Segundo o jornal The New York Post, um estudo chinês afirma que tipo sanguíneo A seria mais suscetível ao coronavírus e os indíviduos de san...
Segundo o jornal The New York Post, um estudo chinês afirma que tipo sanguíneo A seria mais suscetível ao coronavírus e os indíviduos de sangue tipo O podem ser mais resistentes.
É um estudo ainda preliminar, mas como a situação da pandemia exige pressa nas tomadas de decisão, no desenvolvimento de medicamentos, vacinas, terapias, tudo que se descobre pode dar um novo rumo, aliviar tensões, criar insights. Por isso, qualquer descoberta, ainda que carecendo de confirmações em agendas de pesquisas mais aprofundadas, que por consequência leva mais tempo, pode ser importante.
Dito isso, o fato é que cientistas que estudaram o Covid-19 em seu epicentro inicial, Wuhan – uma vez que o atual epicentro é a Europa –, e na cidade de Shenzhen, descobriram que a proporção de pacientes do tipo A infectados e mortos pela doença é "significativamente" maior do que aqueles com outros tipos sanguíneos.
Concomitantemente, esse mesmo estudo afirma que pacientes do sangue tipo O representam uma proporção menor dos infectados e mortos pelo vírus. Os pesquisadores do Centro de Medicina Translacional e Baseada em Evidências, sediado em Wuhan, escreveram:
Estudo foi feito com milhares de pacientes na China
A pesquisa, publicada no Medrxiv.org, comparou tipos sanguíneos de 2.173 casos confirmados de coronavírus em Wuhan e Shenzhen com mais de 3.694 residentes saudáveis na área de Wuhan. Enquanto 31,16% dos habitantes de Wuhan possuem sangue tipo A, 37,75% dos pacientes com coronavírus pesquisados no Hospital Wuhan Jinyintan local eram do mesmo tipo sanguíneo. E da mesma amostra de casos de coronavírus no hospital, 25,8% tinham sangue tipo O, em comparação com 33,84% na população em geral.
O estudo também examinou 206 pacientes que morreram do vírus, encontrando 85 vítimas, ou 41,26%, que tinham sangue tipo A. Apenas 52 das mortes, cerca de 25%, eram do tipo O.
Cientistas que não participaram do estudo disseram ao jornal South China Morning Post, no entanto, que era necessário um tamanho de amostra muito maior para começar a orientar práticas médicas nesse sentido.
Caso venha a ser confirmado, os pesquisadores sugerem que o estudo poderá ter as seguintes implicações clínicas:
Contudo, a próprio pesquisa preconiza que haja novos estudos.
Fonte: RFI, Medriv.org
[Visto no Brasil Acadêmico]
É um estudo ainda preliminar, mas como a situação da pandemia exige pressa nas tomadas de decisão, no desenvolvimento de medicamentos, vacinas, terapias, tudo que se descobre pode dar um novo rumo, aliviar tensões, criar insights. Por isso, qualquer descoberta, ainda que carecendo de confirmações em agendas de pesquisas mais aprofundadas, que por consequência leva mais tempo, pode ser importante.
Dito isso, o fato é que cientistas que estudaram o Covid-19 em seu epicentro inicial, Wuhan – uma vez que o atual epicentro é a Europa –, e na cidade de Shenzhen, descobriram que a proporção de pacientes do tipo A infectados e mortos pela doença é "significativamente" maior do que aqueles com outros tipos sanguíneos.
Concomitantemente, esse mesmo estudo afirma que pacientes do sangue tipo O representam uma proporção menor dos infectados e mortos pelo vírus. Os pesquisadores do Centro de Medicina Translacional e Baseada em Evidências, sediado em Wuhan, escreveram:
As pessoas do grupo sanguíneo A podem precisar de proteção reforçada para reduzir a chance de infecção.A equipe, liderada por Wang Xinghuan, classificou o estudo como "preliminar", considerando que existe ainda mais trabalho a ser desenvolvido para chegar a "descobertas concretas".
Estudo foi feito com milhares de pacientes na China
A pesquisa, publicada no Medrxiv.org, comparou tipos sanguíneos de 2.173 casos confirmados de coronavírus em Wuhan e Shenzhen com mais de 3.694 residentes saudáveis na área de Wuhan. Enquanto 31,16% dos habitantes de Wuhan possuem sangue tipo A, 37,75% dos pacientes com coronavírus pesquisados no Hospital Wuhan Jinyintan local eram do mesmo tipo sanguíneo. E da mesma amostra de casos de coronavírus no hospital, 25,8% tinham sangue tipo O, em comparação com 33,84% na população em geral.
O estudo também examinou 206 pacientes que morreram do vírus, encontrando 85 vítimas, ou 41,26%, que tinham sangue tipo A. Apenas 52 das mortes, cerca de 25%, eram do tipo O.
Cientistas que não participaram do estudo disseram ao jornal South China Morning Post, no entanto, que era necessário um tamanho de amostra muito maior para começar a orientar práticas médicas nesse sentido.
“Se você é do tipo A, não precisa entrar em pânico. Isso não significa que você será infectado com certeza. Se você é do tipo O, também não significa que esteja absolutamente seguro. Você ainda vai precisar lavar as mãos e seguir as diretrizes das autoridades.”
Gao Yingdai, pesquisador da cidade de Tianjin
Caso venha a ser confirmado, os pesquisadores sugerem que o estudo poderá ter as seguintes implicações clínicas:
- Pessoas com grupo sanguíneo A podem precisar de reforço na proteção pessoal para reduzir a chance de infecção;
- pacientes infectados com SARS-CoV-2 com grupo sanguíneo A podem precisar receber vigilância mais vigilante e tratamento agressivo;
- pode ser útil introduzir a tipagem sanguínea ABO nos pacientes e no pessoal médico como parte rotineira do gerenciamento de SARS-CoV-2 e outras infecções por coronavírus, para ajudar a definir as opções de gerenciamento e avaliar níveis de exposição ao risco das pessoas.
Contudo, a próprio pesquisa preconiza que haja novos estudos.
[Visto no Brasil Acadêmico]
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