerra Mundial. Pois o povo que mais foi perseguido durante a guerra, o povo judeu, resolveu usar do mesmo expediente para isolar seus inimigos no Oriente Médio. Só que agora estando do lado mais forte. É como dizia a letra daquela canção: "a história se repete mas a força deixa a história mal contada".
Muro na Faixa de Gaza
É por isso que a ideia de muros causa um certo calafrio histórico no planeta. Especialmente quando o tamanho do muro começa a ser medido em quilômetros.
A despeito disso, o arquiteto sueco Magnus Larsson apresentou um projeto que pretende criar um muro de 6 mil quilômetros.
Larsson apresentou seu projeto na última sexta-feira, em uma conferência em Oxford, Grã-Bretanha. A proposta é uma tentativa de conter o avanço dos desertos sobre as áreas adjacentes, especialmente, as regiões férteis.
Sua idéia seria formar uma barreira de dunas solidificadas de areia que se estenderia da Mauritânia, no oeste da África, até o Djibuti, no leste.
A areia seria estabilizada pela adição em larga escala de bactérias, chamadas Bacillus pasteurii, encontradas em terras úmidas, que podem solidificar a massa em poucas horas, transformando-a em arenito. Duro como concreto.
Esse megaprojeto iria complementar, e não substituir, a idéia de alguns países do norte da África de plantar árvores criando o chamado Grande Cinturão Verde para evitar que o Saara continue se expandindo.
E, o mais importante, segundo Larsson, poderia ser mantido no local mesmo se as árvores fossem cortadas.
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, em 2007, que a desertificação é o grande desafio dos tempos atuais, o fenômeno tem o potencial de ameaçar cerca de 2 bilhões de pessoas.
Segundo Larsson, o problema da desertificação atinge cerca de 140 países e a ONU acredita que a expansão dos desertos pode obriguar populações inteiras a se mudarem de cidades.
Como exemplo, Larsson citou o caso do vilarejo nigeriano chamado Gidan-Kara que teve que ser removido por conta do avanço das dunas. Ele afirmou que este é apenas um de muitos exemplos encontrados na região.
A muralha seria construída com o "congelamento" das dunas de areia do deserto que se movem com o vento transformando-a em arenito. Os grãos de areia seriam unidos com o uso da bactéria que, segundo Larsson, produz calcita, uma espécie de cimento natural.
A ideia surgiu a partir da pesquisa de pesquisadores da Universidade Davis da Califórnia, que estudavam o uso da Bacillus pasteurii para endurecer o solo para prevenir terremotos em áreas com propensão a essas ocorrências.
E como ele pretende espalhar os microorganismos? O plano do arquiteto inclui injetar as bactérias nas dunas em larga escala, ou então usar uma espécie de represa, com balões gigantes e repletos de bactérias, permitindo que as dunas avancem para cima deles. Depois é só estourá-los. Não é simples?
Tal plano poderia trazer outros benefícios para as populações locais, como por exemplo, usar o muro para fornecer sombra, abrigo ou uma estrutura para coletar água.
Larsson admite que o projeto também apresenta uma série de problemas.
"Exitem muitos detalhes que ainda precisam ser considerados nesta história: políticos, práticos, éticos e financeiros. Meu projeto está repleto de desafios", ponderou.
Bem, pelo menos de uma coisa temos certeza. Se a tecnologia vai conseguir superar esse desafio mudando drasticamente a natureza não sabemos. Todavia, o grande Saara jamais vai conseguir apresentar um passaporte em um checkpoint.
Fonte: Estadão
O famoso muro de Berlim era um monumento que que indicava a vigência da Guerra Fria. Separava uma cidade, um povo, famílias e exibia uma enorme cicatriz causada pela Segunda Guerra Mundial. Pois o povo que mais foi perseguido durante a guerra, o povo judeu, resolveu usar do mesmo expediente para isolar seus inimigos no Oriente Médio. Só que agora estando do lado mais forte. É como dizia a letra daquela canção: "a história se repete mas a força deixa a história mal contada".
É por isso que a ideia de muros causa um certo calafrio histórico no planeta. Especialmente quando o tamanho do muro começa a ser medido em quilômetros.
A despeito disso, o arquiteto sueco Magnus Larsson apresentou um projeto que pretende criar um muro de 6 mil quilômetros.
Larsson apresentou seu projeto na última sexta-feira, em uma conferência em Oxford, Grã-Bretanha. A proposta é uma tentativa de conter o avanço dos desertos sobre as áreas adjacentes, especialmente, as regiões férteis.
