Evan Grant demonstra a ciência e a arte da címática, processo de visualização de ondas sonoras. Útil para analisar sons complexos (como o do...
Evan Grant demonstra a ciência e a arte da címática, processo de visualização de ondas sonoras. Útil para analisar sons complexos (como o dos golfinhos), a cimática também proporciona a produção de lindos e complexos desenhos.
Sou um tecnólogo criativo e o foco do meu trabalho são as instalações públicas. E uma das minhas maiores paixões é a ideia de explorar a natureza e tentar encontrar nela informações escondidas. E me parece que há esse potencial latente por toda parte ao nosso redor. Tudo fornece algum tipo de informação: pode ser o som, o cheiro ou a vibração. E através do meu trabalho tento encontrar formas de utilizar e desvelar isso. E então, isso me levou ao campo da cimática. Cimática é o processo de visualização do som somente pela vibração de um meio, como areia ou água, como vocês podem observar.
Olhemos rapidamente para a história da cimática, começando pelas observações da ressonância por Da Vinci, Galileu, o cientista inglês Ribert Hook, e depois Ernest Chladni. Chladni fez um experimento usando uma lâmina de metal, a cobriu com areia e depois a curvou para criar os desenhos de Chladni, observados à direita.
A próxima pessoa a explorar esse campo foi um cavalheiro chamado Hans Jenny na década de 70. E foi ele quem de fato criou o termo cimática. E agora, nos remetendo ao presente, um colaborador do meu trabalho, e especialista em cimática, John Stewart Reed. E ele gentilmente recriou para nós o experimento de Chladni. O que podemos ver aqui agora é a lâmina de metal, conectada ao controlador de som, sendo abastecida por um gerador de frequência. Quanto maior a frequência, maior a complexidade dos desenhos que aparecem na lâmina. Podem observar com seus próprios olhos. (Aplausos)
Então o que me atrai na cimática? Para mim, a cimática é quase uma ferramenta mágica. É como um espelho para um mundo escondido. E, através das inúmeras formas de aplicar a cimática, podemos de fato começar a desvelar a essência daquilo que não vemos. Aparelhos como "cimascópio", como vocês podem observar aqui, tem sido usados cientificamente para observar desenhos cimáticos. E a lista de aplicações científicas cresce a cada dia.
Em oceanografia, por exemplo, está sendo criado um glossário da linguagem dos golfinhos basicamente pela visualização das ondas sonoras que os golfinhos emitem. E espera-se que no futuro sejamos capazes de entender mais profundamente como eles se comunicam. Também podemos utilizar a cimática para tratamentos e para a educação. Essa é uma montagem desenvolvida com crianças em que elas deslizam suas mãos e podem controlar a posição dos desenhos cimáticos e os reflexos por eles causados. Também podemos usar a cimática como uma linda forma de arte natural.
Essa imagem provém de um fragmento da nona sinfonia de Beethoven, que tocava com um aparelho cimático. Parece que as coisas vão se movendo na superfície. E esta é a "máquina" do Pink Floyd, ao vivo pelo "cimascópio". Também podemos usar a cimática como um espelho da natureza. Podemos de fato recriar formas prototípicas da natureza. Aqui à esquerda, por exemplo, podemos ver um floco de neve natural. E, à direita, vemos um floco de neve cimaticamente criado. Aqui vemos uma estrela do mar e uma estrela do mar cimática. Há muitos como esses.
Então o que tudo isso significa? Bem, há ainda muito o que explorar. Ainda está recente e não há muitas pessoas trabalhando nesse campo. Mas considere por um momento que o som tenha forma. E já vimos que ele pode afetar a matéria e criar novas formas. Então vamos dar um salto e pensar sobre a formação do universo. Pense sobre o enorme som da formação do universo. E se pensarmos nisso talvez a cimática tenha exercido influência sobre a formação do universo.
