Lee Sing Kong, 57 anos, administra o Instituto Nacional de Educação, em Cingapura, escola de formação de professores com uma enorme reputaçã...
Lee Sing Kong, 57 anos, administra o Instituto Nacional de Educação, em Cingapura, escola de formação de professores com uma enorme reputação. Muito do rápido avanço da educação no país, que partiu de um patamar semelhante ao africano, em 1960, para figurar hoje entre os melhores do mundo em sala de aula, pode ser creditado a essa faculdade. Leia algumas das ideias de Lee Kong sobre formação de professores.
Lee Kong e sua escola para professores: alta procura e status Esse é um resumo da entrevista que Lee Kong concedeu à repórter Camila Pereira, publicado na revista Veja:
1 - Professor tem status
Só é admitido na escola de formação de professores estudantes que figuraram, no ensino médio, entre os 30% melhores. Os mais talentosos devem servir à educação. Contudo, não basta criar essa regra. Deve-se criar incentivos concretos para que a elite desses jovens se interessem pela carreira.
Fornecer bom salário inicial, semelhante a de um engenheiro iniciante e dar prestígio para a profissão são os atrativos para a carreira em Cingapura.
Por exemplo, o presidente recebe pessoalmente os professores que se destacaram em contribuir para a educação e os ganhadores do prêmio Nobel são recebidos como heróis e dão palestras, não só para universitários, mas também para alunos dos ouros níveis escolares.
Talvez o Brasil faça o mesmo, mas como a gente ainda não tem nenhum Nobel ainda não temos o procedimento. :-P
2 - Ciência da Educação
Só são ensinadas técnicas com eficácia comprovada cientificamente. Dois laboratórios trabalham em cima desse conceito. Num, o foco é desenvolver novos métodos de ensino. No outro, as técnicas são testadas.
Para despertar a atenção dos estudantes atualmente, é fundamental exercícios práticos e atividades em laboratório.
3 - Como se fosse uma residência médica
Em nosso currículo, 30% do cronograma do curso se passa dentro das escolas. Os alunos efetivamente dão aulas, supervisionados por docentes mais experiêntes. Como em uma residência médica. A maioria dos países da OCDE, que engloba os trinta países mais industrializados do planeta, já existe essa compreensão de que a formação do professor deve incluir experiência prática intensamente.
4 - Formando cientistas
Despertar o interesse dos alunos por química, física e matemática é visto como função prioritária dos professores em Cingapura, como é na Ásia de modo geral. Ainda no ensino fundamental, os estudantes são incentivados a fazer pesquisas e os que se destacam já começam a trabalhar com pesquisadores renomados dentro das universidades. Há também muitas feiras de ciências ao longo do ano e as populares olimpíadas internacionais. Grandes cientistas costumam se tornar ídolos nacionais. Os prêmios Nobel são recebidos como celebridades em Cingapura. Nessas ocasiões, garantimos que alunos e professores das escolas – e não apenas os universitários – assistam às palestras e os conheçam pessoalmente.
5 - Dirigindo escolas como empresas
Em Cingapura, boas ideias do setor privado são aplicadas na educação. Há uma década, as escolas públicas do país definem sua Visão, Missão e Valores – a tríade básica em qualquer empresa. Elas também determinam metas a ser alcançadas e são cobradas pelo governo. Ainda existe uma política de bonificação pelo desempenho. Um professor que obtém bons resultados em sala de aula chega a receber dois salários a mais por ano. Não temos professores ruins. Quem não apresenta bons resultados é demitido.
6 - Copiando o que é bom
O benchmarking é uma das práticas desta escola. Custa caro produzir tanta pesquisa e, ainda existe, resistência à ideia de que a escolha de métodos pedagógicos deve se basear em evidências científicas.
Lee Kong acredita que mesmo os países com menos recursos podem ir nessa direção. Basta olhar para o que dá certo e... copiar. Mas é preciso tomar cuidado ao adaptar métodos didáticos a realidades culturais diferentes, mas essa solução não deve ser desprezada por países que não têm muito para investir.
1 - Professor tem status
Só é admitido na escola de formação de professores estudantes que figuraram, no ensino médio, entre os 30% melhores. Os mais talentosos devem servir à educação. Contudo, não basta criar essa regra. Deve-se criar incentivos concretos para que a elite desses jovens se interessem pela carreira.
Fornecer bom salário inicial, semelhante a de um engenheiro iniciante e dar prestígio para a profissão são os atrativos para a carreira em Cingapura.
Por exemplo, o presidente recebe pessoalmente os professores que se destacaram em contribuir para a educação e os ganhadores do prêmio Nobel são recebidos como heróis e dão palestras, não só para universitários, mas também para alunos dos ouros níveis escolares.
Talvez o Brasil faça o mesmo, mas como a gente ainda não tem nenhum Nobel ainda não temos o procedimento. :-P
2 - Ciência da Educação
Só são ensinadas técnicas com eficácia comprovada cientificamente. Dois laboratórios trabalham em cima desse conceito. Num, o foco é desenvolver novos métodos de ensino. No outro, as técnicas são testadas.
Para despertar a atenção dos estudantes atualmente, é fundamental exercícios práticos e atividades em laboratório.
3 - Como se fosse uma residência médica
Em nosso currículo, 30% do cronograma do curso se passa dentro das escolas. Os alunos efetivamente dão aulas, supervisionados por docentes mais experiêntes. Como em uma residência médica. A maioria dos países da OCDE, que engloba os trinta países mais industrializados do planeta, já existe essa compreensão de que a formação do professor deve incluir experiência prática intensamente.
4 - Formando cientistas
Despertar o interesse dos alunos por química, física e matemática é visto como função prioritária dos professores em Cingapura, como é na Ásia de modo geral. Ainda no ensino fundamental, os estudantes são incentivados a fazer pesquisas e os que se destacam já começam a trabalhar com pesquisadores renomados dentro das universidades. Há também muitas feiras de ciências ao longo do ano e as populares olimpíadas internacionais. Grandes cientistas costumam se tornar ídolos nacionais. Os prêmios Nobel são recebidos como celebridades em Cingapura. Nessas ocasiões, garantimos que alunos e professores das escolas – e não apenas os universitários – assistam às palestras e os conheçam pessoalmente.
5 - Dirigindo escolas como empresas
Em Cingapura, boas ideias do setor privado são aplicadas na educação. Há uma década, as escolas públicas do país definem sua Visão, Missão e Valores – a tríade básica em qualquer empresa. Elas também determinam metas a ser alcançadas e são cobradas pelo governo. Ainda existe uma política de bonificação pelo desempenho. Um professor que obtém bons resultados em sala de aula chega a receber dois salários a mais por ano. Não temos professores ruins. Quem não apresenta bons resultados é demitido.
6 - Copiando o que é bom
O benchmarking é uma das práticas desta escola. Custa caro produzir tanta pesquisa e, ainda existe, resistência à ideia de que a escolha de métodos pedagógicos deve se basear em evidências científicas.
Lee Kong acredita que mesmo os países com menos recursos podem ir nessa direção. Basta olhar para o que dá certo e... copiar. Mas é preciso tomar cuidado ao adaptar métodos didáticos a realidades culturais diferentes, mas essa solução não deve ser desprezada por países que não têm muito para investir.
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