Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, Ricardo Paes de Barros, desempenhou papeis importantes no desenvolvimento ...
Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, Ricardo Paes de Barros, desempenhou papeis importantes no desenvolvimento dos programas Bolsa Família, Bolsa Escola e Cartão Alimentação no governo Dilma e colaborou na formulação da política social do PMDB que orienta o governo Temer.
Formado em engenharia eletrônica pelo ITA, com mestrado em estatística pelo Impa e doutorado em economia pela Universidade de Chicago e pós-doutorado pelas Universidades de Chicago e Yale, Ricardo Paes de Barros é um dos mais respeitados pensadores brasileiros da área de políticas públicas. Entre 2011 e 2015 integrou a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo Dilma Houssef e também colaborou na formulação da política social do PMDB que vai orientar o Governo de Michel Temer.
Ele fala sobre política social, educação, saúde, diminuição da pobreza, aborda a relação entre gastos públicos e desempenho no ensino e também as desigualdades no sistema educacional brasileiro, entre outros temas.
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O apresentador Augusto Nunes solicitou que Ricardo esclarecesse, a respeito do número de pessoas atingidas pela pobreza extrema, qual dos números estaria correto, 3% da população brasileira, segundo o próprio entrevistado em outra entrevista, ou 39 milhões de brasileiros, segundo o Cadastro Único para Programas Sociais site do Ministério do Desenvolvimento Social.
Ele responde dizendo que entre 3% e 4%, o mais correto pois seria com base em levantamentos do IBGE onde as pessoas entrevistadas não teriam, em tese, motivos para mentir, e seria após o programa Bolsa Família, que já teria reduzido o número.
No entanto, ele avalia que o cadastro precisa de constante revisão e deve ser aprimorado. E o número de cadastrados deveria ser cerca da metade. Mas não acredita que tenha que ser reduzido.
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Para melhorar o foco do programa bastaria, entre outras medidas mas principalmente, olhar para os outros itens do cadastro para contemplar os assistidos, e não apenas a renda.
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Respondendo ao questionamento de Alexa Salomão sobre a distribuição de renda do "andar de cima", Ricardo diz que o Brasil vem reduzindo a desigualdade de renda no mercado de trabalho de maneira fantástica desde 1997, mas apenas no setor privado. No setor público a desigualdade é praticamente a mesma.
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Flávia Yuri, citando Delfim Netto: [00:22:04 ##film##]
A jornalista quis saber como avançar nas agendas de diminuição de desigualdades, uma vez que necessitamos de políticos que parecem não se importar com elas.
Ricardo diz que precisamos acreditar nos líderes que escolhemos, mas que não teremos futuro sem o ajuste fiscal. E os 40% mais pobres (80 milhões com renda abaixo de R$ 500) que possuem apenas 10% da renda nacional devem ser protegidos durante essa fase de ajuste.
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Segundo o economista, o real ajuste de um país que gasta 40% do PIB é fazer um plano para organizar as despesas, o que por si só faria a taxa de juros cair. Outra coisa a se fazer seria diminuir a transferência de renda para a parcela mais rica da população cortando subsídios, subvenções etc. Finalmente, uma das medidas mais necessárias é ajustar a previdência.
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Hoje, os que ganham R$ 880 já estão entre os 40% mais ricos do Brasil (a metade mais pobre pára em seiscentos e poucos reais).
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Sobre as vinculações da receita à saúde e educação.
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Sobre a relação da gestão com o plano nacional de educação.
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A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas Daniel Gallas (BBC), Alexa Salomão (Estadão), Flávia Lima (Valor), Flávia Yuri Oshima (Época) e Mariana Carneiro (Folha).
Fonte: TV Cultura, Veja
[Visto no Brasil Acadêmico]
Formado em engenharia eletrônica pelo ITA, com mestrado em estatística pelo Impa e doutorado em economia pela Universidade de Chicago e pós-doutorado pelas Universidades de Chicago e Yale, Ricardo Paes de Barros é um dos mais respeitados pensadores brasileiros da área de políticas públicas. Entre 2011 e 2015 integrou a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo Dilma Houssef e também colaborou na formulação da política social do PMDB que vai orientar o Governo de Michel Temer.
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Ele fala sobre política social, educação, saúde, diminuição da pobreza, aborda a relação entre gastos públicos e desempenho no ensino e também as desigualdades no sistema educacional brasileiro, entre outros temas.
