Documento produzido pela Oxfam Brasil apresenta dados sobre a desigualdade socioeconômica brasileira e os caminhos possíveis para se ter um ...
Documento produzido pela Oxfam Brasil apresenta dados sobre a desigualdade socioeconômica brasileira e os caminhos possíveis para se ter um país mais justo e livre de tantos desequilíbrios sociais.
O debate público sobre a redução das desigualdades no Brasil é urgente e necessário. Hoje, uma pessoa que receba um salário mínimo mensal teria que trabalhar durante 19 anos para ganhar o salário de um mês de um brasileiro que faz parte do privilegiado grupo do 0,1% mais rico do país. E mais:
O ritmo tem sido muito lento e mais de 16 milhões de brasileiros ainda vivem abaixo da linha da pobreza”, explica Katia Maia. E as estimativas para os próximos anos não são nada alentadoras. Segundo o Banco Mundial, só em 2017 até 3,6 milhões de pessoas devem cair outra vez na pobreza.
“Existe uma distância absurda entre a maior parte da população brasileira e o 1% mais rico, não apenas em relação à renda e riqueza, mas também em relação ao acesso a serviços básicos como saúde e educação. Atacar essa questão é responsabilidade de todos. Há inúmeras ideias e propostas circulando, algumas até formam consenso na sociedade. A única coisa que não se pode fazer é ignorar o problema e não fazer nada. Estamos juntos no mesmo barco.”
O debate proposto pelo relatório “A Distância Que Nos Une” da Oxfam Brasil é urgente não apenas pela situação de desigualdade extrema mas também pelo recente e preocupante retrocesso em direitos que o país vive, nunca visto desde a reabertura democrática do Brasil. A desigualdade é um dos maiores obstáculos para continuar reduzindo a pobreza no país.
“Toda a trajetória de redução de desigualdades que vinha sendo seguida desde a proclamação da Constituição de 1988 foi interrompida, e estamos dando muitos passos para trás na garantia de direitos à população. Enquanto isso, a concentração de renda e patrimônio continua intocável. Se não enfrentarmos essa situação, vai ser ruim para todos no país – mas principalmente para quem pouco ou nada tem para se proteger”, afirma Rafael Georges, Coordenador de Campanhas da Oxfam Brasil.
Mas temos também relativa segurança sobre o que dá certo: expansão de políticas públicas, em especial as sociais, para reduzir pobreza e aumentar renda familiar; investimento em educação para reduzir diferenças salariais; ampliação da cobertura de serviços para os mais pobres; política de valorização do salário mínimo, formalização do mercado de trabalho e queda do desemprego.
Com o relatório “A Distância Que Nos Une”, a Oxfam Brasil pretende contribuir e apresentar soluções ao debate sobre as desigualdades no Brasil, destacando que todas as pessoas, independentemente de sua classe social, sofrem as consequências. A desigualdade extrema gera conflito social, aumenta a violência e cria instabilidade política. “O Brasil só poderá dizer que é realmente um Estado democrático de direito se oferecer condições melhores para sua população. E isso não vem acontecendo”.
www.oxfam.org.br
Fonte: Press Release da Oxfam Brasil
[Visto no Brasil Acadêmico]
O debate público sobre a redução das desigualdades no Brasil é urgente e necessário. Hoje, uma pessoa que receba um salário mínimo mensal teria que trabalhar durante 19 anos para ganhar o salário de um mês de um brasileiro que faz parte do privilegiado grupo do 0,1% mais rico do país. E mais:
Apenas SEIS PESSOAS têm uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões de brasileiros mais pobres, metade da população. Os 5% mais ricos do país ficam com a mesma fatia de renda que os demais 95% da população.Essa é uma situação insustentável e injusta. Mas também reversível. É o que revela o relatório “A Distância Que Nos Une”, lançado pela Oxfam Brasil. O documento apresenta dados sobre a desigualdade socioeconômica brasileira e os caminhos possíveis para se ter um país mais justo e livre de tantos desequilíbrios sociais.
