Sistema de resfriamento passivo consegue usar o espaço exterior como dissipador de calor.
Sistema de resfriamento passivo consegue usar o espaço exterior como dissipador de calor.
Parece mágica, mas pesquisadores da Universidade de Stanford conseguiram fazer um ar-condicionado que resfria sem gastar eletricidade. Melhor dizendo, um dispositivo capaz de liberar mais calor do que recebe conseguindo atingindo um máximo de resfriamento de 42,2 °C abaixo da temperatura do ambiente onde ele esteja colocado.
Segundo Zhen Chen, um dos desenvolvedores do projeto:
Chen ainda destaca que a temperatura do espaço além da atmosfera, -270 °C, pode se tornar um dissipador perfeito para qualquer aplicação terrestre.
Seu dispositivo se baseia no fato de que a radiação térmica de comprimentos de onda entre 8 e 13 micrômetros consegue passar pela atmosfera. Isso significa que, em um dia de céu limpo, o calor sairia dele sem qualquer absorção ou reflexão pelo ar rumo ao espaço.
Para fazer os testes, o dispositivo emissor foi colocado em uma câmara de vácuo, totalmente isolado da atmosfera. Uma janela especialmente projetada em cima da câmara de vácuo, voltada para uma porção clara do céu, completou o conjunto experimental. Além disso, foi eliminada virtualmente qualquer transferência de calor por condução ou por convecção.
Apenas meia hora depois do ar ter sido bombeado da câmara, a temperatura do emissor caiu 40 °C abaixo da temperatura ambiente e ao longo das primeiras 24 horas, ele manteve uma média de 37 °C abaixo da temperatura local, alcançando um pico de resfriamento de 42,2 °C.
Fazendo um exercício para compreender o que significa isso, imagine que ao invés de seu cooler para resfriar o chip de seu computador você usasse esse dispositivo. Ao invés de uma sala refrigerada você colocasse seu desktop com o gabinete aberto ao ar livre em frente à praia de Copacabana fazendo um calor de 40 °C. Pois esse sistema poderia enviar o calor para o espaço chegando a -2,0 °C em meia hora. Ou seja, dava para congelar água no aparelho.
A tal temperatura, talvez fosse até desejável que você rodasse pesadas animações para que o computador não ficasse tão congelado. :P
Como essa tecnologia exige dias claros para funcionar, o mais provável é que ele sirva como complemento para os sistemas de ar-condicionado instalados no topo dos edifícios.
A equipe, que até já constituiu uma empresa para comercializar a novidade, também espera encontrar um material substituto do seleneto de zinco pois, embora seja eficiente em gerar radiação termal na faixa de comprimento de ondas adequada, é muito caro.
[Visto no Brasil Acadêmico]
Parece mágica, mas pesquisadores da Universidade de Stanford conseguiram fazer um ar-condicionado que resfria sem gastar eletricidade. Melhor dizendo, um dispositivo capaz de liberar mais calor do que recebe conseguindo atingindo um máximo de resfriamento de 42,2 °C abaixo da temperatura do ambiente onde ele esteja colocado.
Segundo Zhen Chen, um dos desenvolvedores do projeto:
Para atingir um resfriamento de alto desempenho, a chave é acoplar qualquer objeto que você queira resfriar com o espaço exterior e desacoplá-lo do meio ambiente ao seu redor.
Chen ainda destaca que a temperatura do espaço além da atmosfera, -270 °C, pode se tornar um dissipador perfeito para qualquer aplicação terrestre.
Seu dispositivo se baseia no fato de que a radiação térmica de comprimentos de onda entre 8 e 13 micrômetros consegue passar pela atmosfera. Isso significa que, em um dia de céu limpo, o calor sairia dele sem qualquer absorção ou reflexão pelo ar rumo ao espaço.
Para fazer os testes, o dispositivo emissor foi colocado em uma câmara de vácuo, totalmente isolado da atmosfera. Uma janela especialmente projetada em cima da câmara de vácuo, voltada para uma porção clara do céu, completou o conjunto experimental. Além disso, foi eliminada virtualmente qualquer transferência de calor por condução ou por convecção.
Apenas meia hora depois do ar ter sido bombeado da câmara, a temperatura do emissor caiu 40 °C abaixo da temperatura ambiente e ao longo das primeiras 24 horas, ele manteve uma média de 37 °C abaixo da temperatura local, alcançando um pico de resfriamento de 42,2 °C.
Fazendo um exercício para compreender o que significa isso, imagine que ao invés de seu cooler para resfriar o chip de seu computador você usasse esse dispositivo. Ao invés de uma sala refrigerada você colocasse seu desktop com o gabinete aberto ao ar livre em frente à praia de Copacabana fazendo um calor de 40 °C. Pois esse sistema poderia enviar o calor para o espaço chegando a -2,0 °C em meia hora. Ou seja, dava para congelar água no aparelho.
A tal temperatura, talvez fosse até desejável que você rodasse pesadas animações para que o computador não ficasse tão congelado. :P
Como essa tecnologia exige dias claros para funcionar, o mais provável é que ele sirva como complemento para os sistemas de ar-condicionado instalados no topo dos edifícios.
A equipe, que até já constituiu uma empresa para comercializar a novidade, também espera encontrar um material substituto do seleneto de zinco pois, embora seja eficiente em gerar radiação termal na faixa de comprimento de ondas adequada, é muito caro.
Em uma aplicação real, você não precisa de um material tão transparente - você pode usar um material mais barato, como silício ou alumínio.Fonte: Nature, com informações do Inovação Tecnológica e New Scientist.
[Visto no Brasil Acadêmico]
Comentários