Sinônimo de enciclopédia digital há cerca de uma década. A enciclopédia MS Encarta será descontinuada. E a própria Wikipedia, um dos motivos...
Sinônimo de enciclopédia digital há cerca de uma década. A enciclopédia MS Encarta será descontinuada. E a própria Wikipedia, um dos motivos da descontinuação da concorrente, já está atualizada com a informação. Sapateando no cadáver do defunto.
A Microsoft anunciou hoje, 31 de março de 2009, que a sua enciclopédia digital Encarta, a mais importante do gênero a cerca de uma década, fechará em definitivo no dia 30 de abril.
Uma mensagem publicada no site da Microsoft dizia que "a Encarta foi um produto popular no mundo todo por muitos anos", uma vez que a enciclopédia foi distribuída em quase todos os países em CD-ROM e pode ser acessada pela internet.
"A categoria tradicional de enciclopédias e materiais de referência mudou: agora o público procura e consome informação de formas consideravelmente distintas às de poucos anos atrás", acrescenta.
A obsolescência da Encarta é uma forma discreta de reconhecimento de que o site Wikipedia se transformou na principal referência on-line deste tipo de serviço.
A principal diferença entre as duas é que a Encarta oferecia um produto acabado, com atualizações periódicas, nos moldes da Enciclopédia Britannica, enquanto que a Wikipedia publica informações que são atualizadas constantemente, ainda que exijam uma checagem quanto a confiabilidade da informação.
Estamos vivendo a era do almoço grátis, da cauda longa, onde modelos de negócio tradicionais são desafiados quanto a sua sustentabilidade especialmente quando lidam com o produto informação. Tão abundante, disponível e efêmera como jamais se viu na história.
O realidade parece dizer que para as massas uma enciclopédia não tão confiável é melhor que um produto feito por especialista e de qualidade controlada. Desde que seja de graça e democraticamente interativa.
O fato dos verbetes da Wikipedia virem em primeiro lugar nas consultas do Google também direciona a questão. Não comemoro, apesar de não mais utilizá-la, o sumiço da Encarta. Prefiro refletir sobre o que significa isso.
Em uma antiga versão da enciclopédia vi como era complexa a dança das abelhas para mostrar para as colegas onde estava a flor com o precioso néctar. Era uma animação que mostrava que sua dança era feita posicionando o corpo do inseto em um ângulo relacionado à posição do sol. Bem, havia poucas animações, mas achei bem interessante na época. Agora temos sempre o Google e os sites que postam suas informações junto com as propagandas do próprio Google (Google Adwords).
É isso? Esse é o modelo sustentável de negócio? Você paga para ter acesso a web e pega as informações a custa de umas propagandas animadas ou não. Se você não clicar o dono do site vai colocar mais propagandas espalhadas para aumentar a chance de você clicar, mesmo que por acidente, e faturar alguns centavos.
E a pirataria? Que a todos corrompe. Se você não a praticar vai ficar por fora. Vai se sentir um otário pois dá a impressão que todo-mundo-faz e só você está sustentando o sistema. No dia que ninguém mais pagar a conta ou clicar na propaganda (por que isso é coisa de otário), a cauda para de abanar o cachorro, o músico pára de produzir seus hits (que por vezes é apenas um único em toda sua vida de otário), Hollywood pára de fazer megaproduções, já que isso é coisa de otário, e vamos ter uma produção cada vez mais barata, sem qualidade ou requinte, sem confiabilidade, e os produtores de informação vão vigiar a sua posse como segredo de estado, e nesse instante o modelo pode estourar como uma bolha da informação gratuita.
Aí talvez não seja apenas psicológico que o que havia antes é melhor do que criamos hoje (em termos culturais). A informação histórica passaria a não valer muito e os filtradores, tradutores, recicladores ditarão a tônica da nova cultura pop 2.0 até que a Wikipedia finalmente tenha uma versão paga (pois doação é coisa de otário), com garantia de qualidade profissional, vídeo e animações tridimensionais de alta definição, com cheiro, sabor e tato para quem é cool e possuir acesso à banda escancarada ultrasuperhipertera fotônica. Aí estaremos salvos da antipática Microsoft e seu modelo de negócio do século passado e abraçaremos o Google e seus logotipos engraçadinhos para sempre. Como em um conto de fadas e bruxas harrypotteriano baixado ilegalmente (afinal, só otários lêem em livros. Ferrem-se os olhos, viva a ecologia, viva a célula-tronco que vai reconstruir o seu míope globo ocular como em um passe de mágica. Con-juncti-VI-tus).
É como diria Arthur C. Clark: "qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica" e esse modelo de negócio parece magia.
Em tempo: já que foi descontinuada, será que a Microsoft vai pegar a base de dados da Encarta e colocar à disposição de todos com uma comunidade atualizando livremente e de graça para que toda a informação não se perca. Brincadeirinha...
A seguir o verbete da Encarta na Wikipedia (já atualizada e com um pequeno erro de grafia):
Acessado às 20:28h (horário de Brasília) no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/Encarta
Fonte um pouco mais confiável: Abril
A Microsoft anunciou hoje, 31 de março de 2009, que a sua enciclopédia digital Encarta, a mais importante do gênero a cerca de uma década, fechará em definitivo no dia 30 de abril.
Uma mensagem publicada no site da Microsoft dizia que "a Encarta foi um produto popular no mundo todo por muitos anos", uma vez que a enciclopédia foi distribuída em quase todos os países em CD-ROM e pode ser acessada pela internet.
"A categoria tradicional de enciclopédias e materiais de referência mudou: agora o público procura e consome informação de formas consideravelmente distintas às de poucos anos atrás", acrescenta.
