Em um país em que Museu para o futebol é mais bem estruturado que museu científico essa é uma notícia para ser celebrada. Será inaugurado na...
Em um país em que Museu para o futebol é mais bem estruturado que museu científico essa é uma notícia para ser celebrada. Será inaugurado na tarde desta quinta-feira o museu científico Catavento. O espaço estará aberto ao público a partir das 9h de sábado (28). Dividido em quatro seções (universo, vida, engenho e sociedade) o museu possui 250 instalações diferentes, incluindo aquários com peixes de água salgada, cinema 3D e atrações interativas.
Quando visitei o Science Museum de Londres fiquei extasiado com as máquinas a vapor, o Apple I com carcaça de madeira, um réplica funcional da máquina analítica de Babbage, uma réplica da calculadora de Pascal, um pêndulo de Foucault com dezenas de metros de altura, e muita interação para os visitantes. Isso sem falar no Museu de História Natural: aquele fóssil que via em meus livros de 2° grau, considerado o elo "perdido" que provava que répteis e aves tinham um ancestral comum, seguindo a lógica darwinista, estava lá. Na minha frente. Podia ser tocado.
Science Museum de Londres
Ou quando toquei no código de Hamurabi na ala persa do Museu do L´ouvre tive que concordar com meu guia. Mona Lisa é um retratinho muito sem graça perto do significado daquele texto cuneiforme gravado em pedra. Em minha mente podia ouviar o próprio Rei ditando para seu escriba, certamente um funcionário público muito zeloso de sua função, enquanto ele "digitava" a mãe de todas as constituições.
Acredito que essa mesma emoção deve atingir o imaginário da gerações que farão nosso pedestal de país e iniciativas como a do Museu Catavento, simboliza o quanto os governantes dão importância para a formação científica de nossa gente. Aqui em Brasília basta verificar que temos pontes majestosas e monumentos imponentes para políticos vivos contra um planetário quebrado e nenhum Museu da Ciência nos moldes das grandes atrações internacionais (e falamos em Cidade Digital :-P). Além disso, foi proposto que as instituições de ensino superior criassem espaços científicos como esse pois o governo entraria com 1 real para cada real gasto (mas só depois da obra concluída). Não rolou. Ninguém acreditou que iria receber esse dinheiro depois. Melhor deixar como está.
Museu de História Natural de Londres (apesar do vídeo confundir os nomes)
Invejei o legado cultural dos britânicos e franceses, inveja é algo que todo mundo sabe que existe mas ninguém admite a paternidade. Pronto! Eu admito. Mas, agora começa nossa vingança. Já teremos (mais) um espaço digno, que custou réles 20 milhões de reais (o do futebol foi orçado em R$ 37,5 mi), para incutir o espírito científico em nossos filhos e netos sem termos que dominar outras nações para roubar tesouros arqueológicos (lembra da inveja?). O Museu Científico Catavento, no melho estilo brasileiro maluquinho ziraldiano (não foi o Ziraldo quem escolheu o nome do museu? Tem certeza?) deverá agradar aos olhos dos infantes com atrações interativas como iluminar uma pequena cidade girando uma manivela, por meio de uma hidrelétrica em miniatura, ou ainda ter os cabelos em pé, devido a ação de um gerador de energia estática.
Mas são só as crianças o alvo do museu. O Catavento possui atrações para diferentes faixas etárias. A seção sobre sexualidade, por exemplo, é restrita a adolescentes a partir de 13 anos. O site da fundação relata que das exposições, 1 000m² foram destinados à Unidade de Aperfeiçoamento do Professor, visando aprimorar o ensino de ciências, um dos objetivos da Secretaria de Educação do Estado e do Catavento.
Museu da Ciência e Tecnologia da PUCRS
Não é que não tenhamos outras louváveis iniciativas brasileiras, o Museu da Ciência e Tecnologia da PUCRS é uma dessas que vale a pena ser citada (e conhecida). O planetário Rubens de Azevedo em pleno centro cultural na parte festiva de Fortaleza também foi uma grata surpresa. Mas nada mais simbólico que ver uma iniciativa dessas em São Paulo, nossa capital econômica. Quem dera fosse no Rio ou, ainda melhor, aqui em Brasília.
Nada contra a monocultural futebol. Mas a gente não quer só comida, diversão e arte. Um pouco de ciência além do pão e circo é sempre bem-vindo.
Em tempo, Quando eu for em Sampa novamente prometo ir aos dois museus. Além do mais, o museu do futebol também transpira tecnologia.
Catavento
Endereço: Palácio das Indústrias - Parque Dom Pedro 2º, centro de São Paulo
Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
Quanto custa: R$ 6 e meia-entrada para estudantes e idosos (pagamento só em dinheiro)
Acesso por transporte público: estação de metrô Pedro 2º e terminal de ônibus do Parque Dom Pedro 2º
Estacionamento: capacidade para 200 carros, até 3 horas - R$ 8
Fonte: Folha
Quando visitei o Science Museum de Londres fiquei extasiado com as máquinas a vapor, o Apple I com carcaça de madeira, um réplica funcional da máquina analítica de Babbage, uma réplica da calculadora de Pascal, um pêndulo de Foucault com dezenas de metros de altura, e muita interação para os visitantes. Isso sem falar no Museu de História Natural: aquele fóssil que via em meus livros de 2° grau, considerado o elo "perdido" que provava que répteis e aves tinham um ancestral comum, seguindo a lógica darwinista, estava lá. Na minha frente. Podia ser tocado.
