Alguns mitos que ouvimos como verdades científicas. Muitos podem até serem plausíveis, porém, não há comprovação científica. Um cientista re...
Alguns mitos que ouvimos como verdades científicas. Muitos podem até serem plausíveis, porém, não há comprovação científica.
Um cientista realizou o seguinte experimento: gritava com um gafanhoto e o inseto pulava. Retirava então uma perna do bicho e gritava novamente e ele novamente pulava. Repetia o processo até o gafanhoto não ter mais pernas. Assim, ao gritar o bicho parara de pular. Conclusão do cientista: o gafanhoto ouve pelas pernas.
Essa anedotada ilustra como algumas conclusões de experimentos pseudo-científicos passam a habitar o imaginário popular e vão se alastrando como verdades da ciência.
Assim, como somos bombardeados diariamente com inúmeros estudos pesquisas que se contradizem a todo instante, devemos optar por seguirmos recomendações baseados no bom senso e intuição, ou seja, confiar na sorte (alguns diriam confiar em Deus, que seja, na falta da lógica e da razão o vácuo de certezas que nos desequilibra é rapidamente ocupado pela fé e pelas supertições).
Então aí vão alguns mitos que não se confirmaram (pelo menos na opinião de alguns estudiosos):
Mito 1: Ler com pouca luz faz mal à visão.
Fato: Não há comprovação científica.
Pesquisadores, da Universidade Escola de Medicina de Indiana, em Indianápolis, tentaram averiguar a verdade de premissas como o mito acima e os resultados, publicados na revista científica British Medical Journal, sugerem que essas crenças ou são falsas ou não contam com evidências suficientes para serem comprovadas cientificamente.
Mito 2: Beber oito copos de água por dia faz bem.
Fato: Não há comprovação científica. Os pesquisadores disseram não ter encontrado evidências de que beber oito copos de água faz bem para a saúde. Os estudos sugerem que o consumo adequado de líquidos é alcançado pela ingestão de sucos de fruta, leite, café e chá.
Mito 3: usamos apenas 10% de nosso cérebro.
Fato: essa crença também não parece ser verdade. De acordo com a pesquisa feita em Indiana, não há nenhuma parte do cérebro "completamente inativa" e exames feitos no cérebro "falharam ao não conseguir identificar os outros 90% que não funcionam".
Mito 4: Unhas e cabelo continuam crescendo após a morte.
Fato: Não há comprovação científica. A teoria de que cabelos e unhas continuam crescendo em defuntos pode ser apenas uma "ilusão de ótica" devido à retração da pele após a morte.
Mito 5: Comer à noite engorda.
Fato: Comer muito engorda. Comer à noite engorda tanto quanto comer qualquer hora do dia.
Os autores Rachel Vreeman e Aaron Carroll analisaram várias pesquisas por trás desses mitos, para provar que, na verdade, muitos não têm fundamento científico.
Para contestar o mito de que comer à noite engorda mais, eles citam o resultado de uma pesquisa realizada na Suécia com 177 mulheres.
Ela constata que as mulheres obesas comem mais à noite do que as não obesas, e que isso ocorre simplesmente porque elas faziam mais refeições.
Mito 6: ressaca tem cura.
Fato: a única forma de evitar a ressaca é bebendo com moderação.
Depois de consultar vários estudos sobre o assunto, Vreeman e Carroll concluíram que esse é outro mito. Embora bananas, aspirina, e até uma cerveja sejam recomendados para combater os efeitos do excesso de álcool no temido "dia seguinte" isso não se sustenta.
Mito 7: o açúcar deixa as crianças hiperativas.
Fato: o açúcar não é o responsável pelo descontrole das crianças.
Pelo menos 12 estudos já foram feitos para examinar como as crianças reagem ao açúcar e nenhum deles conseguiu detectar qualquer diferença de comportamento.
Os cientistas até estudaram a reação dos pais ao mito do açúcar. Quando os pais crêem que seus filhos tomaram bebida com açúcar, eles avaliam o comportamento dos filhos como mais hiperativo. A diferença no comportamento das crianças está na cabeça dos pais.
Mito 8: os suicídios aumentam no período de festas.
Fato: Nada a ver. Sem comprovação científica.
Mito 9: a poinséttia (planta de folhas verdes e vermelhas, usada na decoração nesta época do ano, principalmente no hemisfério norte) é tóxica.
