NHTSA entende que IA não precisa de motorista de estepe.
Autoridades de trânsito dos EUA confirmam que a inteligência artificial (IA), ou o programa que de fato toma as decisões sobre a condução nos carros autônomos, é que será o motorista. E não algum dos ocupantes do veículo.
Motorista não será mais "aquele" ou "aquela", como tem sido nos últimos 100 anos de existência do automóvel. Poderá ser também "aquilo" para efeitos legais. E essa declaração, feita pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA's ) ao Google, uma unidade do Alphabet Inc, está sendo considerada como uma grande vitória da empresa que vai pavimentar a estrada para a adoção acelerada desses carros que se autoconduzem.
O Google defendia que não havia necessidade de um motorista humano em veículos completamente autônomos, e que o carro ficaria mais seguro se não houvesse qualquer intervenção por parte de um motorista humano. E para defender esse ponto de vista, encaminhou à NHTSA duas cartas, em novembro e janeiro, cujo teor versava sobre diversos requisitos dos projeto de carros atuais que a empresa quer eliminar, como pedais de freio, controles de faróis, pisca-piscas, espelhos retrovisores e freios de mão por meio de botões ou alavancas. Ela almeja que os veículos dependam exclusivamente de um sistema de IA que tomará decisões, podendo inclusive chegar a complexos dilemas sobre vida e morte, fundamentados em dados advindos de um conjunto de sensores, mapas e câmeras.
No ano passado, essa posição da empresa encontrou uma forte revés quando o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia decidiu que quaisquer carros autônomos em teste no Estado tinham de contar com volante e pedal de freio e um motorista habilitado todo o tempo.
Mas o ponto de vista da empresa obteve apoio no mês passado quando Anthony Foxx, o secretário do Transporte norte-americano, declarou que introduziria novas regras nacionais para "veículos completamente autônomos", dentro de alguns meses.
Karl Brauer, analista senior da empresa de pesquisa automotiva Kelley Blue Book, disse que ainda há questões legais significativas a serem vencidas acerca dos veículos autônomos. Porém, se a "NHTSA está preparada para nomear a inteligência artificial como uma alternativa viável aos veículos controlados pelos humanos, isso poderia agilizar substancialmente o processo de colocação dos veículos autônomos na rua".
Essa abordagem é mais extrema que a de muitas montadoras de automóveis, que defendem uma evolução mais paulatina na direção da condução autônoma, o que por muitos anos ainda iria requerer o controle dos veículos por um motorista humano.
Pelo jeito, o carro autônomo, e sua IA, nem chegou e já está atropelando.
Fonte: Huffington Post, Folha
[Visto no Brasil Acadêmico]
O Google defendia que não havia necessidade de um motorista humano em veículos completamente autônomos, e que o carro ficaria mais seguro se não houvesse qualquer intervenção por parte de um motorista humano. E para defender esse ponto de vista, encaminhou à NHTSA duas cartas, em novembro e janeiro, cujo teor versava sobre diversos requisitos dos projeto de carros atuais que a empresa quer eliminar, como pedais de freio, controles de faróis, pisca-piscas, espelhos retrovisores e freios de mão por meio de botões ou alavancas. Ela almeja que os veículos dependam exclusivamente de um sistema de IA que tomará decisões, podendo inclusive chegar a complexos dilemas sobre vida e morte, fundamentados em dados advindos de um conjunto de sensores, mapas e câmeras.
No ano passado, essa posição da empresa encontrou uma forte revés quando o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia decidiu que quaisquer carros autônomos em teste no Estado tinham de contar com volante e pedal de freio e um motorista habilitado todo o tempo.
Mas o ponto de vista da empresa obteve apoio no mês passado quando Anthony Foxx, o secretário do Transporte norte-americano, declarou que introduziria novas regras nacionais para "veículos completamente autônomos", dentro de alguns meses.
A NHTSA irá interpretar "motorista" no contexto do projeto de veículo motorizado descrito pelo Google, como referência ao sistema de autocondução, e não a qualquer dos ocupantes do veículo. Estamos de acordo com o Google que o seu (carro auto-conduzido) não terá um "motorista" no sentido tradicional que os veículos tiveram motoristas durante os últimos mais de cem anos.
Paul Hemmersbaugh. Conselherio chefe da NHTSA em nota publicada no site da agência
Karl Brauer, analista senior da empresa de pesquisa automotiva Kelley Blue Book, disse que ainda há questões legais significativas a serem vencidas acerca dos veículos autônomos. Porém, se a "NHTSA está preparada para nomear a inteligência artificial como uma alternativa viável aos veículos controlados pelos humanos, isso poderia agilizar substancialmente o processo de colocação dos veículos autônomos na rua".
Essa abordagem é mais extrema que a de muitas montadoras de automóveis, que defendem uma evolução mais paulatina na direção da condução autônoma, o que por muitos anos ainda iria requerer o controle dos veículos por um motorista humano.
Pelo jeito, o carro autônomo, e sua IA, nem chegou e já está atropelando.
Fonte: Huffington Post, Folha
[Visto no Brasil Acadêmico]
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