A obsolescência da Encarta é uma forma discreta de reconhecimento de que o site Wikipedia se transformou na principal referência on-line deste tipo de serviço.
A principal diferença entre as duas é que a Encarta oferecia um produto acabado, com atualizações periódicas, nos moldes da Enciclopédia Britannica, enquanto que a Wikipedia publica informações que são atualizadas constantemente, ainda que exijam uma checagem quanto a confiabilidade da informação.
Estamos vivendo a era do almoço grátis, da cauda longa, onde modelos de negócio tradicionais são desafiados quanto a sua sustentabilidade especialmente quando lidam com o produto informação. Tão abundante, disponível e efêmera como jamais se viu na história.
O realidade parece dizer que para as massas uma enciclopédia não tão confiável é melhor que um produto feito por especialista e de qualidade controlada. Desde que seja de graça e democraticamente interativa.
O fato dos verbetes da Wikipedia virem em primeiro lugar nas consultas do Google também direciona a questão. Não comemoro, apesar de não mais utilizá-la, o sumiço da Encarta. Prefiro refletir sobre o que significa isso.
Em uma antiga versão da enciclopédia vi como era complexa a dança das abelhas para mostrar para as colegas onde estava a flor com o precioso néctar. Era uma animação que mostrava que sua dança era feita posicionando o corpo do inseto em um ângulo relacionado à posição do sol. Bem, havia poucas animações, mas achei bem interessante na época. Agora temos sempre o Google e os sites que postam suas informações junto com as propagandas do próprio Google (Google Adwords).
É isso? Esse é o modelo sustentável de negócio? Você paga para ter acesso a web e pega as informações a custa de umas propagandas animadas ou não. Se você não clicar o dono do site vai colocar mais propagandas espalhadas para aumentar a chance de você clicar, mesmo que por acidente, e faturar alguns centavos.
E a pirataria? Que a todos corrompe. Se você não a praticar vai ficar por fora. Vai se sentir um otário pois dá a impressão que todo-mundo-faz e só você está sustentando o sistema. No dia que ninguém mais pagar a conta ou clicar na propaganda (por que isso é coisa de otário), a cauda para de abanar o cachorro, o músico pára de produzir seus hits (que por vezes é apenas um único em toda sua vida de otário), Hollywood pára de fazer megaproduções, já que isso é coisa de otário, e vamos ter uma produção cada vez mais barata, sem qualidade ou requinte, sem confiabilidade, e os produtores de informação vão vigiar a sua posse como segredo de estado, e nesse instante o modelo pode estourar como uma bolha da informação gratuita.
Aí talvez não seja apenas psicológico que o que havia antes é melhor do que criamos hoje (em termos culturais). A informação histórica passaria a não valer muito e os filtradores, tradutores, recicladores ditarão a tônica da nova cultura pop 2.0 até que a Wikipedia finalmente tenha uma versão paga (pois doação é coisa de otário), com garantia de qualidade profissional, vídeo e animações tridimensionais de alta definição, com cheiro, sabor e tato para quem é cool e possuir acesso à banda escancarada ultrasuperhipertera fotônica. Aí estaremos salvos da antipática Microsoft e seu modelo de negócio do século passado e abraçaremos o Google e seus logotipos engraçadinhos para sempre. Como em um conto de fadas e bruxas harrypotteriano baixado ilegalmente (afinal, só otários lêem em livros. Ferrem-se os olhos, viva a ecologia, viva a célula-tronco que vai reconstruir o seu míope globo ocular como em um passe de mágica. Con-juncti-VI-tus).
É como diria Arthur C. Clark: "qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica" e esse modelo de negócio parece magia.
Em tempo: já que foi descontinuada, será que a Microsoft vai pegar a base de dados da Encarta e colocar à disposição de todos com uma comunidade atualizando livremente e de graça para que toda a informação não se perca. Brincadeirinha...
A seguir o verbete da Encarta na Wikipedia (já atualizada e com um pequeno erro de grafia):
Encarta ou MSN Encarta (oficialmente Microsoft Encarta) é uma multimédia enciclopédia digital, pertencente à Microsoft.
A enciclopédia existe desde 1993. Desde 2003 passou a se apresentar em DVD e, em 2005, a Microsoft anunciou que seu conteúdo seria editável para usuários que pagassem uma mensalidade de U$4.95. A Microsoft criou versões similares em alguns idiomas como o alemão, o francês, o espanhol, o neerlandês, o italiano, o japonês e o português. Versões locais podem conter conteúdo licenciado de fontes nacionais e podem conter mais ou menos conteúdo do que a versão completa em inglês.
A edição completa emerergencia (???) inglês (Encarta Premium) no ano de 2005 consiste em mais de 68 000 artigos, numerosas imagens, vídeos e ferramentas diversas. Muitos artigos podem ser vistos on-line de graça por um serviço mantido por patrocínio.
Recentemente, lançou-se também um usuário de MSN messenger que responde algumas questões instanteneamente, é o Encarta Instantant Answers, que está on-line a todo tempo e pode responder a algumas dúvidas em inglês, bastando adicioná-lo pelo encarta@botmetro.net.
A última Encarta lançada em português foi a edição de 2002. Depois deste ano, a Microsoft só lançou a versão em inglês.
A Microsoft anunciou, em 31 de março de 2009, que interromperá a venda do Microsoft Student e todas as edições do programa Encarta Premium, no mundo todo, em junho de 2009
Acessado às 20:28h (horário de Brasília) no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/Encarta
Fonte um pouco mais confiável: Abril
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