Fato: Não há estudos que comprovem (isso não quer dizer que você deveria usar essa planta na salada).
Mito 10: usar chapéu é fundamental para manter o corpo aquecido porque a cabeça é a parte do corpo que mais libera calor.
Fato: O calor do corpo, dizem os autores, é liberado proporcionalmente por todas as partes do corpo descobertas.
Mito 11: A sociedade moderna dorme pouco. As pessoas tendem a dormir mais nos fins de semana ou nas férias para compensar o sono acumulado durante a semana.
Fato: Não é só porque dormimos além das horas habituais no sábado e no domingo que precisamos de horas extras de sono. Nós já comemos e bebemos além das nossas necessidades biológicas. Por que não faríamos o mesmo com o sono?
É claro que devemos sempre desconfiar das pesquisas e desenvolvermos, sempre que possível, nosso discernimento do que é comprovado e do que não é (ainda que a tese possa ser plausível). O que normalmente não é fácil.
Também deveríamos sempre buscar saber os interesses de quem financia a pesquisa divulgada (o que pode aumentar a suspeição sobre os resultados obtidos).
Por exemplo, eu sei que café não me faz bem. Parece atacar o estômago. Aí aparece uma propaganda de duas páginas na Veja patrocinada pelo governo dizendo justamente o contrário: que café não faz mal para o estômago, ajuda a melhorar a concentração, emagrece etc. Não vou passar a beber mais café por conta disso (aliás pretendo passar a beber chá em 2009), admito que não posso servir como uma benchmark para generalizar os benefícios ou os males do café. Mas também não acho que a propaganda está dizendo tudo. Quer ver a diferença entre uma propaganda e um estudo? Veja uma propaganda de um remédio e a bula de um remédio.
Mas atenção! A ausência de evidência não deve ser confudida com ausência de efeito.
Fonte:
'Mito' da falta de sono é preguiça intelectual, diz especialista - BBC Brasil
Comer mais à noite não engorda, dizem cientistas - Terra
Cientistas americanos desfazem 'mitos' da crença popular - BBC Brasil
Um cientista realizou o seguinte experimento: gritava com um gafanhoto e o inseto pulava. Retirava então uma perna do bicho e gritava novamente e ele novamente pulava. Repetia o processo até o gafanhoto não ter mais pernas. Assim, ao gritar o bicho parara de pular. Conclusão do cientista: o gafanhoto ouve pelas pernas.
Essa anedotada ilustra como algumas conclusões de experimentos pseudo-científicos passam a habitar o imaginário popular e vão se alastrando como verdades da ciência.
Assim, como somos bombardeados diariamente com inúmeros estudos pesquisas que se contradizem a todo instante, devemos optar por seguirmos recomendações baseados no bom senso e intuição, ou seja, confiar na sorte (alguns diriam confiar em Deus, que seja, na falta da lógica e da razão o vácuo de certezas que nos desequilibra é rapidamente ocupado pela fé e pelas supertições).
Então aí vão alguns mitos que não se confirmaram (pelo menos na opinião de alguns estudiosos):
Mito 1: Ler com pouca luz faz mal à visão.
Fato: Não há comprovação científica.
Pesquisadores, da Universidade Escola de Medicina de Indiana, em Indianápolis, tentaram averiguar a verdade de premissas como o mito acima e os resultados, publicados na revista científica British Medical Journal, sugerem que essas crenças ou são falsas ou não contam com evidências suficientes para serem comprovadas cientificamente.
Mito 2: Beber oito copos de água por dia faz bem.
Fato: Não há comprovação científica. Os pesquisadores disseram não ter encontrado evidências de que beber oito copos de água faz bem para a saúde. Os estudos sugerem que o consumo adequado de líquidos é alcançado pela ingestão de sucos de fruta, leite, café e chá.
Mito 3: usamos apenas 10% de nosso cérebro.
Fato: essa crença também não parece ser verdade. De acordo com a pesquisa feita em Indiana, não há nenhuma parte do cérebro "completamente inativa" e exames feitos no cérebro "falharam ao não conseguir identificar os outros 90% que não funcionam".
Mito 4: Unhas e cabelo continuam crescendo após a morte.
Fato: Não há comprovação científica. A teoria de que cabelos e unhas continuam crescendo em defuntos pode ser apenas uma "ilusão de ótica" devido à retração da pele após a morte.
