Essa é a visão do atual chairman do Google de acordo com sua declaração no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Essa é a visão do atual chairman do Google de acordo com sua declaração no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
O fim da internet tal como a conhecemos está próxima. A declaração foi feita pelo chairman do Google Eric Schmidt em uma palestra sobre futuro da web no Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente em Davos, na Suíça. Ao ser questionado sobre o rumo que tomará a rede global, Schmidt foi taxativo:
Todavia, isso não quer dizer que não estaremos mais conectados. Longe disso. Schmidt acredita é que estaremos conectados de tantas formas diferentes que a internet como conhecemos irá se "diluir" em nosso cotidiano a ponto de sequer percebermos nossa conectividade.
Apesar dessas declarações meio bombásticas em Davos, que é uma oportunidade de conferir a visão de alguns líderes que podem "puxar" as tendências globais, terem perdido um pouco da credibilidade após a previsão de Bill Gates que o fim do spam estaria próximo, essa previsão de Schmidt parece fazer mais sentido.
No anos 1980/1990, quando um computador pessoal (PC) se conectava a uma rede externa, invariavelmente era através de uma linha telefônica comum (ADSL) com um fio bem visível (ainda que se fizesse de tudo para disfarçá-lo atrás da mesa, sem sucesso) e o acesso era cobrado por tempo de conexão (em geral, bastante caro especialmente no horário comercial, quando era mais necessário).
Havia algum tempo de espera, telas de aviso como se estivéssemos adentrando a Caverna do Dragão por um buraco de minhoca e um som inconfundível que parecia uma mistura de linguagem alienígena com estação de rádio fora do ar (os ecos do Big Bang). Tudo isso tornava a ideia de se conectar algo muito tangível e, até certo ponto, raro e inacessível para a maioria (houve até quem imaginasse como seria o Google nos anos 80) . Tudo isso tornava muito tangível o momento em que se fazia a conexão. É como se a gente fizesse uma oração, acendêssemos incensos e anotássemos em um diário a cada vez que alguém da família abrisse a torneira para lavar a mão (se bem que em São Paulo... Deixa para lá).
Hoje pagamos a conexão à internet mensalmente (quando não é gratuita) e toda a operação é muito discreta. Embora ainda haja limitações para a telefonia móvel - como pacote de dados - temos bastante a mudança de 3G/4G para o WIFI doméstico quase imperceptível. Apenas um pequeno ícone no topo da tela de um aparelho celular, por exemplo.
A conectividade é tamanha que já poderíamos substituir a discagem por voz das operadoras por inúmeras soluções VoIP, até com videochamada.
Isso até levou as empresas de telefonia a pretenderem cobrar pelo tipo de uso que fazemos da internet, tentando acabar com a neutralidade da rede. É como se o locador de um imóvel quisesse cobrar o aluguel mais caro se você almoçar em casa. :P
Essa pode ser uma analogia poderosa para entender o significado dessa mudança de paradigma. Com o uso de parte da banda da TV analógica destinada à conectividade wireless e a multiplicação da velocidade do tráfego dos dados inversamente proporcional à velocidade do tráfego de automóveis (e o Google também quer cuidar disso com seu carro autônomo que não gosta de neve) iremos vestir óculos, brincos, pulseiras, implantes, tatuagens, roupas, mochilas inteligentes e conectadas. Cada uma com seu IPv6 dialogando entre si e com a nuvem de serviços de forma que ao caminhar atéuma loja seu calçado (mesmo aquele modelo social) no pé direito irá vibrar indicando que você deve virar a direita pois o GPS combinado com a infraestrutura de comunicação saberá dizer com precisão onde encontra o seu destino no mapa que surgirá no seu campo visual bastando que olhe para o campo superior direito ou algum outro comando como dizer, por exemplo, "onde é mesmo aquela loja?" (Será mais difícil determinar se alguém está ficando doido, pois todos estaremos parecendo que falamos sozinhos, exceto para seus gadgets que perceberão isso na hora. Como aqueles carros que sabem que o motorista está dormindo na direção).
Seu smartwatch irá sugerir, baseado em sua taxa de açúcar sanguíneo, que está na hora de fazer um lanche, indicando a lanchonete menos concorrida dentre as que você mais frequenta na região.
Não me perguntem uma data, e nem ao Eric. Tudo isso está bem próximo. Quem viver vestirá. Até mesmo o uso de um "espertofone" como fazemos hoje poderá parecer meio "démodé" e será algo que faremos de tudo para esconder, como aquele velho fio atrás da mesa.
