Série de reportagens em vídeo mostra a situação da Educação a Distância (EAD) no Brasil. Modalidade que só cresce, mas que ainda apresenta m...
Série de reportagens em vídeo mostra a situação da Educação a Distância (EAD) no Brasil. Modalidade que só cresce, mas que ainda apresenta muitos problemas e alto índice de evasão. Contudo as empresas veem na EAD uma opção econômica (a longo prazo) para o problema da capacitação de funcionários. Afinal, o que um curso de EAD deve possuir para garantir a qualidade?
No Amazonas, em apenas cinco anos, o método a distância qualificou 16 mil professores de ensino básico que só tinham o nível médio.
As aulas do curso de Educação Física são transmitidas ao vivo: professores em um estúdio em Manaus, alunos em 16 municípios do interior do Amazonas. Foi a tecnologia que rompeu o isolamento.
Na sala de aula, um tutor tira dúvidas mais simples da turma. As perguntas para os professores são enviadas pelo computador. E a resposta vem pela TV.
A televisão está levando educação a milhares de jovens na Região Norte, onde os cursos a distância mais avançam: as matrículas cresceram 940% em três anos.
Arthur e Francineusa até iam pra escola, mas não aprendiam nada de novo. Mesmo aprovados, fizeram duas vezes a quarta série porque não havia a quinta, como era comum na região. Motivo? Falta de professor e transporte. Nem Maomé e nem a montanha tinham como se deslocar. Com a tecnologia, Maomé pode ministrar aulas a várias montanhas sem sair do lugar.
Sete anos atrás, 54% dos alunos do Acre estavam atrasados, um dos piores indicadores do país. Esse quadro parecia imutável até que a tecnologia começou a ajustar o relógio da educação.
No ensino superior e na pós-graduação, a educação a distância no Brasil caminha a passos de gigante. A oferta de cursos superiores dentro do país cresceu 571% entre 2003 e 2006. Um outro levantamento, de 2007, mostra que o número de alunos avançou 356% em três anos. Segundo o MEC, 73% estão em escolas particulares.
A USP estreia na modalidade com um curso de graduação para formar professores de ciências, depois de seis anos de ensaio.
Das 13 instituições analisadas até agora, todas apresentaram problemas. Elas representam 12% do total, mas concentram 61% dos estudantes de graduação a distância.
Ao MEC, só interessa a oferta de educação a distancia de qualidade. Isso é um ponto pacífico e claro para a gente.
Carlos Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do MEC
O crescimento sem controle dos cursos de EAD é uma das explicações para as queixas sobre a qualidade do ensino. Nos últimos cinco anos, o número de alunos da Unitins pulou de seis mil para 92 mil. A segunda maior universidade de educação a distância do país virou a primeira em número de irregularidades.
Os números do Enade, o exame que avalia os estudantes de graduação, são favoráveis aos alunos à distância. Na comparação com os presenciais, eles tiraram notas melhores em sete das 13 áreas analisadas.
Só a FGV-on line faturou 32 milhões de reais no ano passado.
De acordo com o MEC, para garantir a qualidade, o ensino a distância deve possuir:
Fonte: Jornal Nacional
No Amazonas, em apenas cinco anos, o método a distância qualificou 16 mil professores de ensino básico que só tinham o nível médio.
Estava muito insatisfeito. Sem querer falar mal, tinha inveja do pessoal que tinha um curso superior, mas eu dizia que um dia iria conseguir também.
Olavo Fontes, estudante de Educação Física
As aulas do curso de Educação Física são transmitidas ao vivo: professores em um estúdio em Manaus, alunos em 16 municípios do interior do Amazonas. Foi a tecnologia que rompeu o isolamento.
Na sala de aula, um tutor tira dúvidas mais simples da turma. As perguntas para os professores são enviadas pelo computador. E a resposta vem pela TV.
Com as condições de infraestrutura e de formação que nós tínhamos no nosso estado, nós iríamos levar 72 anos para realizar essa tarefa.
Marilene Corrêa, reitora da Universidade Estadual do Amazonas.
A televisão está levando educação a milhares de jovens na Região Norte, onde os cursos a distância mais avançam: as matrículas cresceram 940% em três anos.
Eu fui viver com uma prima que não deixava eu estudar, porque dizia que a gente escrevia carta para namorado, mas o sonho da minha vida é ler.
Maria das Graças Santana
Arthur e Francineusa até iam pra escola, mas não aprendiam nada de novo. Mesmo aprovados, fizeram duas vezes a quarta série porque não havia a quinta, como era comum na região. Motivo? Falta de professor e transporte. Nem Maomé e nem a montanha tinham como se deslocar. Com a tecnologia, Maomé pode ministrar aulas a várias montanhas sem sair do lugar.
Eu poderia ter ficado em casa esse ano, mas fui para a escola por interesse de aprender.
Arthur
Sete anos atrás, 54% dos alunos do Acre estavam atrasados, um dos piores indicadores do país. Esse quadro parecia imutável até que a tecnologia começou a ajustar o relógio da educação.
No ensino superior e na pós-graduação, a educação a distância no Brasil caminha a passos de gigante. A oferta de cursos superiores dentro do país cresceu 571% entre 2003 e 2006. Um outro levantamento, de 2007, mostra que o número de alunos avançou 356% em três anos. Segundo o MEC, 73% estão em escolas particulares.
A USP estreia na modalidade com um curso de graduação para formar professores de ciências, depois de seis anos de ensaio.
É uma universidade de peso como a universidade de São Paulo dizer o seguinte: ‘Olha, o ensino a distância é importante, nós temos que encarar’.
José Cipolla, coordenador do curso a distancia da USP
Das 13 instituições analisadas até agora, todas apresentaram problemas. Elas representam 12% do total, mas concentram 61% dos estudantes de graduação a distância.
Ao MEC, só interessa a oferta de educação a distancia de qualidade. Isso é um ponto pacífico e claro para a gente.
Carlos Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do MEC
O crescimento sem controle dos cursos de EAD é uma das explicações para as queixas sobre a qualidade do ensino. Nos últimos cinco anos, o número de alunos da Unitins pulou de seis mil para 92 mil. A segunda maior universidade de educação a distância do país virou a primeira em número de irregularidades.
Os números do Enade, o exame que avalia os estudantes de graduação, são favoráveis aos alunos à distância. Na comparação com os presenciais, eles tiraram notas melhores em sete das 13 áreas analisadas.
O curso a distância é o futuro da educação, seja para apoiar a educação presencial, seja para permitir que seja feita uma educação simplesmente nessa modalidade.
Stravros Xanthopoylos, diretor executivo da FGV-on line
Só a FGV-on line faturou 32 milhões de reais no ano passado.
De acordo com o MEC, para garantir a qualidade, o ensino a distância deve possuir:
- Pólos com profissionais capacitados,
- computadores ligados à internet e biblioteca,
- material didático diversificado, sobre todo o conteúdo do curso
- professores sempre disponíveis para tirar dúvidas
- e as provas têm que ser feitas na sala de aula.
Fonte: Jornal Nacional
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