Mito 5: Comer à noite engorda.
Fato: Comer muito engorda. Comer à noite engorda tanto quanto comer qualquer hora do dia.
Os autores Rachel Vreeman e Aaron Carroll analisaram várias pesquisas por trás desses mitos, para provar que, na verdade, muitos não têm fundamento científico.
Para contestar o mito de que comer à noite engorda mais, eles citam o resultado de uma pesquisa realizada na Suécia com 177 mulheres.
Ela constata que as mulheres obesas comem mais à noite do que as não obesas, e que isso ocorre simplesmente porque elas faziam mais refeições.
Mito 6: ressaca tem cura.
Fato: a única forma de evitar a ressaca é bebendo com moderação.
Depois de consultar vários estudos sobre o assunto, Vreeman e Carroll concluíram que esse é outro mito. Embora bananas, aspirina, e até uma cerveja sejam recomendados para combater os efeitos do excesso de álcool no temido "dia seguinte" isso não se sustenta.
Mito 7: o açúcar deixa as crianças hiperativas.
Fato: o açúcar não é o responsável pelo descontrole das crianças.
Pelo menos 12 estudos já foram feitos para examinar como as crianças reagem ao açúcar e nenhum deles conseguiu detectar qualquer diferença de comportamento.
Os cientistas até estudaram a reação dos pais ao mito do açúcar. Quando os pais crêem que seus filhos tomaram bebida com açúcar, eles avaliam o comportamento dos filhos como mais hiperativo. A diferença no comportamento das crianças está na cabeça dos pais.
Mito 8: os suicídios aumentam no período de festas.
Fato: Nada a ver. Sem comprovação científica.
Mito 9: a poinséttia (planta de folhas verdes e vermelhas, usada na decoração nesta época do ano, principalmente no hemisfério norte) é tóxica.
Fato: Não há estudos que comprovem (isso não quer dizer que você deveria usar essa planta na salada).
Mito 10: usar chapéu é fundamental para manter o corpo aquecido porque a cabeça é a parte do corpo que mais libera calor.
Fato: O calor do corpo, dizem os autores, é liberado proporcionalmente por todas as partes do corpo descobertas.
Mito 11: A sociedade moderna dorme pouco. As pessoas tendem a dormir mais nos fins de semana ou nas férias para compensar o sono acumulado durante a semana.
Fato: Não é só porque dormimos além das horas habituais no sábado e no domingo que precisamos de horas extras de sono. Nós já comemos e bebemos além das nossas necessidades biológicas. Por que não faríamos o mesmo com o sono?
É claro que devemos sempre desconfiar das pesquisas e desenvolvermos, sempre que possível, nosso discernimento do que é comprovado e do que não é (ainda que a tese possa ser plausível). O que normalmente não é fácil.
Também deveríamos sempre buscar saber os interesses de quem financia a pesquisa divulgada (o que pode aumentar a suspeição sobre os resultados obtidos).
Por exemplo, eu sei que café não me faz bem. Parece atacar o estômago. Aí aparece uma propaganda de duas páginas na Veja patrocinada pelo governo dizendo justamente o contrário: que café não faz mal para o estômago, ajuda a melhorar a concentração, emagrece etc. Não vou passar a beber mais café por conta disso (aliás pretendo passar a beber chá em 2009), admito que não posso servir como uma benchmark para generalizar os benefícios ou os males do café. Mas também não acho que a propaganda está dizendo tudo. Quer ver a diferença entre uma propaganda e um estudo? Veja uma propaganda de um remédio e a bula de um remédio.
Mas atenção! A ausência de evidência não deve ser confudida com ausência de efeito.
Fonte:
'Mito' da falta de sono é preguiça intelectual, diz especialista - BBC Brasil
Comer mais à noite não engorda, dizem cientistas - Terra
Cientistas americanos desfazem 'mitos' da crença popular - BBC Brasil
cara isso são artigos que saíram em revistas ou em jornais, e ainda sim foram colocadas apenas 3 fontes! com certeza alguns não passam de senso comum, mas algumas das situações apresentadas mostram-se totalmente controversas.
ResponderExcluirnão convenceu muito não.
é verdade mesmo ?
ResponderExcluirOs artigos em periodicos tem muitos erros ortograficos e gramaticais. Um exemplo é o periodico da Argum (Vitoria).
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