A NASA publicou um documento de pesquisa do Google afirmando que o computador quântico "Bristlecone" concluiu com êxito uma tarefa...
A NASA publicou um documento de pesquisa do Google afirmando que o computador quântico "Bristlecone" concluiu com êxito uma tarefa de processamento em três minutos e 20 segundo o que um computador clássico levaria cerca de 10.000 anos para ser concluído.
Uma questão intrigante é que, pouco depois, foi excluído o documento de seu site, embora não antes do Financial Times ter obtido uma cópia. O artigo indica que é a primeira demonstração mundial da supremacia quântica, onde é mostrado que a aceleração quântica pode ser alcançada em um sistema real, não sendo limitada por nenhuma lei física.
Pesquisadores da empresa estão trabalhando em um artigo para reportar oficialmente a conquista que deverá ser publicado dentro de um mês em uma revista científica que ainda não foi divulgada.
Embora estejamos falando de um ponto de virada na história da tecnologia, um passo disruptivo na era da ciência da computação, desde que o documento foi excluído restaram muitas dúvidas: teria o documento sido divulgado muito cedo? Houve algum erro que precisava ser corrigido? Era um segredo de Estado que algum estagiário revelou acidentalmente?
Um computador convencional trabalha com uma unidade de informação primordial denominada “bit”. Um bit pode representar apenas um estado de informação por vez, “zero” ou “um”. Em contrapartida, um bit quântico, ou qubit, pode representar ambos os estados ao mesmo tempo. E a combinação dos qubits leva a quantidade de informação que pode ser representada a crescer exponencialmente.
Assim, um sistema quântico poderia, em teoria, quebrar a mais avançada forma de criptografia existente em questão de segundos, simplesmente testando todas as combinações possíveis de uma vez só, uma tarefa que demoraria normalmente milhões de anos, e é essa inviabilidade de se calcular as chaves para se desvendar os dados criptografadas que se baseia a segurança de toda a internet. Uma provável consequência imediata do desenvolvimento de um computador quântico é ter que ser desenvolvido, concomitantemente, novas formas de segurança digital. Isso só para citar um exemplo de impacto dessa tecnologia.
O Sycamore, nome do processador do sistema da Google usado, foi originalmente projetado com 72 qubits, mas devido a instabilidade e dificuldade em controlar os elementos, foi eventualmente redesenhado para operar com 53 qubits, o que o torna um dos computadores quânticos mais poderosos no planeta. Nesta semana a IBM também anunciou um sistema quântico com 53 qubits.
Os resultados obtidos pelo Google possam representar um marco na ciência da computação, todavia, críticos afirmam que a alegação de “supremacia quântica” se trata um exagero. Isso porque a máquina do Google foi configurada para resolver um problema altamente específico, verificar o quão aleatório é um gerador de números aleatórios específico, e não é capaz de executar tarefas generalizadas, como um computador comum.
Em declaração ao Financial Times Dario Gil, chefe de pesquisas da IBM, disse que a afirmação do Google é “indefensável” e “simplesmente errada”, ainda que tenha seus méritos.
Quando o texto final for publicado (nem o Google nem a NASA estão respondendo às perguntas dos jornalistas), poderemos saber de fato se é a porta de entrada para a próxima geração de computadores quânticos. Até agora, o que eles apresentaram já poderia ser aplicado em aprendizado de máquina, ciência de materiais e química.
Fonte: Olhar Digital, Computer World, Super
[Visto no Brasil Acadêmico]
Uma questão intrigante é que, pouco depois, foi excluído o documento de seu site, embora não antes do Financial Times ter obtido uma cópia. O artigo indica que é a primeira demonstração mundial da supremacia quântica, onde é mostrado que a aceleração quântica pode ser alcançada em um sistema real, não sendo limitada por nenhuma lei física.
“...esta aceleração dramática em relação a todos os algoritmos clássicos conhecidos provê uma realização experimental da supremacia quântica em uma tarefa computacional, e marca o advento de um paradigma de computação a muito antecipado [...] Em nosso conhecimento, este experimento marca a primeira tarefa de computação que só pode ser realizada em um processador quântico”.
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Pesquisadores da empresa estão trabalhando em um artigo para reportar oficialmente a conquista que deverá ser publicado dentro de um mês em uma revista científica que ainda não foi divulgada.
Embora estejamos falando de um ponto de virada na história da tecnologia, um passo disruptivo na era da ciência da computação, desde que o documento foi excluído restaram muitas dúvidas: teria o documento sido divulgado muito cedo? Houve algum erro que precisava ser corrigido? Era um segredo de Estado que algum estagiário revelou acidentalmente?
Um computador convencional trabalha com uma unidade de informação primordial denominada “bit”. Um bit pode representar apenas um estado de informação por vez, “zero” ou “um”. Em contrapartida, um bit quântico, ou qubit, pode representar ambos os estados ao mesmo tempo. E a combinação dos qubits leva a quantidade de informação que pode ser representada a crescer exponencialmente.
Assim, um sistema quântico poderia, em teoria, quebrar a mais avançada forma de criptografia existente em questão de segundos, simplesmente testando todas as combinações possíveis de uma vez só, uma tarefa que demoraria normalmente milhões de anos, e é essa inviabilidade de se calcular as chaves para se desvendar os dados criptografadas que se baseia a segurança de toda a internet. Uma provável consequência imediata do desenvolvimento de um computador quântico é ter que ser desenvolvido, concomitantemente, novas formas de segurança digital. Isso só para citar um exemplo de impacto dessa tecnologia.
O Sycamore, nome do processador do sistema da Google usado, foi originalmente projetado com 72 qubits, mas devido a instabilidade e dificuldade em controlar os elementos, foi eventualmente redesenhado para operar com 53 qubits, o que o torna um dos computadores quânticos mais poderosos no planeta. Nesta semana a IBM também anunciou um sistema quântico com 53 qubits.
Os resultados obtidos pelo Google possam representar um marco na ciência da computação, todavia, críticos afirmam que a alegação de “supremacia quântica” se trata um exagero. Isso porque a máquina do Google foi configurada para resolver um problema altamente específico, verificar o quão aleatório é um gerador de números aleatórios específico, e não é capaz de executar tarefas generalizadas, como um computador comum.
Em declaração ao Financial Times Dario Gil, chefe de pesquisas da IBM, disse que a afirmação do Google é “indefensável” e “simplesmente errada”, ainda que tenha seus méritos.
“[O feito] seria apenas um experimento de laboratório para implementar essencialmente - e quase certamente exclusivamente - procedimento de amostragem quântico muito específico, e sem aplicações práticas”
Dario Gil. Chefe de pesquisas da IBM.
Quando o texto final for publicado (nem o Google nem a NASA estão respondendo às perguntas dos jornalistas), poderemos saber de fato se é a porta de entrada para a próxima geração de computadores quânticos. Até agora, o que eles apresentaram já poderia ser aplicado em aprendizado de máquina, ciência de materiais e química.
Fonte: Olhar Digital, Computer World, Super
[Visto no Brasil Acadêmico]
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