Oferecer a pelo menos 1 milhão de brasileiros a oportunidade de ver o céu por meio de um telescópio pela primeira vez é uma das principais m...
Oferecer a pelo menos 1 milhão de brasileiros a oportunidade de ver o céu por meio de um telescópio pela primeira vez é uma das principais metas do Ano Internacional da Astronomia (IYA, na sigla em inglês) no País.
Celebração oficial da ONU, Unesco e da União Astronômica Internacional (IAU), o IYA comemora os 400 anos das primeiras descobertas feitas com um telescópio pelo cientista italiano Galileu Galilei com 10 milhões de primeiras observações do céu. A meta no Brasil é alcançar 10% desse total (um milhão).
Tasso Napoleão, astrônomo e um dos coordenadores das atividades no País, acredita que as atividades que serão promovidas ao longo do Ano - há mais de 200 eventos programados só em janeiro, em mais de 50 municípios, entre palestras, shows, exibições e observações com telescópio - virão atender a uma demanda reprimida. "É diferente olhar numa tela de computador e na lente de um telescópio. O pessoal fica fascinado com o relevo da Lua, com os anéis de Saturno. Esse fascínio existe em qualquer lugar do mundo".
Estão envolvidos na organização dessas atividades mais de 200 grupos, ou "nós" - palavra escolhida para remeter ao conceito de uma grande rede - espalhados pelo Brasil e formados por astrônomos amadores e profissionais, equipes de planetários e de instituições de ensino. A programação dos eventos pode ser vista no website oficial do IYA no Brasil.
Além das atividades astronômicas para o público, em 2009 o Brasil sediará ainda a assembleia internacional da IAU, que acontece em agosto, no Rio de Janeiro. Na assembleia anterior, realizada em 2006 na República Checa, os astrônomos tomaram a polêmica decisão de retirar Plutão da lista de planetas do Sistema solar.
O ano de 2009 foi escolhido como Ano Internacional da Astronomia por marcar os 400 anos de importantes observações feitas com telescópio pelo italiano Galileu Galilei (1564-1642). Galileu não foi o inventor do telescópio e talvez nem tenha sido a primeira pessoa a usar um para olhar para os astros - há quem defenda a prioridade do inglês Thomas Harriott -, mas foi o primeiro a dar ampla publicidade ao que viu pelas lentes.
Descritas em um livro publicado em 1610, Sidereus Nuncius (Mensageiro das Estrelas), as observações feitas por Galileu em 1609 incluíram, além da descoberta das luas de júpiter, o avistamento de montanhas e vales na Lua, descrita por Galileu em seu livro como “rústica, cheia de cavidades e proeminências, não muito diferente da face da Terra”.
A constatação de que havia irregularidades no relevo lunar derrubou a ideia aristotélica de que os corpos celestes tinham superfícies perfeitamente esféricas, e o fato de Júpiter ter satélites pôs em dúvida a noção de que tudo que existia no céu deveria girar em torno da Terra.
"O livro que ele publicou com tudo isso foi revolucionário", diz Napoleão. "Com isso, conseguiu muitos adeptos e se sentiu fortalecido para defender a ideia de que os planetas giram em torno do Sol. Ele é considerado o pai da experimentação na astronomia".
Fonte: Estadão
Celebração oficial da ONU, Unesco e da União Astronômica Internacional (IAU), o IYA comemora os 400 anos das primeiras descobertas feitas com um telescópio pelo cientista italiano Galileu Galilei com 10 milhões de primeiras observações do céu. A meta no Brasil é alcançar 10% desse total (um milhão).
Tasso Napoleão, astrônomo e um dos coordenadores das atividades no País, acredita que as atividades que serão promovidas ao longo do Ano - há mais de 200 eventos programados só em janeiro, em mais de 50 municípios, entre palestras, shows, exibições e observações com telescópio - virão atender a uma demanda reprimida. "É diferente olhar numa tela de computador e na lente de um telescópio. O pessoal fica fascinado com o relevo da Lua, com os anéis de Saturno. Esse fascínio existe em qualquer lugar do mundo".
Estão envolvidos na organização dessas atividades mais de 200 grupos, ou "nós" - palavra escolhida para remeter ao conceito de uma grande rede - espalhados pelo Brasil e formados por astrônomos amadores e profissionais, equipes de planetários e de instituições de ensino. A programação dos eventos pode ser vista no website oficial do IYA no Brasil.
Além das atividades astronômicas para o público, em 2009 o Brasil sediará ainda a assembleia internacional da IAU, que acontece em agosto, no Rio de Janeiro. Na assembleia anterior, realizada em 2006 na República Checa, os astrônomos tomaram a polêmica decisão de retirar Plutão da lista de planetas do Sistema solar.
O ano de 2009 foi escolhido como Ano Internacional da Astronomia por marcar os 400 anos de importantes observações feitas com telescópio pelo italiano Galileu Galilei (1564-1642). Galileu não foi o inventor do telescópio e talvez nem tenha sido a primeira pessoa a usar um para olhar para os astros - há quem defenda a prioridade do inglês Thomas Harriott -, mas foi o primeiro a dar ampla publicidade ao que viu pelas lentes.
Descritas em um livro publicado em 1610, Sidereus Nuncius (Mensageiro das Estrelas), as observações feitas por Galileu em 1609 incluíram, além da descoberta das luas de júpiter, o avistamento de montanhas e vales na Lua, descrita por Galileu em seu livro como “rústica, cheia de cavidades e proeminências, não muito diferente da face da Terra”.
A constatação de que havia irregularidades no relevo lunar derrubou a ideia aristotélica de que os corpos celestes tinham superfícies perfeitamente esféricas, e o fato de Júpiter ter satélites pôs em dúvida a noção de que tudo que existia no céu deveria girar em torno da Terra.
"O livro que ele publicou com tudo isso foi revolucionário", diz Napoleão. "Com isso, conseguiu muitos adeptos e se sentiu fortalecido para defender a ideia de que os planetas giram em torno do Sol. Ele é considerado o pai da experimentação na astronomia".
Fonte: Estadão
Comentários