Prefeitura do Rio Anuncia Proibição de Celulares nas Escolas em Resposta ao Relatório da UNESCO. E m uma iniciativa pioneira no Brasil, a pr...
A UNESCO, através deste estudo detalhado, instou governos de todo o mundo a considerarem a proibição dos celulares em ambientes escolares, citando desempenho acadêmico reduzido e declínio na estabilidade emocional dos jovens como consequências diretas do uso excessivo desses dispositivos. Além disso, o relatório aponta o aumento de casos de cyberbullying como uma das razões para a restrição do uso de smartphones nas escolas.
O Relatório em Detalhes
O documento da UNESCO destaca com preocupação que, além dos efeitos adversos na aprendizagem, “O TEMPO EXCESSIVO DE TELA AFETA NEGATIVAMENTE A ESTABILIDADE EMOCIONAL DAS CRIANÇAS.” Essa conclusão serviu de base para a decisão da prefeitura do Rio, visando proteger os estudantes dos efeitos adversos associados ao uso constante de celulares.
A Resposta Global
A medida do Rio de Janeiro não é isolada. Países como França, Holanda, Finlândia e regiões como a Tasmânia (um estado insular da Austrália) já implementaram legislações semelhantes, demonstrando resultados positivos na melhoria do foco e redução do cyberbullying entre os estudantes.
Nos EUA, a Associação Nacional de Educação (NEA) citou, em fevereiro de 2023, um relatório de 2020 do Centro Nacional de Estatísticas da Educação que revelou que 76% das escolas já possuem algum tipo de restrição ao uso de celulares, evidenciando uma tendência global de se limitar as distrações digitais no ambiente educacional.
E no Brasil?
Com a proibição no Rio de Janeiro, o Brasil se junta a uma lista crescente de países que adotam políticas estritas contra o uso de smartphones nas escolas. Esta decisão reflete um compromisso com a promoção de um ambiente educacional mais focado e seguro, livre das interrupções e dos riscos associados ao uso excessivo de dispositivos móveis.
Proibição no recreio
A proibição do uso de celulares vale para dentro de sala de aula e também os intervalos entre as aulas, incluindo o recreio. Apenas na Educação de Jovens e Adultos será permitido o uso de celulares nos intervalos.O decreto orienta que os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração. Apesar disso, a publicação deixa margem para que a equipe da escola adote outra estratégia de preferência.
Caso haja desrespeito à proibição, o decreto autoriza os professores a advertir os alunos e cercear o uso dos dispositivos em sala de aula.
Exceções
Apesar da proibição, os professores podem propor a utilização dos celulares e dispositivos eletrônicos para fins pedagógicos, como pesquisas, leituras ou acesso a outros materiais educativos.Os alunos com deficiência ou com condições de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade também têm autorização para mantê-los em funcionamento na escola.
O uso também pode ser liberado quando a cidade estiver em situações que causam impacto em sua rotina, como no caso de temporais que provocam alagamentos e incidentes graves de trânsito ou segurança pública.
Consulta pública
Antes de a prefeitura publicar o decreto, a Secretaria Municipal de Educação realizou uma consulta pública sobre a proibição, que contou com mais de 10 mil contribuições.Segundo a secretaria, o resultado foi de 83% de respostas a favor, 6% contrárias e 11% parcialmente favoráveis.
Na época, o secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha, destacou a relevância do resultado. “São números que mostram o grande interesse por essa discussão e o quanto a sociedade está consciente da importância e urgência que esse problema precisa ser enfrentado”.
O Ensino à Distância em Pauta
Além do foco nos smartphones, o relatório da UNESCO também discutiu o papel do ensino à distância, especialmente relevante no contexto da pandemia de Covid-19. Embora reconheça a importância do aprendizado online, a organização enfatiza que este não substitui a rica experiência de aprendizado presencial, destacando a essencialidade da interação humana na educação.
Conclusão
A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, ressalta:
“Devemos colocar as necessidades dos alunos em primeiro lugar e apoiar os professores.”
Este princípio orientou tanto o relatório da UNESCO quanto a decisão da prefeitura do Rio, sinalizando um movimento em direção a práticas educacionais que valorizem o bem-estar e o desenvolvimento holístico dos estudantes em um mundo cada vez mais digital.
Essa decisão nos remete ao próprio propósito do jogo de tabuleiro Pontes do Saber, já tão declamado em palestras e mostras como a Campus Party, entre outras, que além de fomentar a cultura e desenvolver habilidades sociais, almeja ser um instrumento que incentive, especialmente os jovens, a abandonarem um pouco as telas em prol de uma diversão educacional analógica, no mundo dos átomos. E que podemos colher benefícios com essa orientação. Com seu relatório, a UNESCO nos ofertou fortes indícios de que estamos no caminho certo. 🌍📚
Glossário
UNESCO: Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, promove educação, cultura e ciência mundialmente.
Smartphones: Telefones móveis com funcionalidades como internet, aplicativos, câmera e mídia.
Desempenho educacional: Avaliação de progresso e conhecimento em ambientes educativos.
Estabilidade emocional: Habilidade de gerir emoções e manter calma sob estresse.
Bullying virtual: Assédio ou intimidação por meio digital.
Diretrizes da ABNT: Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas para trabalhos acadêmicos.
Visão centrada no ser humano: Prioriza bem-estar e interações humanas sobre tecnologia.
Legisladores: Responsáveis por criar e implementar leis.
Impacto negativo no aprendizado: Efeitos adversos no processo educacional.
Ambiente de aprendizagem: Espaço para o processo educacional.
*Glossário construído pelo GPT Glossarista sob supervisão do autor da postagem.
[Relatório A tecnologia na educação: UMA FERRAMENTA A SERVIÇO DE QUEM?]
Com informações de ONU NEWS, FIOCRUZ, First Post, Agência Brasil
Visto no Brasil Acadêmico
Criança nem devia estar com celular na mão na real.
ResponderExcluirÉ uma posição importante. Nos primeiros anos principalmente. Já vi informações dando conta que os grandes capitães das big techs nem permitiam que seus filhos usassem tablet.
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