Ou quando toquei no código de Hamurabi na ala persa do Museu do L´ouvre tive que concordar com meu guia. Mona Lisa é um retratinho muito sem graça perto do significado daquele texto cuneiforme gravado em pedra. Em minha mente podia ouviar o próprio Rei ditando para seu escriba, certamente um funcionário público muito zeloso de sua função, enquanto ele "digitava" a mãe de todas as constituições.
Acredito que essa mesma emoção deve atingir o imaginário da gerações que farão nosso pedestal de país e iniciativas como a do Museu Catavento, simboliza o quanto os governantes dão importância para a formação científica de nossa gente. Aqui em Brasília basta verificar que temos pontes majestosas e monumentos imponentes para políticos vivos contra um planetário quebrado e nenhum Museu da Ciência nos moldes das grandes atrações internacionais (e falamos em Cidade Digital :-P). Além disso, foi proposto que as instituições de ensino superior criassem espaços científicos como esse pois o governo entraria com 1 real para cada real gasto (mas só depois da obra concluída). Não rolou. Ninguém acreditou que iria receber esse dinheiro depois. Melhor deixar como está.
Invejei o legado cultural dos britânicos e franceses, inveja é algo que todo mundo sabe que existe mas ninguém admite a paternidade. Pronto! Eu admito. Mas, agora começa nossa vingança. Já teremos (mais) um espaço digno, que custou réles 20 milhões de reais (o do futebol foi orçado em R$ 37,5 mi), para incutir o espírito científico em nossos filhos e netos sem termos que dominar outras nações para roubar tesouros arqueológicos (lembra da inveja?). O Museu Científico Catavento, no melho estilo brasileiro maluquinho ziraldiano (não foi o Ziraldo quem escolheu o nome do museu? Tem certeza?) deverá agradar aos olhos dos infantes com atrações interativas como iluminar uma pequena cidade girando uma manivela, por meio de uma hidrelétrica em miniatura, ou ainda ter os cabelos em pé, devido a ação de um gerador de energia estática.
Mas são só as crianças o alvo do museu. O Catavento possui atrações para diferentes faixas etárias. A seção sobre sexualidade, por exemplo, é restrita a adolescentes a partir de 13 anos. O site da fundação relata que das exposições, 1 000m² foram destinados à Unidade de Aperfeiçoamento do Professor, visando aprimorar o ensino de ciências, um dos objetivos da Secretaria de Educação do Estado e do Catavento.
Não é que não tenhamos outras louváveis iniciativas brasileiras, o Museu da Ciência e Tecnologia da PUCRS é uma dessas que vale a pena ser citada (e conhecida). O planetário Rubens de Azevedo em pleno centro cultural na parte festiva de Fortaleza também foi uma grata surpresa. Mas nada mais simbólico que ver uma iniciativa dessas em São Paulo, nossa capital econômica. Quem dera fosse no Rio ou, ainda melhor, aqui em Brasília.
Nada contra a monocultural futebol. Mas a gente não quer só comida, diversão e arte. Um pouco de ciência além do pão e circo é sempre bem-vindo.
Em tempo, Quando eu for em Sampa novamente prometo ir aos dois museus. Além do mais, o museu do futebol também transpira tecnologia.
Catavento
Endereço: Palácio das Indústrias - Parque Dom Pedro 2º, centro de São Paulo
Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
Quanto custa: R$ 6 e meia-entrada para estudantes e idosos (pagamento só em dinheiro)
Acesso por transporte público: estação de metrô Pedro 2º e terminal de ônibus do Parque Dom Pedro 2º
Estacionamento: capacidade para 200 carros, até 3 horas - R$ 8
Fonte: Folha
poxa deve ter ficado mto massa quem sabe um dia eu passo por aí né....
ResponderExcluirCom certeza vai valer muito a pena. Temos que prestigiar esse tipo de ação.
ResponderExcluirDe acordo com o pensador francês, André Malraux: "O museu transforma a obra em objeto".
ResponderExcluirEssas ações são interessantes num país onde arte é luxo.
Esse link vai levá-lo a um post meu sobre o museu de história natural da big apple (http://blogdotophe.blogspot.com/2008/10/museu-americano-de-histria-natural-em.html).
Vamos divulgar cultura.
É, parece que tem mais gente concordando com o FINALMENTE do título. Esse é o sentido de urgência no trecho da reportagem Experiências virtuais tomam conta dos museus do século XXI de Marcelo Leite Silveira, também em 27 de março:
ResponderExcluir- A cidade de São Paulo recebe finalmente um museu de tecnologia à altura de sua dimensão metropolitana.
http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia,experiencias-virtuais-tomam-conta-dos-museus-do-seculo-xxi,346003,0.htm
gostaria de ir mais sou a unica que me interesso por isso aqui em casa por isso ninguem me leva!!!
ResponderExcluiraonde fika esse museu?
ResponderExcluirEndereço: Palácio das Indústrias - Parque Dom Pedro II, no centro de São Paulo.
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