Fonte: CNET (via Olhar Digital), Folha
[Visto no Brasil acadêmico]
O fim da internet tal como a conhecemos está próxima. A declaração foi feita pelo chairman do Google Eric Schmidt em uma palestra sobre futuro da web no Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente em Davos, na Suíça. Ao ser questionado sobre o rumo que tomará a rede global, Schmidt foi taxativo:
Vou responder muito simplesmente que a internet vai desaparecer.
Todavia, isso não quer dizer que não estaremos mais conectados. Longe disso. Schmidt acredita é que estaremos conectados de tantas formas diferentes que a internet como conhecemos irá se "diluir" em nosso cotidiano a ponto de sequer percebermos nossa conectividade.
Haverá tantos endereços IP, tantos dispositivos, tantos sensores nas coisas que você está vestindo, nos eletrodomésticos, nas coisas do dia-a-dia, que o acesso à internet feito majoritariamente por um computador pessoal vai ficar na história. O novo sistema estará presente o tempo todo.
Apesar dessas declarações meio bombásticas em Davos, que é uma oportunidade de conferir a visão de alguns líderes que podem "puxar" as tendências globais, terem perdido um pouco da credibilidade após a previsão de Bill Gates que o fim do spam estaria próximo, essa previsão de Schmidt parece fazer mais sentido.
No anos 1980/1990, quando um computador pessoal (PC) se conectava a uma rede externa, invariavelmente era através de uma linha telefônica comum (ADSL) com um fio bem visível (ainda que se fizesse de tudo para disfarçá-lo atrás da mesa, sem sucesso) e o acesso era cobrado por tempo de conexão (em geral, bastante caro especialmente no horário comercial, quando era mais necessário).
Havia algum tempo de espera, telas de aviso como se estivéssemos adentrando a Caverna do Dragão por um buraco de minhoca e um som inconfundível que parecia uma mistura de linguagem alienígena com estação de rádio fora do ar (os ecos do Big Bang). Tudo isso tornava a ideia de se conectar algo muito tangível e, até certo ponto, raro e inacessível para a maioria (houve até quem imaginasse como seria o Google nos anos 80) . Tudo isso tornava muito tangível o momento em que se fazia a conexão. É como se a gente fizesse uma oração, acendêssemos incensos e anotássemos em um diário a cada vez que alguém da família abrisse a torneira para lavar a mão (se bem que em São Paulo... Deixa para lá).
Hoje pagamos a conexão à internet mensalmente (quando não é gratuita) e toda a operação é muito discreta. Embora ainda haja limitações para a telefonia móvel - como pacote de dados - temos bastante a mudança de 3G/4G para o WIFI doméstico quase imperceptível. Apenas um pequeno ícone no topo da tela de um aparelho celular, por exemplo.
A conectividade é tamanha que já poderíamos substituir a discagem por voz das operadoras por inúmeras soluções VoIP, até com videochamada.
Isso até levou as empresas de telefonia a pretenderem cobrar pelo tipo de uso que fazemos da internet, tentando acabar com a neutralidade da rede. É como se o locador de um imóvel quisesse cobrar o aluguel mais caro se você almoçar em casa. :P
Essa pode ser uma analogia poderosa para entender o significado dessa mudança de paradigma. Com o uso de parte da banda da TV analógica destinada à conectividade wireless e a multiplicação da velocidade do tráfego dos dados inversamente proporcional à velocidade do tráfego de automóveis (e o Google também quer cuidar disso com seu carro autônomo que não gosta de neve) iremos vestir óculos, brincos, pulseiras, implantes, tatuagens, roupas, mochilas inteligentes e conectadas. Cada uma com seu IPv6 dialogando entre si e com a nuvem de serviços de forma que ao caminhar atéuma loja seu calçado (mesmo aquele modelo social) no pé direito irá vibrar indicando que você deve virar a direita pois o GPS combinado com a infraestrutura de comunicação saberá dizer com precisão onde encontra o seu destino no mapa que surgirá no seu campo visual bastando que olhe para o campo superior direito ou algum outro comando como dizer, por exemplo, "onde é mesmo aquela loja?" (Será mais difícil determinar se alguém está ficando doido, pois todos estaremos parecendo que falamos sozinhos, exceto para seus gadgets que perceberão isso na hora. Como aqueles carros que sabem que o motorista está dormindo na direção).
Seu smartwatch irá sugerir, baseado em sua taxa de açúcar sanguíneo, que está na hora de fazer um lanche, indicando a lanchonete menos concorrida dentre as que você mais frequenta na região.
Não me perguntem uma data, e nem ao Eric. Tudo isso está bem próximo. Quem viver vestirá. Até mesmo o uso de um "espertofone" como fazemos hoje poderá parecer meio "démodé" e será algo que faremos de tudo para esconder, como aquele velho fio atrás da mesa.
Fonte: CNET (via Olhar Digital), Folha
[Visto no Brasil acadêmico]
Comentários