Algumas das mais icônicas fotos da exploração espacial que nos fizeram aumentar nossa consciência ecológica e dar um sentido pictório à idei...
Algumas das mais icônicas fotos da exploração espacial que nos fizeram aumentar nossa consciência ecológica e dar um sentido pictório à ideia de aldeia global.
Todos os dias podemos ver o sol nascer. Algo tão trivial que nem prestamos mais tanta atenção quanto faziam os nossos antepassados. Talvez pela quantidade de distrações modernas (o sol está aí todo dia, mas os eventos do Facebook...) ou pela enorme intimidade com o astro-rei ou com sua irmã, a Lua, igualmente ignorada.
Mas uma coisa que não vemos todos os dias é o nascer da Terra. Sim. Como ela foi vista da lua pelo astronauta da Apollo 8. Lá estava ela, deitada, com a Antártida às 10h e o polo norte à direita. Dando nó na cabeça para entender como vemos a Lua nascendo no leste.
Depois, na missão Apollo 10, tivemos o nascer da Terra filmado pela primeira vez.
O tempo passou e a tecnologia evoluiu. Novos players na exploraçao espacial. Em 2008, a JAXA, a agência espacial japonesa, enviou as imagens do Earthrise em alta resolução, através da sonda KAGUYA (SELENE, como ficou conhecida entre os ocidentais). Nos brindando com esse espetáculo do nascimento da Terra em sua fase cheia.
Outra foto que ajudou a fazer cair a ficha da humanidade é a famosa The Blue Marble (A Bola de Gude Azul, em tradução livre). Essa foto foi tirada pela tripulação da Apollo 17, em 1972, a última missão com humanos até à Lua.
Por fim, uma foto estranha e sem sentido quando fora de contexto. Mas carregada de muito significado existencial. A Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul) que também é o nome de um livro escrito por Carl Sagan em 1994, inspirado na imagem, foi uma foto tirada da Terra a 6,4 bilhões de quilômetros de distância, pela sonda espacial Voyager 1, em 14 de fevereiro de 1990. mostrando o planeta como um... pálido ponto azul.
Em seu livro, Sagan coloca em questão a necessidade de nós humanos entendermos a raridade de recursos propícios à vida, demonstrando o quão pequeno é o nosso lar em um universo infinito onde não passamos de herdeiros temporários do nosso pequeno mundo e que, acidentalmente, adquirimos a capacidade de destruir o mesmo.
Defende ainda os recursos investidos na exploração espacial. Pois essa, um dia, poderá nos salvar como espécie. Tanto permite aumentar nossa consciência ecológica como poderá, literalmente, nos fornecer a tecnologia necessária para escapar da Terra como sendo uma forma de sáida estratégica.
Numa conferência em 11 de Maio de 1996, Sagan falou dos seus pensamentos sobre a histórica fotografia, a seguir alguns trechos:
Bem, adicionalmente, tomando por base o argumento do filme Interestelar, será muito mais fácil a gente aprender a cuidar melhor do meio ambiente.
Fonte: Wikipedia
[Visto no Brasil Acadêmico]
Não é o céu que é azul. O céu é preto. A Terra sim, é azul. Como diria Yuri Gagarin. |
Todos os dias podemos ver o sol nascer. Algo tão trivial que nem prestamos mais tanta atenção quanto faziam os nossos antepassados. Talvez pela quantidade de distrações modernas (o sol está aí todo dia, mas os eventos do Facebook...) ou pela enorme intimidade com o astro-rei ou com sua irmã, a Lua, igualmente ignorada.
Mas uma coisa que não vemos todos os dias é o nascer da Terra. Sim. Como ela foi vista da lua pelo astronauta da Apollo 8. Lá estava ela, deitada, com a Antártida às 10h e o polo norte à direita. Dando nó na cabeça para entender como vemos a Lua nascendo no leste.
Depois, na missão Apollo 10, tivemos o nascer da Terra filmado pela primeira vez.
O tempo passou e a tecnologia evoluiu. Novos players na exploraçao espacial. Em 2008, a JAXA, a agência espacial japonesa, enviou as imagens do Earthrise em alta resolução, através da sonda KAGUYA (SELENE, como ficou conhecida entre os ocidentais). Nos brindando com esse espetáculo do nascimento da Terra em sua fase cheia.
Outra foto que ajudou a fazer cair a ficha da humanidade é a famosa The Blue Marble (A Bola de Gude Azul, em tradução livre). Essa foto foi tirada pela tripulação da Apollo 17, em 1972, a última missão com humanos até à Lua.
Por fim, uma foto estranha e sem sentido quando fora de contexto. Mas carregada de muito significado existencial. A Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul) que também é o nome de um livro escrito por Carl Sagan em 1994, inspirado na imagem, foi uma foto tirada da Terra a 6,4 bilhões de quilômetros de distância, pela sonda espacial Voyager 1, em 14 de fevereiro de 1990. mostrando o planeta como um... pálido ponto azul.
Nosso planeta é visto na última faixa, a marrom, um ponto um pouco abaixo do meio dela. |
Em seu livro, Sagan coloca em questão a necessidade de nós humanos entendermos a raridade de recursos propícios à vida, demonstrando o quão pequeno é o nosso lar em um universo infinito onde não passamos de herdeiros temporários do nosso pequeno mundo e que, acidentalmente, adquirimos a capacidade de destruir o mesmo.
Defende ainda os recursos investidos na exploração espacial. Pois essa, um dia, poderá nos salvar como espécie. Tanto permite aumentar nossa consciência ecológica como poderá, literalmente, nos fornecer a tecnologia necessária para escapar da Terra como sendo uma forma de sáida estratégica.
Numa conferência em 11 de Maio de 1996, Sagan falou dos seus pensamentos sobre a histórica fotografia, a seguir alguns trechos:
Olhem de novo para esse ponto. Isso é a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um dos que escutamos falar, cada ser humano que existiu, viveu a sua vida aqui. O agregado da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões autênticas, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e colheitador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor de civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada mestre de ética, cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.
(...)
O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de algures para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há mais algum, pelo menos no próximo futuro, onde a nossa espécie puder emigrar. Visitar, pôde. Assentar-se, ainda não. Gostarmos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.
Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o ponto azul pálido, o único lar que tenhamos conhecido.
Carl Sagan
Bem, adicionalmente, tomando por base o argumento do filme Interestelar, será muito mais fácil a gente aprender a cuidar melhor do meio ambiente.
Fonte: Wikipedia
[Visto no Brasil Acadêmico]
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