“Precisamos falar sobre nossas desigualdades e os caminhos existentes para reduzi-las. Se no mundo a desigualdade já nos causa espanto, no Brasil essa situação é ainda mais dramática. Esse relatório é a nossa contribuição para o importante debate sobre a redução das distâncias em nossa sociedade.”Ao longo das últimas décadas, o Brasil conseguiu elevar a base da pirâmide social, retirando milhões da pobreza. “Apesar de avanços, nosso país não conseguiu sair da lista dos países mais desiguais do mundo.
Katia Maia, diretora da Oxfam Brasil.
O ritmo tem sido muito lento e mais de 16 milhões de brasileiros ainda vivem abaixo da linha da pobreza”, explica Katia Maia. E as estimativas para os próximos anos não são nada alentadoras. Segundo o Banco Mundial, só em 2017 até 3,6 milhões de pessoas devem cair outra vez na pobreza.
A diferença da idade média de vida em bairros da Cidade de São Paulo pode chegar a 25 anos.Para a diretora da Oxfam Brasil, essa situação é inadmissível e precisa ser enfrentada por todos para que realmente seja solucionada.
“Existe uma distância absurda entre a maior parte da população brasileira e o 1% mais rico, não apenas em relação à renda e riqueza, mas também em relação ao acesso a serviços básicos como saúde e educação. Atacar essa questão é responsabilidade de todos. Há inúmeras ideias e propostas circulando, algumas até formam consenso na sociedade. A única coisa que não se pode fazer é ignorar o problema e não fazer nada. Estamos juntos no mesmo barco.”
Não é possível erradicar a pobreza no mundo sem reduzir drasticamente os níveis de desigualdade.
O debate proposto pelo relatório “A Distância Que Nos Une” da Oxfam Brasil é urgente não apenas pela situação de desigualdade extrema mas também pelo recente e preocupante retrocesso em direitos que o país vive, nunca visto desde a reabertura democrática do Brasil. A desigualdade é um dos maiores obstáculos para continuar reduzindo a pobreza no país.
“Toda a trajetória de redução de desigualdades que vinha sendo seguida desde a proclamação da Constituição de 1988 foi interrompida, e estamos dando muitos passos para trás na garantia de direitos à população. Enquanto isso, a concentração de renda e patrimônio continua intocável. Se não enfrentarmos essa situação, vai ser ruim para todos no país – mas principalmente para quem pouco ou nada tem para se proteger”, afirma Rafael Georges, Coordenador de Campanhas da Oxfam Brasil.
Somente dois países da lista de membros e parceiros da OCDE têm política de isenção de impostos sobre dividendos e lucros das empresas: Brasil e Estônia.Nos últimos 20 anos, há vários fatores que explicam as desigualdades no Brasil e pouca dúvida sobre o que não deu certo: o sistema tributário regressivo, que pesa muito sobre os mais pobres e a classe média; as discriminações de raça e gênero que promovem violência cotidiana aos mais básicos direitos de mulheres e negros; a falta de espírito democrático e republicano do nosso sistema político, que concentra poder e é altamente propenso à corrupção.
Mas temos também relativa segurança sobre o que dá certo: expansão de políticas públicas, em especial as sociais, para reduzir pobreza e aumentar renda familiar; investimento em educação para reduzir diferenças salariais; ampliação da cobertura de serviços para os mais pobres; política de valorização do salário mínimo, formalização do mercado de trabalho e queda do desemprego.
Com o relatório “A Distância Que Nos Une”, a Oxfam Brasil pretende contribuir e apresentar soluções ao debate sobre as desigualdades no Brasil, destacando que todas as pessoas, independentemente de sua classe social, sofrem as consequências. A desigualdade extrema gera conflito social, aumenta a violência e cria instabilidade política. “O Brasil só poderá dizer que é realmente um Estado democrático de direito se oferecer condições melhores para sua população. E isso não vem acontecendo”.
“As desigualdades entre pobres e ricos, negros e brancos, mulheres e homens não são um problema de poucos, mas um problema de todos. Esta é a distância que nos une”.Sobre a Oxfam Brasil – Trata-se de uma organização brasileira que trabalha com o tema de desigualdades e faz parte da confederação internacional Oxfam, formada por 20 organizações que atuam em 94 países, com o intuito de construir um futuro livre das desigualdades e da pobreza.
Oded Grajew. Presidente do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil
www.oxfam.org.br
Fonte: Press Release da Oxfam Brasil
[Visto no Brasil Acadêmico]
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