Sua idéia seria formar uma barreira de dunas solidificadas de areia que se estenderia da Mauritânia, no oeste da África, até o Djibuti, no leste.
A areia seria estabilizada pela adição em larga escala de bactérias, chamadas Bacillus pasteurii, encontradas em terras úmidas, que podem solidificar a massa em poucas horas, transformando-a em arenito. Duro como concreto.
Esse megaprojeto iria complementar, e não substituir, a idéia de alguns países do norte da África de plantar árvores criando o chamado Grande Cinturão Verde para evitar que o Saara continue se expandindo.
Minha resposta (ao problema da desertificação) é um muro de arenito, feito de areia solidificada. Forneceria o suporte físico para as árvores.
Magnus Larsson. Arquiteto de dunas sueco
E, o mais importante, segundo Larsson, poderia ser mantido no local mesmo se as árvores fossem cortadas.
As pessoas destes países são tão pobres que elas cortam as árvores para fazer lenha.
Magnus Larsson. Arquiteto sueco
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, em 2007, que a desertificação é o grande desafio dos tempos atuais, o fenômeno tem o potencial de ameaçar cerca de 2 bilhões de pessoas.
Segundo Larsson, o problema da desertificação atinge cerca de 140 países e a ONU acredita que a expansão dos desertos pode obriguar populações inteiras a se mudarem de cidades.
Como exemplo, Larsson citou o caso do vilarejo nigeriano chamado Gidan-Kara que teve que ser removido por conta do avanço das dunas. Ele afirmou que este é apenas um de muitos exemplos encontrados na região.
A muralha seria construída com o "congelamento" das dunas de areia do deserto que se movem com o vento transformando-a em arenito. Os grãos de areia seriam unidos com o uso da bactéria que, segundo Larsson, produz calcita, uma espécie de cimento natural.
A ideia surgiu a partir da pesquisa de pesquisadores da Universidade Davis da Califórnia, que estudavam o uso da Bacillus pasteurii para endurecer o solo para prevenir terremotos em áreas com propensão a essas ocorrências.
E como ele pretende espalhar os microorganismos? O plano do arquiteto inclui injetar as bactérias nas dunas em larga escala, ou então usar uma espécie de represa, com balões gigantes e repletos de bactérias, permitindo que as dunas avancem para cima deles. Depois é só estourá-los. Não é simples?
Tal plano poderia trazer outros benefícios para as populações locais, como por exemplo, usar o muro para fornecer sombra, abrigo ou uma estrutura para coletar água.
É um começo, é uma visão: gostaria que, pelo menos, este projeto iniciasse uma discussão.
Magnus Larsson. Arquiteto sueco
Larsson admite que o projeto também apresenta uma série de problemas.
"Exitem muitos detalhes que ainda precisam ser considerados nesta história: políticos, práticos, éticos e financeiros. Meu projeto está repleto de desafios", ponderou.
Bem, pelo menos de uma coisa temos certeza. Se a tecnologia vai conseguir superar esse desafio mudando drasticamente a natureza não sabemos. Todavia, o grande Saara jamais vai conseguir apresentar um passaporte em um checkpoint.
Fonte: Estadão
Caramba. Isso é sério mesmo. Rox =)
ResponderExcluirhttp://lucashso.mybrute.com
ResponderExcluirso criar e jogar muito massa
Esse jogo que o anônimo indicou é tão sem noção que só pode ser vírus ou ele está atrás de links. É um jogo de luta que o seu personagem e o dele ficam lutando sozinhos (e o dele tem um monte de armas e o seu fica só apanhando). :-P
ResponderExcluirAgora o post é bem bacana. Parece aqueles projetos tipo deixar o mar gelatinoso em uma certa região, ou fazer um túnel transatlântico, uma ponte no estreito de Bering (ligando os EUA à Rússia e consequentemente à Europa). Um megaprojeto por uma causa justa. Já existe um projeto de criar usinas de energia solar no norte da África para abastece a Europa (com cabos de energia atravessando o Mediterrâneo).
Para grandes desafios, grandes idéias e grandes orçamentos.
http://granananet.zip.net
ResponderExcluirganhe dinheiro com seu blog ou site...
Olá,
ResponderExcluirGostamos muito da matéria. Caso seja de seu interesse venha conhecer nossa loja na Gávea ou na Barra ou visite o nosso site:
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Bons Negócios
Atenciosamente,
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