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O apresentador Augusto Nunes solicitou que Ricardo esclarecesse, a respeito do número de pessoas atingidas pela pobreza extrema, qual dos números estaria correto, 3% da população brasileira, segundo o próprio entrevistado em outra entrevista, ou 39 milhões de brasileiros, segundo o Cadastro Único para Programas Sociais site do Ministério do Desenvolvimento Social.
Ele responde dizendo que entre 3% e 4%, o mais correto pois seria com base em levantamentos do IBGE onde as pessoas entrevistadas não teriam, em tese, motivos para mentir, e seria após o programa Bolsa Família, que já teria reduzido o número.
No entanto, ele avalia que o cadastro precisa de constante revisão e deve ser aprimorado. E o número de cadastrados deveria ser cerca da metade. Mas não acredita que tenha que ser reduzido.
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Recentemente o Banco Mundial lançou um relatório sobre a situação econômica do Brasil onde eles passam páginas e páginas mostrando que o Brasil tem uma grave crise fiscal mas que não tem nada a ver com a nossa política social que, em certo sentido, gerou resultados fantásticos.
Para melhorar o foco do programa bastaria, entre outras medidas mas principalmente, olhar para os outros itens do cadastro para contemplar os assistidos, e não apenas a renda.
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Respondendo ao questionamento de Alexa Salomão sobre a distribuição de renda do "andar de cima", Ricardo diz que o Brasil vem reduzindo a desigualdade de renda no mercado de trabalho de maneira fantástica desde 1997, mas apenas no setor privado. No setor público a desigualdade é praticamente a mesma.
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Como é que você vai fazer isso? Obviamente reduzindo os altos salários no setor público via, por exemplo, você não ajustar os alto salários para crescimento da inflação. Você vai reajustar pela inflação os salários mais baixos, no setor público, e não os salários altos.
Flávia Yuri, citando Delfim Netto: [00:22:04 ##film##]
O Brasil pode morrer de diagnóstico.
Delfim Netto. Economista
A jornalista quis saber como avançar nas agendas de diminuição de desigualdades, uma vez que necessitamos de políticos que parecem não se importar com elas.
Ricardo diz que precisamos acreditar nos líderes que escolhemos, mas que não teremos futuro sem o ajuste fiscal. E os 40% mais pobres (80 milhões com renda abaixo de R$ 500) que possuem apenas 10% da renda nacional devem ser protegidos durante essa fase de ajuste.
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Segundo o economista, o real ajuste de um país que gasta 40% do PIB é fazer um plano para organizar as despesas, o que por si só faria a taxa de juros cair. Outra coisa a se fazer seria diminuir a transferência de renda para a parcela mais rica da população cortando subsídios, subvenções etc. Finalmente, uma das medidas mais necessárias é ajustar a previdência.
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Em particular, você vai colocar nisso daí também a educação superior gratuita para quem pode pagar.
Hoje, os que ganham R$ 880 já estão entre os 40% mais ricos do Brasil (a metade mais pobre pára em seiscentos e poucos reais).
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A gente deveria vincular, como a Dinamarca faz, a idade de aposentadoria à esperança de vida no país.[00:30:49 ##film##]
Não é muito claro por que que a gente precisa dessa vinculação do salário mínimo às pensões previdenciárias.
Sobre as vinculações da receita à saúde e educação.
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A luta por orçamento é uma luta por projeto.
Sobre a relação da gestão com o plano nacional de educação.
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Eu faço um plano para alcançar objetivos. Por que a gente, às vezes, no Brasil, faz o contrário, primeiro faz o plano e depois coloca os objetivos no plano.[00:36:47 ##film##]
Enquanto aos 15 anos de idade 90% dos coreanos têm conhecimento adequado em matemática, nós temos 33%. Nós podemos o seguinte: Em dez anos nós queremos reduzir essa gigantesca diferença a um terço, a metade, alguma coisa.Sobre avaliação na educação e governança.
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Nós estamos muito bem em avaliação. Ou seja, a gente sabe mais que ninguém que não cumprimos as metas.
O que aconteceria se a NASA não cumprisse as metas estabelecidas de levar o homem na Lua? Alguém iria fazer alguma coisa.
A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas Daniel Gallas (BBC), Alexa Salomão (Estadão), Flávia Lima (Valor), Flávia Yuri Oshima (Época) e Mariana Carneiro (Folha).
Fonte: TV Cultura, Veja
[Visto no Brasil Acadêmico]
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