E agora um colírio para os olhos, de uma série de cientistas e artistas de toda parte do mundo. A cimática é acessível a todos. Gostaria de encorajá-los a aplicarem sua paixão, seu conhecimento e suas habilidades em áreas como a cimática. E acho que coletivamente podemos construir uma comunidade global. Podemos inspirar um ao outro. Podemos desenvolver essa exploração da substância de coisas que não vemos. Obrigado.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Via BBA]
Sou um tecnólogo criativo e o foco do meu trabalho são as instalações públicas. E uma das minhas maiores paixões é a ideia de explorar a natureza e tentar encontrar nela informações escondidas. E me parece que há esse potencial latente por toda parte ao nosso redor. Tudo fornece algum tipo de informação: pode ser o som, o cheiro ou a vibração. E através do meu trabalho tento encontrar formas de utilizar e desvelar isso. E então, isso me levou ao campo da cimática. Cimática é o processo de visualização do som somente pela vibração de um meio, como areia ou água, como vocês podem observar.
Olhemos rapidamente para a história da cimática, começando pelas observações da ressonância por Da Vinci, Galileu, o cientista inglês Ribert Hook, e depois Ernest Chladni. Chladni fez um experimento usando uma lâmina de metal, a cobriu com areia e depois a curvou para criar os desenhos de Chladni, observados à direita.
A próxima pessoa a explorar esse campo foi um cavalheiro chamado Hans Jenny na década de 70. E foi ele quem de fato criou o termo cimática. E agora, nos remetendo ao presente, um colaborador do meu trabalho, e especialista em cimática, John Stewart Reed. E ele gentilmente recriou para nós o experimento de Chladni. O que podemos ver aqui agora é a lâmina de metal, conectada ao controlador de som, sendo abastecida por um gerador de frequência. Quanto maior a frequência, maior a complexidade dos desenhos que aparecem na lâmina. Podem observar com seus próprios olhos. (Aplausos)
Então o que me atrai na cimática? Para mim, a cimática é quase uma ferramenta mágica. É como um espelho para um mundo escondido. E, através das inúmeras formas de aplicar a cimática, podemos de fato começar a desvelar a essência daquilo que não vemos. Aparelhos como "cimascópio", como vocês podem observar aqui, tem sido usados cientificamente para observar desenhos cimáticos. E a lista de aplicações científicas cresce a cada dia.
Em oceanografia, por exemplo, está sendo criado um glossário da linguagem dos golfinhos basicamente pela visualização das ondas sonoras que os golfinhos emitem. E espera-se que no futuro sejamos capazes de entender mais profundamente como eles se comunicam. Também podemos utilizar a cimática para tratamentos e para a educação. Essa é uma montagem desenvolvida com crianças em que elas deslizam suas mãos e podem controlar a posição dos desenhos cimáticos e os reflexos por eles causados. Também podemos usar a cimática como uma linda forma de arte natural.
Essa imagem provém de um fragmento da nona sinfonia de Beethoven, que tocava com um aparelho cimático. Parece que as coisas vão se movendo na superfície. E esta é a "máquina" do Pink Floyd, ao vivo pelo "cimascópio". Também podemos usar a cimática como um espelho da natureza. Podemos de fato recriar formas prototípicas da natureza. Aqui à esquerda, por exemplo, podemos ver um floco de neve natural. E, à direita, vemos um floco de neve cimaticamente criado. Aqui vemos uma estrela do mar e uma estrela do mar cimática. Há muitos como esses.
Então o que tudo isso significa? Bem, há ainda muito o que explorar. Ainda está recente e não há muitas pessoas trabalhando nesse campo. Mas considere por um momento que o som tenha forma. E já vimos que ele pode afetar a matéria e criar novas formas. Então vamos dar um salto e pensar sobre a formação do universo. Pense sobre o enorme som da formação do universo. E se pensarmos nisso talvez a cimática tenha exercido influência sobre a formação do universo.
E agora um colírio para os olhos, de uma série de cientistas e artistas de toda parte do mundo. A cimática é acessível a todos. Gostaria de encorajá-los a aplicarem sua paixão, seu conhecimento e suas habilidades em áreas como a cimática. E acho que coletivamente podemos construir uma comunidade global. Podemos inspirar um ao outro. Podemos desenvolver essa exploração da substância de coisas que não vemos. Obrigado.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Via BBA]
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